A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?

A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? Zygmunt Bauman




Resenhas - A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?


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Felipe.Camargo 05/09/2021

105°Livro do ano: A riqueza de pouco beneficia a todos nós? Zygmunt Bauman

Faz muito tempo que quero ler esse livro, mas só possível no presente ano...

Apesar do livro escrito em 2015 o seu roteiro continua mais atual do que nunca ponto final a desigualdade aumenta a cada dia que se passa, e as estatísticas demonstram, os bilionários estão cada vez mais bilionários enquanto os pobres cada vez mais pobres a pandemia de coronavírus só realçou ainda mais a desigualdade no mundo contemporâneo.

Nesta semana, a lista da Forbes indicou que mais 44 brasileiros tornaram-se bilionários, enquanto ossos estão sendo vendidos para os pobres fazer em sopa... Uma triste realidade que se tornará cada vez mais cotidiana no tipo de sociedade neoliberal.

Os donos do poder não estão preocupados com a fome do mundo os donos do poder estão preocupados em lucrar cada vez mais!
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Claudio 19/09/2017

Diminuindo a Desigualdade
Zygmunt Bauman foi considerado um dos mais conceituados pensadores da modernidade. Polonês, radicado na Inglaterra desde 1971 é dele a famosa expressão “modernidade líquida”, termo que usou para definir os tempos atuais onde os relacionamentos e os conceitos se esvaem como líquido em nossas mãos.

Na presente obra, Baumam traz uma questão interessante, afinal, a riqueza de poucos beneficia a todos nós? Divido em 4 pequenos capítulos, o autor tece sua opinião sobre o assunto.

Na primeira parte apresenta estatísticas que mostram que a desigualdade tem aumentado, ainda que a riqueza tenha se multiplicado, mas isto, segundo o autor, nas mãos de poucos. Na segunda parte nos pergunta por que toleramos a desigualdade, logo, trata de questões filosóficas e morais para a perpetuação de poder e de interesses econômicos acima do bem coletivo.

Na terceira parte Baumam ataca o problema, afirmando que somos levados a crer que o mundo funciona assim porque seria o melhor ideal a ser realizado nas condições humanas de comércio e relacionamento. Entende que tal assertiva poderia e deveria ser questionada por quem está fora do poder dominante e não acomodar-se às amarras da economia mundial que empurram uma grande maioria de seres ao consumo desenfreado a um custo muito elevado, a da própria fragmentação do ser.

Na quarta e última parte do livreto, o autor sugere que não percamos a esperança na mudança. Insiste que devemos lutar para diminuir as desigualdades e buscar não ficar dependentes do ciclo econômico que escraviza a alma. Alerta para a fabilidade dos projetos humanos quando centrados no egoísmo e sustenta que a força das palavras, das ideias, poderá manter a humanidade longe das catástrofes que ocorreram em um passado não muito distante.

OPINIÃO SOBRE O LIVRO:
Primeiro livro de Bauman que leio e apesar de pequeno, no começo achei muito tedioso por conta dos números e estatísticas que apresenta. Tenho sempre ressalvas quando pululam muitos números na minha frente ainda mais que eles servem a um propósito dependendo de quem levanta essas estatísticas. Assim, a primeira parte de pouco me aproveitou.
Na sequencia Bauman procura abordar o tema do ponto de vista filosófico e moral, mas não se aprofunda muito neste assunto. Apenas sete páginas são dedicadas às escolhas que fizemos e o mundo que tornamos.

A terceira parte é a mais interessante, pois aponta quatro tópicos principais que alguns dos defensores da economia globalizada apresentam para embasar o livre comércio: o crescimento econômico, o aumento permanente do consumo, a desigualdade natural entre os homens e a rivalidade competitiva entre as pessoas.

Bauman trata um por um destes assuntos de tal maneira que questiona se realmente a economia tem que ser do jeito que está, onde uma minoria explora e fica rica às custas de uma grande massa de consumidores. Em tempos de polarização política, principalmente no Brasil, e dada à experiência dos últimos governos as ideias de Bauman podem parecer socialistas demais em terras tupiniquins. Afinal, depois de anos de governos com um viés assistencialista, o que se viu foi o aumento da desigualdade motivado por políticas econômicas equivocadas.

Bauman talvez não esteja errado, afinal, é louvável querer uma distribuição de riqueza mais equitativa, contudo fazer isto sem prejudicar ou penalizar quem produz é uma tarefa que nossos governantes ainda não conseguiram fazer.

O tema é complexo e fomentar o consumo para gerar mais riqueza ou condições de melhoria de vida pode ser equivocado. Geralmente, como o próprio autor afirma isso só gera mais riqueza para poucos enquanto que muitos ficam mais endividados do que já estão. Algumas teorias econômicas afirmam que a geração de capital invariavelmente levaria as melhorias de condições de vida de uma sociedade. Se isto vai ou não acontecer não ouso afirmar. Mas compreendo que quanto maior o nível de escolaridade e de cidadania de uma sociedade, melhor ela estará apta para escolher que caminho seguir.

Mas vale a crítica e a sociedade de alguma forma deverá criar critérios mais generosos de se propiciar as pessoas condições melhores de trabalho e de empreender o seu próprio capital a fim de se obter melhores condições nas áreas da saúde e educação por exemplo. Nem todos terão a oportunidade de ficarem ricos, mas todos deveriam ter melhores condições de poder escolher e consumir o necessário, sem agredir o meio ambiente e nem explorar o próximo. Mas a roda gira e aonde iremos parar?


site: https://livrosfilmeseseriados.wordpress.com/
Vhss 09/05/2021minha estante
Impossível diminuir a desigualdade sem penalizar o topo da pirâmide até pq a manutenção da desigualdade é a penalizar a base.




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