O Que é Poesia Marginal

O Que é Poesia Marginal Glauco Mattoso




Resenhas - O Que é Poesia Marginal


4 encontrados | exibindo 1 a 4


MatheusPetris 28/09/2023

Poesia é poesia, não precisa de adjetivo
A última frase do livro, uma citação do poeta Nicolas Behr, incendeia “O que é poesia marginal”: “Poesia é poesia, não precisa de adjetivo”.

A necessidade em definir um movimento — coisa que a poesia marginal não é, pois não é organizada de forma homogênea, não elaborou projeto estético, programa — é mais acadêmica do que crítica. E, mais do que academicismo literário, é histórico, antropológico, em suma, cultural.

É essa demolição que propõe Glauco Mattoso, ele não erige uma teorização/definição, pelo contrário, aponta para as contradições da possibilidade de uma conceituação. E a poesia marginal é isso, contradição, revolta, desbunde, uma orgia no mais amplo sentido que esse substantivo possa ter. O autor aposta menos em fechos do que aberturas, e assim passeia por características desse momento da poesia brasileira.

Não à toa, com exceção da introdução, todos os capítulos se intitulam como perguntas que surgem de antagonismos e flertam com a própria poesia marginal, palavras que se trocam-fundem, trocadilhos lidos como troca de lados.

Talvez, algo que seja uma característica comum a toda essa poesia, seja um elo entre poesia e vida, quando essas barreiras se quebram, quando os pólos se misturam, seja ela de qual desdobramento for. E convenhamos: isso não é originalidade, é diálogo com tradição; o que não significa que seja ruim.

Leminski, ao falar sobre os poetas de 22, ataca o seguinte: “Em lugar do verbo agradar, passaram a usar o verbo agredir”, naquilo que guarda as proporções, podemos recontextualizar essa frase para a poesia marginal.

E assim ela foi. Não apenas contracultural (mas em alguns casos, também), pois não é só isso, é revoltosa ao status quo, e não apenas o do establishment, mas também o poético.
comentários(0)comente



Jackie 03/06/2011

Irreverência e Protesto
Movimento vanguardista da década de 70, o srugmento da poesia marginal deu-se como uma ruptura no sistema vigente, quebrando paradigmas através do poema-processo, dando ênfase a poesias não rebuscadas e de caráter artesanal. Primeiramente, deu-se início com as poesias de Torquato Neto, expressando-se contra o sistema da época. Essa corrente se alastrou pelo país, devido em parte a Glauco Mattoso com o “Nuvem Cigana”, adotando assim um comportamento irreverente e independente de editoras, sendo alternativo com suas publicações.
comentários(0)comente



Adriana Scarpin 02/02/2016

Apanhado geral sobre a geração mimeógrafo (ou do desbunde) dos anos 70, suas idas e vindas e a representação histórica do que a diferia das vanguardas anteriores (como os modernistas, concretistas e tropicalistas), que consistia em usar a poesia com o máximo de coloquialidade e liberdade.
Marcos 02/02/2016minha estante
Adriana: tem uma cópia em PDF? É muito pesada, ou teria como enviar por email? Se puder me mandar, agradeceria! mmcasadore@yahoo.com.br


Adriana Scarpin 02/02/2016minha estante
Sim! Enviei lá!


Marcos 02/02/2016minha estante
Ae, massa! Valeu, Adriana!!


Natalia.Beraldo 30/09/2019minha estante
Ola, Adriana, poderia me passar a copia em PDF tambem? Estou escrevendo um projeto sobre isso. natiiberaldo@gmail.com

agradeço.


Mauri.Goncalves 19/09/2020minha estante
Alguém poderia me mandar o PDF por email? goma11he@gmail.com
De já agradeço.


Raygne 30/10/2020minha estante
Se alguém tiver esse livro, poderia me mandar? ou me vender sei lá. Ele pode ser de suma importância para meu tcc. raygne.ap@gmail.com




jackpveras 20/11/2023

Glauco, o teórico da literatura.
É estranho ler Glauco Mattoso sem as suas características pornográficas, escandalosas, submissas, sado-masoquistas, humilhadas, vergonhosas e polêmicas.
Poeta do grosseiro, do grotesco, do bizarro e do contraditório, Mattoso vestiu com charme e encanto a túnica encantada da Poesia Marginal.

Nem parece o artista do submundo, da literatura de banheiro, do vômito, do furúnculo, do beco escuro repleto de fezes, do matagal onde rapazes são currados à força ou de forma voluntária, da dor física e espíritual exposta na parte interna e externa de seus olhos adoecidos (Glauco Mattoso é um trocadilho zombando de sua própria desgraça visual: o glaucoma).
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR