Maycon Casado 09/01/2018
Trabalhadores de videira
“Não há duas classes de cristãos - os cooperadores e os espectadores. Estamos todos juntos no Evangelho.”
Talvez você (assim como eu) não tenha conhecimento sobre jardinagem, mas certamente saiba o que é uma treliça. Sabe aquelas estruturas de madeira ou de metal que se entrelaçam, tipo uma grade, para sustentar um jardim vertical? Então é justamente isso que os autores Colin Marshall e Tony Payne utilizam como imagem de programas e estruturas da Igreja enquanto que a videira, o organismo vivo, seria a membresia. A caminhada em comunidade de fé é uma treliça e uma videira, sendo que a videira deve florescer o bastante para que a estrutura por de trás não apareça ainda que seja extremamente necessária.
Se a igreja tem a treliça sobressaindo, algo de errado está acontecendo. Os programas estão sendo usados para atrair pessoas e são meros entretenimentos. Mas quando há uma mudança de mentalidade para o cuidado mútuo e amor entre as pessoas a estrutura fica em segundo plano e o que aparece é a videira.
Em a Treliça e a Videira é abordado justamente como podemos modificar uma mentalidade de ministério que visa eventos para um crescimento e treinamento de pessoas. Nosso Senhor chamou todo o seu povo a ser um trabalhador da seara e isso não pode ser perdido de vista. Não é somente função do pastor discipular e ensinar novos crentes.
É certo que a metade final do livro se dirige muito especificamente aos pastores e líderes, mas o caminho até lá deixa claro o quanto cada um cristão deve se empenhar em fazer discípulos. Por isso A Treliça e a Videira é bem mais que um livro direcionado aos ministros ordenados, ele aborda uma mentalidade que deveria estar presente em todos os membros da comunidade local.
Mesmo que você seja um leigo, leia os capítulos "para pastores" de modo que te coloque em perspectiva de se tornar um possível cooperador em treinamento.
Easter egg rsrsrs: O livro foi escrito em 2009, em meio à uma pandemia de gripe suína e o autor cogitou a possibilidade de ficarmos 18 meses sem poder se reunir na igreja e como ela continuaria a funcionar. Ou seja, essa “profecia” demonstra a urgência deste livro rsrsrs.