Coin Locker Babies

Coin Locker Babies Ryu Murakami




Resenhas - Coin Locker Babies


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leonel 29/06/2020

Meio enroladinho e aleatório, os curtos dele são melhores.
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joao.pacheco.79 31/08/2015

Humanidade no Caos
"Coin Locker Babies" é uma trip absoluta e definitiva. Escrito por Ryu Murakami (não confundir com o sobejamente mais conhecido e mui ilustre Haruki Murakami) e publicado em 1980, esta obra do escritor japonês apresenta-se à priori como uma história (coming-of-age) de Kiku e Hashi, dois jovens orfãos que , enquanto bébés, foram encontrado dentro de cacifos de estações de comboio e o percurso destes durante a sua juventude, primeiro num orfanato, depois numa família adoptiva e finalmente a ida de ambos para Tokyo.

Involta no gôdo de história de (coming of age) Murakami conta ao longo das 511 páginas deste tomo aquela que é a história literária mais louca e delirante que li até agora. O percurso dos dois "irmãos", reunidos qual golpe de destino trágico e aleatório, é repleto de situações e momentos de antologia, cada uma delas mais insana e louca, mas incrivelmente verosímil do ponto de vista temático e dentro do universo de hiper-realidade alterada que se inclui, um cast de personagens todo ele memorável e um tom narrativo constantemente maleável e moldável mas gerido com uma absoluta mão de mestre por parte do escritor japonês, mantendo o leitor completamente colado ao livro de forma intensa e constante.

Para além da proeza do conto (que eu não irei spoilar em nada) apresentado neste livro, tenho de, mais uma vez, aplaudir o génio de Ryu Murakami e sua escrita, aquilo que é, invariavelmente, o ponto fulcral e o factor que define a qualidade de um livro.
Mesmo apresentando uma narrativa linear e com uma estrutura estilística segura e relativamente clássica (repare-se por exemplo que sempre que uma personagem é introduzida, o autor suspende por momentos o ritmo cavalgante da sua narrativa, para dissecar e definir a personagem, geralmente explorando o historial desta), o génio da sua escrita reside no, já referido, balanço, qual equilibrista, do tom da sua história. É inacreditável e magnífico quando numa página estamos a sentir raiva com um acontecimento injusto e inesperado, e na seguinte estamos extasiados e maravilhados com um outro acontecimento que ajuda a personagem uma das personagens principais a progredir no seu percurso, sendo que no capítulo seguinte já podemos estar periclitantes e horrorizado com a situação em que esta personagem, ou outra qualquer, se encontra, e mesmo assim tudo se encaixa que nem mais uma peça perfeita num puzzle complexo e arrebatador.
Tudo isto é apimentado por uma escrita simultaneamente sensível, poética e visceral, capitulando uma história horrível, grotesca, poética, bela, engraçada, assustadora, dramática, delirante, inspiradora e finalmente envolvente e viciante.

Uma autêntica obra-prima, o livro mais alucinante e único que li (juntamente com "Neuromancer" de William Gibson), um livro absolutamente obrigatório para leitores aventureiros e que adoram se envolver no universo do livro.

Mesmo sendo difícil encontrar uma cópia desta jóia (infelizmente o livro foi editado em poucos países, tornando a sua aquisição um pouco difícil. Para dar um exemplo, o livro foi lançado no Japão em 1980 e a primeira edição norte-americana data de 1995!) se puderem e conseguirem pôr as mãos numa cópia deste livro, não hesitem. Prometo que não se arrependerão. OBRIGATÓRIO!
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