Os Senhores dos Dinossauros

Os Senhores dos Dinossauros Victor Milán




Resenhas - Os Senhores dos Dinossauros


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Anderson Tiago 28/07/2015

RESENHA] Os Senhores dos Dinossauros - Victor Milán
Dinosaur Lords estava na minha lista de livros para ler desde antes da divulgação da publicação do livro no Brasil pela DarkSide Books. É impossível não se empolgar com a capa, com o conceito de cavaleiros montados em dinossauros e pela declaração de George R.R. Martin na capa descrevendo o livro como uma mistura de As Crônicas de Gelo e Fogo com Jurassic Park.

Depois de muito tempo de espera, desde que a publicação do livro foi anunciada no ano passado até meados desse mês de julho, consegui colocar as minhas mãos em uma edição do livro. Fato que assustou até o próprio autor, já que o lançamento oficial de Dinosaur Lords só acontece no dia 28 de julho. Tão logo estava com o livro em mãos parti imediatamente para a leitura e pude constatar aquilo que autor havia me dito: “Apesar de ser um livro sobre cavaleiros montados em dinossauros, ele é muito mais que isso.”

Um dos elementos mais interessantes e que posso destacar de cara é Paradise, o mundo criado pelo autor Victor Milán. A trama se desenrola mais especificamente no continente conhecida como NuevaEuropa. Os reinos de Spaña, Alemania, Anglaterra e Francia, entre outros formam um Império, cuja língua oficial é o spañol. Esses fatores podem levar o leitor a imaginar que Paradise seja o nosso próprio mundo no passado, no futuro, ou mesmo uma versão alternativa dele, mas o autor deixa claro antes mesmo do início do livro que não se trata de nada disso.

“Algo que vocês devem saber.
Esse mundo – Paradise – não é a Terra.
Não foi a Terra. Nunca será a Terra.
Não é uma Terra alternativa.
Todo o resto é possível”

Essa declaração, principalmente a última frase, me deixou bem curioso e, ao término do livro, tenho algumas teorias sobre a gênese do mundo, mas é possível que cada leitor possa ter uma percepção diferente.

A história em si começa com uma grande batalha onde já matamos nossa curiosidade sobre como lutam os cavaleiros de dinossauros. Nela conhecemos também alguns dos personagens principais da trama: Jaume Llobregat, o Conde das Flores e Capitão General da Ordem dos Companheiros de Nossa Senhora do Espelho, uma ordem militar religiosa que segue os preceitos da beleza e da verdade; Voyvod Karyl, comandante da Legião do Rio Branco, uma lendária tropa mercenária e seus imbatíveis Triceratops com suas torres de arqueiros nas costas; Rob Korrigan, um plebeu, menestrel e mestre de dinossauros, responsável por cuidar e alimentar as grandiosas montarias; e, por último, o Duque Falk von Hornberg e seu Tiranossauro Rex albino, Floco de Neve. Mais adiante conhecemos Melodía, a Princesa Imperial, que não se contenta em apenas ser filha do Imperador e que deseja fazer algo de mais útil com a sua vida.

Aos poucos vamos percebendo como os dinossauros estão inseridos no cotidiano dos habitantes de Paradise. Além de seu uso como montaria de guerra, muitos deles são usados como transporte, como “cães de caça”, alimentação, entre outras funções. O autor se preocupou bastante com a pesquisa e todas as muitas espécies de dinossauros citadas no livro fazem jus a sua descrição científica. Eu recomendo que, principalmente aqueles leitores que gostam de visualizar as cenas, pesquisem as espécies que são citadas, pois a leitura fica muito mais rica quando sabemos exatamente a qual dinossauro o autor está se referindo naquele momento.

A batalha do início do livro mudou consideravelmente a vida de todos os envolvidos. O Conde Jaume, campeão do Império e noivo de Melodía, sente-se perturbado por decisões que foi e será forçado a tomar contra a sua própria honra. Ao mestre de dinossauros Rob é dada a missão de encontrar um guerreiro lendário que todos acham estar morto. Karyl, ferido e atormentado, terá que decidir se voltará a ser o grande guerreiro de outrora. Um rebelde e traidor cai nas graças do Imperador. Melodía se vê impotente ao tentar refrear as ações do Imperador em relação à guerra. Além de tudo isso, uma grande conspiração, que ameaça o futuro do Império, pode acabar com a vida de todos eles, ou pior.

A magia também tem o seu espaço na obra, embora ela seja bem sutil e pouco participativa nesse primeiro livro. A religião tem um papel muito maior, seja nas crença do povo ou mesmo nas maquinações políticas. Os Fae (ou demônios) e principalmente os Anjos Cinzentos, intermediários dos oito deuses criadores e responsáveis por expurgar o mundo dos pecados quando necessário, são criaturas bastante temidas, embora muitos acreditem neles apenas como lendas. A presença de um deles no mundo pode significar que muito sofrimento está por vir.

Dinosaur Lords é mesmo muito mais que cavaleiros montados em dinossauros, embora todas as batalhas fiquem muito mais interessantes com eles. Não acho que o livro possa ser descrito como dark fantasy, mas, na história criada por Victor Milán, os heróis nem sempre agirão com justiça, nem mesmo estarão do mesmo lado, e coisas ruins acontecem com aqueles que não merecem. Um começo bastante promissor para uma trilogia que parece só ter a crescer nos próximos livros.

