A Geografia da Pele

A Geografia da Pele Evaristo de Miranda




Resenhas - A Geografia da Pele


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Soutotostes 28/10/2015

Excelente e intrigante
O livro traz novidades culturais do início ao fim, histórias do povo do Sahel que ninguém pode morrer sem conhecer, pela grandiosidade e força. O título já é intrigante por si só, baseado nas marcas deixadas por insetos, queimaduras com óleo e do sol, que passaram a integrar a pele do autor enquanto esteve morando na região sul do deserto do Saara, no Níger, país vizinho à Nigéria. Evaristo é um pesquisador brasileiro, que trabalhava para uma instituição da França. Ele vive em alguns povoados e até num acampamento de tuaregues, utiliza-se dos serviços de um guia e é integrado ao povo durante os 3 anos que lá passou. A história é da década de 70 e foi escrita agora, 30 anos depois. O choque de costumes começa na primeira página, desde os costumes religiosos, como o período do Ramadã, até costumes locais, como a interessante árvore da palavra, local usado pelo povo para debater seus problemas, nas praças, em bancos cravados na areia do deserto. Cheio de misticismo, o autor conta cada um deles, como a visão de animais, a conversa com animais e os espíritos incarnados pelos ferreiros, que são meio bruxos. Leitura recomendada, posso dizer que foi uma das melhores obras que já li.
Mariana 23/07/2016minha estante
O livro é sensacional, tanto como obra literária, tanto como narrativa antropológica.
Ele traz as impressões de Evaristo de Miranda, um jovem pesquisador brasileiro, que por meio de uma instituição francesa passou três anos pesquisando plantas e práticas agrícolas do Níger, ao Sul do Saara, na década de 1970. Durante esse período ele precisou conviver com as tribos locais - hauçás e tuaregues - e abdicar de muitos de seus costumes num exercício de relativização que trouxe a ele marcas no corpo e na alma.
A narrativa perpassa temas interessantes e ricos, como o sincretismo religioso, manifestado entre a mistura de práticas do islã com as religiões aldeãs; as formas de se organizar politicamente; a maneira de resolver os problemas cotidianos; e a relação com a morte, a escassez de recursos e a miséria.
A maneira de narrar é salpicada de passagens cômicas proveniente das diferenças culturais entre narrador-personagem e tribos do Sahel. Apesar de retratar uma região pobre e escassa de recursos necessários à existência com um pouco de dignidade, as tribos do Sul do Saara ganham destaque pela riqueza cultural, hospitalidade e pela forma como compreendem o universo e se relacionam com a natureza.




Romeu Felix 25/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro “A geografia da pele: Um brasileiro imerso na África profunda”, escrito por Evaristo de Miranda, é uma obra que mistura relatos de viagem e observações sobre a África com uma abordagem científica acerca da biodiversidade do continente. O autor, que é brasileiro e um renomado especialista em geografia e meio ambiente, traz uma perspectiva única sobre a relação entre o homem e a natureza em um continente tão diverso e ainda tão pouco conhecido.

Através de suas experiências, Evaristo de Miranda traça um panorama da África, mostrando as diferenças culturais, a rica biodiversidade e os desafios ambientais que o continente enfrenta. O autor faz um paralelo entre a realidade africana e a brasileira, destacando as semelhanças e diferenças entre os dois países e apontando a importância de se preservar o meio ambiente em ambos os locais.

O livro é dividido em 16 capítulos, onde Evaristo de Miranda explora temas como a biodiversidade, as diferentes culturas, as belezas naturais e os problemas socioambientais da África. O autor também faz um importante relato sobre sua experiência em um safári, onde teve a oportunidade de observar de perto a vida selvagem do continente.

Além disso, o livro apresenta uma análise sobre a importância da preservação ambiental e a responsabilidade dos seres humanos na conservação da biodiversidade. Evaristo de Miranda destaca a necessidade de se construir um mundo mais sustentável, onde o desenvolvimento econômico esteja alinhado com a preservação do meio ambiente.
Por; Romeu Felix Menin Junior.
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