Billy Budd, marinheiro

Billy Budd, marinheiro Herman Melville




Resenhas - Billy Budd, Marinheiro


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Carlos Nunes 16/04/2024

Para quem já leu MOBY DICK, percebeu que, apesar de na superfície parecer uma simples história de aventura no mar, ela traz muita coisa nas entrelinhas. E aqui, mesmo numa escala bem menor, isso também acontece. É uma obra pequena apenas no tamanho, mas não no conteúdo. Em comparação com MOBY DICK, essa novela tem uma escrita diferente, mais clara e direta, e a narrativa flui melhor, apesar de que o Melville vai e volta muitas vezes, inserindo digressões que mais tarde farão todo o sentido, mas que até o meio do livro dão uma sensação de estranheza e corte na trama, desviando a atenção do leitor para outros assuntos, o que faz com que a leitura não seja tão fácil de acompanhar. Mas, quando prestamos atenção nas entrelinhas, fica claro o quanto essa obra é boa. No fundo, essa novela é uma grande alegoria da eterna luta entre o bem e o mal, uma metáfora da criação de Adão e sua tentação, ou do embate entre Cristo e Satanás. Mas todos os detalhes que o Melville coloca na trama, especialmente nas personalidades dos personagens, enriquece muito o livro e faz com que a história deixe de ser trivial e alcance um outro nível.
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Isa 12/05/2022

Billy Budd
É baseado em um fato real, ou seja a escrita é mais lenta e demora um pouco para a história ficar instigante, mas o final é excepcional.
Tem uma bela e franca mensagem.
Vale lembrar que se passa em um navio de guerra, oque deixa o livro menos fantasioso.
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Ana 15/09/2022

"O homem do mar é espontâneo, o homem da terra ardiloso."
Herman Melville nasceu em Nova York em 1819, fez viagens em navios baleeiros e de volta a nova York começa a escrever histórias baseadas em suas aventuras marítimas. Em 1851 pública Moby Dick que se tornaria sua obra prima, mas na época não obteve boa aceitação do público e seu prestígio cai. Em 1857 desiste de ser escritor e depois passa a trabalhar na alfândega de nova York. Morre em 1891 no anonimato.
Billy Budd foi o último texto escrito pelo autor finalizada pouco tempo antes de sua morte em 1891. Foi publicado pela primeira vez em 1924.
A história se passa no ano de 1797, durante as guerras entre a Inglaterra e a França. O cenário é o navio de guerra Bellipont.
O protagonista é um jovem marinheiro descrito como muito belo. Mas sua beleza não é apenas física. É moral também. Ele tem uma aura de magnificência, bondade, ingenuidade. Billy era quase perfeito. Quase porque tinha uma pequena falha. Ao se perceber numa situação estressante ou incômoda. Ele gaguejava, não conseguia articular as palavras. Perdia a capacidade de se expressar. Isso é o calcanhar de Aquiles dele.
Ao integrar a tripulação do Bellipont, pois foi convocado pela marinha inglesa e pelo capitão Vere. Logo ele conquista a amizade de todos. Mas com o passar do tempo, o mestre de armas, Jonh Claggard finge gostar dele, mas no fundo o inveja. Daí em diante percebemos o desenrolar dessa trama onde Billy não percebe os perigos que o cercam.
Existem interpretações que discutem que na verdade, Claggard sentia atração pelo belo jovem marinheiro Billy e por isso passou a tentar sabotá-lo. Eu não percebi isso na narrativa, para mim, ele sentia inveja do brilho que emanava do nosso protagonista. Da facilidade com que todos gostam dele.
O capitão Vere gosta de Billy e Billy o vê como uma figura paterna.
A narrativa se desenrola no interior do navio assim como no âmago dos personagens, as incoerências entre o que falam e o que fazem, seus instintos e sua moralidade.
Fica evidente a metáfora do embate entre o bem e o mal. Das virtudes e dos vícios. Da ingenuidade e da maldade. Da sanidade e da insanidade.
É uma história sobre as contradições humanas, o conflito entre razão e emoção e as incongruências da vida.
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Emme, o Fernando 15/02/2018

A imolação do cordeiro !
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Opinião sem Spoilers
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A história narra o recrutamento para uma belonave de um gajeiro (o moço do cesto da gávea) chamado Billy Budd, justamente no ano do grande Motim de Nore, 1.797.

O autor cose uma descrição detalhada e em etapas do físico e do caráter dos personagens envolvidos e do grande Motim. Essa parte pode parecer a alguns uma tergiversação desnecessária, mas não o é, pois toda resolução do conflito se dá pelo clima estabelecido por esse motim e pela situação instalada na marinha britânica, que sem voluntários, se vê forçada a aceitar pessoas desclassificadas, estrangeiros, temerários, e por vezes até a forçar ao alistamento indigentes, criminosos e "suspeitos" diversos e, apesar disso, evitar a todo custo motins e revoltas contra a ordem militar. Nem mesmo os nomes das naves são sem motivo: Billy é recrutado (retirado) da Direitos do Homem e vai para a Belipotente.

