Eden: It

Eden: It's an Endless World! #1 Hiroki Endo




Resenhas - Eden


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Nanda Lima 04/12/2015

Um mangá adulto e sensacional.
MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA


A JBC resolveu investir em um formato diferenciado de mangás este ano, o “Big”, que traz dois volumes japoneses (os chamados tankobons) em um só volume de mais de 400 páginas. E o primeiro título a sair com esse formato foi ‘Eden – It’s an endless world’, anteriormente publicado e cancelado pela Panini Comics.

A história se passa em um futuro distópico (no ano de 2086), no qual 15% dos seres humanos foram dizimados e muitos outros mutilados e desfigurados por um vírus que torna a pele dura e quebradiça e transforma as pessoas em uma espécie de ‘boneco de vidro’. Ennoia Ballard e Hannah Mayall são dois adolescentes imunes ao vírus, sendo que Ennoia é filho de um oficial do exército dos EUA cujo amigo, Morris, os ajudou a ficarem resguardados durante um tempo. Mas nem tudo dura para sempre.

Os dois primeiros volumes introduzem o leitor à história sem muita dificuldade, mas o autor não subestima a nossa inteligência dando explicações demais e desnecessárias. A história tem sim vários conceitos complexos que são melhor entendidos por um leitor acostumado com ficção científica e ciência em geral – mas se você não tem esse background científico, não se preocupe, provavelmente irá se divertir mesmo assim.

‘Eden’ é um mangá sério (e adulto, considerado um seinen) que traz, arraigadas às suas páginas, ideias filosóficas e psicológicas que dão profundidade a ele e faz com que o leitor se identifique com os personagens e


DESENHOS


Os traços de Hiroki Endo são muito realistas e detalhistas, exatamente como uma história de ficção científica deve ter. Ele é extremamente eficiente desenhando desde pessoas a prédios, ruas, florestas ou máquinas. Os quadros são minimalistas onde deve ser evidenciada a psique do personagem, e ultra detalhistas em cenas de ação.

VEREDITO


‘Eden’ chamou a minha atenção por ser do gênero ficção científica, estando inclusive na lista que fiz de melhores mangás de ficção científica de todos os tempos. Elogiado até mesmo pelos leitores mais exigentes, pode ser considerado um dos melhores quadrinhos japoneses em publicação no Brasil atualmente. Interessante, profundo, com uma ótima dose de ação e ideias inteligentes, trata-se de uma boa pedida para os fãs do gênero.

Recomendadíssimo!

Nota:

5/5

site: www.umaleitoraassidua.blogspot.com
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Fred 13/01/2018

Eu não sou um leitor assíduo de mangás e quadrinhos em geral. Geralmente quando pego um pra ler, é porque ele aborda temas históricos ou situações próximas a realidade.
Se passando na América do sul numa Terra que foi assolada por um vírus que dizimou boa parte da população, Eden foge do comum abordando temas como a ciência, religião, prostituição e drogas num ambiente cheio de ação, sexo e violencia. Uma ficção científica/cyberpunk que merece ser lido mesmo por quem não curte quadrinhos.
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Jessé 25/04/2020

Relendo essa maravilha!
Éden é muito bom! Essa releitura só está fazendo eu gostar mais ainda dessa obra.

Não é pra menos que é considerado um dos melhores mangas Sci-fi. É muito bom o jeito que o Hiroki Endou conduz a história, fazendo nos acreditar que a história está indo pra um lado, e na verdade esta indo pra outro totalmente diferente do que imaginamos. Mas essas mudanças nunca são levianas, e tudo se conecta de maneira eficiente no roteiro.

Vale muito a pena ler esse manga. Com certeza é um dos melhores já lançados no Brasil.
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Joao Felipe 11/10/2016

Sensacional
"Éden - It's an Endless World Volume 1, é uma narrativa de ficção científica sobre os limites da evolução e da sobrevivência da raça humana." .
.
Futuro distópico sempre me fascina, por apresentar a quebra de conceitos que temos por garantidos, a convivência se modifica, a ética se transforma, deixando o ser humano perdido e sem referências.
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Fernando 08/02/2021

Ótimo mangá de Sci-fi
Narrativa adulta e filosófica, combinando com arte realista e argumentação que faz uso de conhecimento próprio do estilo.

