Resenhas - Morri Para Viver

Raffafust 23/08/2015

Sou assídua do Ego ( confesso!), acabo lendo quase que diariamente aquelas matérias bobas sobre " atriz toma um sorvete na praia" e outras como " modelo afirma que não faz sexo há meses". Por causa dele sei quem é Andressa Urach, volta e meia li notas e matérias sobre a modelo que ficou em segundo lugar no Miss Bumbum e que afirma ter dormido com o craque galã Cristiano Ronaldo. Para as mulheres, Andressa é aquele tipo de mulher que por mais a achemos bonita não temos admiração. Ela não é aquela atriz que brilha na novela das oito ou uma cantora em ótima forma que idolatramos . Ela está ali por 2 motivos básicos : 1- os homens amam suas poses semi nuas nas fotos que ilustram seja o que for que estiverem falando dela; 2- As mulheres acabam clicando , seja para verem qual a última novidade - porque somos curiosas - ou porque nos divertimos com alguns comentários.
Sendo assim, logo que surgiu a biografia autorizada de Andressa Urach quis ler. Porque me encaixo no grupo de pessoas que gosta de saber de tudo, mesmo que isso não acrescente nada em meu currículo quando for buscar um emprego.
Me deparei com um livro separado por momentos dela após quase morrer por causa da obsessão com a fama e com as cirurgias plásticas, a moça nem chegou aos 30 anos e já fez quase esse número de intervenções cirúrgicas.
Assusta - pelo menos para mim - saber que alguém em busca de perfeição se submeta a tantas agulhadas e cortes. Andressa era viciada não somente em ter fama como em ser a mais bonita. Para ela que cresceu sem muito contato com o pai que não a achava parecida com as pessoas da família por ter cabelos e olhos escuros - e isso é uma das coisas que ela logo mudou, sempre pintou o cabelo de louro e usava lentes azuis- , para ela que foi abusada por um avô postiço aos 7 anos e que perdeu a virgindade com um meio-irmão, os traumas já estavam para sempre nela tal qual as mais de dez tatuagens que possui.
Nas 238 páginas do livro mergulhamos e um mundo que sabemos que existe mas contado por alguém que o viveu nos choca novamente. Andressa dormiu com centenas de homens, usou muitas drogas e deixou de lado a família. Apesar de ter um filho, acabou sendo a mãe dela quem ficou com ele boa parte do tempo já que ela até mesmo viajava para outros países para dormir com jogadores de futebol e empresários.
As partes onde conta com quem fez programa não citam em nenhum momento os nomes dos famosos - com exceção de Cristiano Ronaldo - , somente 1 deles já foi desvendado : Raffael Machado, cantor que eu nem imaginava que existia , com quem manteve um romance falso e recebeu 80 mil reais
Muita gente questiona - por causa do histórico da moça - o que é verdade no livro e o que é inventado para ganhar dinheiro com sua conversão em evangélica? Para quem não sabe, Andressa quando ficou internada por causa de aplicações de hidrogel nas coxas e quase morreu com uma infecção, virou evangélica, não aceita mais tirar fotos sensuais e é da Universal do Reino de Deus agora. Seu livro, inclusive, tem todo um lado religioso, como se fosse um testemunho de fé, após contar tudo que fez " de errado" ela agradece a Deus e a à Igreja Universal pela sua cura das ganâncias da vida.
Impressiona ver o como ela se transformou com o tempo , de menina magra e sem bumbum, em dona de um imenso traseiro com coxas grossas. Seu nariz, seios e barriga também foram lapidados como ela achava que ficaria melhor.
Há partes bizarras no livro como as que ela descreve seus programas com os clientes cheios de mania no Rio Grande do Sul - e isso me lembrou muito o livro da Bruna Surfistinha - e partes como a de zoofilia onde diz que sentia prazer com a língua de seu cão .
Para o título de curiosidade, serviu, já sei o que tanto fala o livro dela. Mas para fins de crença na humanidade, essa continua em queda livre. Leiam e me digam o que acharam.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2015/08/resenha-morri-para-viver-planetalivrosbr.html

Ellen 26/07/2023

Olha Brito, sinceramente?
As histórias de incesto, zoofilia, violência, adultério não conseguem ser piores que a intolerância religiosa e o falso moralismo presente nessa biografia. Acho que a maior vitória dela foi ter se curado dessa praga que é a Igreja Universal!

jhonatas_nilson 12/09/2015

Sou viciado em reality shows, admito!, e o meu favorito deles sempre foi A Fazenda (me julguem). Apesar dos anônimos que os produtores insistem em colocar lá se passando por celebridades, esse ainda é um dos programas que mais consegue me prender em frente á televisão. E foi com a sua participação na temporada de 2013 que tomei conhecimento de quem era Andressa Urach, apesar de que até então não sabia ao certo em que ela trabalhava ou a que se dedicava.

