Distopia

Distopia Kate Willians




Resenhas - Distopia


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Ratinha da Biblioteca 31/01/2023

Para um livro de distopia, esse é um ótimo romance!
Com uma capa cheia de caveiras, uma edição belíssima focando em terror, mortes, enforcamento, você espera uma história no minimo sangrenta. Mas a realidade? Uma história de amor adolescente que se passa em uma realidade distópica, com foco em adolescentes que não sabem nada do mundo. Me incomodou muito o fato de "vender" a história como outra coisa do que ela é de verdade,mas se você já vai começar a ler sabendo que é um romance e não vai ter ação, suspense, nada além de drama adolescente, então é um ótimo livro.
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Aparecida71 26/10/2022

Esse livro fala sobre o mundo após a Grande Guerra que ocorreu em 2016, como a sociedade foi organizada e como as escolha de algumas poucas pessoas acabaram afetando a vida de milhares. Nesse mundo distópico, existem Os governantes (a elite), que vivem de um lado do muro onde aparentemente tudo é bom, luxuoso e colorido. Já no lado oposto do muro que os separam, existe uma população menos favorecida, onde a única cor que eles conhecem é o cinza. Aos sete anos de idade, os filhos dos governados são enviados para serem treinados, lá eles perdem sua infância e inocência logo cedo, também tendo que amadurecer precocemente. Eles ficam no Regimento até atingirem a idade adulta.

A história se desenrola entre presente (para nós futuro) e interlúdio (o passado dos personagens), é contada em terceira pessoa, e esse narrador sabe de tudo, mas não conta de uma vez pra gente, ele vai contando aos poucos, e vamos a cada página descobrindo o que está acontecendo agora e o que aconteceu alguns anos atrás. O foco do livro é em Laura, filha do coronel do Norte e em Thiago, um dos meninos do Regimento. Alternando os capítulos entre eles, vamos conhecer melhor a rotina do Regimento, seus pensamentos e medos mais profundos e sua vontade de se libertar.

Gente do céu, eu adorei esse livro, o desenrolar da história, como eles conseguem se virar, é tudo muito especificado, estava tudo normal e depois teve uma reviravolta, faltou ar, a tensão era nítida, não consegui parar de ler até saber o que acontecia a seguir; foi tenso, foi uma leitura muito prazerosa. Recomendo muitooo.
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Luana Feitosa 03/11/2019

Que livro maravilhoso
Este livro é diferente de tudo que já foi publicado pela autora. O livro fala sobre um mundo depois da Grande Guerra que ocorreu em 2016, como a sociedade foi organizada e como as escolha de algumas poucas pessoas acabaram afetando a vida de milhares.
Este livro é fantastico, tem muita ação, reviravoltas e um casal muito fofo. É um livro divertido, excelente para quem quer sair de uma ressaca literária ou para quem quer apenas relaxar.
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Kethely.Karol 01/09/2016

Resenha: Distopia #1 - Kate Willians
No livro, nós nos encontramos no ano de 2064, após a Grande Guerra que aconteceu em 2016. O que restou do mundo, foi dividido em: Norte, Sul, Leste e Oeste. Cada uma dessas regiões é comandada por militantes (coronel, sargento, capitão), pois após a Guerra, eles assumiram o controle de tudo. Os militantes são colocados no poder de forma hereditária para ser um sistema incorruptível.

Nesse mundo distópico, existem Os governantes (a elite), que vivem de um lado do muro onde aparentemente tudo é bom, luxuoso e colorido. Já no lado oposto do muro que os separam, existe uma população menos favorecida, onde a única cor que eles conhecem é o cinza. Aos sete anos de idade, os filhos dos governados são enviados para serem treinados, lá eles perdem sua infância e inocência logo cedo, também tendo que amadurecer precocemente. Eles ficam no Regimento até atingirem a idade adulta, tempo onde escolhem que profissão vão exercer na sociedade ( poucos mais que 4 opções). Os governados não tem sobrenomes, por isso são identificados por números.

" - Você não precisa esquecer quem você é, filho. Muito pelo contrário. Deve se apegar à isso com todas as suas forças para que eles não tirem de você o seu melhor. Esconda isso deles. Não deixe que eles vejam o quão maravilhoso você é, e estará a salvo."

Thiago (número 6) é um jovem governado que está no Regimento desde o sete anos de idade, lá ele tem 3 grandes amigos que sempre estão junto a ele. Ele é um rapaz que não aceita o sistema pelo qual é comandado e de alguma forma, anseia uma mudança, uma escapatória. Laura é a filha do Coronel do norte, uma menina que nunca gostou de vestidos repletos de saias, todovia sempre preferiu calçar as botas dos irmãos. Uma menina mandona, determinada e corajosa que luta por aquilo que quer: Liberdade. Laura sente-se presa no sistema que vive por não poder tomar suas próprias escolhas e também não concorda com a injustiça do sistema.

“— Você é um deles.
— Posso ser um deles, mas meu coração não pertence a nenhum dos dois lados. Meu coração pertence à ideia de um mundo em que as leis são as mesmas para todos. (...)”

Laura e Thiago tem vidas totalmente diferentes, mas a vida vai acabar por uni-los de uma forma inesperada, mas muito interessante. O sistema que eles vivem é muito injusto, e até mesmo alguns governantes são contra, Laura sente-se presa no sistema que vive por não poder tomar suas próprias escolhas e também não concorda com a injustiça do sistema.