Interessante iniciar na nossa América do Sul, onde expõe a sua principal fragilidade - ser influenciada por grupos externos.
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Victor 23/12/2022

Considero um delírio em grupo, mas existe.
Éden é estranho, o início é definitivamente muito interessante, não que o desenvolver não seja interessante, mas parece que a obra muda de nome e se torna outra.
Éden é ruim, mas também não é incrível, o final faz sentido com o contexto histórico, então considero bom (vulgo MID)
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Marieliton M. B. 09/04/2018

Mundo cruel, pessoas cruéis
Um vírus devasta a população mundial fazendo com que aqueles que conseguiram resistir a esse mal busquem uma forma de sobreviver num mundo decaído.

Essa primeira edição de Eden, apesar de levantar várias questões, prende a atenção do leitor por apresentar um mundo distópico bem construído. Usando de flashbacks, o mangaká Hiroki Endou, vai apresentando personagens interessantes e mostrando seus elos com a trama.

A arte de Hiroki Endou é muito boa. Principalmente pra desenhar cenários. De cara o mangá me cativou no diálogo inicial entre os personagens Hannah e Lane. Dá pra ver que a religião será algo bem presente na história.

Não sei se Hiroki Endou passava por algum problema pessoal durante a produção desse mangá, mas os textos que ele escreveu no fim dessa primeira edição contém uma reflexão bem “pesada”.
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Paulo 06/10/2018

Acho complicado fazer uma resenha de cada um dos volumes, quando o objetivo é instigar vocês a ler uma obra que só se completa em 9 Volumes. Portanto, o que vou fazer é falar um pouco da obra como um tudo, e se vale a pena ou não investir o seu dinheiro nessa coleção. Quem quiser discutir sobre os acontecimentos de algum volume em específico (eu pelo menos ficava com muita vontade de conversar sobre o que tinha lido ao final de cada um dos volumes), é só mandar uma mensagem.
Por conta de ser uma resenha de uma coleção inteira, ela vai ficar um pouquinho maior do que o de costume. Mas não desistam! Leiam até o final, vale a pena!

O ENREDO

A série começa no final do século 21, depois que uma estranha epidemia devastou a humanidade. Em um longo primeiro capítulo que serve como um prólogo, ficamos sabendo sobre duas crianças, Enoah Ballard e Hannah Mayall, que adquiriram uma imunidade ao vírus e que fazem parte da nova geração que vai ajudar a repovoar o planeta. O capítulo seguinte dá um salto de 20 anos, e aí que a história propriamente dita tem início, com Elijah Ballard, o filho de 15 anos de Enoah e Hannah. Elijah está vagando pela América do Sul, em um mundo marcado pelo conflito entre a Federação da Propater, uma organização supranacional que passou a controlar grande parte das nações, e os países ainda independentes. E é com este pano de fundo que a série se desenrolará.
Eden é uma história sobre o amadurecimento de Elijah como homem ao mesmo tempo que ele tenta sobreviver tanto física quanto moralmente em um mundo que é demasiado complexo para o mero "preto e branco". Ao longo de sua jornada, Elijah irá encontrar muitos outros personagens, tanto aliados quanto inimigos, todos compartilhando a mesma luta pela sobrevivência em um mundo distópico pós-apocalíptico que se parece mais com o nosso do que gostaríamos de admitir.
Algumas edições mais tarde, a história mais uma vez avança no tempo, saltando mais quatro anos à frente. O vírus Closer, a causa da pandemia original, sofre uma nova mutação. A história então reúne Elijah, agora com 19 anos, assim como muitos outros personagens antigos, e alguns novos, e o mundo começando a lidar com essa nova ameaça.
Ainda que possamos dizer que Elijah é o protagonista desta história, o roteiro o deixa de lado por diversas vezes para contar mais da história de luta e sobrevivência de alguns destes personagens que nos são introduzidos entre os capítulos principais.

PORQUE DAR UMA CHANCE À ÉDEN: IT’S AN ENDLESS WORLD?

