Capitalismo: Modo de Usar

Capitalismo: Modo de Usar Fabio Giambiagi




Resenhas - Capitalismo: Modo de Usar


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Igor13 09/12/2015

Outros autores de peso poderiam seguir o exemplo do Giambiagi
Achei difícil avaliar este livro porque este envolve não só questões técnicas, mas de preferências individuais em relação à organização de uma sociedade.

Em resumo, o autor defende uma maior racionalização na discussão do modelo capitalista no Brasil e tenho que concordar inteiramente com ele. Aqui no Brasil, aliás, está difícil achar racionalidade em qualquer tema.

Achei interessante o destaque dado ao autor italiano, Luigi Zingales, no artigo “Capitalism after the crisis”, da National Affairs (disponível em .pdf na net), e as impressões deste autor comparando o capitalismo norte-americano com o praticado na Itália, em que neste último é mais na linha de um crony capitalism - que aliás, se parece demais com o nosso em vários sentidos.

Por que não dei nota 5? Apesar de concordar com o autor, penso que suas soluções não levam inteiramente em consideração como nossa sociedade foi organizada historicamente. A discussão deveria não ser só na base da competitividade, eficiência, das medidas pró-mercado e da cultura do rags-to-riches-via-hard-work (que são superimportantes e imprescindíveis), mas deveria incluir questões relacionadas a temas raciais, morais e religiosos também. E isso obviamente não é fácil e abre espaço para ressentimento por parte de alguns e hipocrisia por parte da maioria.

Para aqueles que conhecem melhor as origens do capitalismo e seus autores clássicos, o modelo foi sim influenciado determinantemente por valores morais/religiosos em seus pilares – não só pela lógica de maximização do bem-estar e renda - [recomendo o livro “The Making of Modern Economics: the lives and ideas of great thinkers”, de Mark Skousen, sem tradução para português]. Valores estes bem diferentes em sua maioria da nossa tradição eminentemente latina.

Enfim, um livro com excelentes considerações e reflexões.
Rodrigo Teixeira 04/07/2016minha estante
Li Por Que o Brasil cresce pouco. O autor Marcos Mendes inclui aspectos de redistribuição, seus aspectos positivos e negativos. Seria uma boa leitura nessa área.




Dalmo 22/08/2017

Extraordinária lição de comportamento econômico
Fabio Giambiagi demonstra, brilhantemente, nossa aversão cultural aos principais fundamentos do capitalismo: a livre concorrência, a modernidade, a inovação e a competitividade. Publicado no início de 2015, o livro já traçava um cenário sombrio para esse Brasil de 2017, decorrente não apenas do déficit crescente do orçamento público, mas também das decisões cada vez mais ideológicas e equivocadas do governo petista. Imperdível para quem quer entender o caminho que levou o Estado Brasileiro à beira do esgotamento, mas também para quem, como eu, compreende que a saída para o país passa necessariamente por uma mudança no mindset de boa parte da população. Apenas quando percebermos, como sociedade, que o gigantismo e a ineficiência do Estado são a verdadeira razão de estarmos perdendo o bonde da história, é que nos livraremos da nossa vocação para o vitimismo e o fracasso.
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