“Não estamos vestidos para lutar... assim como nunca estaremos vestidos para morrer... "

Os personagens do livro são incríveis, cada um deles, pois eles contribuem de uma forma muito importante para a história, mesmo sendo secundários ou coadjuvantes. A história é narrada em terceira pessoa, por um narrador onisciente, que sabe de tudo e conhece cada um dos personagens. A leitura de Distopia é leve e ao mesmo tempo muito envolvente e chocante. Kate Willians consegue prender o leitor de uma forma muito legal, porque em nenhum momento o livro se torna chato. Uma das coisas mais legais do livro é que a autora brincou com o espaço por meio de Interlúdios (Flashbacks), que mostram o passado e que nos levam a fazer descobertas ou influenciam um acontecimento próximo.
No geral, Distopia é um ótimo que faz o leitor se envolver e acreditar em tudo o que está acontecendo. A única coisa que não me agradou foi o final, mas o segundo livro vem por aí e eu acredito que compense o final do primeiro. Então pessoal leiam-no, porque vocês vão amar.

site: http://palavraforpalavra.blogspot.com.br/2016/05/resenha-distopia-kate-willians.html
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Ariane 26/08/2016

Resenha Distopia
Resenha

Eu acho que não estava preparada para fortes emoções rs.

Que livro... bem escrito, bem descrito, emocionante, forte. A autora não deixa a desejar para nenhuma distopia estrangeira, uma ótima autora. Kate é maravilhosa, ela escreve qualquer gênero, seu romance A fada madrinha também é ótimo.

Como sabem "Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa"[1]. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.
Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Nesse aspecto, diferem fundamentalmente do conceito de utopia, pois as utopias são sistemas sociais idealizados e não têm raízes na nossa sociedade atual, figurando em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica.
Uma distopia está intimamente conectada à sociedade atual. Um número considerável de histórias de ficção científica que ocorrem num futuro próximo do tipo das descritas como "cyberpunk", usam padrões distópicos de uma companhia de alta tecnologia dominando um mundo em que os governos nacionais se tornaram fracos." (fonte: Wikipédia)

Então já sabe o que pode esperar.

Resenha: Distopia - Kate Willians

Após a grande guerra de 2016 que devastou o mundo, os sobreviventes foram separados por 4 regimentos, norte, sul, leste e oeste. Cada um é comandado por um governante que fica dentro do muro com sua família, tem uma vida cheia de regalias, mas nem tudo é o que parece. O centro de treinamento de soldados também é dentro do muro. Do lado de fora ficam as famílias governadas, que vivem sem luxo, sem cor (suas roupas e a cidade são cinzas), sem tecnologia, pois quando foi criado esse governo, os governantes acharam que a guerra aconteceu por causa da inveja, e por possuírem tantas armas, tantas fontes para devastação. Os governados não conhecem um telefone celular, um computador e não podem ter nenhum tipo de arma, além dos muros.

Ninguém sabe quase nada de como era antes da grande guerra, muitas coisas já não existem mais, eles foram privados até de conhecer a Deus, e quem tem coragem de passar adiante informações do passado, coloca sua vida em perigo.

A partir dos 7 anos as crianças que estão fora do muro são obrigadas a saírem de suas casas para serem treinadas pelo regimento para se tornarem soldados, após o treinamento eles podem decidir se ficam ou voltam para suas casas e escolhem entre as seis opções de profissão.

Eles não tem escolha, quanto a aceitar ou não o treinamento. Como podem achar que uma criança de 7 anos deve treinar para ser soldado? ela deveria estar brincando, e não aprendendo a matar e sendo tratada tão cruelmente. Nesse novo mundo não existe infância, a vida é difícil de qualquer jeito, dentro ou fora dos muros.

A história se passa no regimento do norte, mostrando todos os lados, o lado do Governante que não concorda com as regras do regimento, porém não pode fazer nada para mudar. O lado das crianças que não aceitam o que acontece com elas, mas também não tem escolha, são obrigadas a amadurecer. O lado dos Soldados, os bons e os maus.

Resenha: Distopia - Kate Willians
Os Governantes são escolhidos de forma hereditária, eles não tem escolha, os filhos devem tomar o lugar dos pais, E mesmo que não aceitem as regras, elas devem ser seguidas.

A história se desenrola entre presente (para nós futuro) e interlúdio (o passado dos personagens), é contada em terceira pessoa, e esse narrador sabe de tudo, mas não conta de uma vez pra gente, ele vai contando aos poucos, e vamos a cada página descobrindo o que está acontecendo agora e o que aconteceu alguns anos atrás.

O livro é cheio de informações, confesso que no começo fiquei meio perdida com tantos personagens, mas é normal, porque como a história vai se desenrolando aos poucos, também vamos entendendo ela aos poucos.

É uma história incrível, super bem criada, sem pontas soltas, tem doses de emoções no ponto, tem muitos momentos tensos, mas tem partes bem engraçadas, os personagens são carismáticos, é fácil amar o governante e sua família, é fácil torcer para as crianças, é fácil torcer para que um certo casal fique junto rs, é fácil odiar alguns personagens com todas as nossas forças e amar a outros com mesma intensidade. É difícil dar adeus a alguns.