É nesse clima que o jovem gajeiro, o "Belo Marujo", William Budd, símbolo de beleza e perfeição moral é recrutado de um navio mercante para a marinha de guerra.

"Baby Budd" é, fisica e moralmente, representante da beleza não tocada pela malícia, um rapaz de cachinhos doirados, olhos celúrios, "a descendência nobre era nele tão evidente como a de um cavalo puro-sangue", ingênuo, verdadeiro, "desconhecedor dos homens de fala melíflua", ignorante das máscaras sociais, analfabeto, de um vigor físico invejável, porte atlético.... portador daquela verdade que as flores têm ao desabrochar....rsrsrs

Ocorre que na belonave, o mestre de armas é John Claggart, que representa o justo oposto de Billy Budd.

"Ora, Claggart era um desses, em quem a mania da índole perversa não fora engendrada por uma educação torpe nem por livros corruptores, tendo ao contrário nascido com ele e sendo-lhe inata. Resumidamente, 'uma depravação em consonância com a índole' ".

Estabelece-se, de acordo com o narrador onisciente, uma relação de INVEJA entre Claggart e Billy Budd, resultando em uma trama de intrigas de consequências trágicas.

Um aspecto interessante é que o narrador é onisciente, mas não conta tudo, às vezes não conta nada, às vezes deixa que o leitor saiba apenas o que os personagens sabem.

O leitor nada sabe sobre o passado de John Claggart. Quando Baby Budd vai aconselhar-se com Dano , um marinheiro mais experiente e único que pode dizer com certa margem de certeza o que se passa, o velho marinheiro guarda um silêncio de esfinge.

Esses silêncios e algumas escolhas e usos de palavras começam a criar uma imagem um tanto ambígua no leitor. Enquanto a narrativa fala em INVEJA, em ÍNDOLE PERVERSA, a escolha de palavras para o que Claggart sente parece indicar outro tipo de sentimento, escondido até mesmo do próprio Claggart:

"Por que Jemmy Legs (Claggart) estaria, ..., 'EM CIMA' do Belo Marujo?"

"Todavia, em seu íntimo, e não sem motivos, como o último encontro acidental talvez indique aos mais perspicazes, no fundo do coração, nos escaninhos secretos do coração, ele certamente estava 'em cima' de Billy."

"A paixão, a paixão em suas profundezas, não é coisa que demande palcos suntuosos para representar o seu papel".

"Exceção feita a outra pessoa, o mestre-d´armas talvez fosse o único homem a bordo da nau intelectualmente capaz de apreciar de modo adequado o fenômeno moral que se descortina em Billy Budd. E tal percepção servia apenas para intensificar a paixão que, assumindo várias formas secretas em seu interior, às vezes assumia a de desdém cínico, o desdém da inocência".

A palavra paixão é sempre utilizada no sentido clássico de "sentimentos fortes", que podem ser negativos ou positivos, mas o leitor sabe que está lá, em nenhum momento é dito, mas o leitor sabe que algo mais se esconde por entre as palavras!


"...por vezes a expressão melancólica tingia-se de um quê de desejo terno, como se Claggart pudesse até mesmo ter amado Billy, não fosse impedido por destino e maldição".


O texto é marcado por referências bíblicas, que eu suspeito serem muito mais do que as que são esclarecidas por meio de notas. Como eu não entendo muito de hermenêutica bíblica, não vou entrar em detalhes:

"No mesmo instante, o velo brumoso que pairava no oriente foi atravessado por um esplendor suave, como o do velo do Cordeiro de D´us entrevisto em visão mística" (essa é uma das passagens mais tocantes, embora eu não possa dar mais detalhes devido a 'spoilers').


Uma das únicas resenhas em vídeo sobre essa novela é a da Claire Scorzi, e, entre outras coisas, ela diz que "sendo mulher, não dá para aceitar o final. Se fosse homem, talvez".

Foi ao ouvir isso que me veio mais forte a impressão erótica que a figura de Billy Budd deve ter junto àqueles que amam eroticamente a um homem: o físico atlético de Billy, sua beleza clássica unida a uma perfeição moral quase infantil de tão ingênua e sincera. Tão diferente do ranço maligno dos Dons Juans, dos homens 'bem-sucedidos' (empreendedores da atualidade), dos experimentados e maliciosos em geral....

