Resta Um

Resta Um Isabela Noronha




Resenhas - Resta Um


14 encontrados | exibindo 1 a 14


SAMUEL 29/02/2016

Uma sinopse que engana
“Resta um” é um lançamento da Companhia das Letras, romance de estreia de Isabela Noronha. A sinopse promete uma “trama misteriosa e angustiante”, e a expectativa é reforçada pela inscrição na capa: “VENCEDORA DO CURTIS BROWN PRIZE”. No entanto, ao ler “Resta um”, não foi exatamente isso que encontrei.
A história gira em torno do desaparecimento da filha de Lúcia, Amélia, e do drama enfrentado pela professora após o evento. A perda faz o mundo de Lúcia desmoronar, destruindo tudo em sua vida. A narrativa começa lenta e, ainda que a sinopse diga “com um ritmo incrível”, segue lenta e enfadonha até o fim.

Lúcia é uma personagem com zero de carisma, e em quem todo o foco dramático é direcionado. Assim, é difícil desenvolver empatia. Amélia tem pouquíssimos momentos, insuficientes para que nos apeguemos a ela, o mesmo ocorre com o marido. Não dá pra gostar de Lúcia nem de sentir pelo seu sofrimento. Em alguns momentos, a sensação foi a de que ela era a única que merecia o sofrimento passado.

Como narradora principal, a protagonista tem dois momentos, o presente, anos após o desaparecimento da filha, e o passado, começando antes do desaparecimento e seguindo os eventos após o acontecido. Em ambos, Lúcia se mostra uma pessoa egoísta, antipática e instável.

Em certo ponto, somos apresentados a uma terceira narração, a qual não tem data exata, marcada apenas por dias da semana. Aqui, a narração é quase idêntica a de Lúcia, mesmo sendo em primeira pessoa, o que faz parecer que não há uma nova personagem. Esmeraldina, bem mais velha que Lúcia, só se diferencia pelo uso irritante de diminutivos e por conversar com plantas. Esmeraldina = Lúcia + Esquizofrenia. Assim como a protagonista, essa personagem é totalmente desprovida de carisma, o que só acrescenta mais e mais capítulos enfadonhos ao livro.

O dito e-mail da sinopse demora bastante a aparecer e, após isso, nada é como o esperado. Lúcia não luta para encontrar a filha, ela apenas devaneia e faz coisas estúpidas. O mistério, aqui, não convence, e a trama caminha para lugar nenhum. Personagens fazem coisas totalmente inverossímeis, os fatos não se ligam de maneira lógica.

O desfecho, minha última esperança de salvação para a história, é extremamente desanimador, uma saída preguiçosa e desinteressante . No fim, “Resta Um” é uma história com um tema interessante e uma sinopse promissora, mas que se desperdiça em uma leitura cansativa que não desperta emoção alguma.

site: http://romances-para-te-fazer-feliz.blogspot.com.br/2016/02/resenha-resta-um-isabela-noronha.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Antonio 09/12/2015

Dois mais dois é igual a cinco
Tudo parece sob controle na vida da professora Lúcia: bom emprego, casa espaçosa, marido insosso, filha aborrecente – mas um ponto fora da curva destrói o esquema lógico montado por ela para si mesma: a filha não volta da festa da amiga.

Resta um, de Isabela Noronha, é uma tocante história sobre perdas, mudanças, loucuras, imprevistos. Uma história sobre números, perguntas, respostas... e o inesperado. Sobre persistir e sucumbir. Sobre esperança e desespero. Sobre culpa e aceitação. Sobre o fim e o recomeço. Sobre a vida.

Entrelaçando três narrativas, Isabela Noronha nos apresenta a luta de Lúcia contra tudo e contra todos para recuperar Amélia: contra si mesma e sua depressão; contra o marido que, surpreendentemente, é quem a chama para a sensatez; contra as árvores de Esmeraldina, que precisam de adubo; contra desconhecidos aproveitadores, chefes inseguros, colegas cheios de boas intenções. Uma história contada com mudanças de ritmo, com delicadeza, com graça, com dor.

Resta um é angustiante, comovente. Resta um é Literatura.

Trecho do livro:
“Mas a explicação fácil não me interessa. Na minha vida, X é uma constante, uma busca da qual não abro mão. É minha filha, a ausência dela. É um X entre milhares, porque Amélia é uma em quarenta mil, entre as quatro dezenas de milhares de crianças que somem todo ano no país, e é um X entre os milhões que seguem desaparecidos, e para desaparecimento não há fator comum além do jugo da possibilidade. Tudo o que pode acontecer, pode acontecer no próximo minuto. Da mesma forma que foi quando ela sumiu, poderá ser quando voltar. Agora, a qualquer segundo.” (p.11)