*Resenha feita a partir da edição americana. Alguns termos podem ser diferentes na tradução.

site: http://intocados.com/index.php/literatura/resenhas/680-resenha-os-senhores-dos-dinossauros-os-senhores-dos-dinossauros-1-victor-milan
Raquel Moritz 28/07/2015minha estante
Ótima resenha :) Setembro tá logo aí!


Lucas 28/07/2015minha estante
Louco Pró Lançamento Também


Helder 31/07/2015minha estante
Se antes já estava louco de ansiedade para lar, agora com sua resenha fiquei ainda mais. Só senti falta de mais personagens femininas na trama, não sei se é porque estou muito acostumado com ASOIAF. haha


João 04/08/2015minha estante
Acabei de descobrir e já quero muito!!


Gustavo 11/10/2015minha estante
uma observação,o escritor disse que serão 6 livros e não 3.


Gustavo 11/10/2015minha estante
uma observação,o escritor disse que serão 6 livros e não 3.Ah,e que o segundo já está pronto,só falta revisão e que já está na metade do terceiro.


Gustavo 11/10/2015minha estante
uma observação,o escritor disse que serão 6 livros e não 3.Ah,e que o segundo já está pronto,só falta revisão e que já está na metade do terceiro.


Mari 22/10/2015minha estante
Usei sua resenha no post do meu Blog... espero que não se importe... http://maisumminutinhoblog.blogspot.com.br/2015/10/livros-desejados-os-senhores-dos.html




Gleyci.Reis 30/08/2020

Das 480 páginas do livro eu seria capaz de cortar 200 e ainda manter a história intacta.

As 50 primeiras páginas e as últimas 100 são interessantes, o problema está nas 300 do meio onde praticamente nada acontece, e eu não estou minimizando É NADA MESMO.

Eu prossegui a leitura apenas por que me apeguei ao Rob e ao Karyl, mas o Jaume e a Melodía... Ah! E por falar em Melodía, vamos deixar claro aqui que o autor é péssimo no quesito personagens femininas, só há uma de grande relevância e ela só vem ter um papel considerável de fato no final.

A escrita é bagunçada, várias questões importantes na narrativa são explicadas de forma displicente, deixando o leitor perdido.
Por exemplo o fato deles viverem mais do que nós e envelhecerem de forma diferente, eu só vim perceber isso no final.

O autor tbm se prende em detalhes ridículos, que apenas estedem ainda mais a leitura, qual o propósito de descrever a roupa de um soldado qualquer que vai morrer dois parágrafos depois? Eu realmente ñ sei.

E isso ainda é uma trilogia? Pq dava para ser um livro único sem sombra se dúvidas. A mitologia que me cativou no início se mostrou bem confusa e entediante no decorrer da história. Eu ainda estou intetessada no futuro dos personagens, principalmente o do karyl, mas não sei se vai ser o suficiente para me forçar a ler o próximo.
Theus 30/08/2020minha estante
Entendo, tenho sérios problemas com livros assim


Pedro 13/01/2021minha estante
Eu simplesmente estou achando o mesmo que você, ainda não finalizei mas eu leio 100 páginas para ter o prazer de gostar de 20 ali no meio. Pois o Rob e Karyl são bem legais enquanto as partes de Jaume e Melodía são arrastadas.


AnonymousCow 03/06/2021minha estante
Nossa, falou tudo. Eu adoro dinossauros e quando vi esse livro fiquei muito ansioso para ler. Mas foi uma decepção imensa.




Eduardo.Staque 11/05/2022

Não sei ainda sobre o que é a história
Tem dinossauros então é interessante, porém eles estão na história só pra isso: deixar mais legal, aprendermos os nomes das espécies e os nomes populares e servir como qualquer outro animal de carga (talvez exceto por uma dinossaura que pode ser que tenha algo ou faça algo importante no futuro).

A trama pode lembrar um pouco Duna e Guerra dos tronos, talvez pelo autor ter sido amigão do Martin, e por muito possivelmente ter lido duna, e com isso, pode ser que ele tenha tentado fazer algo parecido, mas sem sucesso até o momento, na minha opinião.

O livro é muito confuso, falta um mapa para ajudar a entender o mundo criado, falta mais tradução dos termos, pois me senti muito perdido, e falta travessão nos diálogos (sim, isso me atrapalha muito e me incomoda demais).
Tem muita coisa jogada de uma vez, muitos personagens e acontecimentos, e não fica claro em nenhum momento sobre o que é o livro, se é algo “pé no chão”, dado as devidas proporções do livro (dinossauros convivendo com humanos), ou se é sobre algo místico e fantástico.

Os momentos pé no chão acabam sendo maçantes, com uma ação desprezível e com momentos muito esquecíveis, que não perecem levar para nada relevante, e sempre parecem ser repetição de uma passagem de um capítulo anterior, e assim, nada acontece, mas tem algo rolando nos bastidores (acredito que seja isso), e tudo piora com o final, que muda a direção e nos deixa jogado no meio do nada.
Nada é explicado e tenho medo de que não aconteça, já que infelizmente o autor morreu, e só completou 3 livros de uma série que seria de 6 no total.

