Karini.Couto 18/09/2015Annie Adams é uma mulher cuja vida anda tranquila, com um namorido que é diretor de cinema começando a fazer sucesso e ela uma colunista do "fechando a conta" que trata de viagens e que a leva constantemente a vários lugares maravilhosos pelo mundo a fora!
No passado Annie não tinha uma vida muito estável, com uma mãe que mudou várias vezes de marido e já se mudou tantas outras de casa não permitindo assim que Annie criasse laços.
“Parece-me importante começar com a verdade sobre como vim parar aqui. Quando tudo se torna confuso, difícil e complicado, a verdade é a primeira a ser sacrificada, não é mesmo? Todos tentam ocultá-la, modifica-la ou consertá-la. Como se consertar os fatos pudesse tornar a situação menos confusa, difícil e complicada, não piorá-la. Contudo, não há como consertar isto. A verdade é que causei isso a mim mesma. Tudo isto. Tudo que estava por vir, tudo que eu não poderia nem ter imaginado que constituiria o próximo ano da minha vida. Afinal de contas, fui eu quem causou o estrago naquela manhã, sabendo perfeitamente bem o que poderia acontecer, o que a história já me provara que aconteceria se fosse suficientemente imprudente para seguir adiante com aquilo.”
Annie talvez tenha levado um pouco disso com ela, pois sua vida se resume a viagens constantes a trabalho, e a impressão que dá é que não possui um lar de verdade; de que está sempre em busca de algo. Porém mesmo assim sente-se confortável; seu namorado Nick a trata bem, só que ela possui uma superstição de que sempre que assiste A Princesa e o Plebeu algo muito ruim acontece em sua vida. Por exemplo, aos sete anos, após uma sessão do filme em família, no dia seguinte seus pais anunciaram o divórcio. Na próxima vez, aos 16 anos, sua mãe resolveu se mudar (novamente), seria a nona mudança em nove anos. Cinco anos depois, Annie se formando com a vida encaminhada, um emprego no New York Sun garantido, mesmo que uma vaga não muito importante.. Mas era algo! Mas aí ela assiste A Princesa e o Plebeu e na manhã seguinte recebe um e-mail informando que não tinha mais emprego algum devido a cortes de gastos. Na quarta vez, aos 27 anos, ela e Nick estavam preparados para uma nova vida em um novo lar; tudo indo muito bem em sua vida e de repetente ela resolve ver o tal filme, mas na metade do filme. Nem mesmo após o término o telefone toca com a notícia de que a casa para a qual se mudariam pegou fogo e eles perderam tudo que já haviam transferido para lá!
“Como se A Princesa e o Plebeu fosse apenas mais um filme. Como se não fosse uma bomba que eu estava prestes a detonar no meio da minha vida.”
Pois é! Por mais que Annie tente não ser supersticiosa, como não ser? E aí ela mais uma vez aos 32 anos resolve assistir o filme, e mais uma avalanche lhe atinge! Nick informa que precisa ficar sozinho, dar um tempo o que na verdade quer dizer que ele reencontrou alguém de seu passado que lhe despertou a curiosidade de tentar algo. Quando na noite anterior simplesmente disse que Annie era inestimável.. e hoje já não é mais! Simples assim!
Com isso Annie fica chateada e obviamente sem saber o que fazer e seguindo o conselho de sua melhor amiga Jordan (irmã de Nick) começa um plano – Ser o posto de si mesma.. Então conhece Griffin e mergulha de cabeça em seu novo amor.. Mas nada é simples, claro! Eles se casam e ela muda-se para a cidade dele, onde encontra uma ex-namorada determinada a odiá-la, afinal foram 13 anos com Griffin e Annie sequer imaginava; perde mais uma vez seu emprego, descobre que seu cunhado e seus filhos gêmeos irão passar um tempo na casa do casal porque o cunhado engravidou outra mulher.. Sua sogra a detesta.. Jordan não concorda com toda essa loucura e a própria Annie não para de pensar em que foi que se meteu! Comparando seu relacionamento com Nick ao relacionamento com Girffin e suas escolhas. Sentindo que não pertence e jamais pertenceu a lugar algum. Que não faz a menor ideia do que quer para si!
O primeiro marido é um romance sobre descobertas, erros e acertos, incertezas e certezas. Um romance que te faz refletir sobre aquilo que você acha que quer e aquilo que realmente quer! Laura Dave conduziu com maestria seus personagens e me deixou presa a cada detalhe narrado. Li esse livro em duas tardes! Adorei!