Sabrina Inserra 31/08/2011Atenção: Pode conter spoilers de Calafrio!
“Essa é a história de um garoto que costumava ser um lobo e de uma garota que estava se tornando um”. Pela primeira frase do livro já dá para sentir o grau de tensão da narrativa do livro. Se o final de Calafrio serviu para curar temporariamente as feridas abertas durante a história, Linger as reabre.
Sam ainda está inseguro quanto à sua própria condição, enquanto Grace começa a se deparar com sintomas estranhos. Além disso, os dois ainda tem que lidar com as desconfianças (e até mesmo hostilidade) por partes dos pais da garota, que estão sendo um tanto quanto indelicados com seu namorado.
Enquanto Sam e Grace enfrentam seus problemas, ficamos conhecemos a história de Cole St. Clair, vocalista e líder da banda de rock NARKOTIKA (que tem tudo a ver com o tipo de vida que os meninos levavam). Juntamente com a narrativa de Isabel Culpeper (patricinha irritante no melhor estilo da Aphrodite, da série House of Night), Cole é responsável pelas cenas mais hilárias do livro.
Gostei bastante da forma com que a Maggie conduziu a narrativa de Linger. A mudança mais evidente em relação ao primeiro livro é o aumento no número de “vozes” que conta a história. Se em Calafrio tínhamos dois narradores (Sam e Grace), neste volume contamos também com os relatos de Isabel e Cole, que adicionam um ritmo mais frenético (e descontraído) à trama.
Porém, nem tudo são rosas. As aflições e os sentimentos à flor da pele que nos deixaram com o coração na mão durante Calafrio estão presentes em Linger, em um nível ainda mais extremo.
Resenha publicada no blog Café com Blá Blá Blá: http://cafecomblablabla.wordpress.com/2010/10/02/entre-paginas-linger/