Andressa nunca foi uma mulher admirável. Quando aparece na mídia, imediatamente podemos esperar alguma polêmica relacionada ao seu nome. Não é alguém que atua, canta, dança ou faça qualquer coisa que justifique a sua fama... Ela está ali somente como uma maquina de escândalos.
Na época em que esteve no hospital, muitas notícias foram feitas ao seu respeito e era praticamente impossível não acompanhar de alguma forma o andamento da sua luta contra o hidrogel, afinal aquilo era veiculado em praticamente todos os portais de notícias! No entanto a maior das surpresas veio quando soube que ela havia decidido deixar todas as polêmicas no passado para recomeçar uma nova vida, se convertendo na Igreja Universal.

Sinceramente não botei muita fé, para mim era só mais uma forma de ganhar atenção. E, mais por curiosidade do que por qualquer outra coisa, decidi comprar a sua biografia autorizada para tentar ver a versão dela dos fatos e, quem sabe, tentar entender um pouco das suas atitudes doidas. E consegui exatamente o que queria, pois depois desse livro algumas das minhas concepções mudaram.

Durante a leitura de “Morri para viver” mergulhamos em um mundo sujo, onde em nome de fama, beleza e dinheiro Andressa esteve disposta a tudo. Tudo mesmo.

"Eu virei uma deprimente máquina de fazer programas. No final de cada mês, enviava caixas e mais caixas de champanhe para a mulher das entidades, além de outros presentes e o pagamento do meu banho místico diário. Enquanto mergulhava nessa rotina devassa, deixei de ver meu filho crescer e me distanciei, ainda mais, da minha família." Página 131
.
É interessante, e triste, ver a forma como ela se submeteu ás diversas cirurgias, vendeu o corpo para centenas de homens quando o seu filho estava sem a mãe em casa, esqueceu da própria dignidade com o intuito de ser notada. Talvez uma das partes mais chocantes é quando ela afirma haver praticado zoofilia com o próprio cachorro. Como alguém pode chegar a esse ponto?

Eu recomendaria o livro para quem está à procura de um enredo de narrativa simples, porém com história forte. Não espere um clássico do José de Alencar e tampouco vá com muita sede ao pote, apenas leia sem muita reticência e talvez você até goste. Apesar de algumas cenas descritas não terem me passado muita verdade e feitas apenas para chocar, eu gostei de “Morri para viver”. Acredito na recuperação das pessoas e, sinceramente, acredito na volta por cima da Andressa Urach. É possível ver a mudança em suas atitudes e, para mim, isso é o que mais importa. De verdade espero que a transformação que ela tanto fez questão de mostrar em sua biografia seja verdade, e que a partir disso siga sendo a nova mulher descrita tantas vezes nas páginas do livro.

Não a conheço e tampouco a acompanho, passei a saber do seu histórico a partir do livro, no entanto torço pela vitória das pessoas e acredito em segundas chances. E, sim, torço para que esse recomeço seja verdadeiro.

NOTA: 4,5 / 5

site: http://entremundosliterarios.blogspot.com.br/2015/09/resenha-morri-para-viver-andressa-urach.html

Tofuuu 01/08/2023

Lembro-me que em 2016, uma colega de sala de aula, após notar que eu estava sempre acompanhada por livros, (eu lia para passar o tempo, não tinha amigos) disse que poderia emprestar-me um de seus exemplares em troca do esmalte rosa que sempre decorava as minhas unhas.
Aceitei a proposta.
Imaginem a minha cara quando a querida chega com essa obra soturna.

