Ulysses

Ulysses James Joyce




Resenhas - Ulysses


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dfdealmeidaII 18/12/2023

A força da gravidade é o seu peso
O confronto com situações desconfortantes promove a criação de situações para que o tempo passe mais devagar, ou melhor, não passe.
Este é o ambiente para o nascimento de uma epopeia de hipóteses borbulhantes que ultrapassam os limites entre narrador e personagem onde o interior transparesse para o exterior na busca de subterfúgios nas diferentes formas de narrativa para não lidar com fatos com o poder de romper com toda a realidade conhecida.
Talvez seja este o motivo, para mim, que o final da leitura de Ulysses fique com uma sensação agridoce por conta dessa máscara narrativa que fazia-me questionar se precisava de tanta pirotecnia, porque todas essas camadas de jogos de palavras pareciam, às vezes, um pouco pretenciosas.
Contudo mesmo assim vale a pena a leitura de Ulysses (mesmo sem nenhuma leitura de apoio, já que nenhuma delas fará milagres) por conta dos assuntos do cotidiano abordados na obra que constituem seu valor histórico gerando reflexôes vão ficar para sempre dentro de mim.
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Ninguem 15/12/2020

O épico da modernidade
Ulisses é livro singular. Tão único que é difícil decidir por qual aspecto iniciar a resenha. Antes de tudo é um livro que é a completa definição de clássico: impossível de ignorar sua importância dentro da tradição literária que está inserido.
Um livro que conta apenas um dia (16 horas em mais de 250 mil palavras) dos dias de Stephen, Leopold e Molly é uma simplificação rasteira. Adicionar que ele possui inúmeras referências literárias a toda tradição precedente, indo de Aristóteles aos romances de folhetim do final do século XIX ainda não chega perto de passar uma ideia do que esse livro pode oferecer ao leitor. Junte a superposição de estruturas de Shakespeare, A Divina Comédia e da óbvia Odisseia e, ainda assim, passa-se longe de entender a complexidade atingida por Joyce nessa obra prima.
A história da Irlanda, nacionalismo, querela dos universais, dissolução dos laços conjugais, as velhas dúvidas que Bacon era o dramaturgo, a epigênese da língua inglesa, a capacidade joyceana de emular diversos estilos, a dissolução das fronteiras do romance, a eternização do mais efêmero dos momentos, a brutal sinceridade da representação na literatura são apenas alguns dos temas possíveis dentro de sua miríade de chaves interpretativas.
O livro é difícil, isso com certeza. Requer alguma maturidade de leitura. Mas ele recompensa o leitor na medida dos esforços. E como o Caetano Galindo diz, é um livro que tem uma leitura, mas sim releituras do leitor. Mal espero para empreender essa aventura novamente com olhos mais experientes e reencontrar Bloom e Stephen nas ruas de Dublin
Deixo aqui a minha resenha com a certeza que em futuras releituras terei uma compreensão melhor do livro e poderei melhorar essa resenha.
Maria 06/03/2021minha estante
Só li alguns contos de Joyce, Ninguém, mas uma resenha dessas faz a pessoa sentir vontade de ir correndo à estante em busca do livro haha Já havia lido resenhas com altos elogios à obra, mas nenhuma tão convincente. Obrigada!


Ninguem 24/07/2021minha estante
Fico feliz de convencer!




Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Excelente Tradução
A primeira vez que comprei o livro, foi uma tradução de Houaiss, a pioneira no país, e confesso que o famoso dia 16 de junho de 1904 levou anos para passar....

Aqui em casa, "Ulysses" rodou de um cômodo para outro, frequentou minha cabeceira e, inacabado, acabou na minha estante, entregue a um sono profundo, livre de qualquer admoestação.

Ora ou outra, o dorminhoco vinha a pauta e eu, desanimada, adiava a leitura. O que me animou relê-lo, foi justamente essa edição, traduzida por Galindo, extenuadamente elogiada. Resolvi arriscar e hoje, dou por concluída minha peregrinação literária.

Eis um romance genial, porém, complexo, difícil vencer suas páginas com atenção e o devido entendimento. Traduzir Joyce não é uma tarefa fácil e conseguir capturar "sua imensa gama de cores, registros, estilos, recursos e efeitos? trata-se de uma homérica odisseia com o perdão do trocadilho. Porém, sou imensamente grata ao tradutor pelo percurso mais suave, menos pedregoso, que ele soube preparar.

Indico a leitura não só do livro, como também recomendo a dupla Joyce e Galindo.

Para finalizar, caso assuma o risco dessa aventura, fica meu apoio e desejo-lhe boa sorte!
Suelen.Philomeno 28/11/2021minha estante
Adorei sua resenha! Me animou ?




