Cântico

Cântico Ayn Rand




Resenhas - Cântico


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João 27/06/2021

A busca pelo "eu"
Um livro interessante que expressa bem o contexto de ascensão de ditaduras coletivistas em que foi escrito.

O livro conta a história de um rapaz que vive em uma sociedade em que houve algum tipo de revolução coletivista. Nessa sociedade não existe nada que não seja para o bem estar geral, todo o pensamento deve visar exclusivamente a sociedade, de tal modo que toda a comunicação é feita na primeira e terceira pessoa do plural.

Essa história, além de uma crítica ao coletivismo, é uma forma da autora se expressar sua visão de mundo individualista. Apesar de não concordar totalmente com a visão dela, achei a história bem original, simples e interessante. Cumpre bem seu papel como pano de fundo para a filosofia de Rand, mas também entretém e deixa a curiosidade para saber o que acontece depois.

É um livro interessante para todos, por ser curto e de leitura fácil.

Só gostaria de pontuar que parte do motivo de ter tirado uma estrela é referente a edição, pois tem o mesmo erro gramatical se repetindo e falta de vírgula em um momento que gera problema com interpretação.
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André Lucena 05/04/2021

A descoberta do "eu".
"Eu existo. Eu penso. Eu quero."

Não é sobre egoísmo, é sobre liberdade... Libertação!

Em um mundo distópico no qual a palavra "nós" é estritamente proibida, o momento derradeiro e mais emocionante é justamente quando um homem faz a descoberta da palavra "eu".

Toda trama até este homem sem nome descobrir que seu povo é escravo de um regime totalitário é muito intensa e cativante.
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Reccanello 30/03/2021

EU EXISTO. EU PENSO. EU QUERO.
"O que é minha vida se sou feito para me curvar, concordar e obedecer?" É com esse questionamento que Ayn Rand termina o penúltimo e, em minha opinião, principal capítulo de seu livro. É nesse capítulo que, enfim, ela apresenta o "cântico" que também é seu título, a oração, a exortação que o personagem principal faz e na qual não apenas resume toda a obra como, principalmente, nos apela: que cada homem viva a própria vida livre, racional e orgulhosamente, sem depender dos outros e sem permitir que os outros dele dependam - "minha felicidade não é meio para nenhum fim; ela é o fim; é seu próprio objetivo; é seu próprio propósito".
===
Poucas vezes, ao ler um capítulo, senti tamanho "atordoamento"; poucas vezes um texto me fez pensar tanto sobre minha própria vida e sobre o mundo que me cerca; poucas vezes tive, como fiz, que segurar o choro e a emoção ao ter a realidade assim me jogada ao rosto, de forma tão pungente, afiada, cruel e, ao mesmo tempo (por paradoxal que seja), terna e próxima. Conquanto escrita na década de 1930, a obra se mantém atualíssima e, junto com as grandes distopias ("Nós", "Admirável Mundo Novo", "1984" e "Laranja Mecânica"), é uma advertência, um apelo, um rogo, uma exortação a que deixemos de lado o "nós", o coletivismo e suas mazelas (tão conhecidas de todos que não fecham os olhos aos terrores do totalitarismo, seja ele "de esquerda" ou "de direita"), e voltemos a nos preocupar com o "eu", com nossa individualidade, com nossa razão e nossos valores, pois só assim conseguiremos sobreviver e prosperar.
===
Leiam, por favor, antes que seja tarde demais!

site: https://www.instagram.com/p/CY7OQzIFV30/
Aryana 15/03/2022minha estante
Show ??????




denis.caldas 26/10/2020

Caminhamos para isso?
Essa segunda edição brasileira é interessante por incluir, para o deleite dos leitores, uma análise da obra e do Objetivismo pelo próprio tradutor, o filósofo uspiano André Assi Barreto, o Bruxo Petersoniano do Twitter. Mérito da Vide Editorial, que sempre busca enriquecer suas edições com resenhas e comentários sobre a obra e, se possível, o seu contexto.

Mas que cântico é esse? É uma distopia de um possível futuro, onde a pessoa não é considerada um indivíduo, mas parte de um organismo onde serve ao bem comum. Me parece que o diferencial de Cântico de outras distopias (embora eu tenha lido pouquíssimas, então me corrija), destacado pelo Bruxo na introdução, é que (1) a linguagem não utiliza pronomes pessoais nas 1ª e 3ª pessoa (eu, você, etc.), pois não se considera mais o indivíduo; e, (2) ao invés de ser uma sociedade tecnologicamente avançada, pelo contrário, tudo retrocedeu para antes da eletricidade, embora com ares de tecnocracia moderna e largas ruas soviéticas.