É muito interessante como a história flui naturalmente, você vai entrando nela de uma maneira tão natural que quando termina percebe a afeição que criou por todo esse cenário, e seus personagens. Já estou com saudade. Espero que saia logo a continuação, rs.

Se você gosta desse mundo distópico, de uma chance para esse livro, você vai se surpreender positivamente.

site: http://www.livrosdanane.com/2016/08/resenha-distopia-kate-willians.html
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Camila Aranha 26/08/2016

Distopia
O livro faz jus ao ditado "não julgue o livro pela capa". A capa é muito bem elaborada e dá a entender que vai rolar muito tiro, porrada e bomba. Me enganei completamente.
É um livro bem fácil de ser lido, sem muitos recursos gramaticais e sem mensagens implícitas. A história é bem fraca, não mantém uma linha tênue, parece ser várias histórias de vários personagens distintos. Achei a base da história muito parecida com a trilogia Jogos Vorazes.
O que ganha destaque é uma das personagens principais, a Laura, a qual quer ir além do papel da mulher na sociedade em questão, quer lutar por suas vontades e desejos e não abaixa a cabeça para as imposições da sociedade perante a mulher.
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Juliana 31/05/2016

Distopia
Oi, galera, todos bem?
Vamos imaginar um futuro distante, e que nesse futuro, a população use o ano em que vivemos, 2016, como "exemplo" de uma grande catástrofe. Sim, um terrível acontecimento chamado como A GRANDE GUERRA. Quando chega ao fim, são poucos os sobreviventes e para que seja possível conviver sem que a ganância e a inveja prevaleçam, Regimentos são criados.

Dentro destes há uma divisão entre os governantes e os governados. Não preciso dizer qual classe é a oprimida, ou preciso?

Com regras totalmente cruéis, conhecemos a fundo como esses regimentos funcionam através do grupo localizado ao Norte.

Crianças não possuem o direito de serem o que são, apenas crianças, e são obrigadas a crescer antes do tempo em meia a violência. E um único desejo, serem livres. Pois é, esse é o cenário distópico que a autora Kate Willians nos apresenta no seu livro que leva o título, Distopia. Publicado pela Editora Arwen.

Apesar de encontrar elementos já usados em tantas outras distopias, com por exemplo, a divisão entre o povo. Os mais favorecidos como os dominantes entre os não favorecidos, esses que impõe regras e o não exercício de tais leis tem como a punição a morte.

Acredito que a autora conseguiu mostrar de uma maneira lúdica, é claro, um futuro pós- guerra, caso a briga de poder continue em tamanha proporção.

Todos os personagens foram bem apresentados e bem desenvolvidos com uma bagagem histórica de vida, e o que aconteceu para que chegassem até aquele momento. Há também a força do poder feminino, a vontade de querer mudar uma sociedade machista liderada por homens que possuem o arcaico dogma - mesmo que no futuro - que mulher é o sexo frágil. Conseguimos acompanhar essa vontade através de Laura.

Filha caçula do Coronel do Norte, a garota é destemida e não aceita ser tratada ou até mesmo considerada incapaz de realizar façanhas que até então são designadas para ao sexo masculino, simplesmente por usarem argumentos invasivos a respeito de ser mulher.

Com a autorização de seu pai que concorda em partes e que permite por considerá-la sua "garotinha", Laura aprende a manusear armas e até mesmo defesa pessoal com o auxilo do soldado Enzo. No começo apenas o pai e o militar são as pessoas que tem esse segredo, porém depois sua família fica sabendo.

Entre os governados temos Thiago, o jovem foi tirado da família para ser submetido as regras daquela sociedade, mas mesmo que preso por leis, o rapaz tem o espírito livre, e é assim que a sua liderança se sobressai entre os demais.

Claro, há muitos outros personagens que são importantes para toda trama, como Enzo, o instrutor que luta por aquelas crianças que assim como ele, cresceram nesse sistema de regimento. O que ele faz por todas aqueles jovens é algo incrível e assim conquista o carinho de todos. Sem dúvida foi a história que eu mais gostei de conhecer.

Com um vocabulário de fácil entendimento, não encontrei grandes erros durante a leitura. Entretanto, uma pequena ressalva que tenho a fazer é referente ao uso da palavra " mesmo(a)" para substituição do substantivo, sendo que temos a possibilidade de usar outros sinônimos e tornar a oração mais rica. Eu, durante a leitura acabei por fazer essas substituições, depois de alguns capítulos lendo " o mesmo, a mesma" começou a me desagradar. A narrativa da autora é leve com muitos diálogos, algo que ao meu ver faz com que a leitura desenvolva rapidamente.