É uma sensação estranha, ao mesmo tempo que Billy não é fisicamente indefeso (pelo contrário, é muitíssimo ágil), sua beleza moral dá vontade de acolhe-lo entre os braços como ao velocino sagrado.

Aos politicamente correctos: esqueça as ideias atuais sobre "belezas alternativas". A ideia aqui é de uma beleza clássica: perfil norte-europeu, cachinhos doirados, olhos celestes, tez de porcelana (mesmo que tornada trigueira pelo sol constante da vida nos mares):

"Anglos, é assim que os chamam? E será que é por parecerem-se tanto com anjos?"


Nesse sentido a imagem de capa da edição da Cosac Naify me intriga: há uma referência óbvia entre Billy Budd e a bela criatura da imagem da capa. Mas há também uma referência que provavelmente não foi intencional entre a imagem de perfeição moral de Billy e o móvel da ação do homem da capa. Já que a maioria sequer sabe de quem se trata, me calo.

A tradução me levantou várias suspeitas, não graves, mas suficientes para eu considerar a edição portuguesa da editora Sistema Solar uma tradução bem mais cuidada do que a tradução da Cosac Naify.

O final é absolutamente coerente, mas fica aquela sensação da tese geral da obra do autor, Herman Melville: A perfeição moral não leva ao bem!!! pelo menos não em um mundo dominado pela malícia e pela afetação...


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Opinião com Spoilers
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Mas, afinal sobre o que trata essa novela?

Em um ensaio chamado "Billy Budd and Capital Punishment", Bruce Franklin propõe uma leitura que parece a mais esclarecedora a respeito da obra de Melville: a novela seria precipuamente um discurso liberal contra a pena de morte e uma reflexão a respeito do poder soberano do Estado sobre a vida e morte das pessoas sob seu jugo.

Billy Budd é um jovem marinheiro que, retirado do "DIREITOS DO HOMEM", tem um fim trágico a bordo do Belipotente. Como uma metáfora do que ocorre quando nos esquecemos dos direitos básicos do homem, que servem como freio ao Estado.

Em seu ensaio, Bruce Franklin levanta várias questões e argumentos muito esclarecedores:

- Contextualização histórica: o código militar da marinha britânica em 1.797 era ainda o "Bloody Code" de George III, um código que previa a pena de morte para inúmeros crimes (alguns irrelevantes como furto de cavalos). Previa também que mesmo crimes praticados sob circunstâncias de grave excitação, paixão repentina ou provocação seriam passíveis da pena capital (o que o código brasileiro chamaria de "emoção" como minorante da pena não estava previsto).

Havia na época em que o livro fora escrito um forte sentimento de reprovação da pena capital e dos meios empregados para sua execução.

Outra crítica bastante frequente à época era o claro cinismo que as leis que impunham a pena de morte carregavam. Na Inglaterra, o código de George III ainda previa a pena de morte para meros ladrões de cavalos, nos estados do sul dos EUA, raptar ou agredir uma mulher branca era crime passível de morte se cometido por um negro, mas levava à detenção e à multa se cometido por um branco, o que tornava o controle político de classe evidente.

Ainda de acordo com Bruce Franklin, o argumento utilizado pelo capitão Vere para a execução de Budd é tão cínico que chega a ser satírico: Billy Budd precisa ser enforcado para evitar um motim, para mostrar que nós, o capitão e superiores que estão a julgar Billy, precisam manter o controle sobre a classe subordinada de marinheiros. Esse era um argumento reiterado entre os defensores da pena de morte na época em que o texto foi escrito (1.891): a pena de morte serve para evitar que novos crimes aconteçam. Como era muitas vezes utilizada para manter privilégios de classe, a pena de morte na verdade mantinha o controle social.

O texto fora escrito entre 1.886 e 1.891 e para os leitores da época, os argumentos que são decisivos para júri formado pelo capitão Vere, seriam uma paródia obviamente sem sentido.

Fica presente também a ação conformativa e conservadora da religião na ação do capelão: este nada faz em relação à aplicação da pena. Até mesmo sua presença é quase sem sentido em um navio de guerra, se não fosse seu papel de mantenedor das forças estabelecidas das instituições.

Vale a pena uma leitura do ensaio para melhor compreensão do contexto histórico da novela:
http://andromeda.rutgers.edu/~hbf/bbcap.htm


O que fica claro para mim é que esse é um texto muito prolífico de interpretações e ver nessa novela apenas um embate trágico entre bem e mal ou uma mera intriga sexual é absurdamente raso.

Nesse sentido, acho que nenhuma adaptação para o cinema ou teatro tenha me agradado, seja pela imagem que eu fiz de Billy Budd, seja pelo aspecto um tanto restrito das adaptações (não vi a obra de Benjamin Britten, porém).