Pelo menos têm coisas boas: 2 personagens incríveis e que espero que eles sejam o núcleo principal; uma mitologia muito interessante, mesmo que não dê pra entender nada e seja tratada como segundo plano; dinossauros, óbvio! E a edição incrível da darkside (sem mais comentários sobre).

Infelizmente não estou certo se vou continuar, pois só tem 3 livros lançados e somente o segundo está traduzido para português. Não sei se quero arriscar mais um livro no inglês e perde tempo do qual poderia ler outras coisas que pelo menos tenham um fim.
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Malu 25/10/2015minha estante
O livro não é ruim? Me desculpe, é sim. Chatíssimo, diálogos pouco compreensíveis, dinossauros meras comparsas. Desilusão imensa. Com certeza não vou comprar o próximo. Fora todos os erros de ortografia e português que encontrei.


Vagner46 28/10/2015minha estante
Leiam em inglês mesmo, a versão brasileira teve MUITOS erros de revisão e a tradução ficou, no mínimo, estranha.




Paulo 11/06/2017

Um bom marketing em torno de um livro pode gerar muita expectativa. Nesse mundo globalizado de hoje, todos vendem ideias. E uma boa ideia pode ter como consequência lucro inesperado. Mas, algumas vezes o feitiço pode se voltar contra o feiticeiro e uma expectativa pode ser quebrada por algo que não entrega exatamente aquilo que o alvo deseja.

Os Senhores dos Dinossauros nos transporta para um mundo que não é o nosso, mas é muito parecido com o nosso. Neste mundo os dinossauros convivem com os homens. Guerreiros montam em seus dinossauros para conduzirem guerras típicas da Idade Média. É neste mundo que somos apresentados a dois homens que caminham estradas opostas: o conde Jaume dels Flors é o líder do Ejército Corregir, a tropa de elite do Trono Dentado; já Karyl Bogomirsky é o volvoyd do leste que se coloca contra o Trono Dentado. Jaume é um guerreiro honrado que leva o código do cavaleiro até as últimas consequências. Já Karyl é um gênio em batalha. Mas, quando Jaume consegue vencer Karyl através de escaramuças acontece uma série de acontecimentos que colocarão um a questionar os seus próprios valores e outro a rever os seus conceitos e reencontrar a chama da batalha. No meio disso teremos uma conspiração arquitetada por elementos presentes dentro da corte que farão Nuevaropa tremer.

Primeiro eu gostaria de retirar o elefante da sala: sim, a tradução é ruim e prejudica a leitura. Não acredito que a culpa seja do tradutor até porque eu conheço e valorizo muito o trabalho de Alexandre Callari. Já li várias HQs traduzidas por ele e este não é o padrão de tradução dele. O que eu acredito que aconteceu foi um pouco de ingenuidade da parte da DarkSide. Ao querer publicar rapidamente o livro em questão, eles provavelmente (estou deduzindo apenas) pularam algumas etapas no processo de tradução. Durante a leitura percebi alguns erros de português, mas não é nada espetacular e inédito. O que me irritou realmente na tradução foram as escolhas de palavras; é um claro sinal de que não houve revisão e nem deve ter passado por um copidesque. São etapas essenciais da tradução e não podem ser puladas apenas por decisões editoriais. Outro fator que pode ter atrapalhado o trabalho do tradutor pode ter sido um prazo pequeno a ser cumprido. Conversando com Felipe Cotias, meu amigo e parceiro de blog, ele me disse que o processo de tradução é algo praticamente artístico. Refletindo bem sobre o assunto, eu concordo. O ritmo das palavras, a estrutura dos parágrafos, as escolhas de expressões, tudo interfere na leitura de um trabalho. Alguns leitores do blog já elogiaram algumas traduções que eu fiz de sinopses e alguns pequenos textos. Agradeço a todos pelos elogios, porém, preciso dizer: não sou nem de longe um tradutor profissional. Ao ver trabalhos como o de Alexandre Callari, Petê Rissatti e tantos outros, só tenho a aplaudir. Porque isso dá um trabalho danado. E esses caras são praticamente escritores por si só (o Alexandre Callari é um escritor, diga-se de passagem, com um livro muito bacana chamado Apocalipse Zumbi). O que eu quero dizer é: coloco sim parte da culpa na tradução, mas em grande parte na editora que forçou algo que não poderia ter sido forçado.

Essa vai ser uma review longa.. mas... vamos lá.

A edição da DarkSide ficou linda. O padrão da editora é o de capa dura e geralmente com uma fita marcadora quando o livro é muito longo. O acabamento é excelente, com uma ilustração de capa fantástica. A maneira como o título foi destacado com uma tinta especial e o nome do autor em letras douradas dão uma quebrada na arte da capa deixando-a mais violenta. O espaçamento e a fonte não atrapalham, deixando a leitura fluida e não muito cansativa. Tem algumas ilustrações de dinossauros no início ou no final de alguns capítulos. Enfim, no aspecto da edição do livro em si, a DarkSide continua fazendo um trabalho soberbo.

