Planetes #02

Planetes #02 Makoto Yukimura




Resenhas - Planetes


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Caio 21/02/2022

Sempre num lugar além, ou sempre dentro de si...
"Termos erroneamente empregados (lado claro e lado escuro da lua) para se referir, respectivamente, ao lado "visível" e "oculto" da lua a partir da terra. Uma face fica oculta para um observador que está na Terra devido à sincronia dos movimentos de rotação (giro em torno do próprio eixo) e translação (volta em sua órbita) da Lua, que é forçada pela interação gravitacional entre os dois corpos"

Os mesmos erros nas perspectivas planetárias sendo cometidos na compreensão da própria psiquê e do próprio universo.
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Paulo 27/07/2020

“Viver e morrer sozinho. Essa é a maior realização de um astronauta.”
A pegada do Volume 2 de Planetes é bem diferente da do primeiro. Se no volume anterior tínhamos três protagonistas, Fee, Yuri e Hachimaki, neste segundo volume a história se concentra em Hachimaki; os outros dois tornando-se meros coadjuvantes em alguns capítulos. Além disso, se no volume anterior cada um dos cinco capítulos contavam histórias independentes, que abordavam, cada uma, um tema diferente relacionado à vida dos protagonistas no espaço, Planetes 2 se concentra na jornada pessoal de crescimento e amadurecimento de Hachimaki, enquanto ele treina para passar nos testes de seleção para a tripulação da missão Jupiter e é atormentado por sua própria teimosia e egoísmo em sua obstinação em realizar seu sonho. Cada capítulo deste mangá é um capítulo da jornada do personagem rumo ao seu objetivo: ser um dos 9 astronautas selecionados para compor a missão Júpiter.

E se antes Yukimura optou por histórias curtas, cada uma abordando um tema diferente, aqui toma a trama parece orbitar o tema da solidão. Mas um tipo muito específico de solidão: a de quem acha que para alcançar seus objetivos, não pode estar preso a coisas mundanas como o amor e o apego por outras pessoas. O autor também orbita por questões como o egoísmo daqueles que pensam apenas em atingir os seus próprios objetivos, para isso estando dispostos a passar por ima de tudo e por todos. Mas será que é egoísmo mesmo? Afinal, a humanidade não é construído por essas pessoas? A humanidade não é construída por pessoas que se importam apenas com seus objetivos? Não são sentimentos como o amor capazes de tirar o foco necessário para cumprir objetivos tão ambiciosos? E assim como no volume anterior, Yukimura está mais preocupado com as perguntas que faz do que em tentar respondê-las. Mas Planetes 2, ao ir mais fundo na psique do Hachimaki e nos temas que propõe, torna a história mais profunda e ainda mais introspectiva. Outros subplots, como o relacionamento de Hachimaki e Tanabe, e o retorno da Frente de Defesa Espacial, são bem abordados também, principalmente este segundo, que traz interessantes reflexões a cerca de um futuro que, mesmo tão avançado em tecnologia, repete os mesmo erros de nosso mundo.

Enfim, Planetes Vol. 2 mantém o nível da obra lá em cima. Porém, apesar de continuar fantástica, a história dá uma guinada com relação ao que vinha sendo proposto no volume anterior, deixando o mangá com uma pegada mais psicológica e melancólica, que vai agradar os fãs de ficção científica ainda mais que o volume anterior. E, claro, os desenhos continuam lindos, trazendo à história tons épicos e intimistas ao mesmo tempo, com um nível de detalhes impressionante.
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Icaro Silva 04/07/2020

Ele não quer saber da terra.
Você sente falta de alguém? Imagine-se fora da terra, imaginou? Agora tente imaginar, você acha que o amor está te prendendo a ela. Mas você não quer isso. Você quer se dar bem no trabalho e acha que não consegue por causa do amor que ainda te prende a terra. Então você para de amar. Qual o problema? Você me pergunta. E eu respondo:
- Abandone o amor e o mesmo irá te corroer por dentro, até você aceitar que o amor não se abandona.
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Carlão 06/05/2018

Melancólico e revelador
Nesse volume vamos fundo na psique do personagens principal, onde ele insiste que é um ser a parte do universo e que se for preciso ele terá que abandonar tudo e todos para alcançar seus objetivos, e descobre em uma experiência de quase morte que não é verdade.
Com uma pegada mais psicológica e melancólica essa edição na minha opinião foi melhor que a primeira, com uma narrativa e momentos lindos e marcantes e desenhos exuberantes.
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Gabi 02/09/2016

Um Encontro com Alguém Especial
O segundo volume de Planetes é fantástico. A viagem começa por um aprofundamento da missão de Júpiter, também entramos na cabeça do protagonista e descobrimos mais sobre suas emoções e desesperos.
Como qualquer pessoa, perguntar-se qual é o seu objetivo de vida requer uma resposta tão ousada como a pergunta. Nunca vi em nenhum outro mangá uma resposta tão incrível como a que o protagonista descobre.
Ansiosa pelo Terceiro Volume.
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Marieliton M. B. 07/02/2016

Em busca de um sonho
Nesse segundo volume, a estória se concentra bastante em Hashimaki. Aqui ele começa a planejar e a correr atrás de ingressar na equipe de astronautas que farão uma missão até Júpiter. E pra cima ele passa por cima de tudo e de todos para realizar esse sonho.
Por outro lado, somo apresentados a sua substituta na Toy Box, a novata Tanabe. É ela quem fica tentando convencer o Hashimaki a não querer entra numa possível missão suicida sem se importar com nada além dele mesmo.
Durante esse volume vemos esse conflito interno do Hashimaki em quer convencer a si mesmo de que o sonho dele é um sonho de um verdadeiro astronauta, e essa convicção dele, acaba por afetar aos seus familiares e amigos.
A pegada desse volume é bem diferente da do primeiro. Não só por concentrar mais na vida do Hashimaki, mas por mostrar bem de perto todo o drama e sentimento que ele carrega pra poder realizar seu sonho.
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Matheus 12/10/2015

Neste volume, o autor explora de várias maneiras o tema da solidão, tornando a história mais profunda. Apesar de em alguns momentos o humor ser utilizado para descontrair um pouco o clima, a história mergulha em vários momentos melancólicos e pesados, com o personagem sendo atormentado por sua própria teimosia e egoísmo em se enxergar como um ser a parte no vazio do universo. O que nos leva a um momento extremamente revelador, onde o personagem, após ver a morte de perto em seu momento mais solitário, é levado a uma reflexão sobre seu próprio papel no universo como um todo, finalmente entendendo a real importância de tudo e todos que o cercam. A sensibilidade do autor em saber trabalhar esses temas é muito grande, utilizando todo o espaço e seus limites (ou falta de limites) como ferramentas para sua narrativa. E, claro, os desenhos continuam perfeitos, trazendo à história tons épicos e intimistas ao mesmo tempo, utilizando um grau de detalhes impressionantes em certas cenas, principalmente naquelas que abrem os capítulos, colorizadas. Enfim, Planetes continua com o nível lá em cima, mostrando que sua alto nível qualidade não se restringiu somente ao primeiro volume, e muito provavelmente continuará nos próximos.
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