Comecei a ler Éden porque a obra é citada por muitos leitores como uma das maiores obras nipônicas de ficção científica. Eu sou muito fã do gênero, e fui com muita sede ao pote. O primeiro volume me entregou bastante do que eu esperava: um mundo pós apocalíptico recém assolado por um vírus misterioso, personagens intrigantes, organizações secretas e teorias da conspiração, e diálogos densos. Porém, na medida que os capítulos foram avançando, Éden começou a transitar de gênero. Claro que o mundo distópico e futurístico sempre estiveram presentes como pano de fundo e cenário, mas o mangaká Hiroki Endo passou a focar a sua narrativa em elementos de ação visceral (Éden é um mangá bem violento), thriller policial e guerras de máfia. Endo criou um mundo pós apocalíptico tomado por carteis de drogas, guerras étnicas e de conquista no qual as pessoas vivem, morrem, se ferem, traem umas às outras e lutam com o que têm para sobreviver.
Admito que durante um tempo isso me decepcionou. Comecei a ler Éden atrás de um mangá de ficção científica, que focasse em questões existenciais, e o que estava diante de mim era um mangá de ação visceral, que sim, apresentava personagens cheios de camadas, num mundo cru, cheio de tons de cinza, muito parecido com o nosso. Mas bem, não era disso que eu estava atrás, quem me conhece sabe que não sou o maior fã do mundo de quadrinhos de ação. Mas Endo me apresentou um mundo tão selvagem, tão cruel, e ao mesmo tempo tão semelhante ao nosso, que aceitei a sua proposta e continuei lendo, me dando conta de que a trama a que fora introduzida no começo do mangá, sobre o vírus misterioso e uma organização secreta com objetivos escusos, tinha ficado pra trás e fora só uma desculpa para a criação deste mundo distópico. Mas eu estava enganado. Na medida que fui avançando no mangá, comecei a perceber que Endo não estava querendo entregar ação violenta gratuita. Endo desce fundo, explorando um mundo de drogas, tráfico e prostituição para jogar na cara do leitor o que está acontecendo hoje, na periferia do mundo “civilizado”. Pois se começamos imersos dentro deste mundo de drogas e prostituição, lá pro Volume 5 Endo expande as discussões iniciadas lá atrás, e começa a nos imergir num mundo de conflitos étnicos e raciais, nos introduzindo novos personagens que lutam pelas minorias muçulmanas na região de Xinjiang, na China, ou nos conflitos étnicos que assolam a África. É tudo muito cru, tudo muito real, arbitrário e perverso, e como dito por uma personagem em um dado momento da história: “Interessante, não é? E não é nem na Idade Média, ainda está acontecendo nos dias de hoje.”. Agora, mais do que isso, Endo faz um excelente trabalho humanizando todos os personagens que apresenta, e todos os lados dos conflitos, sejam os raciais, os religiosos, os étnicos, humanizando inclusive aqueles que podem ser considerados os antagonistas. E digo isso pois Éden não é uma história maniqueísta, todos os personagens são vilões e heróis de suas próprias histórias, dependendo do ponto de vista. E Endo não está necessariamente nos pedindo para perdoar os abusos de seus personagens, mas ele nos mostra como pessoas podem se tornar tão brutais, e como as mesmas pessoas capazes de amar, são capazes de matar a sangue frio.
Dito isso, lembra quando eu disse que o mangá parecia ter deixado um pouco de lado a questão da ficção científica? A partir do Volume 5 da versão da JBC, Endo retoma os assuntos do primeiro capítulo, e o vírus Closer, que havia sido deixado de lado, volta a ganhar destaque na trama. No Volume 6, Éden abraça de vez a ficção científica, e dou o braço a torcer dizendo que toda a ação e crueldade dos volumes anteriores ganharam um novo significado. Endo usou dos elementos de ação desenfreada e thriller policial e político para prender a ação do leitor, mas seu objetivo é muito mais do que a ação gratuita: Éden quer discutir como o nosso mundo é injusto, cruel e absurdo, e que mesmo nos dias de hoje, em pleno século XXI, as injustiças continuam a aparecer, nem que para isso ele tenha que dar uma de George R. R. Martin, matando personagens a torto e a direito, sem nenhum significado, apenas por estarem no lugar errado na hora errada. E para isso, o autor questiona o mundo civilizado, questiona instituições religiosas, e mais, incorpora nomes e conceitos gnósticos na história, transformando elementos da gnóstica (só dar uma olhadinha no OBS) em ficção científica do mais alto nível, para responder as perguntas: de onde viemos? Qual o objetivo da vida? Pra onde vamos? Porque este mundo é tão cruel e imperfeito?
Diante de tudo que vinha sendo desenvolvido nos primeiros capítulos, eu não esperava o que estava por vir. Éden: It’s an Endeless World foi de um bom mangá de ação e thriller policial para uma das melhores obras de ficção científica que já li. O final é para mim avassalador, cheio de mensagens e significado. Uma obra que deve ser lida e relida ao longo da vida (pelo menos os 4 últimos volumes), e que serve de fonte para ótimas discussões existenciais e sobre o potencial humano.
A arte de Endo é tremenda também, cheia de detalhes, principalmente quando ele desenha paisagens rurais ou urbanos, dedicando muita atenção aos cenários. Além disso, ele não evita de matar seus personagens de formas muito gráficas, mostrando como a violência é terrível.

OS PROBLEMAS

Apesar de, ao final da leitura, considerar Éden: It’s an Endeless World como uma das melhores obras de ficção que já li, ela também tem os seus problemas.
A mudança de foco da narrativa entre alguns volumes, e a constante troca de protagonistas ao longo da leitura, pode desagradar alguns leitores. Muita gente que estava gostando de pegada de ação e thriller policial do começo da coleção, não curtiu a mudança para uma trama de ficção científica mais hardcore, com mais diálogos e tramas políticas, as vezes pesadas e nem sempre fáceis de acompanhar – a história tem sim vários conceitos complexos que são melhor entendidos por um leitor acostumado com ficção científica e ciência em geral. De fato, as vezes precisei ler mais de uma vez algumas passagens para entender de fato tudo o que estava acontecendo. Agora, por outro lado, existem algumas pessoas, como eu, tiveram que superar as primeiras edições de pura ação desenfreada para se deleitar com a trama existencialista da segunda metade.
Além disso, o fato de Endo matar seus personagens a torto e a direito pode desagradar alguns. Em Éden literalmente ninguém está seguro: Endo não tem o menor pudor de matar seus protagonistas, e tem gente que acha que ele insiste em chocar por chocar. Eu não concordo com esse ponto de vista, tendo entendido que essas mortes são uma parte fundamental da história, que é a de gritar pro leitor que esse mundo é cru e sem sentido, e que nem todas as mortes tem um significado – que a maioria das mortes na verdade são aleatórias e injustas, e não é porque você é o protagonista da sua história, que você não está sujeito as arbitrariedades da vida. Dito isso, acredito que muitos leitores tenham se irritado mesmo é com o fato de Endo perder tempo desenvolvendo alguns personagens e relacionamentos, que são jogadas fora num estalar de dedos.
Vi também alguns leitores reclamando que a série não responde a todas as perguntas que se propõe a fazer. Não acho que seja esse o caso. Sim, o mangaká deixa várias perguntas sem resposta, mas acredito que o mais importante é respondido; ele não deixa nenhuma grande pergunta sem resposta. E o resto faz parte do que é a ficção científica, deixando para o espectador interpretar essas pontas soltas. Muitas delas, inclusive, eu gostei de terem sido deixadas em aberto, pois nos instigam a pensar mais sobre o assunto, e a nos aprofundar nas ideias do mangá.
Mas tudo isso que apontei, não chego a considerar como um defeito. São pontos de vista. Para mim, são parte do que Endo tenta passar para o leitor. O maior defeito da obra, pra mim, é no desenvolvimento inconsistente de alguns protagonistas. Como o próprio Elijah, que tem algumas transições de personalidade que ficaram meio inconsistentes nos primeiros volumes com o que vinha sendo apresentado (apesar da transformações soberbas após os acontecimentos dos últimos volumes), ou por exemplo o próprio Kenji, que começa a trama de um jeito, e termina de outro diametralmente oposto, a inserção abrupta de novos personagens nos capítulos finais, como solução para alguns dos problemas derradeiros da trama, e a forçada de barra em jogar uma informação nas últimas páginas justificando a presença de Sophia na conclusão do plano do Maya. Algumas dessas explicações estão nas entrelinhas, mas a transição abrupta na narrativa muitas vezes não nos dão tempo de pensar o suficiente sobre elas, dando essa impressão de inconsistência.
No fim, Éden: It’s an Endeless World pode, sim, entrar para o hall das obras-primas nipônicas.

ÉDEN: IT’S AN ENDLESS WORLD E O GNOSTICISMO

Recomendo que as pessoas pesquisem um pouco sobre a gnostica antes de lerem o mangá, pois isso vai ajudar muito na compreensão do final da história. Certamente você terminará a leitura interessada em ler mais sobre a filosofia gnóstica.
Mas como sei que é difícil encontrar material sobre, vou adiantar o essencial a se saber para a leitura da obra de Endo: No início da história cristã, o cristianismo não era apenas uma religião, mas várias. Na verdade existiam diversas crenças baseadas em Cristo e a maioria tinha grandes diferenças entre si com relação a alguns pontos. O gnosticismo se originou no primeiro e segundo século d.C., e as idéias e os sistemas gnósticos floresceram no mundo mediterrâneo no século II d.C, em conjunto e influenciados pelos primeiros movimentos cristãos e pelo médio platonismo (os gnósticos tomaram emprestado várias idéias e termos do platonismo). O Gnosticismo (da palavra grega gnose: conhecimento) postula duas forças divinas co-iguais. Os gnósticos pregavam que o mundo material não fora criado pelo deus bom, ser espiritual e supremo, mas por uma divindade imperfeita, um deus menor, e daí todas as tragédias, injustiças e arbitrariedades da vida terrena. O que não quer dizer necessariamente que essa divindade é má, como alguns interpretam. Segundo alguns gnósticos, sua criação de uma materialidade falha não é devido à falta de qualquer moral de sua parte, mas devido a sua imperfeição em contraste com as entidades superiores de que ele não tem conhecimento. E esta divindade trabalha para tornar o universo tão benevolente quanto possível dentro do que as limitações da matéria permitirão.
Jessé 25/04/2020minha estante
Esse texto enorme pra falar um monte de bosta?!




Pablitxo 15/12/2018

O mundo sem fim
Imagine um mundo que está a beira da ruína por causa de um vírus que provoca uma doença, sem tratamento eficaz, capaz de dizimar a humanidade? E ainda, os sobreviventes têm que lidar com problemas étnicos e raciais! Esse é o mundo de Eden, um mundo pós-apocalíptico. Nos são apresentados três sobreviventes no início da história, habitando uma ilha deserta: o professor Morris Lane, que já se encontra tomado pela doença causada pelo vírus e duas crianças, Enoah e Hannah.

Passados 20 anos dos acontecimentos do primeiro capítulo (o primeiro capítulo tem mais de 100 páginas), somos apresentados a dois novos personagens: o garoto Elijah e seu robô Cherubim. Agora, somos transportados para uma cidade deserta, tomada pela natureza. Mas Elijah não ficará tão sossegado, já que chega até ele guerrilheiros. A partir daí, o problema central deste volume se inicia. A arte que nos é apresentado é bastante realista e a história, concreta. Você pode olhar a história e traçar um paralelo com o que aconteceu ou acontece nos dias de hoje. Claro, fazendo ressalvas quanto a tecnologia. Conflitos, como as guerrilhas da America do Sul, são discutidos de forma bastante verdadeira.
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MonkeyDHina 10/07/2021

Mangá sensacional, arte perfeita e história ÚNICA
Uma história que se passa em um universo pós apocalíptico depois que uma doença degenerativa se espalhou pelo mundo.

As pessoas que sobreviveram foram puramente pela seleção natural e o mundo se torna cheio de disputas sangrentas pelos recursos naturais e intrigas políticas.

Ao mesmo tempo que as coisas ficaram "escassas" , a tecnologia cyberpunk é muito forte na história com vários ciborgues e humanos modificados com inteligência artificial e etc.

Não vou falar mais sobre a história porque só lendo pra descobrir, mas vale totalmente a pena. É maravilhoso e você se envolve muito com a história e os personagens.

Esse mangá do Endo Hiroki é um dos meus preferidos e eu fiz questão de comprar a coleção toda, inclusive, no final de cada volume tem uma carta do autor para os leitores e ele é muito gente boa e comédia, você lê e pensa "Meu Deus, queria sentar num bar pra trocar uma ideia com esse doido".

A arte do mangá é magnífica, cheia de detalhes e você fica admirando cada página porque realmente é maravilhoso. A história dos personagens também é muito interessante, cada um deles tem uma personalidade muito intrigante e você se apaixona.

Pra quem gosta de ficção, universo cyberpunk e arte cheia de detalhes, vai com fé porque não existe arrependimento.

Sonhando para que façam uma adaptação para anime porque seria algo inédito e impressionante.
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Guilherme 20/07/2019

Eden, o melhor quadrinho que você não leu.
“Eden — It’s An Endless World” é uma obra diferente entre os mangás japoneses.

