BiaGrafia

BiaGrafia Pedro Varella




Resenhas - BiaGrafia


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La Yorres 26/08/2015

Uma história emocionante.
Bom, BiaGrafia conta a história de vida de Angela Beatriz Varella, a mãe do autor, que foi diagnosticada precocemente com câncer no pulmão em 2005 e lutou contra tal por quase dez anos.

O autor começa contando brevemente sobre a adolescência da protagonista e também sobre a escolha da sua carreira pela mesma. Desde o começo, temos a ideia de uma mulher muito animada e feliz, em todos os sentidos, o que nos estimula a gostar da mesma em questão de poucas páginas.

Por se tratar de uma biografia, o livro é bem detalhado e por esse motivo alguns podem achá-lo repetitivo, mesmo porque Bia teve várias reviravoltas emocionantes - e sempre com um propósito - na sua vida. Eu tive essa impressão, mas esse fato não me incomodou muito. Era até legal ler cada um desses detalhes e conhecer mais afundo a vida da personagem principal e de outros que estavam a sua volta e contribuíram para cada novo degrau que ela subia.

A narrativa do autor é bem simples e eu não senti como se estivesse lendo, mas ouvindo do próprio autor a história de vida e luta da mãe. Era como uma conversa, mas eu não falava (só chorava, em alguns trechos). Foi diferente, e talvez não sejam todos a sentir isso na leitura, mas aconteceu comigo e foi uma experiência bem legal. Ele teve paciência em explicar as coisas e narrar cada pedacinho. É possível sentir o carinho que ele colocou em cada palavra ao redigir cada um dos acontecimentos, até mesmo os que ele não sabia tão profundamente, tendo ajuda de alguns familiares, como ele mesmo fala, para escrever certas partes. Devo parabenizá-lo por isso, porque são poucos os autores hoje em dia que passam um sentimento tão profundo para as palavras, trazendo-o de forma tão perceptível para o leitor.

Apesar de se tratar de um livro que conta a história de uma vítima do câncer, na maior parte do tempo, não é triste. Bia, e seus amigos e familiares, tentaram, mesmo nos momentos difíceis, nunca parar de sorrir, brincar e fazer coisas que os divertiam; a própria Bia nunca tratou a doença como o fim do Mundo e, ao contrário do que outras pessoas às vezes fazem, ela buscou no diagnóstico um motivo para fazer as coisas que queria fazer, um impulso para continuar vivendo da melhor forma possível e para agradecer por cada coisa que havia conseguido. Ela era uma verdadeira guerreira!

Como vocês, que visitam o blog sempre, sabem, eu sou uma manteiga derretida de marca maior, então desde que recebi o e-mail do Pedro já sabia que ia chorar em algum momento (lê-se vários) da trama, o que de fato aconteceu. Eu quase me senti uma personagem não citada na história de tanto que me identifiquei com a personagem principal, seus amigos e sua família. É incrível como não precisamos conhecer as pessoas para desenvolver afinidade por elas.

Eu não costumo ler biografias, não é nem de longe meu gênero favorito, então a leitura dessa foi um pouco demorada, mas não menos prazerosa. Foi uma experiência com uma aprendizagem muito valiosa que eu prezo muito e vou levar para a minha vida.

O livro ainda me fez me pensar em como nossa cabeça é somente voltada para nós mesmos, na maior parte do tempo. Nesse exato momento, enquanto eu estou escrevendo isso, muita coisa no Mundo está acontecendo, seja do outro lado dele ou na rua ao lado. Há pessoas recebendo más notícias, outras boas; há pessoas nascendo, outras morrendo; pessoas sendo pedidas em casamento e outras simplesmente se dando conta que não amam mais a quem resolveram assumir um compromisso tão único... e nós nunca pensamos no que está acontecendo lá, somente no que está acontecendo aqui.

Eu não me lembro o que eu estava fazendo em 2005, mas agora sei que no Rio de Janeiro uma verdadeira guerreira, junto com sua família, começava uma luta árdua contra uma das doenças mais temidas dos últimos anos. Eu nunca teria imaginado algo assim, da mesma forma como mal consigo imaginar alguém perdendo a vida nesse exato momento. São coisas que você só para pensar quando algo te estimula a isso, como esse livro me estimulou.

Sobre a diagramação, eu não conhecia nenhum trabalho da editora Autografia, mas gostei desse. A capa é flexível e eu gostei do trabalho feito nela, embora o nome do autor fique bem apagado na arte em si. Por dentro, as letras estão no tamanho perfeito, as fotos que o livro possui estão bem alinhadas e bem impressas. Foi um trabalho muito simples, mas de boa qualidade.