A única parte positiva é ter uma linguagem simples, nada cansativa.

andersssson 18/09/2015

Para além de uma biografia, prepare-se para ler um testemunho da Universal
Propus-me a ler esta biografia pelo simples motivo de tentar entender como funciona a cabeça de uma neo-cristã da Igreja Universal do Reino de Deus que, antes do batismo, fez exatamente o oposto de tudo o que prega o evangelho de sua igreja. Acredito que não é uma grande revelação dizer que foi prostituta, porque todos nós já sabíamos disso. Eu tinha certeza quase absoluta de que ela fazia programas. Assim como ela, várias meninas que estão na TV o fazem, é muito tentador, há muito dinheiro envolvido no mundo das celebridades. A todo o momento e a cada nova revelação, Adressa Urach pede desculpas, clama pelo perdão de deus ou indaga-se sobre o porquê de ter feito coisas que hoje julga imundas, como o fato de ter se drogado e se prostituído. Ela chega ao ponto de criticar até as tatuagens que fez. Além de tudo, o livro é muito mal escrito, mesmo tendo contado com a colaboração de um coautor, o jornalista Douglas Tavolaro. O discurso de Urach nos deixa a impressão de ter participado de um culto da Universal ou de termos nos deparado com um fiel que tenta a todo o tempo nos converter, usando para tal suas dores do passado que foram saradas por um suposto deus e seus "pecados" que foram perdoados pelo mesmo. A saga da garota de programa que fazia sexo anal sem lubrificante, perdeu a virgindade com o irmão, foi abusada na infância, se excitava com a língua de um cachorro, fez 24 cirurgias plásticas antes dos 27 anos e ganhava 15 mil reais por programa poderia ser mais interessante se ela não ficasse o tempo todo se autocondenando em nome de uma suposta fé. Não cometam o mesmo erro que eu ao comprar e, posteriormente, ao ler este testemunho da Universal. No epílogo ela nos revela que deus existe para os "pecadores" que venceram seus pecados e não para os "santos" que nunca pecaram. Deprimente.

Sahudades 14/10/2022

Morri para viver
🤬 #$%!&
Chato pra prr
Um dos piores q já li
Q ódio, eu tinha criado expectativas atoa
Odiei nn recomendo

Coruja Leitora 02/08/2020

Me causa revolta o tanto de preconceito que li aqui.
Esse aqui nem da pra dizer que ajudou na ortografia, pq até erro de português eu achei...recheado de machismo, preconceito religioso, transfobia...um lixo... dificilmente falo mal assim de livros, principalmente biografias pq como dizia o Chorão: cada um tem sua história e eu tô aqui pra aprender, não pra julgar. Mas a forçassão de barra, contradições, exageros claros como por exemplo dizer que teve overdose e depois descrevendo a situação dizer que foi uma grande alucinação por uso de drogas...mulher...pelo amor de deus...respeita a minha inteligência.
Em um trecho ela cita que como repórter e apresentadora de um programa teve que passar por todo tipo de constrangimento, como por exemplo beijar UM travesti e um gari. Aparentemente, beijar um gari é motivo de constrangimento para a serva de Deus. Acho que depois disso, nem preciso falar nada.

Josy de Paulo 01/06/2021

Li mesmo por curiosidade.
Sempre tive ranço da Andressa e fiquei chocada com as coisas que ela já fez.

fani 20/04/2021

Gostei muito.
Faz muito tempo que queria ler a biografia da Andressa e como foi boa essa leitura, me fez ter altas reflexões e me agregou em amplos aspectos.
Vejo muita verdade no que ela viveu e sentiu. Triste ver que ela é condenada por adotar a fé, criticada por crer na Bíblia, por falar de Deus (palavras da mesma nas páginas do livro)
Todo mundo tem o direito de querer mudar e ela escolheu recomeçar.

