Alline 23/06/2017UAU!"UAU!" Foi essa reação que eu tive quando terminei de ler Querubins - A Sentença da Espada. Martha Ricas nos apresenta a uma trama original sobre a guerra entre anjos e demônios. Esta é mais uma obra que todo fã de fantasia deveria ler!
Chaya e Mary Grace. Século V a.C. e século XIX d.C.. Inglaterra, celta e vitoriana. Duas narradoras e dois períodos diferentes. A primeira é uma querubim forte e destemida que recebe a missão de salvar um vilarejo da ação demoníaca e de um possível massacre por parte dos saxões. A segunda é uma jovem artista que possui um dom incomum, o de enxergar o mundo espiritual, sendo por diversas vezes atormentada pelos demônios.
Como é de se esperar, as duas histórias se entrelaçam e isso acontece com congruência, uma vez que a ligação das personagens principais está fortemente relacionada a "espinha dorsal" da trama, a famosa luta do bem contra o mal.
O fato das protagonistas serem fortes e audaciosas me cativou! Chaya mostra essas características logo de cara, já Mary é um mulher bem a frente de seu tempo por dizer que não quer uma vida limitada a casar e ter filhos. Ela evolui ao longo da narrativa e se torna uma guerreira, assim como a querubim.
As figuras masculinas devem ser mencionadas pelos importantes papéis que desempenham. A gentileza de Vougan para com Chaya é tocante, o fato dele ajuda-la a qualquer custo revela o lado bom dos "bonecos de barro", enquanto que o sedutor e misterioso Anton desperta diferentes sentimentos em Mary e a influencia a descobrir coisas sobre sua origem, sendo assim um fator indispensável para o desenrolar da história.
Não poderia deixar de falar dos cenários desta obra. A forma como a autora os descreve é simplesmente incrível! O cuidado com os detalhes, o clima, as luzes e as cores que compõem cada um deles me deixou de queixo caído, foi como viajar pela Inglaterra! Isto se deve a muito boa escrita de Martha, a qual demonstra um rico vocabulário e bom desenvolvimento. A alternância das vozes narrativas também chamou minha atenção. Tudo é muito bem estruturado, de modo que o leitor não se sinta confuso e compreenda quem está contando a história.
A parte gráfica é bem bacana. Na capa temos a própria Chaya acompanhada de sua imbatível espada chamada Havah, lançando um olhar confiante. O miolo apresenta páginas amareladas, diagramação simples e fonte e espaçamentos confortáveis para a leitura.
Querubins: A Sentença da Espada é uma história fechada, mas deixou alguns plots secundários em aberto os quais foram explorados em Querubins: A Balança do Coração (lançado pela Editora Coerência em 2016) e Querubins: A Rebelião da Luz (a ser lançado pela Editora Pendragon em agosto de 2017). Neste livro você encontra fantasia, mistério, ação, mas também uma pitada de romance. Leitura recomendadíssima!
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