Cena Incestuosa

Cena Incestuosa Renata Udler Cromberg




Resenhas - Cena Incestuosa


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Guaranádoamazonasémassa 07/01/2019

O livro Cena Incestuosa: abuso e violência sexual faz parte da coleção Clínica Psicanalítica, composto por obras com temas como Perversão, Psicossomática, Depressão, Paranóia, Boderline, Mortes e outros. Todos publicados pela editora Casa do Psicólogo, o livro Cena Incestuosa e Psicopatia - da mesma coleção - foram escritos pela mesma autora: Renata Udler Cromberg. Filósofa e psicóloga, a autora , nesta obra de 2001, percorre sobre temas como a cena incestuosa, com pesquisas fundamentadas e datadas predominantemente com referências da década de noventa. A autora nos traz no livro estatísticas assustadoras que revelam o abuso sexual de pais sobre seus filhos como a causa campeã de violência contra a criança em algumas das grandes cidades brasileiras, onde se destaca a violência de pais, padrastos e avôs a suas filhas, enteadas e netas e até casos de estupros incestuoso contra bebês. Quando encontrei o livro, minha intenção era ler algum livro que trata-se da violência sexual em si, do abuso sexual e do abusador, do perfil do abusador; e encontrei de forma abundante no livro o tema incesto. E para isso a autora apenas no final do livro, em ''alguns números de estatísticas paulistanas'' trouxe esclarecimento, citando uma pesquisa que informa ''cerca de 1000 agressões sexuais contra menores denunciadas no SOS criança de SP entre 1988 e 1993, mais de 75% foram cometidas por parentes - 50% por pais, as restantes por avô, padrasto e tio.'', para isso, a autora separa um tópico especialmente para falar de Levi Strauss e sua obra A vida familiar e social dos Nhambiquaras e As Esstruturas Elementares do Incesto, afim de esclarecer o Incesto como algo não exclusivamente biológico e de relações de campo somente sanguíneo, ou seja, não são somente relações sanguíneas que compõem o incesto.É um conjunto complexo de crenças, costumes estipulações e instituições. Cromberg para contextualizar o conteúdo usa de casos clínicos, o que torna mais esclarecedor e um certo confuso até um certo ponto, pois em determinada página já não se sabe quem é Miriam, Cristina, Maria e a qual caso remete o nome de cada paciente. A psicanalista usou vários autores como referências e fundamentações, dentre eles Freud, Frenczi, Levi Strauss, Bollas, Héritier, e achei positivo. O ponto negativo do livro para mim foi os termos psicanalíticos muito utilizados no livro sem serem explicados. Meus estudos com a psicanálise ainda são rasos e portanto senti dificuldade em interpretar bem principalmente Freud no diagrama conceitual. Usei o dicionário de psicanálise de Elisabeth Roudinesco e Michael Plon para seguir leitura, mas ainda to acomodando as informações. Agora terminada, sim, é uma leitura que eu recomendaria, embora acredito ser necessário um prévio conhecimento psicanalítico básico.
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