Gabriel, a Ladeira, o Pimenta

Gabriel, a Ladeira, o Pimenta Léo Otaciano




Resenhas - Gabriel, a Ladeira, o Pimenta


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Gabriel 28/08/2015

Gabriel, a Ladeira, o pimenta
Olá, tudo bem com vocês?

Hoje eu irei falar de mais um livro que recebemos da parceria com o autor Leonardo Otaciano. A obra é chamada Gabriel, a Ladeira, o Pimenta. Acompanhem abaixo a sinopse.

Sinopse: Você está convidado a viajar na realidade de Gabriel Pimenta, um menino traquina de onze anos cheio de histórias e um jeito único e especial de ver a vida no morro. Suas intermináveis ”sapequices” com os vizinhos da movimentada ladeira passam a ser os motivos de indignação durante o verão de 2011 mas ao sofrer um grave acidente, Gabriel transmite aos outros, de forma imparcial, o verdadeiro significado de superação e igualdade. Seu jeito meigo e espontâneo de contar as suas histórias cativa o leitor nessa literatura infantojuvenil. ”Ser moleque não é só andar descalço, ser moleque é ter boas histórias pra contar.”

O livro retrata a vida de um garoto super levado, que por muitas vezes é chamado de capetinha, pois de fato ele faz jus ao apelido. É uma narrativa simples contada pelo ponto de vista de um garoto por volta dos seus 10 anos, o mesmo encontra o Leonardo Otaciano (autor da obra) e começa a relatar as suas traquinagens, por hora parece que o garoto fala tanto que você chega a pensar que o garoto não para nem para respirar. Contudo, é muito fascinante ler o livro.

Em poucas páginas de traquinagem o Gabriel já consegue fazer com que o leitor fique completamente preso naquele morro da Vila Isabel. A narrativa é bem simples, sendo assim, qualquer pessoa pode ler sem ter que precisar usar um dicionário do lado, como ocorre em alguns livros. O que mais chama a atenção é a forma que é narrada, a simplicidade e a inocência do garoto a relatar alguns fatos, por exemplo, é inegável o uso de drogas em qualquer lugar, mas ele chega a dizer que OS CARAS ESTÃO CHEIRANDO FOLHA DE BOLDO. Tem como não se envolver com a história?

A narrativa chega a ser bastante comovente, pois além de ser a narrativa das travessuaras do garotinho, relata a realidade dos moradores, e traz a tona a questão das UPP’s (Unidade de Policia Pacificadora) vista pelo ponto de vista do garoto, não pelos olhos da mídia. Outra coisa que nos faz refletir no livro é a questão de quais caminhos seguimos e as consequências que elas podem trazer. Ou seja, o livro é muito rico de lições de vida. E o que mais chama a atenção do começo ao fim do livro é o valor da amizade.

site: https://geekiebooks.wordpress.com/2015/07/08/gabriel-a-ladeira-o-pimenta/
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16/02/2016

