Carol 03/11/2015O DIa do Gafanhoto e outros textos.Década de 30. Tod Hacket é um aspirante a pintor que trabalha como cenógrafo em Hollywood, distrito de Los Angeles. É ele quem apresentará a paisagem da cidade - seus estúdios, sets de filmagem, bordéis, mansões, etc. - e os personagens com quem convive, num mundo desolado pela crise econômica (crash da Bolsa de Valores de 1929).
Nesta primorosa edição da editora Carambaia, temos, além da novela, alguns outros textos do autor publicados na série The Library of America. Temas que aparecem, de uma forma ou de outra em O Dia do Gafanhoto, como os bastidores de Hollywood, a agressividade da multidão e a natureza da violência no imaginário americano serão revisitados nestas peças menores.
Há também um pequeno ensaio sobre Eurípedes. O desenvolvimento da peripécia, a construção cênica, o clímax na tragédia grega, que muito influenciou o jovem Nathanael West.
Recomendo a leitura. Gosto dessa temática dos anos 30, da Grande Depressão. De personagens que mantém a esperança que dias melhores hão de vir, em que pese o cenário de desolação ao seu redor.
Os contos foram uma grata surpresa. Tenho lido bastante sobre o teatro grego e o ensaio acerca de Eurípedes é fundamental. Destaco ainda o conto O Impostor, imperdível.
O Dia do Gafanhoto foi adaptado para o cinema em 1975, por John Schlesinger.