site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Cris 30/07/2021

O que habita o ser humano.
Este livro me deu algumas frustrações enquanto eu lia. A história é bem interessante mas conforme foi desenvolvendo ficou bem longe de ser cativante. O sofrimento da protagonista se transforma em devaneio atrás de devaneio e você não consegue definir absolutamente NADA sobre a filha, apenas vislumbres de informações aqui e ali. A narrativa se intercala entre o presente e o passado (anterior ao fatídico acontecimento) e o dito e-mail que seria a solução e esclarecimento do livro a meu ver não influencia em absolutamente nada. Uma pista aqui e outra ali foi o suficiente para juntar as peças e imaginarmos o que aconteceu. Porque só ficaremos na imaginação, amigos. Poderia ser bem melhor pois a história em si é realista!
comentários(0)comente



prih 15/12/2015

Resenha – Resta um, de Isabela Noronha
"Resta um" é uma dessas histórias que mexe tanto com o emocional do leitor que é difícil tirá-la da cabeça. Levei alguns dias entre concluir a leitura e fazer esta resenha, porque realmente não consegui encontrar palavras para descrever o efeito do livro em mim.

A obra explora um ponto tão cruel e real que, por vezes, é mais bem mais fácil fingirmos que ele não existe. O fator proximidade influi bastante nesse quesito, já que a trama se passa em São Paulo. De modo delicado e honesto, Isabela Noronha lida com essa ferida e nos mostra o quão importante é falarmos sobre o desaparecimento de crianças, casos misteriosos e injustificados, como o de Amélia.

A garota some a caminho de casa ao voltar de uma festinha, em uma tarde normal de domingo. O trajeto era curto e não parecia apresentar qualquer ameaça ou risco. Amélia simplesmente desaparece, sem pistas nem rastros. Ninguém a viu. Ninguém sabe onde ela pode ter ido parar. Não há absolutamente nada que seus pais possam fazer para encontrá-la.

É desesperador acompanhar o sofrimento de Lúcia e seu ex-marido ao virar de cada página. Conforme os anos passam, a esperança em encontrar Amélia parece se esvair, mas fica estampado no comportamento dos personagens como é impossível para uma mãe desistir de um filho. A sensação de impotência permanece durante toda a leitura, enquanto descobrimos novos limites para a barbaridade humana e juntamos as peças desse quebra-cabeça que é "Resta um". Enquanto Lúcia permanece no escuro no que diz respeito ao paradeiro da filha, nos questionamos sem parar se algum dia ela saberá o que de fato aconteceu, e que é revelado ao leitor de maneira tão poética pela autora.

Apesar de toda a angustia que a obra proporcionou, fico extremamente contente em conhecer mais um grande talento da literatura nacional. O trabalho de estreia de Isabela Noronha foi uma surpresa bastante significativa em 2015. Já estou ansiosa para ler mais da autora.

site: http://trescoisas.com.br/2015/12/14/resenha-resta-um-de-isabela-noronha/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Franciele Müller 16/12/2016

Achei meio confuso pq são muitas indas e vindas no tempo e até nas datas acabamos nos perdendo p saber onde da historia estamos. A ordem cronológica deixa tudo muito confuso e muitas explicações ficaram pendentes no livro, ficou muito superficial.
comentários(0)comente



Isabela.Lopes 31/12/2017

Final confuso
Resta um é um romance policial, no qual os capítulos são intercalados contando a história de duas protagonistas, Lúcia e Dona Esmeraldina. Apesar da ótima construção das personagens(as associações que a autora faz entre elementos matemáticos e a vida da professora são incríveis!), para mim, o final do livro ficou confuso. Não consegui entender o que autora quis dizer com aquele final.
comentários(0)comente



Meu perfil literário @reclivros 29/01/2016

SUSPENSE LITERÁRIO
O livro de estreia de Isabela Noronha é uma típica obra pra aquele leitor que quer sentir o drama de seus personagens. a narrativa simples e a proximidade com a realidade são tão fortes que fazem com que o leitor sinta a dor da perda de um familiar. Amélia poderia ser minha prima, minha filha, minha sobrinha... poderia ser qualquer um de nós. Recomendo a leitura pra todos aqueles que querem sofrer, que querem amar e que querem odiar os bons personagens que a autora criou.
comentários(0)comente



Fernanda Turino 16/02/2016

Há aquela velha rivalidade dicotômica que divide o mundo em quem é de exatas e quem é de humanas (sorry, biológicas, vocês tão em cima do muro). Enquanto a galera de humanas é tida como aquele pessoal easy going e que leva a vida despreocupadamente fazendo miçangas na praia, a turma de exatas é aquela que leva a vida de maneira lógica e racional. Lúcia, a protagonista de Resta um, é de exatas nível hard e controla sua vida com uma lógica cartesiana e com rigidez quase militar. Professora de matemática da USP, Lúcia tenta fazer o mesmo com a vida da sua filha Amélia. No meio disso tudo está o marido e pai José que tenta dar um pouco mais de liberdade para a filha.

E é justamente em um desses momentos de liberdade que Amélia vai a uma festa na casa de uma amiga a poucas quadras de distância e nunca mais volta para a casa. A partir daí, a vida de Lúcia passa a ser uma incansável busca por sua filha. Ela não admite outra alternativa que não seja a de encontrar a filha viva.