Carla.Parreira 23/10/2023

Morri para viver é um livro biográfico sobre a vida de Andressa Urach, uma das personalidades da mídia que quase morreu por causa da sua insana obsessão por dinheiro, beleza (modismo) e sucesso. Depois de viver voltada para a prostituição, os vícios e as cirurgias plásticas, ela precisou passar pela quase morte para encontrar o verdadeiro sentido da vida. Eis alguns trechos do livro: ?...Sempre existe outra versão para os fatos... De repente, minhas dores sumiram. Os buracos na perna, a deformação das coxas, a infecção que se espalhou. Não sentia nenhum suplício. A enfermidade havia desaparecido. Meu corpo estava limpo, completamente são. Que paz era aquela que invadia meu interior? Onde estava a agonia que apertava meu peito? Como todo aquele tormento havia terminado assim, de uma hora para outra? O inacreditável parecia real. Eu me vi levantando do meu corpo, flutuando pelo quarto, enquanto me observava na cama do hospital. Sumiram minhas noções de tempo e espaço. Ficou tudo turvo. Eu não tinha controle para voltar. Fora do corpo, conseguia enxergar em todas as direções ao mesmo tempo. Parecia um desligamento completo do meu cérebro, apenas a minha consciência funcionava. Não é uma coisa física que se pode explicar. A minha alma não estava presa ao corpo. Eu estava na fronteira da morte. A sensação era nítida: estava partindo para o outro lado, era o fim da vida para mim. Cheguei a um lugar vazio, como um deserto, silencioso, diferente de tudo o que já tinha visto. Muito limpo, muito branco. Um vale extremo. A paisagem mirava o infinito de nuvens. Não é possível descrever ao certo essa imagem. Fui tomada por um sentimento indescritível de serenidade. Era uma sensação de prazer e de bem-estar que não tem explicação. Tudo era claro, muito claro. Vi uma luz muito forte bem ao fundo, que me acompanhava cada vez mais de perto. Não tinha a forma de um corpo humano. É a luz mais brilhante que poderia existir e, ainda assim, não ofuscava minha visão. Era uma luz acolhedora. Era a paz absoluta. A experiência é impossível de ser reproduzida com fidelidade em palavras. Era Deus. Eu sei que era Deus. Eu vi Sua luz. Eu estava parada diante de Deus, despida, humilhada, aguardando o julgamento do destino da minha alma. Isso era claro para mim o tempo inteiro.
E, de repente, como se eu resgatasse toda a memória, comecei a ver uma retrospectiva acelerada da minha vida. Flashes de cenas rápidas como na exibição de um filme. Comecei a visitar momentos do meu passado. Infância perdida, juventude rebelde, mulher sem princípios e valores. Tudo passou diante dos meus olhos. Dinheiro, imóveis, carros, beleza, luxúria, fama e as atrocidades cometidas em nome de tudo isso. O que eu havia conquistado na vida estava ali, sem valor algum, reduzido a nada. Restava apenas a minha alma. Não merecia estar com Deus, só a condenação por toda a eternidade. Não havia solução para mim, sabia disso. Minha história de vida era tão suja que não conseguia mais olhar para Deus. Eu não tinha coragem de erguer meus olhos para Ele. Meu rosto estava cabisbaixo de tanta vergonha e humilhação. Minhas mãos estavam juntas, colocadas na altura do coração. Minha culpa era enorme. Pensei no meu filho e supliquei uma segunda chance. Eu precisava de uma segunda chance. Uma oportunidade para consertar o que fiz e o que fui. ? Perdão, meu Deus! Perdão! Perdão, meu Pai! Meu filho precisa de mim. Vou fazer tudo diferente, se eu tiver uma segunda chance. Perdão! Perdão! Perdão, meu Deus! Perdão! Perdão! A luz desapareceu no momento seguinte. A cena registrada na minha mente seguia, na minha terrível tentativa de respirar. Eu me percebia entubada, me empenhando para puxar o ar com a ajuda de aparelhos respiradores. A sensação era de sofrimento, de uma tortura física que não passava. Eu permanecia em coma profundo de volta à Terra. No quarto do hospital, minha mãe era a única familiar autorizada a ficar ao meu lado durante essa fase da internação. As visitas eram controladas com rigor por causa do risco de infecção. A todo momento, chegavam novas informações negativas. Os médicos de plantão diziam que a infecção no meu corpo estava avançando... Certa noite, tive outro momento de pânico: vi espécies de anjos da morte se aproximando, parecendo buscar meu