Estações de Caça: Haakon I

Estações de Caça: Haakon I Lauro Kociuba




Resenhas - Estações de Caça: Haakon I


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neo 30/08/2015

Estações de Caça é o segundo livro da série Alvores, do autor brasileiro Lauro Kociuba. Já resenhei o primeiro e você pode conferir a resenha dele aqui (http://chimeriane.blogspot.com.br/2015/04/resenha-liga-dos-artesaos-lauro-kociuba.html), mas não se preocupe: não é necessário ter lido A Liga dos Artesões para ler Estações de Caça; apesar de se passarem no mesmo mundo (uma versão alterada do nosso, com elfos, orcs, deuses nórdicos, etc), ambos se passam em épocas diferentes, com A Liga dos Artesões acontecendo na atualidade e Estações de Caça em um vilarejo nórdico do século X.

Apesar de ter gostado de A Liga dos Artesões, confesso que, pra mim, Estações de Caça é uma obra bem melhor em todos os sentidos. Notei um ou outro errinho de vírgula (muitos poucos mesmo), mas no geral a escrita é mais bem desenvolvida e madura, e realmente consegue fazer com o leitor se sinta dentro da história. A ambientação também é muito boa, com as cenas na floresta em especial sendo muito bem escritas. Foram, provavelmente, minha parte preferida da história.

E falando em história, apesar de Estações de Caça ser uma obra curta (é uma novela, afinal de contas), a trama é bem construída e tem um bom ritmo. É dividida em quatro momentos da vida do protagonista, Haakon, (com os dois do meio sendo os melhores, na minha opinião), que mostram como a vida do garoto acaba se interligando com os mistérios do mundo Alvor (e dos deuses também claro).

A única coisa que não me agradou tanto assim foi o final um tanto abrupto. Nada grave, óbvio, mas eu teria gostado de algo mais demorado, por assim dizer, e que trouxesse um tiquinho mais de intensidade. Mas não me preocupo muito; o fim deixou claro que o melhor da história de Haakon ainda está por vir.

Os personagens também são ótimos. São poucos, mas todos me convenceram. Os pais de Haakon em especial são excelentes, assim como uma certa pessoa que já tinha dado as caras em A Liga dos Artesãos e Eol'badeu, que foi muito bem caracterizado.

Enfim, Estações de Caça foi uma leitura muito boa e uma novela que indico pra todo mundo. 4.0 estrelas.

(Aliás, ontem foi o lançamento dela na Amazon! Quem quiser ler algo rápido de boa qualidade, fica a dica uwu)

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
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Laís Helena 30/08/2015

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
Dividido em quatro partes, Estações de Caça conta a história de Haakon em quatro momentos de sua vida, desde o nascimento até a adolescência. Aqui o universo Alvores é expandido, e temos elfos, deuses, profecias, paredes de escudos e diversos outros elementos da mitologia nórdica. E, embora seja o segundo volume da série Alvores, pode ser lido sem problemas por quem não leu A Liga dos Artesãos (mas quem leu irá se deparar com alguns easter eggs).

Sendo o segundo livro do autor, este apresentou algumas melhorias em relação ao primeiro. Uma delas é a narrativa. Aqui temos todos os acontecimentos mostrados, em vez de contados. O autor nos deu aqueles detalhes que fazem com que o leitor se sinta dentro da história, junto dos personagens; deixou-me envolvida na história do início ao fim. O único ponto negativo foram alguns pequenos problemas na revisão, mas nada além de algumas vírgulas fora de lugar.

A trama aqui, por se tratar de uma novela, é mais simples, mas nem um pouco desinteressante. O autor nos apresenta quatro aventuras pontuais (e que aventuras!), que apesar de separadas no tempo, formam uma relação interessante entre si, compondo um todo que se constitui no que parece um prelúdio para muito mais histórias (que, espero, apareçam muito em breve!).

Mas o ponto alto foi a ambientação. Diversos elementos da mitologia nórdica estão presentes, relacionados de forma muito interessante com os elementos já conhecidos da mitologia Alvores, mas não é só isso que há no livro: o cotidiano dos vikings, suas crenças e batalhas também são trabalhados, construindo o ar de um vilarejo nórdico de uma maneira bastante crível e envolvente. Porém, algumas descrições poderiam ser um pouquinho mais detalhadas: senti que em alguns momentos o autor não conseguiu passar toda a grandiosidade que desejava.

Entretanto, Estações de Caça foi, no todo, muito satisfatório, proporcionando uma leitura divertida e ainda em um formato interessante (inovação na forma é algo muito bem vindo!).

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/08/resenha71.html
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Thiago 30/08/2015

Estações é o segundo livro da série Alvores, do mago de barba azul Lauro Kociuba, mas é o primeiro título do arco do protagonista Haakon. Estações e A Liga dos Artesãos não têm conexão direta e podem ser lidos em qualquer ordem.