Outro dia eu li sobre o lance das modificações que podem ser feitas no português, para neutralizar os pronomes e não ofender os ofendidos, extirpar o machismo do nosso idioma e, no caso do novo idioma afro-descendente, acabar de vez com a influência colonizadora de Portugal sobre a pobre colônia Brasil e exterminar com o preconceito linguístico de quem fala "problema" com quem diz "pobrema". Para quem lia Cântico há quase 80 anos não imaginava que poderíamos caminhar de fato para isso, mas, como vem imposto de cima para baixo, talvez não pegue entre o afegão médio e fique recluso nos corredores do CNPq e da UFBA.

Bem, fugi da proposta do livro, me desculpem, mas ler Cântico faz a gente divagar entre as coincidências cada vez maiores entre as distopias escritas e a vida real.

Eu!
Aryana 26/10/2020minha estante
Ayn Rand é brilhante.




Reccanello 22/03/2023

EU EXISTO. EU PENSO. EU QUERO.

"O que é minha vida se sou feito para me curvar, concordar e obedecer?" É com esse questionamento que Ayn Rand termina o penúltimo e, em minha opinião, principal capítulo de seu livro. É nesse capítulo que, enfim, ela apresenta o "cântico" que também é seu título, a oração, a exortação que o personagem principal faz e na qual não apenas resume toda a obra como, principalmente, nos apela: que cada homem viva a própria vida livre, racional e orgulhosamente, sem depender dos outros e sem permitir que os outros dele dependam - "minha felicidade não é meio para nenhum fim; ela é o fim; é seu próprio objetivo; é seu próprio propósito".
===
Poucas vezes, ao ler um capítulo, senti tamanho "atordoamento"; poucas vezes um texto me fez pensar tanto sobre minha própria vida e sobre o mundo que me cerca; poucas vezes tive, como fiz, que segurar o choro e a emoção ao ter a realidade assim me jogada ao rosto, de forma tão pungente, afiada, cruel e, ao mesmo tempo (por paradoxal que seja), terna e próxima. Conquanto escrita na década de 1930, a obra se mantém atualíssima e, junto com as grandes distopias ("Nós", "Admirável Mundo Novo", "1984" e "Laranja Mecânica"), é uma advertência, um apelo, um rogo, uma exortação a que deixemos de lado o "nós", o coletivismo e suas mazelas (tão conhecidas de todos que não fecham os olhos aos terrores do totalitarismo, seja ele "de esquerda" ou "de direita"), e voltemos a nos preocupar com o "eu", com nossa individualidade, com nossa razão e nossos valores, pois só assim conseguiremos sobreviver e prosperar.
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Leiam, por favor, antes que seja tarde demais!
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Ana 16/03/2021

Polêmico
Não é um livro para pessoas bitoladas ou mto presas às suas convicções.
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Priscila Cysneiros 28/12/2020

Fantástico para entender os males do coletivismo
Imagine só um mundo onde o pensamento coletivista assumiu a sua plena concretude. Não existe mais o EU, mas sim o NÓS. A individualidade é perdida por completo e todos vivem em função da coletividade.

Você pensou no paraíso? Bem... A Ayn Rand vem mostrar que isso seria um verdadeiro INFERNO.

Nessa distopia, a autora mostra um futuro distante (talvez menos longínquo do que pensamos), onde as coisas funcionam exatamente assim. As pessoas não têm nomes próprios, apenas são chamadas por valores como "Igualdade", "Liberdade" e um número.

Quando esse novo formato de sociedade foi aplicado, a história foi apagada. Eles queriam esquecer-se dos tempos em que as pessoas eram "egoístas" e o "caos" reinava na Terra. Agora, tudo era perfeitamente organizado pelo Estado. Palavras como "eu", ou "você" são proibidas (e até desconhecidas). No lugar delas, sempre vemos "nós" ou "vocês".

Profissões? O Estado é quem sabe o que é melhor para o seu povo. Que função é mais necessária naquele momento para servir à coletividade? Servir deve ser sempre uma honra, então não importa que função seja imposta para você. Seja grato por poder servir aos seus irmãos!

Apaixonar-se por alguém? Nem pensar! Como ousa tratar alguém desigualmente? Não! Deixa que o Estado cuida da perpetuação da espécie pra você. Ele sabe o que é melhor para a coletividade!

Pois bem... É nesse contexto que vive o protagonista. Mesmo tendo o dom para ser um cientista, um inventor, foi-lhe dada a função de varredor de rua. A história vai se desenvolvendo, mostrando como ele se descobre como indivíduo, e como ele percebe o valor que tem a liberdade.