corpo. Vultos negros que rodeavam o leito do hospital. Meu quarto estava cercado deles. A cena se passou de forma nítida. Eram espíritos ruins, porque sentia pulsar uma sensação de angustia, uma agonia que se multiplicava conforme essas imagens tenebrosas rondavam meu corpo. Era a morte, na minha visão. Gritei, desesperada, pedindo socorro para minha mãe. Comecei a me debater na cama... A fé viva que resgatou meu primo do crime poderá me salvar do coma. Juntos, ele, minha mãe e os pastores se uniram em correntes de oração por minha saúde. Mesmo as notícias ruins não os abatiam. Eu passei por rejeição a medicamentos, ganho e perda de peso excessivos, transfusões de sangue, febres intensas, crises respiratórias, infecções e inflamações graves, ameaças de falência múltipla de órgãos. Mas nada abalava a crença absoluta de todos eles durante o meu período como paciente na UTI. Os momentos de coma também me fizeram enxergar um mundo espiritual até então desconhecido. Afinal, o que existe depois que a vida acaba? Para mim, a morte sempre significou o fim de tudo. Minha mente nunca aceitou a possibilidade de eternidade com ou sem Deus. Mas a jornada fora do meu corpo me provou que a nossa alma é eterna e cada um, aqui e agora, decide o destino dela. Não tenho dúvida sobre isso. Conversei com médicos e especialistas para achar uma explicação cientifica para o que aconteceu comigo. Queria saber se tudo podia ser uma ilusão produzida de alguma maneira pelo meu cérebro. Ouvi neurocientistas e psiquiatras e cheguei à conclusão de que não há como compreender. Não foi uma alucinação, não foi um sonho. Entendi que a ciência ainda não tem respostas conclusivas sobre experiências como as que eu vivi. Soube de um famoso neurocientista da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, chamado Eben Alexander, que teve uma passagem parecida com a minha após ficar sete dias em coma ao ter uma meningite devastadora. A doença foi provocada por uma bactéria que atacou o seu cérebro. Segundo o próprio médico conta, toda a parte do seu crânio que nos dá consciência, pensamentos, memória e entendimento não estava funcionando e ele tinha poucas chances de vida. Ainda assim, viu cenas que vão além do corpo e além deste mundo enquanto estava desacordado. Sobreviveu sem sequelas após uma semana. Depois de passar a vida inteira como ateu, o médico que estuda o cérebro decidiu acreditar na existência de Deus. Como ele, eu também afirmo: há, sim, vida após a morte... No total, foram quatorze cirurgias em menos de quatro anos. Em média, uma a cada três meses e meio. Gastei mais de um milhão de reais em intervenções, clínicas e tratamentos pré e pós-operatório. Eu não conseguia enxergar a loucura dos meus atos. Nada me segurava. Já no período de extração do hidrogel, em meio a tantos acessos de dores, acordei depois de uma operação decidida a realizar mais duas novas cirurgias plásticas: cortar os dedos dos pés para calçar um número menor e retirar uma costela de cada lado para ter a cintura mais fina. Meu cirurgião se negou a fazer... Sempre compreendi que um ser humano não pode dar o amor que nunca recebeu. Nem a educação e o carinho que jamais existiram para ele. Nossa família foi vítima de uma sucessão de erros. A raiz para tantos males é espiritual... Um passo decisivo foi parar de sentir autopiedade. Assumi meus erros para mim mesma. A culpa de tudo não poderia ser unicamente dos meus abusos e traumas da infância. Quantas mulheres se reerguem desse labirinto e conseguem vencer na vida, se tornar pessoas de bem e com amor-próprio? Foram centenas de programas sexuais em um ataque ao meu corpo em busca de cifras maiores. Decisões que me fizeram colher os frutos lá na frente por minha própria e única responsabilidade. Minhas escolhas me levaram ao fim de um túnel sem saída. Parei de sentir pena de mim mesma, abandonei o papel de vítima. Nada poderia reverter esse passado, mas a maneira de lidar com isso deveria ser diferente. Eu colhi os resultados de tudo o que plantei. Fui eu a maior responsável por tantos desgostos. Fui eu que me afundei... Os meus pensamentos me impulsionam a seguir adiante. Quem não tem o direito de começar de novo?... Quem pode tirar o direito de alguém de reiniciar a vida? De tentar ser um ser humano melhor?... Eu escolhi recomeçar.?

