Sinto-me só

Sinto-me só Karl Taro Greenfeld




Resenhas - Sinto-me só


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Renee 22/12/2009

Autismo
Esse livro me chamou atenção por causa do meu trabalho. O início é fantástico para aqueles que tem contato com estas crianças pois dá uma no,ão de evolu,ão do que já foi tentado de tratamento, as tentativas de uma família e o principal como é para família o dia-a-dia. Trata-se de um caso severo, mas tenho certeza que muitos médicos e terapeutas não tem a noção de como é . Este livro esclarece, desmistifica....

Agora que terminei é um livro que te leva a sentimentos extremos e opostos. ADORO ISSO!!!! Vc torce pela família e reza para que o milagre aconteça mesmo diante uma realidade inplacável. Tem que estar com emocional a prova de fogo para terminar esse livro!

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C. 19/01/2010

Da solidão
Em ritmo de férias, ontem terminei de ler “Sinto-me só”, de Karl Taro Greenfeld, jornalista nipo-norteamericano aparentemente inexpressivo sobre o qual nunca tive notícias.

Greenfeld apresenta aqui um relato autobiográfico da vida familiar, desde os anos 60 até hoje, em torno de seu irmão mais novo, Noah, um autista de nível severo, ou baixa funcionalidade, conforme descreve o jornalista.

Embora obviamente não tenhamos em mãos um primor literário, tenho três razões para indicar a boa leitura de “Sinto-me só”:

Em primeiro lugar, o irmão mais velho de Noah procurou permear toda sua história por informações interessantes e curiosidades sobre pesquisas e métodos relacionados ao autismo em áreas diversas, como a psicologia e a genética. Foi descoberta para mim, por exemplo, a história de que Bruno Bettelheim, exilado nos Estados Unidos da América do Norte ao fim da Segunda Guerra Mundial, inventara um currículo primoroso - e falso - sobre o qual os estadunidenses babaram durante décadas, ou que a teoria de Skinner, relacionada ao condicionamento operante – ou adestramento -, estivesse ainda em voga no que tange a educação de autistas. Ao final do livro, estão incluídas entre a bibliografia as fontes destas informações, às quais deverei recorrer tão logo diminua a pilha de livros na minha cabeceira.

Não bastassem as informações teóricas, em seu livro, Greenfeld procurou relatar a realidade prática da vida cotidiana de autistas como seu irmão e demais deficientes em instituições públicas de atendimento – ou aquilo que chamaríamos, na melhor das hipóteses, assim – a estas pessoas. Há senhores ali abandonados à própria sorte. Gente violentada, surrada, sem família, sem mecanismo algum de linguagem pelo qual seja capaz de se comunicar. É um soco no estômago de quem, feito eu, leva uma vidinha perfeita e se sente à vontade para criticar os pais cansados de Noah, que não encontraram outra alternativa senão a de internar seu filho num lugar de pesadelo sem fim. Razão suficiente para afirmar que “Sinto-me só” não é nada mau.

Ao fim – e, se há alguma beleza literária na obra de Greenfeld, ela deve residir justamente neste ponto -, há a catarse, último motivo pelo qual indico a leitura.

Por meio dum dispositivo literário barato, o narrador nos leva a padecer de sua própria angústia. De repente, somos convidados a compartilhar e fazer projeções otimistas sobre o futuro obscuro de alguém com profundo comprometimento mental.

Sinta-se só.
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leetscardoso 21/07/2011

Sinto-me só
Lembro da primeira vez que peguei esse livro na estante de uma livraria do Shopping. Lá estava ele escondidinho e eu lendo a sinopse para ver se me atraía. Saí do local sem comprar pela falta de dinheiro. Dois anos mais tarde, eu voltei para aquela mesma e o encontrei novamente. Resolvi levar.
O livro é um relato do jornalista Karl Taro Greenfeld sobre as fases de sua vida ao lado do irmão Noah, portador do autismo. Embora eu tenha um irmão autista eu nunca havia lido antes um livro sobre o autismo e fugia um pouco graças a alguns filmes que assisti na infância que mostravam a pessoa autista como bobalhona e com uma família que não liga para ela.
Sinto-me só é um livro sincero que abordou todas as questões internas dos pais, irmãos, primos, tios e qualquer pessoa que tenha contato ou que viva com um autista. No decorrer da história, o autor aponta a angústia dos pais ao perceber que Noah era uma criança diferente "Por que ele ainda não anda? Por que não disse a primeira palavra ainda?". Mostra a busca dos pais pelo diagnóstico e nos surpreende relatando os diferentes tratamentos que diversos médicos e especialistas tentaram dar à Noah e outras crianças autistas.
De página em página, você vai ficar de olhos mais abertos para perceber a fragilidade e a solidão da pessoa que tem o autismo, como também de quem vive ao lado dele. Não tem nada de bobalhão, as famílias sempre buscam uma cura, embora ela ainda não exista.
Depois de ler o livro você percebe o quanto as famílias lutam pelos direitos do portador da doença, o quanto há a esperança e o quanto é errado achar que isso está longe de nós. Nunca está. "Sinto-me só" é um livro cheio de sinceridades.
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Davi.Paiva 31/10/2021