Indico Distopia para todos devido ao que já apresentei aqui, a aproximação de um futuro pós guerra bem possível.
Fonte e espaçamentos adequados, não proporcionado cansaço durante a leitura. Houve o cuidado dos capítulos começarem nas páginas impares e todos iniciam- se apenas com numeração e não são extensos. Os mais longos são divididos por cenas e interlúdio. A capa foi o que mais me instigou a realizar a leitura e que apresenta muito a situação do enredo.

site: http://nossaestantenacional.blogspot.com.br/2016/05/resenha-distopia-kate-willians.html
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Nath 23/03/2016

Resenha do blog Pobre Leitora
istopia se passa no ano de 2064, depois de a Grande Guerra em 2016, que transformou o mundo em um caos. Quando esta finalmente chegou ao fim e a maior parte da população mundial tinha sucumbido, inclusive os maiores líderes políticos, quatro coronéis se juntaram para por ordem e preservar o resto da humanidade. O mundo foi dividido em 4 regiões, o Norte, Sul, Leste e Oeste, onde cada coronel ficou responsável por um lugar e as pessoas se dirigiram para as localidades. O foco do livro é o Norte, comandado agora pelo coronel Leone.
O Norte (e todo o resto) é separado em "governantes", que são as pessoas com uma boa condição de vida, e os "governados", que vivem uma vida bem difícil.
Ao completar 7 anos, os governados são mandados para dentro do Regimento para serem treinados e virarem soldados, sendo este, um processo cruel. Os meninos são afastados de suas famílias, sendo orientados até mesmo a esquece-los. Agora, sua vida é o Regimento e seu dever é protege-lo.
O foco do livro é em Laura, filha do coronel do Norte e em Thiago, um dos meninos do Regimento. Alternando os capítulos entre eles, vamos conhecer melhor a rotina do Regimento, seus pensamentos e medos mais profundos e sua vontade de se libertar.

Eu estava com muita vontade de ler este livro e por isso quando tive a oportunidade, não demorei e o solicitei. Minhas expectativas eram altíssimas e talvez isso tenha me atrapalhado. Vejam bem, eu esperava uma coisa diferente do que a que encontrei no livro.
Com um nome desses e uma capa dessas eu esperava uma história forte, pesada. Eu esperava um mundo distópico 100% cruel e sanguinário mas a história que encontrei, para o meu gosto, foi leve. Acho que eu poderia descrever como uma distopia juvenil. A idade dos nossos protagonistas é de 15, 16 anos, e claro que isso não quer dizer nada, mas creio que talvez por isso, a história tenha sido mais branda. Ou a intenção da autora era essa mesmo e eu que tive a impressão errada!

Não posso dizer que fiquei decepcionada. A história que a Kate criou continua sendo fantástica. É um mundo distópico bem provável e se pensarmos que ele teve o início em 2016 bom, da um certo medinho rs A escrita da autora é envolvente e rápida, muito gostosa de se ler. Gostei muito de cenário em que o livro se passa e das críticas presentes na história. É normal vermos críticas à sociedade em livros do gênero mas achei que a Kate foi além, fez críticas bem fortes ao desfavorecimentos das mulheres e senti uma pitada de crítica ao preconceito com homossexuais. E todas as críticas foram inseridas de maneira singela na narrativa, aparecendo aqui e ali, sendo o pano de fundo mas sem lotar excessivamente a história, dando margem para que os leitores tirassem suas próprias conclusões da situação.

É interessante o modo como ela demonstra também, no caso da história, que nem sempre os privilegiados tem mesmo uma vida melhor. Todos, governantes e governados, sofrem com a falta de liberdade e conhecimento, sendo obrigados a cumprir papéis previamente determinados por essa sociedade.

Infelizmente não me afeiçoei a personagem Laura, achei ela mimada e irritante durante o livro todo. Ela tem sim uma evolução durante a história e tem ideais e ações muito dignas, mas o tempo todo achei-a estressante. Ela nunca perde seu jeitinho um pouco egoísta e mimado, de quem faz birra para conseguir o que quer. Já Thiago foi um personagem interessante, jovem mas sábio, que luta por aquilo que acredita. Todos os personagens foram interessantemente construídos e tiveram partes importantes na história, a maioria tendo alguma evolução. Porém, acho que a autora pecou ao representar os meninos novinhos. Para crianças de 7 anos de idade, eles pensavam e agiam com adultos. Por mais que a situação fosse extrema e rígida, o que causaria mesmo um amadurecimento precoce, acho que essa caracterização extrapolou um pouco.

Apesar da premissa perfeita e enredo bom, a história foi muito corrida. Para alguns pode ser bom porque realmente não há enrolação e as coisas acontecem rapidamente, mas na minha opinião, a autora poderia ter desacelerado um pouco e se aprofundado mais em algumas coisas, como a relação de Laura e Thiago, a condição de Stephen, irmão de Laura, entre outras coisas. A história deixa um gancho para um próximo volume, mas talvez, se houvesse esse maior aprofundamento, o grande acontecimento final desse livro pudesse ser deixado para o próximo, criando um sentimento maior de ansiedade. Bom, essa é uma opinião minha mesmo.

A edição da Editora Arwen é lindíssima! A capa é toda metalizada, tem umas folhas negras no começo e para separar as partes do livro (adoro tudo em preto, acho chique), a qualidade do papel é muito boa e as letras estão ótimas, tudo bem pensado para uma ótima leitura. Infelizmente encontrei vários errinhos durante o livro e uma coisa me incomodou muito durante a leitura: os diálogos. Não as falas propriamente ditas, mas como ele foi montado. Numa mesma linha tínhamos a fala de um e a reação de outro, o que as vezes me confundia sobre quem estava falando.