Enfim, eu gostei bastante e super indico o livro.

site: http://blograzoesliterarias.blogspot.com.br
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cotonho72 09/09/2015

Ótimo!!
Quando recebi o e-mail do autor apresentando brevemente a história e me convidando para ler e resenhar seu livro, aceitei na hora, me identifico muito com histórias assim e tinha certeza que iria me emocionar e aprender bastante com ela, eu não estava errado.
No livro vamos acompanhar a história de vida de Angela Beatriz Varella, a mãe do autor e conhecida como Bia, que foi diagnosticada precocemente com câncer no pulmão em 2005. No início ficamos conhecendo rapidamente a infância do autor e depois embarcamos de forma breve a adolescência da Bia, a escolha e troca de profissão, os cursos de aprendizagem no exterior, sua primeira clínica com imóvel alugado, seu casamento e a comprar do seu primeiro espaço próprio, tudo com muita força de vontade e perseverança.
Mas infelizmente nem tudo são flores, quando Bia marcou uma consulta de rotina no seu endocrinologista que cuidava da sua Tireoidite de Hashinoto, doença autoimune (O seu nome é em homenagem ao médico japonês Hakaru Hashimoto, que a descreveu pela primeira vez em 1912), onde o resultado de um raio-x apresentou pequenas manchas não identificadas em ambos os pulmões, ficou completamente sem chão, a partir daquele momento se inicia a batalha contra uma das doenças mortais que conhecemos e como isso, não bastante, também foi diagnosticada com tuberculose.
Era necessária a intervenção cirúrgica para que dois dos três lobos do pulmão direito fossem retirados, mas a gravidade era maior e Bia teve que retirar completamente o seu pulmão direito, uma notícia que ninguém esperava, mas o destino ainda iria lhe apresentar muitas surpresas desagradáveis. Contudo, nada disso tirou sua vontade viver, sua felicidade, autoestima, seu otimismo e seus sonhos, pelo contrário, era um combustível a mais para seguir em frente e sonhar com a cura e o futuro.
O livro é bem detalhado e a leitura não é rápida, sendo que isso pode não agradar a muitos, mas para mim nada disso fez perder o interesse por essa linda história, é bem verdade que Bia infelizmente contraiu essa doença, mas Deus lhe presenteou com uma família maravilhosa e com amigos fiéis e incríveis, sempre foi rodeada de amor e felicidade, mesmo nas suas maiores adversidades nunca ficou sozinha e sem esse amor.
Gostei muito de conhecer a história da Bia e da sua família, Pedro escreveu de uma maneira tão amorosa em homenagem a sua mãe que as vezes me senti fazendo parte daquela luta, Bia pioneira no estado do Rio de Janeiro no tratamento de RPG, pioneira também em aulas de Pilates, mulher que esbanja otimismo, determinada, que lutou até o fim e que através dessa luta ensinou o quão valiosa é a vida, a família e bons amigos.
Pedro, para você vai os meus aplausos, apesar dos pesares você é uma pessoa de sorte, Deus deixou escrito na Bíblia assim, “honra a teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”, assim seja na sua vida, pois nos tempos de hoje estamos presenciando o contrário.
A capa do livro é muito bonita e o título é muito criativo, o livro ainda tem muitas fotos dos momentos marcantes dela e dele, um livro enriquecedor e emocionante, mais do que recomendado.

site: http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
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Julia G 01/12/2015

BiaGrafia
Não gosto de ler biografias e não se trata de demérito de um livro ou de outro; o gênero como um todo não me envolve. As biografias apresentam fatos, narram alguns aspectos sentimentais, mas em geral falta aquela poesia e subjetividade tão comumente bem desenvolvidos em romances. Eu dificilmente me envolvo pela racionalidade que as biografias apresentam e é por isso que dificilmente leio livros desse gênero.

BiaGrafia faz parte desse gênero, mas quando Pedro Varella me convidou para ler a história de Bia, sua mãe, e contou um pouco daquilo por que passaram, algo me chamou para essa obra. Ainda que fosse exatamente como outras biografias, naquilo que comentei antes, ao mesmo tempo não foi. Diferente da maioria dos livros que eu comecei e abandonei, cheguei ao final desse totalmente conquistada, e valeu mesmo ter aceitado o convite.

A escrita de Pedro é impecável. A construção textual se tornou bela, ao mesmo tempo que conseguiu demonstrar de forma clara e sem floreios os acontecimentos de sua vida e de sua mãe. Seus gostos, suas conquistas, os momentos mais tristes e difíceis da luta contra o câncer, sem deixar de lado toda a força que tiveram para enfrentar as dificuldades.

