spoiler visualizarAmandinhaSegura 25/02/2016
Um mergulho nostálgico nos anos 90, com ótimas referências músicas.
Champagne supernovas
“How many special people change?
How many lives are living strange?
Where were you while we were getting high?
Slowly walking down the hall
Faster than a cannonball
Where were you while we were getting high?
Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova in the sky
Someday you will find me
Caught beneath the landslide
In a champagne supernova
A champagne supernova in the sky...”
A música do Oasis que intitula o livro define o cotidiano das três personalidades que abordam a rebeldia dos anos 90 com maestrias Kate Moss, Alexander Mc Queen e Marc Jacobs.
1992, o ano em que uma desconhecida, baixinha, magricela e sem peito chamada Kate Moss foi contratada pela Calvin Klein, destruindo o reinado das modelos amazônicas e salvando a empresa neste processo. Corine Day foi a fotógrafa que a descobriu, seu trabalho era drogado, sujo, exuberante.
Kate não fazia contato visual com o leitor e estava de cara limpa.
Ela sempre era fotografada em preto e branco, contra uma parede branca lisa ou descascada, algumas vezes nua, algumas vezes com uma regata branca e roupa íntima de algodão, a beleza dura e frágil amplificada pelos cabelos lisos e pouca maquiagem. O estilo conhecido como “Heroin chic.”
Couberam a Kate os créditos por ter populalizado o jeans Skinny, a sapatilha, o lenço Mc Queen com estampa de caveiras, o lenço com estampa de leopardo de Jacobs, Stephen Sprouse e LV e o retorno do uso diurno de vestidos.
Ela era uma it girl sua alquimia era misturar o barato e caro usados com tanto vigor e tornando impossível dizer qual era qual. Kate nunca vestia ou carregava algo com um logo.
Enquando as fãs buscavam algo semelhante a seu estilo as fast- fashion Topshop e Zara produziam as roupas de Kate.
Mc Queen era um guerreiro feliz das artes das trevas, ansiava por incutir na moda as coisas que mais lhe interessavam: sexo e morte, multilação e contaminação, perversão e mal. Esteve obcecado pelo conceito da tradiçao vitoriana de costurar seu próprio cabelo na etiqueta. Foi trabalhar como cortador de tecidos levando a forte ética de trabalho de um operário como também uma chacoalhada de cultura jovem britânica: Acid house, ecstasy e raves, garotos vestidos de jeans baggy e camisas de futebol, procurando algo mais do que a próxima festa, a próxima chapação, o próximo abraço. Era bruto e tenaz, mas isso fazia parte de seu charme.
“Quero que as pessoas temam a mulher que eu visto.”
“Falando sobre morder a mão que te alimenta, a mastiguei violentamente e cuspi o que sobrou.” Disse Mc Queen.
Em 99 a Vogue inglesa pediu que Mc Queen criasse uma coleção inspirada em Kate Moss e ele fez uma escultura de Kate em gelo e justificou que seria uma metáfora perfeita para o consumo de beleza pois conforme o gelo evaporasse as pessoas iriam literalmente respira-la.
Mc Queen entrou em uma paranóia que o fazia acreditar que quanto mais bem sucedido ele ficava mais as pessoas o usavam.
Marc Jacobs foi nomeado pela Details o estudante de estilismo do ano de 1984.
“Muitas pessoas que não se consideram “ pessoas da moda” acabam sendo muito estilosa porque fogem deliberadamente do caminho para evitar a moda que está na moda no momento. E fazendo isso criam a moda seguinte.”
“Vou criar uma bolsa que custa tanto quanto um mês de aluguel e as garotas não se importarão. Elas vão comprar.”
“Adoro atenção, sou um ser humano sem vergonha.”
“A garota de Marc não era uma espectadora de Sex and the city , com seus Cosmopolitans e seu cartão de débito, mas as fãs de Sex and the city consumindo bolsas, sapatos, artigos de estilistas muito provavelmente podiam ser um cliente de Marc.”
“Os elementos não são realmente importantes, oque importa é a soma deles.”
O efeito Madonna lingirei usada como roupa para sair, a ascensão da cultura clubber, a rejeição do esquema de uma carreira.
O otimismo do Britpop tinha agora um apelo muito maior que o rock lamentador e podia ser resumido pelo hit de 1994 do Oasis Live forever. A música foi no meio do grunge disse Noel Gallagher. “ eu lembro que nirvana tinha uma música chamada “I hate myself and I want to die. E eu fiquei meio bobo, não quero saber dessa porra.
Noel criou “Live forever” indo contra a cultura grunge e destacou-se dessa forma.
O livro me trouxe uma nostalgia deliciosa, com alusões e referências maravilhosas.
Whoody Allen descreve a vida de Kate quando ela namorou Johnny Deep no filme Celebrity. O livro cita Bjork, Sonic Youth, Nirvana e outros ícones músicais que participaram dessa revolução na moda dos anos 90. Apesar de não ter fotos e minha curiosidade me fazer gogglar imagem de muitas referencias do livro, ainda achei que muita coisa fez minha imaginação voar e sonhar com tudo aquilo.