Você que está lendo essa resenha e chegou até aqui (ufa!) pode achar que eu só falei negativamente e que o livro é ruim mas NÃAAAAO. É uma boa história sim! E eu gostei muito de ler, mas pro meu gosto, ela poderia ser melhorada para uma segunda edição, talvez.
Recomendo-a sim pra você que ta afim de ler uma coisa diferente e estimulante e com certeza quero ler outros livros da autora!

site: http://pobreleitora.blogspot.com.br/2016/03/resenha-distopia-kate-willians.html
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jeeeh.carool 02/03/2016

Resenha Love Book S2
Fãs de Divergente e Jogos Vorazes, podem ler sem medo esse livro pois iram amar! Achei a estória bem parecida, as partes da guerra o sistema do "mundo" em si, enfim super recomendo.

Distopia conta a estória de uma sociedade que vive dividida pela ditadura... O mundo esta dividido em Norte, Sul, Leste e Oeste onde todas as cidades se juntaram e agora são apenas uma.
Nessa sociedade quando as crianças completam sete anos são obrigadas a se alistar no exercito que é chamado de "Regimento" -assim digamos- independente do seu sexo ou cor, lá elas recebem o mesmo tratamento mesmo sendo filhos dos governantes ou governados.
A diferença entre eles é o luxo e a idade em que vão para o Regimento.
Os Governantes tem a vida mais luxuosa e também mais colorida o que já é totalmente o oposto dos Governados que vivem apenas com o mínimo independente do tanto que trabalham e seu mundo é cinza pois existe um padrão para não ocorrer brigas entre eles...
Logo no prólogo a Kate explica detalhadamente esse universo tão diferente um do outro...
O livro é narrado em terceira pessoa tendo foco em Laura que é uma governante e em Thiago que é um governado.

Confira a resenha completa no blog...

site: http://www.lovebooks2.com.br/2016/02/resenha-distopia-kate-willians.html
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Aline 26/02/2016

Ótima trama!
Ano 2064, após a Grande Guerra em 2016, o mundo foi divido em quatro Regiões: Norte, Sul, Leste e Oeste, que são comandadas por Regimentos. Cada Regimento tem os seus governantes, coronel, sargento, capitão, definidos hereditariamente.

O Regimento era dividido em duas categorias: Governados, vivem do lado de fora do muro, e Governantes, vivem do lado de dentro do muro. Do lado de dentro, fartura. Do lado de fora, tudo cinza, as pessoas se vestem de acordo com a profissão. Os Governados não tinham sobrenome, eram conhecidos pelo nome e número da casa em que viviam, aos vinte anos eram obrigados a escolher uma das seis opções de profissões disponíveis e segui-la até o fim da vida. Quando as crianças completavam sete anos, eram obrigadas a entrar pra o Regimento, onde estudariam e seriam treinadas como soldados. Os Governantes também tinham regras a seguir, mas claro, não tão rígidas quanto às dos governados. Apenas o Regimento e a Ciência tinham acesso à tecnologia (computador, internet, celular, armas).

E é em meio à todas essas regras que Laura e Thiago vivem. Laura é a filha do coronel do Norte. Thiago filho de um Governado, está no Regimento desde os sete anos.

Laura é o tipo de garota que não gosta de usar sapatos femininos e sim as botas dos irmãos, desde pequena sempre preferiu ação, luta à ser a princesa das brincadeiras.

Thiago tentou fugir do Regimento e, apesar de não ter conseguido, nunca deixou de discordar das rígidas regras em que vivia. A história se desenvolve sob o ponto de vista desses dois personagens.


"(...) Desde criança, ensinaram-me o valor da honestidade, gratidão e nobreza, porém, quanto mais os anos passam, mais vejo que, por trás de todas aquelas palavras amigáveis, o que eles realmente queriam era que eu fosse criada para me calar." Pág. 13


"- (...) Os covardes nunca admitem nada..." Pág. 59


"- Aguce os seus instintos, encare o desafio." Pág. 81


Laura é encantadora. E não digo isso porque ela é a filhinha do papai ou a garotinha da mamãe. Pelo contrário, ela sempre mostrou que queria mais do que vestidos bonitos. Inteligente, determinada, impaciente e mandona, Laura sabe o que quer e tenta de diversas maneiras ir atrás do que quer, mesmo que todo a vejam como a menininha do papai e isso a irrita profundamente. Sim, ela tem um lado infantil, que por sinal fala muito alto, mas isso não me incomodou, porque achei que as qualidades dela se sobressaíam aos seus defeitos.


Thiago à princípio me pareceu covarde, mas no decorrer da história vemos que de covarde ele não tem nada. Determinado e com um ponto de vista que não se deixa afetar pelos outros, vai lutar pelo que acredita. É do tipo que se importa com as pessoas, principalmente seus amigos mais próximos. Algo que chamou a atenção é justamente a união de Thiago com seus amigos. Enquanto os outros grupos do Regimento eram mais afastados, o dele se mantinha unido. E isso realmente me agradou.


O personagens secundários também foram muito bem desenvolvidos e todos tem papel fundamental na história: Leone, o coronel do Norte e pai de Laura, um bom homem que só é coronel por conta das regras de hereditariedade e não por opção; Miranda, mãe de Laura, uma mulher que à princípio parece chata, mas que se revelou muito melhor que isso; Stephen, um dos irmãos de Laura, de quem ela é mais próxima; Igor, Hugo e Martin, os outros irmãos de Laura; Otto, coronel do Sul; Ângelo, amigo de Thiago, um bom amigo, apesar de ser um tanto quanto prepotente; Lucas e Nicolas, também amigos de Thiago; Sargento, um homem nojento sem escrúpulos; Enzo, instrutor de Thiago, com certeza um dos meus personagens favoritos, bem mais que um instrutor, quase pai dos meninos; David, soldado do Regimento; entre outros.


