fabio_g_oliver 19/11/2020
ninja Sega contra o império Nintendo
Se minhas emoções lendo esse livro fossem um brinquedo, seriam uma pista do hot wheels.
Antes de falar sobre o livro, quero me gabar que paguei só 10 reais nele (trava na beleza).
O título me animou desde o começo, já que trata da história de 2 empresas que fizeram história.
Não só as empresas como também os 2 personagens amáveis (Sonic e Mario).
A Guerra dos Consoles vai contar da história da batalha entre a Sega e a Nintendo pelo mercado de videogames, contando sobre as duas empresas e o início da famosa rixa que divide fãs pelo mundo todo (eu prefiro o Mario (trava na beleza de novo)).
Apesar de contar a história de um modo geral, o livro vai ter foco principalmente na trajetória de Tom Kalinske, que assumiu a Sega of America e começou seu trabalho pra tirar a empresa do fundo do poço para disputar espaço com a Big N.
Eu amei cada parte desse livro, até o Prefácio (e olha que eu não gosto de prefácios). E to louco pra ver o documentário.
Nada igual conhecer os bastidores de uma guerra que realmente se iguala a batalha Coca-Cola Vs Pepsi. Me senti como um funcionário da empresa, conhecendo todos e cada passo que fez da Sega o sucesso que foi.
Adorei o Kalinske e toda estratégia dele pra transformar lixo em luxo (tipo o Sonic roqueiro com a Madonna (quem leu, sabe)).
Senti raiva dos Japoneses do começo ao fim (principalmente no fim) por serem tão irritatemente mentes fechadas. Nem parece que é de lá que vem parte das maiores empresas de tecnologia.
Se tivessem seguido o que Kalinske propora, a Sega teria continuado no topo por muito mais tempo (arrisco dizer que até hoje).
Mas enfim.
Ciente da minha opinião geral, vamos as avaliações.
º Devo começar exaltando a escrita de Blake J. Harris. Bem didático, dinâmico (com boa alternância entre diálogos e informações) e bem dimensionado, uma vez que ele não só conta a história da empresa e do mercado, como também fala da relação entre os personagens e dos seus sentimentos sobre tudo que acontece. E já disse que simplesmente amo quando uma história real é contada dessa forma atrativa, como um romance. Foi essa escrita que me manteve preso ao livro e não fez ele parecer mais um documentário do Discovery Channel.
º Em relação ao desenvolvimento de histórias reais, eu nunca julgo os fatos porque ninguém escolhe o que vai acontecer a seguir. Porém, o autor escolhe o que contar e depende dele que a história fique coerente. Esse é outro ponto positivo. Mesmo que ele tivesse pulado semanas ou meses em alguns capítulos, fez questão de nos atualizar sobre o que ocorrera e mostrar os momentos mais relevantes. Isso é importante pois dá aquela sensação de história contada por completo e sem enrolação.
º Sobre os personagens, acho importante que mostre quem eles são além de simples funcionários e peças num tabuleiro. Alguns documentários só mostram das pessoas os seus méritos e habilidades, como o único objetivo de dizer em que ela influenciou na história. Porém uma pessoa é bem mais que isso e gosto quando é dada essa profundidade, mostrando personalidade, química entre os personagens e seus sentimentos.
Esse livro é mais uma prova de que aproximar o leitor dos perosnagens é uma das grandes partes de uma história bem contada.
º Amei a ideia de contar uma história tão importante quem marcou muitas pessoas, asism como adorei como ele explorou todo o mercado dos videogames e a evolução dele no período em que é contado. Um ótimo resultado para um primeiro livro.
E estou curioso para ler sua segunda obra (The History of The Future) que infelizmente só tem em inglês por enquanto.
º O final de um bom livro é sempre doloroso. Nesse caso me doeu como a história de Kalinske terminou (não, ele nao morreu kkk), mas, graças a p***a dos japoneses, não poderia ter sido diferente.
A história acabou em um bom ponto apesar de que eu gostaria de saber o que a Sega foi dali pra frente, principalmente com o lançamente do vindouro Nintendo 64, que estava entrando em uma nova batalha contra a Sony e o seu PlayStation.
Conclusão.
Um livro perfeito, com uma históra incrível, recomendado para nerds e não-nerds. Entra pra minha lista de favoritos e um dia leio de novo (porque é muita informação boa kkkk).
Com tudo que eu li (a questão das duas empresas, a liderança inteligente de Tom, os funcionários que fizeram a diferença...), uma das grandes lições que tiro desse livro é a importância do trabalho em equipe.
Mais vale ser humilde e saber pedir ajuda do que ser orgulhoso e fazer merda sozinho (filozofey (trava na beleza uma última vez)).
P.S. Não odeio japoneses, eles só fizeram muita cagada durante a história que custou a Sega e por um tempo arrebentou a Nintendo.
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