Thalles 08/09/2015
Arrebatador, rápido e instigante.
Madrugada de segunda feira, dor de garganta e tempo chuvoso. Você tem olha as horas e ainda meia noite, sem um pingo de sono sua cabeça só se foca na irritante dor de garganta, não se rendendo ao marasmo você levanta da cama e, não antes de tomar uma dose de antibióticos, pega seu exemplar autografado e recém comprado de "cemitérios de dragões" para ler.
Então amigos essa vai ser uma resenha rápida, resumida e muito fresca.
Nesse segundo livro Raphael Draccon nos imerge novamente no universo dos rangers ainda na primeira página, narrando uma invasão de cinco dragões ao rio de janeiro, com direito a um masaacre bestial em plena eliminatória de copa do mundo entre Brasil e Uruguai.
Depois de um rápido e bruto embate ele nos leva a Derek sendo interrogado por oficiais americanos, o livro foca até a metade apenas entre Derek e Ashanti.
Após a segunda metade, nos introduz Daniel e Romain (como sempre juntos) daniel agora com mais efetividade e "culhoes" e o francês com seu característico humor que como sempre nos rende boas risadas, entretanto diferente do primeiro livro ele agora se ve forçado a ser mais maduro e responsável em algumas escolhas.
A irlandesa Amber nos é apresentada e eu não tenho muito a falar dela senão vou lotar vocês de spoilers -.-
O livro se passa muito mais rápido e intenso do que cemitérios de dragões, e quando eu digo rápido eu sigo realmente rápido, o livro é menor do que o primeiro e eu senti que houve uma certa pressa da editora no lançamento dele, em alguns momentos ele podia ter sido melhor narrado, por assim dizer, as cenas de ação não pecam mantendo seu dinamismo e imersão que Draccon nos traz sempre, mas fora isso todo drama e outras cenas, todo aspecto e fundo emocional dos personagens é passado muito rápido e de maneira muito rápida. E dado os choques emocionais que Romaim e Amber passam respectivamente nosso querido Raphael poderia ter lhes rendido mais algumas páginas.
Finalizando, posso afirmar que gostei e achei sincera, até demorada, a circunstacial amizade entre irlandesa e ruandesa, achei ótimo a maneira como francês e nipo brasileiro aumentam e fortificam sua irmandade, e sinceramente(sim, sou romântico ) estou odiando a demora de aproximação emocinal entre Amber e Derek U-U Mas entendo perfeitamente que a Amber pelo que já passou e pelo que passa nesse livro vai facilmente se abrir emocionalmente para alguém, principalmente quando só o que ela tem é um singelo "braço" amigo(espero que entendam a referência)
Minha uno crítica se refere a velocidade do livro, eu não gostei de ele ter sido menor do queo primeiro. Achei que Draccon focou muito na ação e esqueceu de desenvolver os personagens, não sei se foi escolha dele ou pressão da editora mas o livro parece um rascunho, como se ele tivesse separado os tópicos e resumido cada um deles. Senti muita falta da profundidade dada aos personagens, característica do próprio raphael, espero que no terceiro ele venha calando minha boca e muito, mas nesse segundo acho que ele caiu um pouco o nível.
No mais, amaldiçoado seja Draccon por escrever tão bem e conseguir tão facilmente nos conduzir aos seus universos narrados, devorei seu livro em 6 horas e agora sofrerei por meses na espera do terceiro :c