Fica claro, desde o início, o gosto que Bia tem pela vida, pela família, pelos amigos. Tudo isso a faz agarrar com toda a força possível as mínimas chances que tinha para lutar contra a doença. E sua resistência foi tanta que, ainda que com os percalços do caminho, manteve sua qualidade de vida e nunca deixou nada do que queria por causa da doença. O mais importante, porém, foi sua resiliência e sua coragem. A resiliência, por aceitar sua condição sem se voltar contra ninguém, e ainda manter sua personalidade e otimismo. A coragem, por ter enfrentado tudo sem se deixar abater, por desafiar a si mesma sempre, por ser forte quando precisava que os outros fossem fortes.

Por todo o texto, o carinho que Pedro demonstrou pela mãe me fez lembrar muito da minha própria e fez repensar várias coisas que nem sempre damos o devido valor na vida. Apesar de não ser mais que um garoto quando soube da doença, com certeza cresceu muito com isso, e tomou decisões guiadas pelo coração que, com certeza, fizeram toda diferença em sua vida e na vida de sua mãe.

Esse amadurecimento, tanto de Pedro quanto de Bia, também me tocou. Por mais que evitemos pensar ou falar sobre, a morte é uma possibilidade constante, razão pela qual deveríamos nos preparar para ela sempre. Porém, sabemos que nem sempre essa preparação acontece, e a forma como eles conseguiram derrubar barreiras, sem banalizar assuntos tão sérios, inspirou-me.

Ainda, um detalhe interessante da obra é que ela é toda intercalada por fotografias que ilustram os acontecimentos, por cartas que Bia escreveu narrando seu dia a dia depois do início do tratamento, por trechos do blog que criou para atualizar seus amigos sobre seu estado de saúde, que, inclusive, continua ativo. Todos esses elementos contribuíram para aproximação do leitor e dinâmica da leitura.

Terminei a leitura de BiaGrafia tocada com a história. Nunca passei por uma situação semelhante, mas sei que, de alguma forma, esse livro me mudou, pelo menos um pouquinho. Para quem quer entender um pouco do que passam as pessoas com câncer, a leitura é válida. Para quem gosta de biografias, principalmente, será inesquecível.

Para quem quiser informações sobre como adquirir o livro, basta acessar a página do livro no Facebook.


site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2015/10/biagrafia-pedro-varella.html
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Ana 23/02/2023

Angela Beatriz Varella, ou Bia, mãe do Pedro, foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2005 e recebeu a pior notícia possível: só tinha mais um ano de vida. Ao contrário do esperado, Bia não se deixou abater e resolveu lutar contra a doença até quando fosse possível. Esse um ano de vida acabou virando quase dez, graças a sua força de vontade. Pedro nos conta de uma forma muito bonita cada detalhe da vida da mãe, antes e depois da doença. Pode até parecer cansativo, mas a história me prendeu de uma forma que não consigo nem explicar.

Apesar de o livro se tratar da história de uma vítima do câncer, a maior parte dele não é triste. É claro que teve aqueles momentos mais fortes em que fiquei a ponto de encher minha casa com lágrimas, mas no geral o livro é muito bem humorado. Tenho certeza que grande parte disso se deu a vida que Bia resolveu levar, mesmo depois da doença. Eram raros os momentos que ela se deixava abater. Tanto é que não parou de fazer suas viagens, se dedicar cada vez mais à sua profissão, fazer tudo o que gostava... Eu falo que, se fosse eu, não faria metade das coisas que ela fez e fiquei muito admirada.

Não tenho como explicar para vocês a minha admiração pela Bia e pelo Pedro. Ela por ter sido tão forte o tempo inteiro, ele por ter sido o melhor filho que uma mãe poderia desejar. Me apaixonei completamente por ele, principalmente depois que ele pediu demissão do emprego em que trabalhava há cinco anos (foi aí que ele começou a escrever o livro) exclusivamente para cuidar da mãe. Quer prova de amor maior que essa? A maioria dos filhos simplesmente teria contratado uma enfermeira em tempo integral, mas ele escolheu se dedicar à mãe, coisa mais linda da vida!

Durante a leitura não pude deixar de perceber o quanto precisamos dar valor às pequenas coisas que fazemos e temos. Recebi tantos ensinamentos e me sinto tão familiarizada com história que sinto como se o próprio Pedro estivesse ali, contando a história para mim. A narrativa é bem simples, tornando a leitura tão fluida que dá para ler em uma sentada. Mas eu sou uma manteiga derretida, como vocês já sabem, e tinha que parar um pouco para dar uma respirada.

A única coisa que me desagradou foram as folhas brancas, que é o terror de todo leitor voraz, mas a história não é influenciada por isso, então... Gostei tanto do livro que até mandei um e-mail um tanto exaltado (para não dizer apaixonado) demais para o autor, para vocês terem ideia. É provável que BiaGrafia seja um livro que não agrade a todos os públicos, mas eu acredito piamente que é uma história que merece ser lida.

site: https://www.roendolivros.com.br/
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