Anos mais tarde Lúcia recebe uma mensagem de um desconhecido dizendo saber o paradeiro de Amélia. A vida de Lúcia, contudo, mudou muito neste tempo, separada de José, enfrenta problemas com a depressão e não tem mais o ótimo emprego na USP. A partir daí, vamos vendo como esta mãe tenta entender o que aconteceu com sua querida e desaparecida filha.

A história é contada em capítulos datados e fora de ordem. A partir deles conhecemos três momentos diferentes da vida de Lúcia. Essa foi uma boa escolha da autora que prende a atenção do leitor do início ao fim, mesmo nos momentos em que o livro perde um pouco do ritmo, somos levados para outro momento da vida da protagonista e voltamos a querer saber mais da história.

Apesar de alguns momentos em que o ritmo quase se perde, este é um bom livro e que prende nossa atenção. Com uma protagonista que evoca diversos sentimentos e angústias, Isabela Noronha nos mostra o quão frágil e suscetível é o ser humano que nem sempre podem ser explicados de maneira exata, lógica e racional.



site: https://cultsemserpedante.wordpress.com/2016/02/16/eu-li-resta-um/
felipefrisch 27/02/2016minha estante
Oi. Acho que tem algum erro nessa avaliação, pois ela fala bem do livro, mas não dá uma estrela sequer.




Victor 31/03/2016

Linha
Resta 1, romance de estréia de Isabela Noronha é um romance psicológico focado na professora da USP Lúcia e em suas reações ao ver sua filha desaparecida e quando ela recebe uma mensagem reacendendo as esperanças de recupera-la 7 anos depois.
A história se divide em 2 narradoras, Lúcia, que narra os capítulos com datas específicas, e dona Esme, uma senhora proprietária de um jardim maravilhoso, que narra os capítulos com nome de dia da semana.
Lúcia, após o desaparecimento de Amélia, perde o chão, abrindo mão de toda a sua vida, pois ela não era a mesma pessoa sem a filha. Essa angústia de Lúcia pode ser sentida pelo leitor nas descrições da vida vazia dela na atualidade.
Percebe-se também que ela é extremamente dedicada a recuperar sua filha, mesmo que todos já tenham desistido, traço que sempre gera a pergunta "Ela é incrivelmente determinada ou incapaz de aceitar a perda?"
Esmeraldina, é uma personagem inicialmente aleatória, notável somente por gostar de jardinagem e pelo uso do diminutivo, porém no decorrer da história, se percebe a cada momento que ela é mais complexa do que se esperava.
A obra liga de maneira incrível a história dessas 2 mulheres, que inicialmente aparenta ser nula e desenvolve seus leques psicológicos que inicialmente aparentava ser razo.
Na conclusão, Noronha fecha a história de uma maneira satisfatória, abrindo as personagens para um outro momento de suas vidas.
A obra Resta 1 de Isabela Noronha é rica em personagens complexas e problemática e é tecida de uma maneira que é quase inevitável continuar lendo. Existem poucos capítulos que não são atrativos, e esses são curtos.
comentários(0)comente



Ana 23/05/2016

Não sei o que eu esperava ao começar este livro, mas definitivamente não foi o que encontrei. "Resta um" é, principalmente, uma história de mistério. A narrativa é contada em capítulos datados e fora de ordem, que retratam episódios da vida de Lúcia e Dona Esmeraldina.

O foco principal é Lúcia, uma professora de matemática que teve a vida virada ao avesso quando sua filha, Amélia, desapareceu após uma festa de aniversário. A busca pela filha acaba por prejudicar não só sua vida profissional como seu casamento. Enquanto Lúcia insiste em seguir a busca, seu marido acha que a melhor maneira de lidar com a perda é seguir a vida, aceitando que nada irá trazer Amélia de volta.

Apesar de simples, a narrativa é bem construída, transmitindo muito claramente a angústia das duas personagens principais, cada uma com seus conflitos psicológicos.

Outro fator interessante do livro é a inclusão da matemática, tão presente na vida de Lúcia, na narrativa. São pequenos elementos que nos ajudam a compreender seus pensamentos e sensações.

Mesmo tendo gostado bastante da premissa do livro e do mistério envolvendo o desaparecimendo de Amélia, achei que a forma como a história foi conduzida poderia ter sido melhor trabalhada. A confusão da alternância de tempos e narrativas confunde o leitor e não fornece informações suficientes para que o leitor faça as conexões necessárias afim de "costurar" o restante da história. Então fica o recado para uma leitura atenta e reflexiva.


site: www.quasemineira.com.br
comentários(0)comente



Fabiana 23/08/2016

Intrigante
São 2 relatos simultâneos. Apenas o leitor desvenda o mistério no final.
Cada passo, cada ação... o leitor compartilha da dor dessa mãe.
comentários(0)comente



Lívia 15/03/2020

Fraco
Ouvi a indicação dessa leitura através de um Podcast.
Leitura fluída, porém a história é fraca.
comentários(0)comente



14 encontrados | exibindo 1 a 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR