Ensaios

Ensaios Ralph Waldo Emerson




Resenhas - Ensaios


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Marcelo 14/01/2014

Somos um sol?
Montaigne disse que nada experimentamos puramente. Assim como não podemos respirar o ar livre de outras pessoas que o respiram, não podemos ter a certeza de que nele não há a presença de bactérias, e tão pouco podemos viver sem nenhum risco; é "impossível ser feliz sozinho" na mesma medida em que o é enxergarmos sob o ponto de vista da lua, e pensarmos sem nos misturarmos com o solo onde pisamos e nos ligarmos a todos que usufruem do mesmo.

Nada melhor para definir as viagens de Emerson, do que Ensaios. No primeiro contato que tive com ele em seu primeiro ensaio, senti como se estivesse no seio de um Deus panteísta, como se eu fosse parte de um todo, assim como tudo o que habita na terra. Por isso, nos movimentos desse filósofo, vejo que as formas se dobram, abraçam, dançam conforme a música. O sol, assim como tudo, pode ser tudo: o coração do Criador, sua mente, um corpo como o meu que se solidariza com os mortais, despejando a sua riqueza, assim como Jesus e Sócrates fizeram.
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ederkam 21/11/2011

"Ensaios" de R.W. Emerson - uma mensagem universal
Ralph Waldo Emerson não é um poeta do quilate de Whitman. Não é um ensaísta da estatura de Montaigne. Não é um filósofo profundo quanto Nietzsche. Mas ele escreveu esse livrinho chamado "Ensaios", que na sua totalidade abarca este livro mais "A conduta para a vida" e "Homens representativos", e este livro não cabe em nenhum compartimento.
Seguindo sua máxima de que "toda grande alma é incompreensível", agiu assim nesta obra. A coerência é uma ilusão de tolos, e ele nem sequer a tenta, em consonância com seu pensamento. Porém esse transcedentalista consegue, sem formar um todo, sem organizar as partes, iluminar, pensar e produzir metáforas que extrapolam a poesia convencional.
É uma obra que não tem ranço acadêmico. Agrada literatos e até mesmo quem lê auto-ajuda. Cabe na prateleira do reacionário e do revolucionário, do velho e do jovem, e, ouso dizer, numa prateleira cristã e atéia. Não é uma obra-morna e não tenta agradar a todos, só que a autoridade tranquila desses escritos domina discretamente o leitor, e embora provavelmente ele não se proclamará um discípulo de Emerson, com certeza se sentirá mais vivo e ciente da natureza, do mundo e da conjunção de pensamentos que forma a mágica das coisas.

(Eder Kamitani)
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