Excelente!
Conheci este livro entre 2009 e 2010. Na época, eu trabalhava em um call center na Barra Funda (zona oeste de São Paulo) e passava por uma livraria na volta para casa onde eu namorava um exemplar e sempre ponderava entre realizar a compra ou não. Infelizmente, o valor era alto demais para mim.

O tempo passou e eu vivi bem estes 11 anos: entrei na faculdade no ano seguinte e concluí o curso em 2013, fui professor por um ano em um curso pré-vestibular no ano seguinte, voltei para o call center e saí em 2016, trabalhei em um escritório até 2020 e hoje estou ainda em mais um call center, mas com características de um escritório (e ainda ganho pouco). E durante todo esse período eu comecei uma carreira literária, um namoro (este, ao contrário da vida na escrita, terminou de forma trágica) e li muitos livros. Muitos mesmo.

Seja como for, entre tudo isso, eu não consegui esquecer "Sinto-me Só". Eu queria ler a obra e ver se ela valia a pena. Ainda mais aproveitando o meu amadurecimento e gosto por leituras de biografias, autobiografias e diários.

Então resolvi adquirir um exemplar usado. Fui procurar no site Estante Virtual e dei sorte de encontrar um livro em um bom estado de conservação em uma loja sebo no centro de São Paulo. Mal fiz a aquisição e comecei a leitura nos trens (e por conta de um problema na empresa na qual trabalho, acabei ampliando o meu tempo em transportes públicos e puder ler bastante).

Resultado: expectativas superadas!

A vida do autor, Karl Taro Greenfeld, já é bem interessante por si só: nascido nos EUA e filho de um judeu e de uma japonesa, ele fala de sua infância doce e adolescência onde conheceu a maconha e depois outras drogas pesadas, passando a ficar cada vez pior nos estudos e mesmo adulto e em uma faculdade, precisou se internar em uma clínica de reabilitação para se curar e ter uma vida normal ao lado da esposa e duas filhas.

Mas há um detalhe entre tudo isso que contei: Karl tem um irmão mais novo, Noah, diagnosticado com autismo. E toda essa jornada que contei anteriormente envolve os cuidados que a família teve e como tentaram curar o caçula. Ou seja, como os pais tão diferentes lidavam com Noah, como a infância de Karl tinha a presença de Noah, como seu vício em drogas e mau desempenho nos estudos também tinham a ver com Noah e como mesmo adulto e com duas filhas ele ainda tem a presença do irmão em sua vida.

A obra é complexa, sensível e tocante. Com o pai escrevendo diários e a mãe produzindo um romance autobiográfico, Karl tem acesso a diferentes visões de cada um sobre como era lidar com Noah. E a sua sensibilidade para retratar a sua visão quando criança e adolescente é inigualável.

O meu exemplar possui um carimbo de uma médica. Acredito que ela deve ter lido como indicação da faculdade, pois "Sinto-me Só" também é bem embasado para dizer como eram os tratamentos para autistas nos anos 60 e 70, bem como a forma como eles evoluíram hoje (e infelizmente, as pesquisas não são direcionadas para o público já adulto). Tudo com uma linguagem acessível.

Portanto seja você um leitor de biografias, uma pessoa que gosta de ler obras sobre a relação familiar ou que queira ampliar os seus horizontes a respeito do que é o autismo, "Sinto-me Só" é uma obra que você pode ler e guardar o aprendizado no coração.