Entretanto, preciso comentar sobre o aspecto da expectativa. E aqui vou fazer uma defesa da editora: se eu quero vender o meu produto é óbvio que eu vou querer dar o máximo de espaço e propaganda a ele. A editora foi muito correta ao divulgar intensamente o trabalho. Eles fizeram até um booktrailer sensacional para auxiliar nas vendas. Se o livro é bom ou ruim, aí é uma outra história. Aliás, se a editora te fez comprar o livro mesmo ele sendo ruim, aplausos para a editora. Eles são bons! O que eu costumo reclamar são essas chamadinhas colocadas na frente ou atrás das capas: "A junção entre Game of Thrones e Jurassic Park". Bem, digo já que o livro não se trata disso. Infelizmente, Os Senhores dos Dinossauros cai no mesmo problema do que Prince of Thorns: muita expectativa para pouca entrega. E isso não é culpa da editora, mas do escritor. Se o escritor vendeu essa ideia e não entregou no fim das contas, ponham na conta dele. A DarkSide foi extremamente correta no que diz respeito à divulgação.

A ambientação é excelente. Tirando o fato de que o autor perde muito tempo mostrando os tipos diferentes de dinossauros e como eles são terríveis. O livro como um todo não é ruim, mas passar as cinquenta primeiras páginas é uma jornada. Muito bacana ter cavaleiros medievais montando dinossauros como se eles fossem cavalos, mas só isto não pode ser o mote da história. Em alguns momentos, a ambientação se resume apenas a mostrar diferentes tipos de dinossauros. E isso é desagradável. Depois que o autor passa dessa fase de descrever dinossauros, a história muda completamente de tom. Não tem nada de extremamente inovador (tirando os dinossauros) na ambientação proposta por Milán, mas é essa simplicidade que torna o cenário curioso. Ao inserir um elemento diferente na ambientação, ele muda completamente toda a nossa percepção.

Fiquei por muito tempo pensando se daria uma ou duas corujas como avaliação. Em alguns momentos o livro realmente me agradou com desenvolvimentos interessantes e alguns plot twists curiosos. Mas, quando a leitura parece que vai me conquistar de vez, Milán toma alguma decisão que não me agrada. Algumas situações parecem forçadas demais para fazer a história se mover. Ou até a inserção de elementos que não estavam ali antes. E não, eu li o livro com atenção; minha percepção até estava boa (me acostumei com o estilo George R. R. Martin de escrever e aprendi a observar tudo o que se passa em uma cena). Por exemplo, a situação de Melodía na sequência final de eventos foi muito bizarra. Aquilo poderia ter acontecido mais organicamente se o autor fizesse com que o leitor pensasse que tal poderia acontecer. Para mim, foi algo chocante; e foi um choque despropositado.

A trajetória oposta de Jaume e Karyl é uma das partes mais interessantes do livro. Enquanto um vai percebendo o funcionamento da política imperial, o segundo também é atrapalhado pelas politicagens, mas não mede esforços para passar por cima delas. A transformação que ambos os personagens vão passando ao longo da trama, mostram o quanto o autor pensou no desenvolvimento de ambos. Mesmo Melodía, que alguns leitores entendem como uma garota chata, é uma personagem que vale a pena observarmos: ela apenas repete aquilo para o qual foi criada. Mesmo tendo uma personalidade forte, ela é a filha do imperador e uma futura herdeira. Ela precisa seguir os seus protocolos. Já o personagem do Rob Korrigan acaba ficando muito em segundo plano. Aliás, ele funciona muito mais como o nosso olho para o que está acontecendo com Karyl. Nada além disso.

A leitura foi bacana em algumas partes, mas tanto no início como no final se arrastou por várias páginas. Com uma tradução ruim e uma edição maravilhosa, Os Senhores dos Dinossauros é um livro para amar ou odiar. Não existe meio termo aí. A ambientação é muito interessante e o autor vai deixando uma série de ganchos a serem trabalhados em volumes posteriores.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Arcanjo 01/11/2018

É tarde pra pedir o dinheiro de volta?
Serei breve.

Primeiro que opinião cada um tem a sua.
Mas achei o livro péssimo.

De fato o que salva é a edição de extremo luxo e bom gosto da DarkSide. Mas no quesito Conteúdo, cadê? Qual o conteúdo?

Você lê um livro de quase quinhentas páginas pra começar (apenas começar) a ficar interessante da metade para o final.

Fora que o início é uma confusão sem tamanho, você precisa ler mais de uma vez para entender ou passa direto e tenta a sorte de tirar alguma coisa mais para frente da estória.

E o livro se arrasta, as primeiras 250 são de fato uma tortura, sério.

Fora a tradução e revisão. Péssimo.

Palavriado chulo para um livro e expressões nada condizentes para a época em que o livro se passa. Menções para "míssel teleguiado" e "motorista de ambulância", sem contar vários outros.

Cena de sexo porca e pornográfica. Já li muitas cenas ousadas descritas de forma muito melhor.

Personagens rasos que demoram uma eternidade para ganhar espaço, mas pouquíssima profundidade. Pouco se sabe de onde vêm, para onde vão.