Achei o enredo de Haakon ainda mais interessante e envolvente que seu antecessor. É algo particular, mas prefiro ambientações medievais a modernas. E que ambientação maravilhosa — a história nos joga para a cultura viking do século X, com diversos elementos mitológicos, com deuses, a Caçada Selvagem, valquírias e o Valhalla, além da marca registrada do Lauro: elfos e criaturas fantásticas.

O autor ainda usou um recurso de storytelling bem ousado, ainda que sutil (a ficha só caiu depois que conversei com ele). Funcionou. Foi algo que me fez voltar várias passagens para ver com mais detalhes, e fiquei impressionado.

O livro é curto e as páginas passam rápido. A leitura é dinâmica, com bastante conflito e tensão, desde o parto de Haakon até a parede de escudos contra os saxões. Eu diria que o único ponto negativo, na minha opinião, são algumas frases que imploram por ponto final e devem se contentar com vírgulas, algo que também aconteceu em A Liga. Isso fica mais evidente (e incômodo) nos diálogos, mas, em Estações de Caça, a situação felizmente ocorreu pouco.

Leitura recomendadíssima! Diversão, mitologia, fantasia e uma ótima história. O que tem pra não gostar?

site: pequenosdeuses.com.br
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Camila 30/08/2015

Fascinante!
"Estações de Caça" é um conto que virou novela - e só posso agradecer aos deuses e musas por isso ter acontecido! Lauro, que já tinha uma escrita incrível e um mundo apaixonante em "A Liga dos Artesãos", atingiu um novo nível de excelência neste livro. Juro que não estou exagerando! E, como se não bastasse uma escrita fluída e agradável (ainda melhor que em "A Liga"), a pesquisa que o autor teve que fazer para criar várias das cenas transparece e é algo que também chama a atenção. Aqui, temos costumes nórdicos misturados à mitologia Alvor, o que nos traz paredes de escudos, mulheres e homens guerreiros, elfos, deuses e um "rei-que-ainda-não-é-rei".
A novela está dividida em quatro estações - quatro atos, cada um com 3 capítulos e um interlúdio - que contam momentos distintos da vida do menino Haakon, trazendo também outros personagens tão cativantes e bem estruturados quanto o próprio protagonista: Ogar, Ellia e Eol'badel, principalmente!
Então, resumindo: leia "Estações de Caça" já! Se você gosta de fantasia temperadas com acuidade histórica, Haakon I é perfeito pra você!
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thiagolee 09/09/2015

Encantador
Li "Estações de Caça" com um sorriso no rosto. A cada parágrafo, a paixão que o autor possui pelo cenário e pelos personagens que criou é evidente. Ele parece escrever como se acariciasse o próprio filho. Em suas belíssimas descrições, nos guia através de vilarejos viking, campos de batalha e reinos fantasiosos, repletos de criaturas imaginadas para seu universo próprio, o Alvores.
Haakon é um protagonista encantador e seus medos e dores refletem aqueles que nós mesmos sentimos durante várias etapas da vida, mas quem brilha mesmo é seu pai Ogar, um homem capaz de exceder os próprios limites para manter sua família a salvo.
O texto conta com alguns problemas de revisão, mas nada que ofusque a beleza da narrativa.
Lauro e sua série Alvores constituem um ótimo potencial para novidades na fantasia épica brasileira.
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Alexia Bittencourt 16/12/2015

Quem será Haakon?
Estações de caça começou como um conto e acabou se transformando em uma novela, conta 4 momentos da vida Hakoon, um descendente distante dos elfos que por intervenção de sua tataravó, a elfa Aye'lena, acaba se tornando mais elfo do que qualquer outro encantado.

Eu suponho que Hakoon será alguém importante no universo Alvores, mas ele ainda não apareceu na história principal e por isso eu acho que foi um erro o autor ter disponibilizado a novela agora. A novela foi bem escrita, mas ela deixa buracos, buracos gigantescos que me deixaram mais confusa que qualquer outra coisa. Quando você já tem um personagem importante e misterioso e resolve contar um pouquinho do passado dele, como ele se tornou daquele jeito, é uma coisa incrível (quem não gostaria de saber um pouco mais sobre Gandalf ou Dumbledore?), mas quando é um personagem que ainda não existe, que você não pode apresentar por completo e tem que deixar buracos na história, aí acaba não ficando legal. Eu passei toda a história esperando algo acontecer que juntasse as pontas soltas, a história terminou e ficou a sensação de algo inacabado.

