Dai 06/08/2015Acredito que esta seja a primeira obra da autora Janice Maynard que eu leio, e sou obrigada a dizer que a danada me fisgou desde os primeiros parágrafos da estória. O que significa que, de uma leitura despretensiosa, passei à compulsão. Ou seja, não sosseguei enquanto não cheguei ao final. É... A vida tem dessas surpresas boas!
Mas bem, vamos por partes, certo? Nossa aventura começa com um acidente de carro, em meio à uma noite chuvosa. Nesse momento, somos apresentados a Devlyn Wolff, o bonito e bem sucedido sucessor e administrador do império da Família Wolff. Ele se vê surpreendido por um veículo vindo na sua direção, e tudo que ele pôde fazer foi desviar para evitar um acidente mais grave.
No outro extremo, temos a nossa garota - a quem mais tarde descobrimos chamar-se Gillian Carlyle -, que terminou com o carro batido contra uma árvore, além de escoriações e hematomas.
Como o bom cavalheiro que é - mesmo que a imprensa insista em dizer o contrário! -, Devlyn corre em socorro da moça, que logo no primeiro instante, o acusa de ter causado aquilo tudo! E é nesse momento que você se pega pensando: "Essa menina é doida, sem mais. Invade a pista alheia e ainda sai disparando acusações!"
Além disso, Gillian age como se conhecesse o rapaz de sua vida toda, cada mínimo detalhe. Devlyn, por outro lado, não consegue ligá-la a nada em especial naqueles primeiros momentos. Apenas quando estão no carro dele, em direção ao Castelo Wolff - após uma equipe ter prestado os primeiros socorros à garota e prescrito as medicações necessárias, claro! - é que ele se dá conta de que reconhece aquele nome.
O reconhecimento traz consigo uma lembrança dolorosa, de 25 anos, da época em que eram apenas crianças. Um momento que marcou a ambos, cada um à seu modo, e que deixou feridas por fechar.
Agora, some à mágoa e à culpa uma atração inexplicável - quase irresistível -, e temos duas pessoas divididas entre razão e desejo, entre a zona de conforto e a deliciosa vontade de se deixar levar pelo momento, entre o que sempre planejou e o que a vida lhe estendeu de presente.
É em meio a essa turbulência de sentimentos que vemos nossos personagens conhecendo detalhes um do outro, aproximando-se mais e mais, mas com medo de ceder totalmente - e nesse quesito, é Devlyn quem leva a medalha de ouro! E tudo pontuado com uma boa dose de malícia, que em certos momentos, faz o leitor sentir um ruborzinho no rosto!
Então, quando você pensa que as coisas estão finalmente se ajeitando para o casal, a aparição de um garotinho machucado à porta da casa da mãe de Gillian faz com que Devlyn recue, e, literalmente, fuja para sua fortaleza, a vários e vários quilômetros dali.
É em Atlanta que a garota tenta reencontrar seu amante, aquele por quem se apaixonou e com quem está realmente preocupada. E é só quando o encontra, e quando ele lhe faz a mais dolorosa das confissões - daquele tipo que te pega desprevenido, mas que elucida uma frase relembrada lá nos primeiros capítulos, sabe? -, é que Gillian consegue compreendê-lo por completo. E nesse instante, com o amor daquela garota e com o sentimento avassalador que nutre por ela, é que Devlyn enfim encontra sua paz.
PS: estou precisando de um Devlyn Wolff na minha vida. Fica a dica pra você, Universo! Colabora comigo!
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