Disseram que o final surpreendente e que um certo fato foi meio grotesco. Não vi nada demais. Estava esperando algo muito bizarro acontecer, mas acabou com pontos de interrogação. E não por ter uma continuação, mas sim por parecer que o autor tem total certeza de que nós entendemos TUDO o que tá rolando, e não é bem assim.

Enfim, foi uma experiência desastrosa.
Em certos momentos eu queria jogar esse livro no mato e deixar ele fazer parte da natureza. Mas isso não é ecologicamente correto. Por isso ele vai ficar guardado na minha estante para que eu lembre que eu também faço escolhas ruins, baseado no oposto do ditado: não julgue o livro pela capa. Ele pode ter uma capa horrível e ser incrível, ou pode ter uma edição luxuosa da DarkSide é não valer nem um quarto do preço que eles cobram para você adquiri-lo.

NÃO RECOMENDO de maneira alguma.
kaloskagathos 26/01/2020minha estante
Caraca, espancou o livro. E eu aqui pensando ser uma história fodastica, mas a julgar pela nota baixa e resenhas, vish, vou passar longe!




Carol Matsuoka 02/05/2021

Os Senhores de Dinossauros
Quanto ao comentario de G.R.R. Martin na capa “A união entre Jurassic Park e Game of Thrones” julgo apenas parcialmente verdadeira, primeiro porque não há tantos personagens narradores ao longo dos capítulos e em segundo lugar as intrigas e tramas políticas giram em torno de duas questões centrais o retorno do Anjos cinzentos (que não são as criaturas angelicais magníficas a que estamos acostumados, pelo contrario eles interferem em nosso mundo por interesses proprios enquanto mantem o equilibrio do mundo), e revoltas políticas por poder e/ou ideologia.

O Planeta que serve de pano de fundo não é a Terra e, apesar dos esforços do autor, Paraíso se parece bastante com ela. Acho que por ser inspirada na Europa do século XII, ou seja, temos aqueles conhecidos elementos de vassalagem, cavaleiros, torneis, palacios, e nobres que não prestam. O ponto alto pra mim é somar a tudo isso dinossauros, no início de cada capítulo há uma breve descrição de uma especie e se voce for como eu e gostar de vizualizar bem as criaturas e o cenário basta dar um google no nome científico de cada um.

A história se alterna na maior parte entre os núcleos do Conde Jaume e Melodía a filha do imperador e seu primo/amante e confesso que esse incesto não me desceu não, acho que os personagens podiam muito bem não ser um casal mesmo que o desenvolvimento dos dois vá do inicio ao fim do enredo; e há também Karil Borgominsky que é um personagem foda na guerra e cheio de cicatrizes no âmbito pessoal e Rob o mercenario de humor duvidoso que também é meu personagem favorito. Como vemos os acontecimentos de diferentes angulos e muita coisa acontece eu sugiro que voce leia com bastante atenção porque alguns detalhes são importantes no fim.

Sobre o fim: fica muita coisa em aberto porque há um segundo volume, e eu estou seriamente tentada a comprar o próximo porque o autor sabe te deixar curioso com o que vem a seguir.
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Rapha 19/10/2021

O mercenário e o menestrel, salvaram a história...
O que dizer sobre os senhores dos dinossauros? Foi um livro maçante, por muitas vezes iniciei a leitura e parei nos primeiros capítulos, esse ano resolvi enfrentar a fera e venci, não sei se é a tradução ou foi escrito assim mesmo, mas achei uma leitura densa demais, do nada já começamos no meio de uma guerra, ai pula para outros períodos, e os termos em "espanhol" sinceramente não ajuda em nada na leitura, um monte de personagens, uma porrada de títulos e nomes de bichos, do místico a conspirações palacianas, sempre chegava na parte das conspirações dos nobres do palácio, puro tedio e passagens desnecessárias, só não 0 estrelas, por que gostei das parte da história em que Rob e Karyl aparecia, a química dos dois personagens era de mais, foi o que salvou o livro o resto, simplesmente li na foça do ódio.
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Guilherme.Vianna 24/05/2020

Nem jurassic muito menos g.o.t
Marquei como lido para poder resenhar e tentar salvar o tempo sagrado dos leitores para que o invistam em leituras melhores.

Escrita muito lenta, intrigas chatas, nomes em excesso, descrições extremamente longa para todos os personagens que são citados ao longo dos capítulos, mesmo aqueles que não possuem notoriedade alguma na história.

Desisti do livro faltando +- 90pgs do final, não senti progressão na história e nem me identifiquei com os personagens. As batalhas que esperava ver acontecem de maneira muito sucinta, 80% da leitura fica presa nas intrigas chatas que citei. Não vale a prata nem o tempo investido, peço desculpa aos fãs, mas não me agradou nem um pouco.
David Avelar 27/06/2020minha estante
Boy, real oficial eu sempre falo isso! Digo que esse livro, infelizmente, não tem nada das duas obras supracitadas, e deixa muito a desejar.

Tentei ler, mas infelizmente parei na metade.

Ainda assim, você tá fazendo um serviço de utilidade pública!




