Beiradão - Laranjal do Jari

Beiradão - Laranjal do Jari Jerfferson Costa Pinto




Resenhas - Beiradão - Laranjal do Jari


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><'',º> 09/12/2015

Trecho do prefácio escrito por JACYGUARA COSTA PINTO:

"Este trabalho foi elaborado e desenvolvido, considerando a priori, ampliar e organizar fatos e acontecimentos espalhados e quase perdidos no decorrer dos tempos, as informações sobre a rica História local, para que sirva de instrumento de pesquisa, fonte de informação nas escolas, bibliotecas, faculdades, contribuindo de forma positiva para a construção de conhecimento em relação aos aspectos gerais sobre o Município localizado no Sul do Amapá."
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z..... 07/09/2015

A obra, apesar de não ter aprofundamento nos temas, permite uma visualização interessante de Laranjal do Jari. A abordagem é sucinta em pontos históricos, ambientais, culturais e políticos.

Na história, o autor resgata as fases do coronel Zé Júlio, portugueses e Ludwig. Três ciclos importantes e distintos.
Há destaque para a revolta de Cesário (esclarecedora em sua representatividade para qualquer que nunca tenha ouvido falar) e também para a excursão dos alemães na década de trinta (que permitiu a coleta de muitas informações e estimulou teorias conspiratórias, além de revelar a proximidade e ilusão que os governantes brasileiros tinham com os nazistas).
Na parte sobre pioneiros se destacaram em minhas percepções os senhores Benedito Augusto da Gama e Nelson das Graças Fogaça. O primeiro pela historicidade sobre a fundação do antigo Beiradão (até então conhecia o pioneiro Salú como primeiro morador, mas o autor apresenta o senhor Gama como o fundador, responsável também pela escolha do nome do atual município). O outro mencionado é um dos primeiros comunicadores na região (gostei do relato por resgatar aspectos importantes que o autor estava deixando ausentes, como a prostituição, violência e precariedade na infraestrutura, que atribuiram ao Beiradão o título de maior favela fluvial do mundo na mídia nacional - aspectos tristes, que o povo de Laranjal nem gosta de lembrar, mas que estão na história da localidade).
Há outros relatos interessantes por permitirem uma visualização do cotidiano. Os textos foram nostálgicos porque morei em Monte Dourado nos anos oitenta. Lembro da "Burra Preta", catraias e de outras descrições...
Não sabia que a Assembleia de Deus foi a primeira igreja evangélica na localidade, e se instalando no local de maior má fama, a famigerada Malvinas (e fez-se luz...).

Penso que o autor deveria ter abordado a construção da BR 156 (que tirou a região do isolamento dando nova opção em relação ao transito fluvial intenso, marcado por um dos maiores desastres fluviais na Amazônia) e a construção da hidrelétrica de Santo Antonio (que é estimada como um fator essencial para o desenvolvimento da região e cuja ausência foi determinante no fracasso do Projeto Jari na fase Ludwig).

Culturalmente a abordagem fala de algumas lendas e tradições. É a parte mais resumida do livro.

No aspecto ambiental ressalta-se que a região tem grande parte de suas terras sob proteção, ostentando o título de município mais preservado do país. A região tem beleza cênica e muito potencial ambiental. Se houvessem mais ilustrações disso e do antigo Beiradão, valorizaria mais o livro.

Obra interessante para pesquisas e vislumbre da região em seus aspectos mais marcantes. Bom acervo para as bibliotecas amapaenses.
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