Gabriel, A ladeira, o Pimenta
O que dizer de um livro que muito ensina? O livro me fez relembrar a época em que eu lia os livros da série vagalume. Quem é o Pimenta? Um menino das ruas de Vila Isabel, um menino como muitos por aí, com a diferença de que o nosso menino se ousou mais ao nos contar a sua história, pois possuía habilidades que muitos não sabiam existir,  talvez ocultado por suas peraltice, escondido sempre no uso de sua frase : A culpa não foi minha! O livro despertou em mim vários sentimentos, que em dados momentos um sai e  dar lugar a outros. E me coloco a observar uma realidade pelo olhar de um garoto de 9 anos de idade, garoto ágil , alegre, falava o que lhe dava na telha e de vida simples, porém vivia de forma  encantadora e desafiadora, criando confusão por demais , coisas que  fazia muito bem.
O livro nos é narrado aos olhos do Gabriel, em que sua vida se passa no morro, morro este que por sua vez está  passando pela transição de pacificação do Rio de Janeiro, que é um programa de Estado de Segurança que visa recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e milicianos,  através das unidades de polícia Pacificadora (UPPS).
Não pedir um texto mais informativo ou mais detalhado sobre o assunto, pois não foi necessário, até por que considerando a idade que este tem, e sendo uma criança a narrar, este  narrou e nos apresentou tudo certinho, nos colocando a par das coisas e dos acontecimentos.
A vida do Gabriel, não é nada fácil, tive vontade de dar uns puxões de orelha em seus colegas, rs, pelo que faziam ao nosso Pimenta . O Gabriel é um bom menino, o que lhe faltava era certo freio com a língua, que sem perceber tudo virava uma confusão. Eu sempre a lhe dizer ,,, calma Pimenta, para criarmos inimigos,  basta falarmos a verdade.
O garoto mora apenas com a sua mãe em uma casa humilde, uma mãe batalhadora, sofrida, mostrando que não teve e não tinha uma vida fácil. Apesar das dificuldades educava o filho da melhor forma possível, e possuía belíssimos bordões,  e que o filho a utilizava com frequência mesmo não sabendo realmente o verdadeiro significado, mas tudo se encaixava, o uso das figuras de linguagem se fez presente de forma interessante a exemplo de: taquaras rachadas, O cúmulo do capenga. Eita lapada sem mão e tantas outras. Gostei por demais da linguagem utilizada, pois esta é meio de socialização entre os seres.
 Confesso que o pequeno me fez chorar com a chegada de um tio, pois desencadeia sentimentos, alguns guardados e outros novos, que de certa forma a partir desse reencontro o livro cresce, o nosso menino, de certa forma toma uma nova forma, isso é  crescimento. 
E veio às perdas, lidar com elas não é nada é fácil, no entanto, fez de nosso menino um homem menino. Chorei com ele, pelo que a vida o impôs para ele.  Por quê? Porque a vida tem disso, as estórias se encontram e nós que somos os meros leitores nos vemos na estória, nos contagiamos, e de certa forma nos colocamos no lugar do outro  e consequentemente nos emocionamos.
 E os demais personagens? Sim, tem outros personagens, tem os amigos e os não amigos do Pimenta, tem a velhinha que tudo via sentada em sua cadeira, tem a menina , a Cristal, por quem o coração do nosso  menino  batia mais que o normal...rs. Tem tanta gente legal lá no morro. O cansaço do sobe e desce a ladeira, e, as brigas e intrigas com os colegas e moradores.  Cada um com suas vidas e experiências, e no decorrer da narração percebemos que favela é como qualquer outro lugar e que “Também é lugar de Gente”.
 Senti um aperto no coração ao me despedir do Gabriel o nosso Pimenta,  e o imaginei moço crescido,  tem personagem que é assim, fechamos o livro, mas os personagens, estes ,levamos em nossos corações.    


site: https://www.facebook.com/leootc?fref=ts​
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Luciano Otaciano 17/11/2019

Livro excelente!
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Narrado em primeira pessoa pelo protagonista Gabriel, um menino sapeca, conhecido no livro como o "pimenta". Nessa obra infanto juvenil é bacana notar o quão grandiosa obra é, e como nos faz voltar no longínquo tempo da infância, onde as travessuras eram constantes em nossa vida, pelo menos em mim, surgiu essa nostalgia gostosa de se sentir, muito embora, às vezes esquecemos como é bom ter sido criança. A narrativa é levíssima e divertidíssima ao ponto de causar esse torpor nostálgico em todo aquele(a) que lê o livro. Por ser um livro de poucas páginas, devora-se rapidamente as aventuras e traquinagens do menino de Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro. O morro é um lugar à parte, onde moradores e as moradas daqueles que ali tenham que viver por inúmeras razões, sejam financeiras ou não são muitas vezes vítimas do preconceito da sociedade como um todo, infelizmente. Mas mesmo ali, na favela, lugar de gente humilde, trabalhadora e também de gente que faz e acontece existe muitas peculiaridades, onde somente quem é dali as vivem como se fosse uma única vivência exclusiva daquela gente, sofrida, mas também gente feliz, que carrega no rosto as marcas do tempo e o sofrimento de inúmeros desafortúnios de uma vida inteira. A obra além de entreter, traz também algumas reflexões importantes ao longo da narrativa, o que dá ao livro uma certa carga dramática, embora seja classificado como um infanto juvenil temos assuntos de gente adulta presente nesse livro muito bem elaborado. O fato é que quando terminei de ler o livro, fiquei com muita saudade das inúmeras sapequices do Gabriel travesso do morro de Vila Isabel, seu aprendizado foi marcante e no final ele aprende que a vida não é só brincadeira, mesmo quando se é criança. Indico o livro para quem curte uma leitura leve e divertida, sem muita carga dramática acentuada, mas que não deixa de ter seus ensimamentos. Neste livro a escrita do autor é simples, não há o uso de palavras pouco utilizadas em nosso cotidiano, as palavras empregadas aqui são corriqueiras, de um menino que as usa de maneira precisa e casual. Esse detalhe deixou a obra bastante interessante.

Quote favorito.

Grudar chiclete no cabelo liso da menina da cadeira da frente e cortar uma me cha do cabelo duro da garota escandalosa foram as melhores traquinagens dos últimos dias de aula.

Com apresentação desse quote finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
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