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Augusto 07/11/2015

Um bom início para uma saga promissora
Os Senhores dos Dinossauros definitivamente é um dos livros do ano. Para quem gosta de fantasia, é um prato cheio, mas atenção: não vá com alta expectativa. Nesta resenha vou apontar minhas opiniões gerais a respeito do livro, a respeito de cada protagonista e do desenvolvimento do livro. Repetindo, são opiniões pessoais. Caso não queira ler o texto inteiro, no último parágrafo resumo sobre o que achei da obra.

Quero, antes de tudo, deixar claro que eu gostei bastante do livro, apesar de ser uma obra de fantasia no máximo “ok”. Não entendam errado: não é ruim, mas poderia ser bem melhor. Há bastante ação, aventura e exploração. Boa ambientação, intrigas políticas, e claro, dinossauros.

Falarei primeiramente sobre os dinossauros que, convenhamos, é o atrativo da obra. Os “senhores dos dinossauros” são pessoas, geralmente um tanto pobres, que domesticam os dinossauros para seus donos, que são de fazendeiros, nobres, a militares. Os dinossauros são seres bastante convencionais em Nuevaropa, o universo criado pelo autor. Apesar do esperado, o autor não explica como surgiram e como foram domesticados pelo homem. Não é um ponto negativo, pois estamos falando de fantasia, não há necessidade de explicar cientificamente porque há dinossauros ou não. Isso não é ficção-científica. Assim, tanto convencionais, os dinossauros não são de fato o chamariz da obra. São meros animais para transporte de carga ou montarias de guerra. Além dos dinossauros de Rob, Karyl e Jaume, não há muito destaque para eles. Para mim, se trocasse os dinossauros por dragões ou outro ser mítico, o livro vira qualquer livro de fantasia em sua estante.

Particularmente, gostei bastante da ambientação da história. Nuevaropa, claramente inspirada no continente europeu, é muito diversa e possui países também inspirados nos países da Europa. São citados a Alemania e Anglaterra mas o principal seria a Spaña. Os nomes dos locais citados no livro são geralmente em espanhol, e constantemente os personagens soltam expressões também na língua espanhola, o que dá um charme a mais aos diálogos e ao texto em geral.

O desenvolvimento do livro me pareceu um tanto estranho. A obra é narrada em capítulos intercalados em alguns núcleos de personagens (ao decorrer da obra, aumenta a complicação da trama). É interessante como o autor escolheu a forma de desenvolver a obra, mas para mim não funcionou muito bem no livro, visto que uns núcleos são melhores desenvolvidos que os outros, deixando um núcleo muito interessante e outro, entediante.

São quatro protagonistas que preenchem estes núcleos. Um deles, o de Rob e Karyl, é excelente do início ao fim. Muita aventura, bom desenvolvimento dos personagens e boa ambientação; o que se espera de um livro de fantasia. Rob é de longe o melhor personagem para mim; percebe-se que muda de opinião a respeito de Karyl ao longo do livro, é bastante desenvolvido nesse ponto. É sempre irônico, bastante inteligente e habilidoso com armas, apesar de ser um trovador. Porém, não mais habilidoso que Karyl. Este é uma verdadeira “lenda viva” mas bastante misterioso. Ex-líder de exército, possui conflitos não resolvidos com seu passado, e apresenta o melhor desenvolvimento de personagem na obra, o que é compreensível já que o autor escolheu como o grande protagonista da saga. Esta primeira trilogia de livros (a saga contará com seis livros, aparentemente) é chamada “A Balada da Última Aventura de Karyl” (tradução literal de “The Ballad of Karyl's Last Ride”).

Os outros núcleos, de Melodía e de Jaume, deixam a desejar. Não sei dizer se é porque concentra a maior “parte política” da obra, onde há discussões de reinos, tratados e guerras, que me pareceram chatos. As cenas em que há discussões políticas são, na maior parte, entediantes. Os diálogos são em certos momentos confusos, surgem personagens sem motivo aparente que, em geral, são dispensáveis. Talvez isso se reflita na minha própria postura que, pessoalmente, não gosto muito dessas partes dos livros de fantasia, e o autor cedeu bastante espaço para elas.

Melodía é uma princesa, filha mais velha do atual imperador. Minha expectativa com a personagem era alta, já que é a única protagonista feminina da história, mas francamente, Melodía é uma personagem que me pareceu muito medíocre. Minha impressão é que o autor não sabe ou não quis desenvolver personagens femininas. Enquanto há conflitos familiares e políticos envolvendo Melodía - o que enaltece o papel da personagem -, as outras princesas, amigas de Melodía, são extremamente infantis e sem profundidade. Em certos momentos, o autor até me pareceu um tanto misógino, caracterizando outras personagens femininas secundárias de forma muito rasa e estereotipada. Muitas vezes as mulheres são apresentadas como simples objetos de desejo dos homens. De certa forma, numa fantasia medieval, é compreensível que os homens ajam desta forma e os autores destacarem tal comportamento, mas me pareceu desnecessário, principalmente porque há poucas mulheres com destaque na história e não são bem retratadas. Quem sabe numa continuação o autor se redima.

