clayci 31/08/2017ReencontrosHeidi está sofrendo com a morte do seu marido, ela quer (e tenta) seguir em frente, mas sempre acaba se lembrando de Henry; e apesar da tragédia não ser recente, ainda dói e o seu coração está destruído. As lembranças vão e vem e isso a está consumindo, ela sabe que precisa seguir em frente e ajudar o seu filho Abbot a lidar com essa perda também, entretanto ela se apega nas memórias e mantém Henry vivo dentro dela.
Uma vez que ela se conscientiza de que precisa seguir em frente, isso a fará estar presente no casamento da sua irmã Elysius. Mesmo Heidi não se sentindo confortável durante a cerimônia, conseguiu ajudar nos últimos preparativos, só que durante a festa ela recebe uma notícia triste de sua mãe; houve um incêndio na casa em que ela passou boa parte de sua infância, em Provence. Mesmo não sendo algo grave, pois foi apenas a cozinha que ficou danificada, Heidi se lembra das histórias que costumava ouvir quando criança sobre esta casa e sente um aperto no coração.
Acontece que Heidi não fazia ideia de que esse acidente se tornaria uma oportunidade para mudar a sua vida depois da morte do seu marido. E ainda que fizesse de tudo para não ir de volta à Provence, inventando várias desculpas e até mesmo usando o seu filho como pretexto, acaba cedendo e foi até lá para ver o estado da residência. Esta casa tem a fama de consertar corações quebrados e mesmo não acreditando nas histórias que sua mãe contava, ela acaba se surpreendendo com alguns acontecimentos.
PROVENCE: O LUGAR ONDE SE CURAM CORAÇÕES PARTIDOS – BRIDGET ASHER
O amor não tem a ver com compromisso. A vida é difícil. A vida requer compromisso. Mas quando duas pessoas se apaixonam, elas criam um santuário.
PROVENCE: O LUGAR ONDE SE CURAM CORAÇÕES PARTIDOS
Demorei um pouco para concluir a história, é verdade; o livro em si está dividido em duas partes e a primeira me desgastou um pouco. Senti o sofrimento da personagem e o quanto Henry foi importante em sua vida, porém acho que ficou repetitivo e cansativo as suas lamentações; chega uma hora que satura.
Abbot é um menino muito inteligente e depois da morte do pai acabou se tornando um germofóbico; e em Provence ele acabou deixando essa fobia de lado; achei isso incrível. Aliás, a descrição e os detalhes descritos do ambiente me deixaram com vontade de conhecer a cidade.
Também preciso citar que há personagens secundários importantes na história. Charlotte é uma adolescente que não consegue se relacionar com seu pai e sua madrasta (irmã de Heidi) e por isso acaba acompanhando Heidi nessa viagem. A garota terminou um namoro recentemente e também está sofrendo com a perda. No início da história achei que fosse mais uma adolescente mimada, mas aos poucos fui notando que na verdade seus pais é que não a compreendem; e Heidi acaba se tornando muito importante em sua vida, enquanto Charllote acaba sendo a voz da consciência de Heidi.
PROVENCE: O LUGAR ONDE SE CURAM CORAÇÕES PARTIDOS – BRIDGET ASHER
E é claro que não posso deixar de citar também o romance, não é mesmo? Afinal a proposta é curar os corações partidos. Como a história é narrada em primeira pessoa, então ficamos por dentro de todos os pensamentos e angústias da Heidi. É claro que ela está sofrendo com a perda de Henry e se lembra dele em todos os lugares que vai, mas Provence despertou algo inexplicável dentro dela. Claro que o destino se encarregou de colocar uma pessoa que fez parte da sua infância novamente em sua vida.
Só achei que faltou um pouco mais de paixão entre eles e que o final poderia ter sido melhor explorado, em vez daquela primeira parte em que a personagem se lamentava excessivamente. Entendo a importância, porém acredito que poderia ter sido mais equilibrado e colocar mais detalhes no desfecho. Todavia não me arrependo de ter lido! Provence mostra que todos nós merecemos uma segunda chance e que é possível ser feliz mesmo depois de tanto sofrimento.
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