"- Não estamos vestidos para lutar. (...)
- Assim como nunca estaremos vestidos para morrer, meu rapaz. Ninguém sabe que terá que lutar até levar o primeiro soco." Pág. 131


A autora criou um interessante mundo distópico, cheio de regras, onde as crianças eram tratadas como adultos. Durante a leitura, em diversos momentos via os personagens como soldados e acabava me esquecendo que eram apenas crianças ou pré-adolescentes, tamanha a maturidade que lhes era exigida desde cedo.


Narrado em terceira pessoa, com foco em Laura e Thiago, a autora nos apresenta uma trama repleta de ação e acontecimentos que nos fazem questionar atitudes dos personagens e revoltar perante a crueldade nas lutas e disputas pelo poder. Um enredo de tirar o fôlego e uma narrativa fluída, que fazem com que a leitura se desenvolva rapidamente e de maneira agradável. Os capítulos são intercalados entre o momento presente e alguns flashbacks na forma de interlúdio que possibilitam entender melhor situações presentes com base em coisas que aconteceram no passado.

(+) Leia a resenha completa no blog.

site: http://literalizandosonhos.blogspot.com.br/2015/10/resenha-distopia-kate-willians.html
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Fernanda 22/02/2016

Resenha: Distopia
RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/02/resenha-distopia-kate-willians.html
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Gleyse 17/02/2016

Um quase acerto
A gente começa a gostar do livro logo pela capa, que traz algumas ilustrações de um cenário desolador, bem característico de distopias, e como o título sugere, é isso que encontramos no enredo, onde uma grande guerra ocorrida no ano de 2016 (pois a história se passa no ano 2064) leva aos governos repensarem a forma como o mundo em si se transformou naquele caos e na busca por reorganizar social e politicamente os poucos sobreviventes, criam-se zonas (norte, sul, leste e oeste), onde há os governantes - militares e pessoas do alto escalão, e governados - os civis de um modo geral, que virem em extrema pobreza fora dos muros do regimento sem qualquer direito ou chance de ascensão em sua condição social limitada por um sistema incorruptível. E como se não bastasse, cada família deve enviar seus filhos para fazer parte do regimento ao completar sete anos de idade, quando receberão treinamento para se tornarem soldados.
É assim que conhecemos Thiago, nosso protagonista, Ângelo, Nicolas, Lucas e Anna, crianças que foram separadas de suas famílias e passaram a conviver anos, estudando e treinando para atuarem no regimento. Lá eles recebem roupas, boa comida, lazer, mas também precisam se esforçar ao máximo para serem bons soldados. Porém, continuam sendo crianças e mesmo com todas as dificuldades do treinamento, encontram nos amigos que fizeram uma razão para continuar.
O fato é que o clima dentro do regimento é sempre de tensão, medo e retaliações, pois o Sargento é um homem mau que adora torturar os alunos, colocando-os em situações perigosas e constrangedoras, e é em uma dessas que Thiago conhece Laura, a filha do Coronel Leone, o comandante do Norte que apesar de ser um grande líder, procura manter a harmonia, pois apesar de sua função, ele não concorda com tudo que acontece ali, mas segue todas as leis e regras que estão em vigor há muitos anos. Até que durante um dos treinamentos, alguém é assassinado e a iminência de um golpe de estado mudará toda essa rotina.
Uma das coisas que mais gostei, forma os personagens. Thiago é um garoto inteligente, mas que não é tão forte e ágil quanto seu melhor amigo, Ângelo que traz consigo a dor de ter perdido seu irmão mais velho em uma atividade do regimento, e ele tenta dar seu melhor pela memória do irmão. Enzo é o instrutor do grupo, que consta com vinte alunos e parece ser o único no regimento que procura ensinar da maneira mais correta, levando em consideração que são apenas crianças e apesar de ser um cara brincalhão, ele é querido e respeitado por todos. Já Laura, é uma garota mimada, mas que sente uma inquietação diante da situação dos governados, especialmente por ter a oportunidade de ver de perto a rotina do regimento durante suas fugidas do escritório do pai.
Assim, tendo em vista que a Laura é uma menina que foi criada para ser uma dama e exemplo para todos, por ser filha do comandante, mas que não liga para nada disso e discorda de várias coisas dentro da sua realidade, eu a achei bem mimada e chatinha. E apesar do seu desenvolvimento durante a trama, eu esperava bem mais dela para o desfecho do livro, e isso me incomodou muito, já que toda a trama, de certo modo, foca muito na sua história de vida.
Outra coisa que me incomodou no livro foi a capa em si. Apesar do capricho que a editora Arwen teve com a edição, cheia de detalhes e capa holográfica, as imagens não condizem muito com o que lemos no livro, ou seja, a autora não se preocupou muito em descrever o ambiente que está além dos muros do regimento, a gente fica apenas com a imaginação de como seja por causa da capa, mas nada disso foi detalhado. Porém, nada me incomodou mais do que a quantidade de "olhos revirados", eu já estava de saco cheio de ler isso, poxa, todos os personagens tinham essa mania de revirar os olhos, chegava a ser irritante!
Eu gostei bastante da forma como a autora conduziu o ritmo da história, pois a apesar de ser uma distopia, a leitura não é pesada, nem densa, mas tive problemas como os diálogos, em alguns momentos estavam um pouco confusos, e também achei que ela se ateve a alguns detalhes menos importantes em detrimento de outros que poderiam ter sido melhor trabalhados, como é o caso da descrição do ambiente pós-guerra. Mas nada disso tira o mérito da leitura, apesar de ser impossível não fazer comparações, especialmente com Jogos Vorazes.
A edição, como já falei está linda, a capa, os detalhes entre capítulos. Há uma divisão de duas partes e os interlúdios, que tratam do passado, intercalando com o presente, o que nos ajuda a compreender alguns dos acontecimentos, esse talvez tenha sido o ponto alto do livro. E encontrei alguns errinhos de revisão que pouco comprometem a leitura.

