kleris aqui, @amocadotexto no ig 28/01/2016Além do ritmo alucinante de leitura, nesse último G.P. Taylor foi verdadeiramente engenhoso!(Esta resenha teve corte de quotes do livro, imagens e booktrailer; visite o link para conferir)
G.P. Taylor já começa nos intrigando com uma trama bem mais repleta de suspense. Ao que tudo indica, Muzz Elliot está sendo ameaçada. Mas ela não quer assustar ninguém... como se Saskia, Sadie e Erik não pudessem descobrir. Após uma boa temporada de calmaria, uma carta e uma ligação estranhíiiiiissima abalam a rotina desses três bisbilhoteiros de plantão.
Mais uma vez o autor me passou a perna – de um BOM jeito – pois abri este terceiro volume esperando adivinhar de novo que passos ele iria seguir e fui surpreendida. Hoje é tão complicado reservar tantas expectativas em um livro que eu tentei não ir com tanta voracidade. Tentei mesmo ler devagar, sabendo, afinal, que era o último disponível (foi lançado este ano). Para nos instigar mais, esse volume se alonga um pouquinho mais nas páginas e apresenta uma trama muito mais intensa que as anteriores. Se em O Segredo da Lua Índigo fui conquistada de vez, aqui eu fiquei mais impressionada.
Quando Muzz Elliot sai em busca de respostas e leva as meninas para uma viagem repentina, logo Erik e Dorcas Potts, ao perceber o perigo que elas correm, vão atrás. Eis que de repente Muzz Elliot se vê ambientada em perfeitos cenários e enredos por ela descritos em seus livros de suspense e novas figuras surgem em seu caminho, confundindo a todos. Do outro lado, Erik e Dorcas Potts também sofrem sérios ataques, são perseguidos e capturados. Temos muitas reviravoltas pra manter nossa atenção ali, presa.
Senti que neste volume o autor se arriscou bem mais, tanto na parte gráfica, quanto no enredo e desenvolvimento de suas personagens. Enquanto que antes Saskia, Sadie e Erik se metiam em confusão ou suas traquinagens os levavam a investigações coincidentes, agora eles se tornam alvos de vilões maiores. Muzz Elliot também merece destaque, ela não é mais aquela escritora reclusa e tem lá suas artimanhas. Por um tempo achei que ela era um tanto fútil (por colocar perigos de lado pra, sei lá, ir almoçar calmamente), mas percebi que na verdade era sua forma de lidar com o peso sobre seus anseios e medos.
Também temos um grande foco em Erik, com grandes revelações sobre seu passado e desafios que pesam em seus ombros. O modo como o autor nos apresenta esse lado da história é bem bacana, ainda mais por ele se utilizar de pistas que nos levam outra vez para os mistérios de madame Raphael e do Companheiro. Os propósitos da série, nesse sentido, ficam bem claros.
Além do ritmo alucinante de leitura já conhecido pelos livros passados, nesse último G.P. Taylor foi verdadeiramente engenhoso! Esquemas, bandidagem, máfia, viagens, metaficção... Conhecer esse trabalho foi uma grata surpresa (adooooro gratas surpresas). Já tinha visto uns comentários sobre outra série, chamada Shadowmancer, que, conforme relatos, era de desenvolvimento fraco. Bom, nessa série posso afirmar que o autor deu a volta por cima.
Vale, no entanto, lembrar que os livros dessa série, As Crônicas de Dopple Ganger, são voltados para jovens e pequenos leitores, ou mesmo aqueles leitores que ainda não se engataram bem na leitura. Mesmo não sendo eu esse público alvo, curti muito.
Melhor, re-co-men-do.
Ainda não sei bem quantos livros formam essa série, visto que há muito pouca informação sobre eles. Pelo desenvolvimento até aqui, chuto que serão 6 livros. Estou tão ansiosa que é capaz de eu relê-los de pronto!. Como cada um sempre termina com um aviso ou grande promessa de uma nova aventura, e, digamos que madame Raphael sabe ser bem enigmática quando quer, se eu fosse só dizer uma coisa sobre esses próximos livros, seria isso: QUERO.
site:
http://www.dear-book.net/2015/09/resenha-as-cronicas-de-dopple-ganger-o_30.html