É um livro maravilhoso! Em pouquíssimas páginas, a autora consegue transmitir perfeitamente a sua mensagem, mostrando o quanto coletivismo é sinônimo de escravidão. Recomendadíssimo!
Aryana 28/12/2020minha estante
????????




Pedróviz 02/08/2023

Distopia
Este romance de Ayn Rand é uma distopia sobre o poder totalitarista que controla todos os aspectos da vida das pessoas, chegando a suprimir palavras do vocabulário para tornar o controle mais efetivo. Semelhanças com a realidade não são coincidências.
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Gonçalves 17/02/2022

Com uma história que começa numa sociedade baseada unicamente (e exageradamente) no coletivismo, Ayn Rand mostra a importância do eu. Livro muito bom, recomendo a leitura.
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Thaylan 01/12/2015

Louvado seja o "Eu"
André Assi Barreto, um colega de internet, faz uma excelente apresentação no livro. Não só do livro em específico, mas de toda filosofia Randiana que trata do egoísmo racional do ser humano, uma característica inerente da espécie e enuncia toda a filosofia objetivista da filósofa.

A distopia narrada em terceira pessoa do plural já diferencia a estória das outras famosas distopias de Orwell e Huxley. Ayn Rand, ao contrário destes, descreve uma distopia aonde a servidão/escravidão é aceita pela população à medida que ninguém quer assumir as responsabilidades de ter o controle das próprias escolhas e decisões.
É evidente que o mundo externo nos afeta e nos influência. Entretanto, há um limite de influência. No fim das contas as escolhas cabem a nós!

As pessoas da estória não se tratam por nomes próprios, tampouco dizem as palavras proibidas: "eu" e "meu". Pois elas denotariam uma prevalências do indivíduo que diz em oposição ao outro, à humanidade. Tudo em nome da igualdade!

Rand, como de praxe, crítica a mentalidade coletivista por "desindividualizar" o ser humano, uma vez que o faz pensar primeiro no próximo do que nele mesmo, o tornando uma simples peça de engrenagem para construir uma sociedade "melhor" através de uma eugênia qualquer. Assim como nos moldes nazistas ou comunistas.

A filósofa critica esse altruísmo em nome de valores naturais e superiores, a saber; a liberdade com a qual nasce todo indivíduo (que escolhe ser generoso ou não, em oposição a justiça social que o estado faz com dinheiro alheio); à vida ? pois o indivíduo é um fim em si mesmo e um sacrifício que faça em nome de um coletivo (abstrato) o transforma em meio e portanto minimiza sua vida. A filosofia objetivista da autora vem bem a calhar tanto para combater o relativismo pós-moderno que impera nas academias contemporânea quanto na justiça que se faz em agir assim.

Explico: se você ama a humanidade (ao estilo Rosseauniano), é muito provável que você é um canalha (assim como Rosseau). Pois ele (Rosseau) escreveu um manual de como educar crianças ao passo que ? ele ? abandonou todos (os 5) filhos.

O sentimento de amor, diz Rand, provém da admiração e do orgulho. Você só ama aquilo que merece ser amado. O amor é uma discriminação, você ama mais uns que outros, logo você impõe um valor nessa comparação para chegar nas suas conclusões e escolhas. Não há como eu amar alguém que tem valores tão diferentes dos meus, uma pessoa honesta não pode amar uma desonesta pois assim sendo ela amaria um valor (a desonestidade) que ela reconhece como vício como sendo uma virtude. É ilógico, é contraditório e portanto é impossível.

O semelhante busca o semelhante, Pitágoras já nos disse isso há mais de 2.500 anos. Essa historinha de "os opostos se atraem" é pura baboseira. A gente mal suporta alguém que pensa um pouquinho diferente da gente, e que por isso toma atitudes que detestamos, imagina o seu extremo oposto. Um cara que gosta de silêncio, tranquilidade, tipo: apreciador de música clássica nunca que vai arrumar uma namorada que curte rock pesado e tem uma banda que arrasa quarteirões. São mundos diferentes, isso é preconceito sim e é real sim. Não queriam impor em nome da "tolerância" um relacionamento desses guria a baixo, o máximo que vão conseguir é um divórcio prematuro.

Continuando...
O amor também é orgulhoso porque reconhece seu valor. Você só pode ser amado se merece o amor que recebe, caso contrário, você receberia algo que não mereceria e isso não seria mais amor e sim pena, empatia, compaixão ou qualquer coisa que o valha, mas jamais amor de verdade. E por ser orgulhoso é egoísta, tende a querer aquela pessoa só pra ela, e por isso cuida e tem ciúmes.

