Bru | @umoceanodehistorias 08/10/2015A história, narrada em terceira pessoa e em uma época medieval, começa do ponto em que Angélica começa a se questionar sobre o porquê de haver tanta diferença no mundo: uns com tanto e outros com nada.
Angélica é uma jovem princesa, de 16 anos. Seus lindos e longos cabelos loiros chamam a atenção por onde passa, além de possuir dois lindos olhos azuis. Nossa princesa tinha tudo para ser extremamente feliz: vivia em um castelo, possuía roupas lindas, tinhas muitos empregados, enfim, tudo o que uma jovem gostaria de ter. Mas, como disse anteriormente, ela começa a se questionar sobre as diferenças e quer entender porque Deus não faz nada para mudar isso.
“Pessoas que não tinham sequer um pedaço de pão para mitigar a fome estendiam as mãos à caridade alheia! Que tipo de mecanismo Deus utilizada para direcionar essas pessoas para o sofrimento igual ao que via de coração contrito? Crianças e mães vestidas de trapos, descalças, de cabelos despenteados a buscar alguma caridade para se verem socorridas em suas penúrias! Homens aleijados depois de participarem de batalhas na defesa do reino, e abandonados quando não tinham mais serventia para a guerra! Velhos sem força para o trabalho braçal aguardavam no burburinho apressado do povo aflito uma migalha de solidariedade para sobreviver à fome de cada dia!”
A única pessoa que poderia ajuda-la é seu pai, o rei, e, quando o questiona sobre isso, sua resposta é que as pessoas que não são abastardas foram esquecidas por Deus e que ela deveria se contentar de possuir tudo e, principalmente, de ser filha de um Deus – pois é assim que ele se considera.
Antes de dormir e bastante magoada, pois vira seu pai brigar com o jardineiro que cultivava as mais belas rosas, Angélica pede à Deus para que possa ter um conhecimento maior e é, durante o desdobramento, que ela conhece Joanna uma alma amiga que vai lhe ensinar muito sobre a vida e sofrimento. Um dos conselhos de Joanna é que a Princesa se aproxime de António, o jardineiro, pois este é uma pessoa muito sábia e lhe trará excelentes ensinamentos.
É atendendo ao conselho de Joanna que Angélica descobre um mundo repleto de sofrimento, mas que nota que todos nós – abastados ou não – podemos ajudar. E é nesse momento que sua vida passa a ter sentido: Ela pode, quer e vai ajudar os mais carentes, mesmo que o pai não goste disso.
Estava ansiosa em demasia para ler essa história, pois ela possui um significado muito grande pra mim. Angélica é uma pessoa de um coração enorme e ela apenas gostaria de ajudar àqueles que nada possuem, será que é muito errado pensar assim? Eu, particularmente, já pensei da mesma forma que ela: Por que Deus dá tantos para alguns e tão pouco para outros? Mas, a verdade, é que não existe uma resposta para essa pergunta e isso fica bastante claro no livro.
Todos nós estamos aqui para cumprir uma tarefa, seja qual for, mas, acima de tudo, para evoluirmos. Como fazemos isso? Ajudando ao próximo sem nada esperar em troca. Nós não podemos tomar a cruz do próximo para carregar, mas podemos lhe dar alimento e agua o que pode tornar a sina mais branda.
O pai de Angélica é um ser detestável, ele possuía tudo em suas mãos para fazer a diferença, fazer bem e ajudar os mais necessitados, mas, infelizmente, esse não é o caminho que ele escolhe. E ele destina toda sua raiva à sua filha, isso foi muito dolorido de ser lido. António, o jardineiro, é um pobre homem que possui um coração maravilhoso. Ele faz valer o ditado de quem pouco tem, muito doa.
Como disse anteriormente, estava demasiadamente ansiosa para ler esse livro e não me decepcionei. A trama foi bastante envolvente e os personagens foram muito bem criados. É um livro que recomendo muito a leitura, pois ele trás uma lição: Devemos ajudar nosso próximo. Por isso digo: Leiam esse livro. Se você não acredita na doutrina espírita, leia como um livro ficcional e tire essa linda lição que ele transmite.
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