Recomendo!
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leticias 12/03/2021

Leitura cansativa
Livro bem escrito porem muito repetitivo. A leitura se torna muito cansativa. De maneira geral a história é muito bonita
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May 26/01/2022

E se...
A angústia de acompanhar a rotina da família virar de ponta cabeça para dar conta daquilo ainda desconhecido e tão temido... angústia pela negligência de profissionais e instituições. Ignorância vendida como conhecimento. Desumanização, dando lugar a união familiar... emocionante, triste, e potente relato.
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Glademir.Camargo 27/02/2024

Livro biográfico, sobre a vida em família, onde o filho mais novo, Noah é portador de autismo. Um relato intenso sobre dedicação, amor, resiliência?super indicaria este livro.
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Daycir 24/10/2012

Belíssimo...
Lindo esse livro de Karl Taro.....amei a maneira como ele conseguiu destrinchar sua auto estima, se atirar de cabeça numa travessia dolorosa e confessar todos os seus pecados. Filho mais velho e saudável, ele tem como irmão um autista, numa época em que nada se sabia sobre o assunto...todas as dores que uma família travessa são narradas de maneira crua e simples e os bons momentos são festejados como dádivas.
Observa-se o autor passar de criança à adolescente e finalmente entrar na vida adulta....tudo isso de forma dolorosa e intensa.
Adorei a narrativa e me surpreendi de maneira agradável!
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Carla Martins 06/01/2014

Denso
Mais resenhas em: http://leituramaisqueobrigatoria.blogspot.com.br/

Tenho esse livro há anos e sempre deixava a leitura "para depois". Acho que eu já imaginava que seria bem tenso ler um livro que conta a devastação de uma família (e também sua salvação, dependendo da ótica) depois do nascimento de um filho diagnosticado com autismo severo. O livro é uma biografia escrita por seu irmão mais velho Karl, que viu sua vida mudar completamente quando notou que seu irmão era o centro das atenções de uma maneira diferente, causando conversas preocupadas entre seus pais, choros intermináveis de sua mãe e mudanças bruscas na rotina da família. Para sempre.

Com um texto sem rodeios e bem objetivo, Karl conta como é ser o irmão/filho/aluno "normal" e toda a complexidade que é a vida de alguém que, nos anos 70, recebeu o diagnóstico de algo que não se tinha sequer muita informação, quanto mais tratamentos adequados.

Tenho esse livros desde antes de engravidar, mas só li agora, quando Arthur já tem mais de 2 anos. Talvez eu não fosse ficar tão tocada e sentir tanta compaixão por Karl e seus pais se eu tivesse lido antes da maternidade, mas acho que, para quem é mãe/pai, esse livro toca profundamente desde a primeira página. Eu sentia tristeza, compaixão, arrepios, frio na barriga e até revolta durante a leitura. É tensa, é triste, é uma história nua e crua.

O autor intercala metáforas, fatos narrados como observador e trechos do diário de seu pai. A leitura às vezes torna-se truncada, talvez se ele narrasse como uma biografia os fatos ficassem mais interessantes e dinâmicos para serem lidos. Porém, depois de um certo momento, o livro fica bem dinâmico e a leitura flui facilmente.

E, mesmo sendo uma biografia, prepare-se para uma grande surpresa durante a leitura. Eu fiquei PAS-SA-DA quando notei a reviravolta na história. Esse, com certeza, é o ponto alto do livro. Sensacional a originalidade do autor nessa parte do livro porque, além de ser bem diferente das biografias que já li, a gente não faz sequer a mais remota ideia de que isso vai acontecer. Eu super recomendo, mas prepare a caixinha de lenços e a dose de auto controle, porque naquela época, não preciso nem dizer o tipo de tratamento que estava disponível para autistas e o que seus pais tinham que passar ao ver seus filhos sofrendo violência atrás de violência. =(

Sobre o Autor

Karl Taro Greenfeld é autor de seis livros e eles já foram traduzidos para 12 línguas. Nasceu em Kobe, Japão, viveu em Paris, Toquio, Hong Kong e Los Angeles. Mora com sua esposa, Silka, e suas duas filhas, Esmee e Lola.
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patriciaik 08/02/2010

História real da vida de um jornalista que tem um irmão autista. é comovente, mas as vezes peca pela repetição!
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Vanessa Costa 04/11/2012

Sinto-me só é um tocante livro de memórias. Em suas páginas, a história de um menino, hoje o reconhecido jornalista Karl Taro Greenfeld, ao lado de seu irmão autista é delicadamente exposta pela primeira vez. Greenfeld fala, com honestidade, sobre como foi crescer à sombra de seu irmão autista, revelando a complexa mistura de raiva, confusão e amor que definiu sua infância. A relação entre os dois é uma verdadeira lição sobre o que significa ser uma família, um irmão, uma pessoa. A franqueza de Sinto-me só é arrebatadora e não deixará ninguém indiferente. Um exemplo de humanidade.
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Gabriela 23/01/2013

Não conseguia entender os reais sentimentos do autor. É uma história verídica, mas parecia de alguém que estava vendo de fora.
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Teffi 03/05/2013

Karl: uma tensão incrível.
http://larescrituraria.blogspot.com.br/2013/05/resenha-sinto-me-so.html
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