Fora isso, o Lauro escreve muito bem, a narrativa é sempre fluída e prazerosa, a pesquisa foi bem feita, os personagens foram bem construídos mesmo o livro tendo poucas páginas (como não se apaixonar pela força de Ellia e pela dedicação de Ogar?!) e os capítulos sobre a caçada selvagem e o Valhalla são incríveis
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Paulo 11/06/2017

Uma vez que o leitor começa a se familiarizar com um universo literário, tudo parece fluir melhor. Entretanto, achei que o autor foi ousado ao usar o seu universo não de uma forma linear, mas como uma espécie de guarda-chuva onde ele pode criar várias histórias. Complicado? É só imaginar uma série de livros com personagens distintos, mas que se passam em períodos espaçados da nossa história. Se A Liga dos Artesãos se passa nos dias de hoje, Estações de Caça é uma clássica história medieval com componentes extras.

Ogar é um guerreiro nórdico que precisa viver uma realidade difícil onde todos os dias podem acontecer um novo ataque de seus rivais e destruir tudo aquilo que ele construiu. Para completar, sua esposa Ellia está grávida e ele agora se vê tendo que ser responsável por mais uma vida. Embora o seu filho seja uma benção, cada nova batalha representa um momento assustador de sua vida. O nascimento de Haakon é marcante e revela algo desconhecido para os pais da criança: Haakon é o rei-que-ainda-não-é-rei. Sua mãe tem descendência élfica e Haakon representa a continuidade desta linhagem. Por este motivo, Haakon é capaz de enxergar as criaturas da floresta. Ele tem uma forte ligação com forças que estão além de sua imaginação. Veremos ao longo da história que, mesmo querendo proteger seu filho, Ogar não será capaz de evitar um destino já traçado para se filho.

Estações de Caça é uma obra voltada para o desenvolvimento do personagem Haakon. Por esse motivo, o autor preferiu passar rapidamente pela infância do jovem para poder encaminhá-lo em direção a alguma nova história que ele esteja planejando futuramente. O livro é dividido em quatro estações com interlúdios. Cada estação vai lidar com momentos diferentes da vida de Haakon: a primeira estação é a gravidez de Ellia; a segunda é Haakon recém-nascido e a revelação do destino de Haakon; a terceira estação se passa na infância de Haakon e seu primeiro contato com Eol'badel e o quarto é a adolescência do jovem e ele tendo que realizar uma escolha difícil. O livro claramente não foi pensado como um romance longo, tendo sido esticado pelo autor. Achei até que, já que Kociuba sentiu o ímpeto de escrever mais, ele poderia ter avançado mais a história ou aprofundado determinados elementos de Estações de Caça. Achei o final muito abrupto, mas é apenas uma consequência do livro não ter sido pensado como um romance longo.

Alguns leitores podem reclamar que não existe uma grande crise ou um vilão terrível no enredo. Sinceramente, isso não me fez falta. Achei que Kociuba usou muito bem o espaço para trabalhar mais a mitologia de Alvores. Diga-se de passagem, podemos sentir uma escrita bem mais madura, diferente da Liga dos Artesãos. No primeiro livro, Kociuba quis dizer demais e mostrar de menos; aqui ele fez o oposto. Ou seja, o enredo ganhou o equilíbrio correto entre construção de mundo e desenvolvimento de personagens. A história acaba sendo mais intimista, se preocupando em desenvolver uma noção de como Haakon e seu destino se encaixam na mitologia de Alvores. E, no fim de tudo, o que representa para um indivíduo ser um Alvor.

A Liga dos Artesãos é uma história passada em um universo de fantasia urbana. O leitor se sente bem por estar em um universo que lhe é conhecido. Por esse motivo não existe tanta necessidade de explicar determinados elementos do mundo. Já em Estações de Caça, Kociuba não pôde contar com esse mesmo elemento facilitador. Aqui ele teve que contar com sua habilidade em descrever cenários. A opção por situar a história em uma localidade viking deu a oportunidade para o autor de brincar em um novo contexto. Apesar de eu gostar do cenário usado pelo autor, o que mais me agradou foi a harmonia com que o universo de Alvores se encaixa no nosso mundo sem causar muito estranhamento. É como se toda a mitologia fosse natural e não pudéssemos extraí-la.

Falar de família em um livro de fantasia é muito difícil. Nem sempre um escritor consegue fazer isso de uma forma respeitosa. Geralmente o escritor é um lobo solitário que passa os dias pensando em universos fantásticos que nem sempre condizem com o real. Mas, em Estações de Caça eu percebi muito das emoções de Kociuba como pai. O leitor é tragado pelos sentimentos puros de um pai e de uma mãe em relação a um filho. Raríssimas vezes eu me emocionei com elementos de enredo baseados nessa temática. Mas, a relação de amor fraterno entre Ogar, Ellia e Haakon é tocante. Faz o nosso coração ficar mais cálido.

Estações de Caça é uma história mais madura e envolvente de um autor do qual já tinha me mostrado coisas muito positivas em A Liga dos Artesãos. Aqui, em um outro cenário, ele foi capaz de aprofundar a sua escrita e nos mostrar que o universo de Alvores ainda tem muito a nos mostrar.

site: www.ficcoeshumanas.com
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