E ainda sobre o 'objetivismo' de Ayn Rand, imagine você dar amor, respeito ou confiança a pessoas que não merecem, apenas por caridade. Se você trata as pessoas que são desiguais (umas são boas outras ruins) de maneiras iguais (não discrimina), logo você pune que é bom em detrimento de quem é ruim. E a consequência nefasta disso é incentivar o ruim a continuar ser ruim e desestimular o bom em seu esforço de ser bom.

Por isso sempre recomendo as pessoas que "não seja bom, seja justo". Isso é randismo básico! Ou objetivismo se preferir.

E pra finalizar, a respeito do objetivismo como ferramenta de combate contra o relativismo, a filósofa diz o óbvio, algo que se faz necessário em nossos tempos. Ela diz, "a existência existe", isto é, A é A. Pode soar estranho ao leitor mais desavisado mas existe toda uma corrente de pensamento atual, a pós-moderna, que se diz além da razão humana, a característica essencial que nos faz humanos. Chegam ao ponto de negar a verdade, por entenderem que os sentidos humanos são falhos, e que portanto, não podemos chegar a verdade. O ato de afirmar não existir uma verdade só é possível se considerarmos o que dizem como verdade. É um paradoxo em si essa "argumentação".

Enfiados em suas Torres de Marfim, esses "intelectuais" de gabinete acreditam que entendem o mundo formulando abstrações de várias outras abstrações até descobrirem uma resposta que vai de encontro com a sua teoria que querem formular e sustentar. Se não existisse verdades/fatos, seria impossível aprender algo, seria impossível comparar informações e a partir delas fazer deduções lógicas a fim de modificar as coisas ou transformá-las. Se não existisse a verdade ou a possibilidade de conhecê-la, o ser humano não agiria, viveria passivamente seria controlado pelo completo acaso o que tornaria impossível qualquer estabilidade na vida, tudo seria caos e nada mais. Esses intelectuais no fundo são contra a vida, contra as tecnologias, contra a própria natureza. São grandes bestas que posam de sábios e que prestam um desfavor enorme a atividade acadêmica e aos grandes pensadores.
Paulo 01/03/2017minha estante
Conheci esse livro quando o próprio André Assi o indicou, quando ele era meu professor no ensino médio.

Ótima resenha!


Ira 14/07/2020minha estante
Quanta bosta dá pra escrever com tão pouco cérebro. Que Mises lhe perdoe.




Bruna.Elisa 18/03/2021

Um primor!
O livro se passa num futuro distópico, no qual a sociedade abriu mão de suas escolhas individuais em prol do ?bem comum?. O livro é escrito na primeira pessoa do plural, o que deixou a leitura ainda mais rica e interessante! Recomendo fortemente.
Reccanello 22/03/2021minha estante
Mais uma objetivista para o reduto.




Gabrielli 03/01/2023

Ideia boa, construção nem tanto
Já tinha noção de que Rand não era uma exímia escritora, mas realmente achei a coisa toda meio formulada de qualquer jeito. A ideia é muito boa e inclusive "profetizou" muitas coisas que ocorreram de fato em ditaduras, mas esperava um pouco mais da escrita em si.
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Erick Simões 12/03/2021

Ótima ideia e me ganhou por um capítulo
A ideia de uma sociedade onde o "Eu" se torna basicamente um pecado exposta no livro me lembra minha outra leitura atual (1984). A história é bem construída e tem uma maneira curiosa do personagem se referir a si mesmo e aos outros, já que o "Eu" foi excluído.

Por fim, eu leria esse livro mil vezes apenas pelo penúltimo capítulo que traz o real cântico, que dá nome ao livro (ao menos em PT-BR).

Entra na minha lista de favoritos, não por ser de notável qualidade, mas justamente por conta desse capítulo em específico.
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Cris 26/08/2021

O Cântico
Não se engane pelo tamanho, este livro contém muito mais do que você imagina. Escrito antes mesmo de A Nascente e até mesmo de A Revolta de Atlas, seu livro mais famoso, Rand já nos apresenta alguns de seus conceitos mais importantes, conceitos estes que ela tratará melhor em obras futuras.
É um livro indispensável que nos trás percepções sobre a nossa sociedade atual e como estamos nos deixando levar, perdendo pouco a pouco nossas liberdades mais preciosas, também nos dá uma prévia sobre o nosso fim enquanto sociedade.
Recomendo muito! É um livraço!
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Fontenele 26/03/2021

E o futuro?
Será que um dia podemos ter um mundo como o do livro?, Espero que não, esse livro foi o meu primeiro e até agora único da Any Rand, estou ansioso para ler os outros dela, a filósofa do egoísmo.
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