O formato japonês de contar histórias em quadrinhos tem feito muito sucesso no Brasil e no restante do mundo nas últimas décadas, as histórias refletem com clareza os valores e costumes da cultura japonesa o que confere um tom único para esse tipo de história. Não são poucos os signos clássicos dos mangás, como o traço longilíneo e preto e branco dos desenhos, o humor das piadas com o comum apelo sexual, as lutas cheias de elementos fantásticos e os arcos de histórias que realmente chegam a um fim, se diferenciando muito dos títulos ocidentais como os americanos.

Mas “Eden” foge totalmente desse escopo do estilo clássico do mangá mais tradicional de grandes obras como Dragon Ball, Naruto e Cavaleiros do Zodíaco. Escrito e desenhado brilhantemente pelo autor Hiroki Endo, a história se baseia em elementos realistas como problemas sociais, política internacional e briga de interesses entre grandes corporações, etnias e religiões além de esconder em suas entrelinhas profundos questionamentos filosóficos. Tudo isso ambientado em um mundo pós apocalíptico, cheio de elementos cyberpunk na segunda metade do século XXI.

Na história o planeta está se recuperando da epidemia do vírus “closer”, uma doença altamente contagiosa que dizimou 15% da vida humana da terra. O vírus age sobre o colágeno da pele o solidificando e em seguida liquefazendo os órgãos internos, deixando somente uma casca vazia.

Diante dessa hecatombe viral a humanidade acredita inicialmente que esse será o seu fim, no desenrolar dos fatos a ordem mundial é refeita dividindo o mundo em dois lados. O primeiro e mais poderoso é a Propater, uma organização que emerge da ONU e é formada pelos países ricos da Europa e América do Norte, todo o território aliado a Propater é conhecido como Gnosia. Essa força política e militar tem como objetivo a unificação global em uma única bandeira, um estado federal que cobrirá todo o globo terrestre. Do outro lado está a Agnosia, todos os outros países e territórios que estão de fora do governo duro e de traços fascistas da Propater, como oriente médio, Ásia central e o principal cenário da história do mangá, a América Latina.

Um fator interessante e incomum nos mangás que está presente em Eden é a passagem do tempo, vemos Elijah, o protagonista, envelhecendo, saindo da adolescência para a vida adulta. Elijah Ballard é filho de Enoia Ballard, um sobrevivente do vírus closer que devastou parte do mundo 23 anos antes. Enoia é um bem sucedido narcotraficante que controla toda a produção de heroína e cocaína da América do Sul, com conexões no mundo todo, poder que acaba por esbarrar nos interesses da Propater, gerando um jogo complexo onde as principais peças são a política, o tráfico de influência, poderio militar e a manipulação da mídia.

Eden aborda ainda mais temas espinhosos como o papel das drogas na sociedade, é o que ela faz com os usuários, os levando a recorrer a prostituição, violência e total abdicação de qualquer valor familiar. Não existem vilões e heróis, todos tem seus motivos e meios que nem sempre justificam os fins. A violência é muito presente e entrega momentos perturbadores, ainda mais por tratar de acontecimentos recorrentes no mundo real.

Tecnicamente é difícil comparar os desenhos com qualquer outra obra. O traço detalhista do autor impressiona pela sua perícia e esmero, a cada página o leitor é presentado com uma linguagem visual totalmente inspirada em enquadrando e movimentos cinematográficos. Essa característica fica ainda mais evidente nas empolgantes cenas de ação, onde cada movimento contribui para o desenrolar dos acontecimentos.

Eden é o exercício de um ofício na sua maneira mais intensa e significativa. Uma obra que se tornou referência em seu meio por ser única na qualidade de cada um de seus detalhes, seja história ou seja a arte. Uma obra prima que mesmo em um universo cheio de tecnologia não deixa de ter como principal personagem o homem é tudo que traz consigo, o egoísmo, a selvageria, a covardia, a ambição, a esperança, comprometimento e sacrifício.

Todo mundo deveria ler Eden.

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Jhog 07/02/2022

Jardim do Eden
Uma doença incurável, duas crianças imunes, deixam um filho e até agora não se sabe o paradeiro dos pais. É uma obra intrigante. Continuemos no próximo volume...
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Maria 29/01/2023

Muito bom
Até agora eu tô um pouco confusa com algumas questões mas quanto mais penso mais faz sentido e parece que esse meu raciocínio não faz nenhum sentido.

O que basicamente quero dizer é: gostei pra cacete desse primeiro volume e pretendo sim ler todos os 9. Animada estou :)
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