Obs.: Billy é fisica e moralmente tão perfeito que nem os últimos espasmos dos condenados à morte ele dá. Ocorre que é frequente que condenados à morte ejaculem (mecanismo natural pelo qual o corpo tenta inutilmente se reproduzir no último momento).

Não há espasmos... Há apenas a perfeição fisica e moral de uma mente e um corpo que até o último momento sequer sabem o que significa o medo da morte !!!!
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Joana 19/12/2015

Billy Budd não tem a mesma fama que Moby Dick ou Bartleby, o escrivão, os dois livros mais conhecidos de Herman Melville. Injustamente, pois é tão bom quanto aqueles ao contar a singular história de um belo marujo que tem qualidades talvez encontráveis apenas em anjos ou santos. Um dos pontos altos do livro é o julgamento de Billy. Há quem faça dos personagens principais dessa história uma leitura mais avançada: Billy seria uma representação de Jesus Cristo, Claggart atuaria como Judas e Vere como Pôncio Pilatos. Pensando bem, faz certo sentido.
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jota 05/08/2016

Quem te ensinou a nadar?
Billy Budd, Marinheiro é sobre um "belo marujo" (assim o jovem William Budd é chamado pelos marinheiros de Melville) que nos anos finais do século XVIII é incorporado a uma nave de guerra inglesa (são os tempos napoleônicos). Devido a um grave acidente a bordo Billy tem sua vida suspensa por um fio - ou por uma corda, digamos assim. Mas no fundo mesmo o livro é sobre o mal, a lei e a justiça.

A história em si é curta e muitos a consideram uma novela, mas Melville a estica um pouco com várias referências eruditas (mitologia, religião, política, literatura etc.). Seus três personagens principais - o ingênuo marujo Billy, o rancoroso mestre de armas Claggart e o capitão Vere - estão muito bem caracterizados e ainda temos um curioso personagem secundário, um velho marinheiro dinamarquês com pinta de filósofo (ou conselheiro).

Toda a ação ocorre praticamente num cenário único: os limites do navio inglês. Mais tarde o livro virou peça teatral e bem depois um filme muito bem recebido pelo público e crítica na Europa - ganhou vários prêmios em 1962, quando foi lançado. Terence Stamp interpreta Billy Budd, Robert Ryan desempenha John Claggart, Peter Ustinov (também o diretor) é Edwin F. Vere e Melvin Douglas faz Dansker, o marinheiro dinamarquês.

A adaptação cinematográfica é muito boa pois é enxuta, se atém ao essencial da história de Melville. Nela fica mais evidente do que no livro certa tensão originada não apenas da preocupação dos superiores com a disciplina dos marujos, com possíveis motins a bordo (ocorridos já em outras naves inglesas), mas também que alguns marinheiros, inclusive os graduados, sentem certa atração pelo belo e inocente marujo. Ou seja, há um componente sexual no ar, que é acentuado quando Claggart e Billy contracenam. É tragédia à vista...

Com tudo isso o filme atinge duas horas de projeção e consegue levar a história de Melville a bom termo. Vale a pena ler o livro e em seguida ver o filme. E talvez você até vá dizer depois que este parece ser melhor do que aquele. Acontece de vez em quando, não?

Lido entre 28/07 e 04/08/2016.
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Tito 22/07/2011

Um "Belo Marinheiro", vítima inocente de um mistério da iniquidade e da clareza, superior a escrúpulos morais, do rigor militar.
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Inlectus 08/04/2012

Interessante.


Um forma poética de mostrar a inveja e a injustiça dos seres humanos.
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Cristiano 20/12/2012

Um livro que aborda a questão da ingenuidade, da inveja e a questão da justiça. Mostra como uma pessoa desprovida de nenhum sentimento de maldade pode ser aniquilada em uma sociedade "cheia" de pessoas com sentimentos negativos(não tão nobres). Apesar dessa negatividade exposta pelo autor, há também coisas boas no livro, como o comportamento nobre de Billy Bud. Outro aspecto do livro que vale resaltar é o conflito da consciência com as imposições sociais, exemplificado na hesitação e duvida do capitão no que se refere a aplicação da lei. Uma Boa leitura que faz o leitor refletir sobre a "natureza humana".
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Pedraish 05/03/2022

Muito bom
Outro livro muito bom de Herman Melville, que embora seja bem vagaroso no começo, consegue despertar muito interesse com o seu final magnífico.
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Molizini 04/06/2023

Uma novela sobre a alma humana
Poucas vezes me surpreendi com revelações sobre as pessoas como nesse livro. Foi escrito há muito tempo, mas a história pode ser aplicada a qualquer contexto na atualidade ou nos próximos cem anos. Leitura obrigatória... e mais de uma vez.
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