Por fim, Jaume é um personagem até que muito interessante, mas sua parte no livro foi deixada meio de lado, principalmente mais para o final da aventura. É um líder de exército e é bastante criticado por sua postura, apesar de ser a mão direita do imperador. É, de certa forma, um personagem conflitante. Em vários momentos, encontra-se em dilemas que exigem uma tomada de decisão clara. Um dos pontos interessantes é o fato de ser criticado por ser “bissexual” (entre aspas porque não há uma discussão clara a respeito da sexualidade do personagem. Somente afirma-se que no exército de Jaume, o próprio permite que homens se relacionem com seus companheiros. Para ele, cria-se um laço maior entre os membros, revertendo em melhor disposição para o combate). A população, principalmente os homens da história, são bem preconceituosos com esse tipo de comportamento.

Agora, as cenas de ação são bem complicadas, para não dizer bagunçadas. Na maior parte do tempo não conseguia discernir quem estava atacando e quem havia sido atacado. Muitas vezes essa confusão se replicava até nos diálogos em cenas mais lentas. Aí que parto pra crítica sobre a edição do livro.

A edição da Darkside é lindíssima. Capa dura e com texturas. Há ilustrações ao longo do livro, e uma fita de cetim para marcar as páginas, que são amareladas de ótima qualidade. Porém, a revisão do texto deixou muito a desejar. Vi alguns erros de ortografia, alguns até de tradução. Há constantes, e repito, constantes erros de pontuação. Em alguns momentos, até confundia o que estava sendo dito.

Definitivamente, Os Senhores dos Dinossauros não é uma união de Jurassic Park e Game of Thrones mas é um bom início para uma saga bastante promissora. Alguns problemas aqui e ali não impedem a obra de ser um grande destaque de 2015. Para mim, foi uma leitura em certos pontos cansativa, mas no geral muito boa. Vale a pena ser lido, até mesmo para tê-lo em sua estante, já que o trabalho com o acabamento da Darkside para o livro ficou caprichado. E fico no aguardo da continuação já confirmada, “The Dinosaur Knights”, que sai ano que vem.
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Danilo Silva 20/10/2016

The Game of Jurassic Thrones
Algumas obras te apresentam ideias tão absurdas, improváveis ou fantásticas, que você sente que precisa ler o livro mesmo sem conhecer nada sobre ele ou ler qualquer opinião. Admito que com Os Senhores dos Dinossauros este foi exatamente o caso. Assim que soube que era um livro que misturava fantasia medieval com dinossauros,, tive vontade de lê-lo... por ser uma ideia tão brega.

Os Senhores dos Dinossauros é mais um dos belíssimos livros da Darkside Books, com um acabamento perfeito, provavelmente o mais bonito da editora. A capa (dura, aliás) é simplesmente magnífica, com uma bela ilustração de um cavaleiro montando um dinossauro; o material interno também não deixa a desejar, com papel de extrema qualidade, marcador de página próprio, ilustrações de algumas das criaturas apresentadas no decorrer da história, páginas pretas e poucos erros de revisão. Infelizmente, nem mesmo essa primorosa edição consegue salvar a obra de Milán.

Não direi aqui que o livro é ruim em si, tampouco que ele é bom. Porém, a obra certamente possui três grandes problemas. O primeiro deles é o desenvolvimento, seja de trama, seja de personagens. Por muitas vezes a história é confusa, sem situar o leitor sobre o que está acontecendo, e as personagens não parecem fazer nada coerente. Além disso, Milán parece querer chocar (principalmente com a sexualidade de algumas personagens), mas no fim tudo soa raso e chato.

Dessa forma, você não consegue se interessar pelos dilemas e dores das personagens, não importa o quanto elas sofram. O livro é cheio de argumentos prontos e situações clichês que o tornam chato e previsível. Isto é, quando você entende o que está ocorrendo. Lembro-me de uma batalha entre dois exércitos que simplesmente... começa. Em um momento, as personagens estão explorando ruínas; noutro, lutando em uma guerra. Um salto estranho na condução da história que apenas faz jogar contra personagens já tão mal construídas.

O segundo problema é termos um livro de quase quinhentas páginas que parece apenas um prólogo para o verdadeiro livro. Foi essa a sensação que tive ao acabar de ler a obra, e isso me incomodou profundamente. São quatrocentas e oitenta páginas, mas parece que absolutamente nada ocorreu entre o começo da história e o final, soando como se fosse apenas a preparação do terreno para o que está por vir. Não que seja ruim deixar ganchos para possíveis continuações, de forma alguma, mas um livro tem que começar e terminar em si mesmo. E não sinto que isso ocorra aqui.

Por fim, o último problema são os próprios dinossauros. Obviamente, não poderia deixar de falar deles aqui. Quando vi que o livro misturava fantasia medieval com dinossauros, imaginei que tais criaturas seriam importantes para a trama, mas não é o caso aqui. Troque dinossauros por avestruzes (ou qualquer outro animal) e o resultado será o mesmo. Isso é tão frustrante. Os dinossauros deveriam ser o diferencial do livro, porém eles estão apenas lá. São animais de estimação supercrescidos.