site: http://gleysevieira.blogspot.com.br/
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Juliana 27/01/2016

Distopia!!
Eu queria poder ser uma daquelas resenhistas “maras” como o pessoal que faz parceria com a gente e faz textos incríveis, assim eu poderia chegar perto de falar sobre Distopia e sobre a lindeza que é a Kate Willians.
Mesmo sabendo que não vou conseguir, me dedicarei a dizer a vocês nos próximos parágrafos o que eu senti lendo esse livro tão incrível.
Primeiro, não sou muito de ir com a cara de protagonistas de séries. Elas sempre me irritam porque são sensíveis demais, apaixonadas demais, choronas demais. Porém, Laura me conquistou do início ao fim. Ela é corajosa e teimosa na medida certa, e sempre está buscando crescer enquanto pessoa, questionando o Regimento, se importando com a forma como tudo foi estabelecido na sociedade.
O enredo foi bem montado e ficou evidente o quanto a Kate pesquisou e se aprimorou para que cada detalhe fosse amarrado e o universo ficcional fosse verossímil. A sociedade formada por ela é convincente e você se sente conectado aos personagens, vivendo com eles todas as cenas de ação e emoção, torcendo e alertando nas horas de perigo.
Os flashbacks são outro ponto interessante. A todo momento você tem um vislumbre do passado e isso ajuda muito a compor a personalidade de todos os personagens para entender suas ações no presente.
Meus personagens favoritos foram a Laura, o Enzo e o Stephen. Confesso que senti uma atração pelo Beck (me julguem) e fiquei torcendo por um super triangulo amoroso conflituoso e imprevisível entre eles. NO SPOILER, parei aqui.
Em alguns momentos eu amei a Kate, suspirei, quis ligar pra ela e falar o quanto ela arrasou na escrita e que dava para sentir o amor com que ela escreveu a história. Mas de umas páginas para o final a coisa começou a tomar rumos extremos, a ação disparou e duas coisas me fizeram ter que mandar uma mensagem raivosa para ela. Hahahahahhaha. Mas como autora, eu sei que essas mensagens raivosas são maravilhosas, pois elas querem dizer que as palavras escritas fizeram o leitor sentir as mais diversas coisas.
Kate, você conseguiu. Eu senti de tudo lendo Distopia, e senti, acima de tudo, que além de uma pessoa maravilhosa que é minha amiga, você também é uma autora incrível, que eu admiro muito.
Editora Arwen, publica Utopia logo!!!!
Kate 27/01/2016minha estante
To tão emocionada que nem sei dizer: JUH EU TE LOVE libélula, obrigada por ter feito essa resenha linda e por ter me feito acreditar que sou boa no que amo tanto fazer, saiba que você colocou um sorriso no meu rosto depois de ficar o dia inteiro chateada, obrigada, obrigada, obrigada!




Alline 17/01/2016

Leitura obrigatória para os fãs de distopia!
SENSACIONAL! Não consegui pensar em outra palavra senão esta para começar a resenha. Distopia foi uma grande surpresa para mim. Quando conheci a autora e comprei o livro, criei uma expectativa muito grande. A leitura valeu muito a pena. Lembro que queria deixar de lado todos os outros livros que eu deveria ler para começar este, mas não podia, eu tinha que cumprir prazos. O mundo distópico de Kate Willians me conquistou e eu a agradeço por ter escrito essa obra. É muito bom saber que a literatura brasileira tem uma talentosa escritora em ascensão como a Kate.

Devo dizer que amo o gênero Distopia. Mas, o que significa? "A distopia é um pensamento filosófico que caracteriza uma sociedade imaginária controlada pelo Estado ou por outros meios extremos de opressão, criando condições de vida insuportáveis aos indivíduos. Normalmente tem como base a realidade da sociedade atual idealizada em condições extremas no futuro." As distopias me fascinam, porque qualquer coisa pode acontecer, qualquer coisa mesmo. O mundo que conhecemos pode ser reinventado de diferentes formas, cabe ao autor(a) explorar este gênero da forma que lhe convém. Há distopias sobre catástrofes naturais, universos e seres estranhos, que possuem alta tecnologia, grandes guerras, rebeliões, revolução, o homem sendo extremamente cruel, e a esperança e o amor encontrando espaço em meio ao caos. E a Kate soube trazer tudo isso muito bem. Senta que lá vem história.