Wolney Fernandes 16/06/2015

Ulysses - O que é de gosto é regalo da vida
A ideia era bem simples: começar a ler Ulysses do James Joyce no Bloomsday de 2014. Apesar de imaginar que a tarefa seria árdua, não pensei que iria demorar um ano para dar conta de acompanhar as 18 horas do dia do Sr. Bloom. Foi a primeira vez que fiquei tanto tempo nas páginas de um livro. E, de antemão, já aviso que foi uma experiência única e permeada por estranhamentos. Foi difícil? Foi. Valeu a pena? Demais! Vou tentar explicar os porquês.

Leia o restante do texto aqui: http://instantespossiveis.blogspot.com.br/2015/06/ulysses-o-que-e-de-gosto-e-regalo-da.html

site: http://instantespossiveis.blogspot.com.br/2015/06/ulysses-o-que-e-de-gosto-e-regalo-da.html
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Prity_Lioncourt 05/11/2014

Narrativa diferente
O livro é muito interessante, em parte pela forma da narrativa. Mas agora eu entendo porque dizem que é tão difícil lê-lo. Não é por causa de escrita rebuscada nem nada tão comum quanto isso. É pela lentidão da coisa. 1112 páginas que correspondem a apenas um dia. Eu já li mais de 200 e parece que não saí do lugar. A maior parte da história corresponde a pensamentos. Pelo menos até onde li. Infelizmente como era livro de biblioteca, duas semanas não foram nem perto do suficiente.
Superman 12/11/2014minha estante
Se te serve como alento, terminei de ler esse livro depois de dois anos. Ele é muito cansativo, só que conforme você vai se aprofundando na narrativa e experimentação do autor vale a pena. Ulysses é tido como uma das obras-primas da literatura contemporânea e ao chegar ao final dele fica perfeitamente claro que tal título é a mais pura verdade. Vá até o fim, não irá se arrepender.




João 28/07/2014

Humor e ritmo inigualáveis
Não é um livro de fácil leitura.
Mas Joyce é um mestre no uso de recursos estilísticos e possui um grande senso de humor.
Li no original e li também a tradução de Caetano Galindo, que acredito ser a mais fiel ao original.
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Felipe 01/04/2013

Uma segunda alfabetização! Uma difícil e reveladora jornada.
Realmente Ulisses não é fácil. É belo, mas nem sempre agradável. Um sem número de referências e notas todas reunido no fim do livro compondo mais de 60 páginas é cansativo. É uma leitura demorada e trabalhosa a qual deve-se dedicar muito tempo e energia. Mas não sem recompensa pois é realmente riquíssimo em cada coisa que apresenta. História, cultura, narrativa, enredo, personagens e o que mais puder ser encontrado.

Resenha completa em:


http://www.instanteliterario.com/2010/01/ulisses.html
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Arsenio Meira 19/09/2012

editora: Companhia das Letras
ano: 2012

Joyce reinventou o romance contemporâneo. Detonou toda e qualquer convenção literária.
Mas o livro vai além, muito além dessa reinvenção.
É uma epopeia atual, com um pano de fundo até trivial.
O que prova, definitivamente, que a genialidade literária não está propriamente no tema, mas sobretudo no modus operandi de cada escritor.
Joyce é um marco. Poucos são. Pouquíssimos.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 03/09/2012

James Joyce - Ulysses
Editora Companhia das Letras - Selo Penguin Companhia - 1112 páginas - Tradução de Caetano W. Galindo - Introdução de Declan Kiberd - Coordenação editorial de Paulo Henriques Britto.

Um dos livros mais importantes na história da literatura e certamente o mais influente romance do século XX, Ulysses do irlandês James Joyce, é baseado na Odisseia de Homero, mas ambientado em Dublin e narrando um dia na vida de Leopold Bloom, sua esposa Molly e seu amigo Stephen Dedalus. Este dia, 16 de junho de 1904, passou a ser comemorado mundialmente como o "Bloomsday" em homenagem ao protagonista Leopold Bloom e ao romance que criou o "fluxo de consciência", permanecendo moderno mesmo após 90 anos de sua criação.

Esta é a terceira tradução de Ulisses publicada no Brasil, a primeira e desbravadora edição da Civilização Brasileira, foi lançada em 1966 e contou com a tradução do filólogo Antonio Houaiss. Mais recentemente, em 2005, a Editora Objetiva lançou a tradução de Bernardina da Silveira Pinheiro e agora a Companhia das Letras oferece esta nova versão de Caetano W. Galindo que já traduziu autores como Charles Darwin, Thomas Pynchon, Tom Stoppard e David Foster Wallace. Uma característica importante desta última versão foi ter suprimido as notas de rodapé e deixado o texto de James Joyce correr ao sabor da leitura, mesmo em suas partes mais incompreensíveis.

Ulysses não é um livro para ser lido no metrô, ele exige muita concentração ao longo de suas 1112 páginas e a enorme variedade de palavras inventadas, citações, neologismos e referências históricas. Por outro lado, não precisa ser encarado como um quebra-cabeças literário e pode ser apreciado também sem preconceitos e por uma de suas características principais, o bom humor.
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