Apesar de tantos pontos negativos, pelo menos o final é cheio de promessas: as personagens finalmente estão onde deveriam estar, ou pelo menos se deslocando para lá, novos e terríveis inimigos surgem e prometem jogar a história para uma direção totalmente diferente a partir de agora.

site: Leia mais em: http://literaturaestratosferica.blogspot.com.br/2016/10/os-senhores-dos-dinossauros.html
Lucas Rezende 05/11/2016minha estante
Concordo com quase tudo! Achei que deveria haver mais foco nos dinossauros, claro que o mundo com eles é bem diferente ao serem apresentados ao leitor, mas acho que o foco não foi suficiente. Quanto aos clichês eu não me importo por que no geral gosto deles. A sexualidade ao meu ver também é forçadíssima, seria talvez a intenção de entrar na "moda Game of Thrones"?
Acho que a continuação pode engajar o leitor ou quebrar nossas expectativas. Resta esperar.
E por último: só eu achei os nomes da maioria dos lugares toscos?


Léo 01/03/2017minha estante
Obrigado pela resenha! Estava louco por esse livro, exatamente pelos dinossauros (assim como todas as pessoas). Bom saber que eles não fazem diferença na história, pois era por eles que gostaria de lê-lo. Essa questão da sexualidade forçada é uma coisa que me incomoda em qualquer história. Como é o primeiro volume de uma trilogia (ou saga), nem vou arriscar de perder tempo. Se fosse volume único, talvez encarava.




Eduarda Petry @paginaoito 19/11/2019

Um exemplo de que uma premissa boa não assegura uma boa história.
Em Paraíso - um mundo construído pelos Oito Criadores - humanos e dinossauros co-existem. As guerras travadas no continente de Nuevaropa são lideradas pelos Senhores dos Dinossauros, que usam os animais como montaria e como armas de guerra. Entre esses senhores, estão nossos protagonistas Rob Korrigan, Karyl Bogomirsky e Jaume dels Flors. Intrigas, batalhas, romances, traições e disputas de poder completam essa história, que é o primeiro volume de uma trilogia.

A expectativa em torno da ideia de batalhas com dinossauros (ainda mais com o comentário de George R. R. Martin na capa do livro) é grande. Mas o livro não corresponde ao que é prometido. Pra começar, há muitos erros de tradução e gramaticais. O livro traz uma nova mitologia, uma nova geografia, um novo bestiário. Tudo isso precisa ser introduzido ao leitor. E é aí que o livro peca: é extremamente confuso. Nada é explicado no início, e você tem que reler várias vezes o mesmo trecho, voltar atrás para tentar fazer as relações entre as histórias e personagens, se permitir ignorar certos acontecimentos ou de outra forma você ficaria empacado alí.

Só a partir da metade do livro a leitura se torna interessante, quando as personagens estão um pouco mais delineadas. Victor Milán é um veterano e acho que se empolgou bastante na criação desse novo mundo, mas é difícil pro leitor acompanhar esse ritmo. Como mulher, me incomodei com alguns pontos. A descrição das cenas sexuais é quase pornográfica e as mulheres são bastante sexualizadas, com descrições desnecessárias do que as suas roupas cobrem (e mostram). Chega a ser nojento e me vi fazendo cara feia várias vezes durante a leitura. O que me deixou com pouquíssima vontade de ler os próximos volumes.

Um exemplo de que uma premissa boa não assegura uma boa história.
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Bru 01/01/2020

Boa ideia, má execução
Nas palavras do próprio George R. R. Martin: “A união entre Jurassic Park e Game of Thrones”. Devo concordar, este livro é uma grande mistura entre estes dois mundo, jurássico e monárquico, porém não explora muito bem nenhum dos dois.
Em 'Os Senhores dos Dinossauros', Victor Milán traz três principais narrativas à história: uma de Rob e Karyl, um senhor dos dinossauros e um cavaleiro dos dinossauros traído, que montam uma dupla imbatível e muito amorzinha; uma de Melodía, a filha mimada do imperador; e outra de Jaume, o cavaleiro prometido e metido de Melodía. Como podem perceber, só fui conquistada por uma das três narrativas deste livro.
Rob e Karyl são muito fofos juntos, e me lembram outras duplas de histórias medievais que conquistaram meu coração: Dunk e Egg de 'O Cavaleiro dos Sete Reinos', e Jorg e Makin de 'Prince of Thorns'. Não sei porque, mas tenho uma queda por um bom bromance.
Enfim, a história é interessante quando conta a trajetória de Rob e Karyn, e toda a construção deste mundo jurássico-medieval, porém quando entra em outros detalhes e conspirações da monarquia, se torna cansativa e irritante. E posso dizer que alguns dinossauros (Nell ♥) são melhores personagens do que a maioria dos humanos deste livro.
Outra coisa foi que senti muito a falta de um mapa, para conseguir me situar dentro deste novo universo.
E além disso, a tradução não ficou muito boa, na minha opinião. Não posso dizer como é a construção do livro original, mas na tradução achei tudo muito confuso. A história mistura português e espanhol, e isso dentro de um cenário com diversos nomes novos de regiões, pessoas e animais, acaba virando uma sopa de letrinhas embaralhada em nossa mente, o que torna difícil a conexão com a história. Sem contar os diversos erros ortográficos.
O livro não é de todo mal, pois tem a linha narrativa de Rob e Karyl que é muito boa, mas de resto ficou bastante à desejar, infelizmente. A ideia é muito boa, mas não achei bem executada.

site: https://freescura.wordpress.com/
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