Após a Grande Guerra, a sociedade passou a ser governada por militantes, sendo divida em Norte, Sul, Leste e Oeste. Estes quatro Regimentos são comandados por coronéis. Há um muro que separa os Governantes dos Governados. Os governantes representam a elite, vivem dentro do muro e possuem vários privilégios, como o uso da tecnologia e o comando do sistema político, enquanto que os governados vivem fora do muro e em condições decantes, os pais são obrigados a entregar seus filhos com mais de 7 anos, independentemente do sexo, ao exército para se alistarem.

Este último fato me lembrou a infância dos espartanos. Depois de passar os primeiros 7 anos de vida com a família, os meninos eram enviados para centros de treinamento para serem educados e transformados em guerreiros. O treinamento era focado no militarismo, na disciplina e na obediência completa. O objetivo maior dele era formar soldados educados no rigor para defender a coletividade, exatamente como na narrativa. Muito legal, né?!

"Eu vou mostrar a você que ser mulher nunca foi e nunca será sinônimo de fraqueza."

Laura e Thiago são dois jovens nortenhos. Ela, uma governante. Ele, um governado. Laura é filha do Coronel do norte, bastante impaciente, chorona e mandona, não tem liberdade para fazer nada e é sempre controlada ou mandada pela mãe para que mantenha a aparência de "mocinha". No início, não gostei muito dela, mas aos poucos fui notando que ela tem um bom coração e que não queria ser controlada por ninguém, queria tomar as próprias decisões e não aceitava as regras abusivas de sua sociedade. A evolução dessa personagem é impressionante, ela deixa o jeitinho de menininha imposto à ela de lado e se torna uma mulher guerreira com vontade de mudar a sua realidade.

Thiago, por sua vez, é um soldado, prometeu aos pais que seria forte e encararia a sua missão com o desejo de revê-los algum dia. Ele nunca esquece os seus valores e é isso que o torna forte, não gosta de ser comandado e também se opõe ao regime opressor. Mesmo sendo tão diferentes, os seus destinos se cruzam e a busca pela liberdade se torna o principal objetivo de ambos.

Vejo o Thiago como um herói insistente. Ele sabe que vive em um lugar desigual e injusto, quer acabar com tudo isso. Além disso, ele é um amigo muito leal, sempre valoriza seus amigos e os coloca em primeiro lugar. Eu admiro muito isso nele, até porque, como diz Mario Quintana, "A amizade é um amor que nunca morre". Thiago sabe que cultivar as amizades é importante, pois são elas que estarão sempre ao seu lado.

Os outros personagens são maravilhosos, porque é como se você estivesse ao lado deles, passando por tudo que eles passam, sorrindo, lutando, sofrendo com eles. O que mais me encantou foi o sargento Enzo, porque enquanto alguns sargentos puniam os jovens soldados com castigos cruéis, ele era o único que olhava para aquelas crianças com complacência, se importava com o bem-estar delas. O Ângelo, melhor amigo de Thiago, também é adorável. Além de ser brincalhão, a todo momento, deu suporte ao amigo. É muito bonita a amizade deles.

"Então, venha pegar! Fui eu quem armou tudo isso. Deixe meus amigos em paz."

Não poderia deixar de comentar que a autora mata sem dó! Em um determinado momento, ela nos apunhala com a morte de alguém bem importante. Não vou revelar, vocês vão ter que ler para descobrir. A obra é magnífica, diferente das distopias que já li. Tem sangue, exército, guerra, tiro, porrada e bomba, tudo o que um livro desse gênero pede.

Algumas partes da obra soaram um tanto quanto familiar para mim. O muro, os governados vestirem roupas de acordo com a profissão que escolheram e as suas casa serem cinzas, me lembraram Divergente; uma das provas que os jovens soldados enfrentaram ter acontecido em um labirinto, me lembrou Maze Runner (minha saga preferida *--*); outra prova ter sido televisionada para os governantes mais poderosos, pensei em Jogos Vorazes, claro; e, por último, o fato de que os governados não têm sobrenomes e sim números para demarcá-los, logo veio A Seleção na minha mente. Foi tão legal ver essas referências durante a leitura. Claro que não é exatamente igual, a autora insere detalhes únicos e, no fim, tudo se torna novidade. Adorei!

O livro é dividido em duas partes e narrado em terceira pessoa. Os capítulos são intercalados com os interlúdios, que tornam a leitura ainda mais interessante, pois podemos explorar um pouco a infância dos personagens principais. E esses flashbacks, em alguns momentos, influenciam o futuro, o que achei muito inovador. Não há descrições desgastantes, então você lê muito rápido, justamente pela escrita ser bastante leve, mesmo em cenas brutais que me deixaram aflita. Com certeza, você vai viver todo tipo de aventura e se surpreender muito.

Sobre a edição. Amei, amei, amei! Fiquei deslumbrada com os detalhes. A Editora Arwen fez um trabalho impecável. A capa é linda e todos os detalhes dão um toque mais forte ao livro. A revisão e diagramação também ficaram muito boas. Parabéns à Arwen e ao Selo Literata! Também tenho que parabenizar a Kate pela ideia tão inovadora e por ter escrito um livro excepcional. Acredito que ela tem potencial para escrever mais e mais.

Enfim, deu para perceber que a obra me agradou muito, né? Quero a continuação logo! "Utopia", só vem!

site: http://blogdreamon.blogspot.com.br/2016/01/resenha-distopia-kate-willians.html
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