LetAcia.Franck 07/06/2021

SEMPRE HÁ UMA SAÍDA
Tapas que a Andressa costumava levar em todas as partes do corpo (e gostava disso), foram dados no meu rosto durante a leitura.

Peguei sem pretensão nenhuma, mas devorei.

ELLen304 28/06/2023

O livro da Andresa Urach me supreendeu!
Morri para viver é um livro bibliográfico inspirado na história de Andressa Urach, uma das celebridades mais polêmicas do Brasil. O livro discorre sobre sua ascensão a fama, prostituição, drogas, e por fim, sua conversão ao cristianismo depois de uma experiência de quase morte (EQM).

? MINHAS CONSIDERAÇÕES: o livro me surpreendeu. embora tenha visto dezenas de entrevistas da andresa sobre o livro, ler, propriamente, foi uma experiência e tanto! o livro é impecavelmente bem escrito, a leitura é fluída, e embora os assuntos abordados sejam sérios e perturbadores, tudo é contato de uma forma realista e honesta de forma que o leitor (ou pelo menos eu) se vê em um lugar de compaixão por ela.
de fato, é de se pensar o quanto a falta de amor de um pai pode lhe afetar profundamente pelo resto da vida, e o quanto essa carência pode nos colocar em um lugar de procurar incansavelmente aprovação das formas mais absurdas. isso tudo culminando com o abuso sexual na infância e diversos outros fatores. é impressionante ver a resiliência dela em meio as dificuldades, pois mesmo tendo feito a coisa errada na maioria das vezes, ela seguiu (e segue) se esforçando para ter uma vida melhor.
intenso, sincero e contemplativo.

understars 17/05/2023

Aquele meme "Entra no carro v4di4 vamo pra terapia"
Nunca devemos fazer juízo de valor em autobiografias.
Esse livro é um autoretrato frio de como ela fez pra chegar no auge da fama sem medir limites.
Tem uma passagem na bíblia que diz mais ou menos assim "Faça sua parte, que eu ajudo com a minha".
A religião não cura tudo, não é bem assim. Você pode frequentar a igreja e ainda assim precisar de ajuda psicológica, uma coisa não anula a outra.

Fran Ferreira 03/04/2022

Eu era o tipo de pessoa que julgava a Andressa Urach real, ela era pra mim completamente problemática. Quando acompanhei tudo o que aconteceu com ela na fazenda, depois hospital e logo depois o livro onde ela comentou sobre ter vivido no submundo junto a sua mudança, quis ler o mais rápido possível.

Em 2016 quando li foi algo marcante pra mim, eu sinceramente acredito que foi ali que comecei de fato a ser mais "humana" com as pessoas, mesmo já me considerando de "coração mais mole", comecei a prestar mais atenção na história de vida das pessoas. Ler esse relato me fez sim ver a Andressa com outros olhos, acreditar mais que as pessoas conseguem sair sim de ambientes e vida destrutiva principalmente se ela tiver pessoas ao seu redor que a ajudem.

Em 2022 a releitura veio a partir do momento em que vi algumas matérias dela pós a saída da igreja, comecei a lembrar do que ela tinha vivido no livro, agora a decisão final em reler veio após uma enxurrada de acontecimentos na minha vida (uma boa parte passa beeeem longe do que ela viveu, mas sentia que de alguma forma estava interligado - de fato está).

O livro não é narrado de forma cronológica e isso não atrapalha em nada a forma de entender que tipo de vida desde seu nascimento Andressa teve.
Ela começa o livro pela situação em que a levou a conversão, narra sua experiência naquele hospital tanto do que se lembra ter vivido quanto o que contaram para ela. Depois o livro conta sobre sua infância e ai já começa a parte pesada. Depois ela conta como foi que parou no "submundo" e as loucuras que fez tudo por causa de fama e dinheiro. Para fechar o livro ela conta o que significa toda essa mudança, fala sobre as pessoas que a ajudaram na época desse processo e tal.
Eu gosto bastante desse livro, de novo me fez repensar algumas coisas principalmente sobre a minha história. Eu não tenho dúvidas sobre algo que ouvi: "quando você entende quais são seus traumas, volta ao momento que eles aconteceram na sua mente, perdoa a si, as pessoas envolvida dando um novo significado para o que aconteceu, você entende de fato o gosto de ser livre, de não viver mais preso no que aconteceu, contar o que aconteceu além de se livrar do "cativeiro", salva outras pessoas que acreditam não ter mais salvação, que sua história é tão "suja" que Deus não perdoaria, e ai está, Ele perdoa e restaura sua vida e seu coração.

Esse livro não é sobre religião, é sobre o que Deus pode e quer fazer na sua vida, é sobre se reencontrar e entender que seu lugar não é em um mundo que só destroe, maltrata, condena entre outros, e sim que sua vida tem valor, tem um amor tão puro capaz de nos dar nos fazer enxergar quem realmente somos e não o que nos "moldaram" pra sermos. Um amor que você acha impossível existir, mas quando sente, se conecta em algo indescritível, passa enxergar sua vida e de outras pessoas com ouros olhos, olhos de ternura e compaixão.

Esse é um livro de leitura rápida e fácil entendimento, as páginas foram passando rápido e sua história ganhando forma na minha mente. As fotos ao longo do livro mostram bem alguns desses momentos descritos. Amei o trabalho feito neste livro em geral.

Aviso de Gatilhos: abuso, incesto, violência, rejeição, dependendo do ponto abandono.