Barulho Infernal

Barulho Infernal Jon Wiederhorn...




Resenhas - Barulho Infernal


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Filipe Ancalagon 06/03/2023

Só existe Heavy metal da linha do Equador pra cima?
Foi um livro que comecei empolgado, no início parece que vc tá sentado na mesa do Rainbow Bar ou de algum pub londrino conversando com seus ídolos e com pessoas que vivenciaram a história do rock/metal nos bastidores (roadies, managers, produtores, groupies, etc) pois o texto é feito com trechos de entrevistas da época e até que tem uma certa cronologia, algumas histórias já conhecidas, ainda mais se vc consome revistas sobre o tema, e mais alguns detalhes sobre gravações, início das bandas, como determinada cena foi se formando e tals. Tem coisa que nunca nem vi publicada em Roadie Crew, Rock Brigade, Valhala ou qualquer outra revista brasileira.

Cada capítulo recebe o nome de uma música ou álbum do subgênero do Heavy metal, começando com o protometal (MC5, Stooges, Led), um capítulo todo dedicado ao alicerce do Heavy Metal, o Black Sabbath, seguindo pela NWOBHM Atravessando o oceano começa a cena hard no capítulo 4 já emendando com o início do tHrash metal, crossover e hardcore.
Até o final desse capítulo, pra quem não fica dando uma de tiozão rokista saudosista ou de true fã de Manowar o livro flui bem, pois nos próximos capítulos começa a história do metal industrial e nu metal para só então voltar o início do foderástico death metal e black metal, e finaliza com a cena metalcore de bandas como Killswitch Engage, Shadows Fall Mastodon e Lamb Of God.

O que percebi e me desagradou um pouco a leitura é que, mais de 90% do livro é sobre a cena estadunidense!!!! Algumas bandas europeias são apenas citadas e, nosso glorioso Sepultura por exemplo aparece somente no capítulo sobre tHrash com uma leve pincelada. Pobre do Angra e Shaman que nem são citados pois no livro não é abordado a cena power metal de nenhum país.

O capítulo sobre death metal, só a galera da Flórida aparece e levemente é citado a cena de Gotemburgo. Nem Krisiun foi citado!

No capítulo do black metal é que eles destrincham mais a cena europeia, mas dão ênfase na parte dos assassinatos e igrejas queimadas realizadas pelos moleques do Inner Circle e a música fica em segundo plano. As declarações do nazista Varg retratam bem que só fez fama pelo que diz e pelo assassinato de Euronymous, e não pela péssima música do Burzum (Se vc é brasileiro e paga pau pra esse cara, ou você é imbecil ou tá fazendo cursinho pra ser)
E novamente parece que só exist Heavy metal da linha do Equador pra cima, pois o Sarcófago nem é citado no capítulo do subgênero que ajudaram a criar.

Num livro de mais de 700 páginas faltou muita coisa para ser colocada e explorada, acho que fui com muita sede ao caneco de chopp e desanimei no decorrer da leitura. Pra quem assim como eu é fã de música vale a leitura, mas faça em doses homeopáticas tendo em mente que provavelmente vc já leu ou ouviu alguma história que consta aqui em algum whiplash da vida ou nas páginas de alguma revista de rock!
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pasqual.troiano 13/01/2022

leitura obrigatória aos amantes de rock
apesar da demora que eu tive em ler o livro, achei o conteudo dele bastante significativo. os capitulos sendo divididos em ordem cronológica do surgimento dos genêros é uma boa sacada e por mais que sejam trechos de entrevistas, há muitas coisas novas pra saber, ótimas histórias pra rir e também aquelas pra sentir uma pontinha de dor no coração. é uma leitura que eu recomendo muito pra quem gosta de rock e música no geral. e pra mim, o livro terminou da forma perfeita, gostei muito.
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Ariadna Oliveira 10/05/2021

O heavy metal se comunica com os jovens como ninguém
O livro é uma coletânea de entrevistas com diversos nomes importantes para o gênero musical heavy metal, não apenas integrantes de bandas, mas também managers, técnicos, produtores e jornalistas musicais. É dividido em capítulos e cada um se propõe a apresentar um subgênero diferente do metal, como o thrash metal, o death metal, o black metal, o metalcore, o metal alternativo, etc, com entrevistas dos integrantes das principais bandas que definiram cada um deles. As referências citadas são inúmeras e é impossível você não encontrar alguma banda que ainda não conhecia. Descobri bandas incríveis com essa leitura, mesmo que já conhecesse a maioria pois sou uma ouvinte muito assídua. No entanto, o livro deixa um pouco a desejar porque se perde em alguns momentos. As entrevistas acabam desviando do que realmente importa no livro, que é a música. Os fãs fazem a leitura da obra porque querem aprender mais sobre a música, quais técnicas foram utilizadas, no que os artistas se insparavam para compôr, quais foram os principais álbuns de cada subgênero, mas não raro o livro se desvia do foco para ficar contando histórias da vida privada dos músicos ( não, eu não quero saber com quantas mulheres você ficou no fundo do ônibus da turnê cara), dos excessos com drogas, bebidas e sexo. Não significa que isso não poderia ter sido mencionado, pois realmente fez parte da realidade das bandas, mas exagerou na dose. Fora o capítulo do nu metal e toda aquela parte dedicada ao Limp Bizkit e diálogos incansáveis sobre a vida devassa que o vocalista levava e brigas que ele provocava (desnecessário). Também fiquei um pouco decepcionada com a falta de representatividade feminina no livro. Várias mulheres são muito importantes no metal (Doro Pesch que o diga) e elas tiveram uma participação ínfima e irrelevante na obra. Por esses motivos tive que tirar uma estrela. Os capítulos sobre o thrash metal, death metal e black metal foram muito legais, porque realmente se concentraram em falar da música. Me surpreendi também com o capítulo do Metalcore, nunca fui de escutar muito mas foi interessante a abordagem do movimento straight edge e do "incesto" que rolava entre as bandas. Apesar de algumas ressalvas, no geral é sim um livro muito bom.
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Allysson Falcon 05/05/2021

Decepcionante...
O livro é uma grande coletânea de trechos de entrevistas com músicos, empresários, produtores e jornalistas de música.
Tem umas entrevistas bem interessantes, mas a maior parte é de uma insignificância ímpar. Em 752 páginas esperava encontrar um texto melhor.
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AndreyFerraz 06/04/2021

Uma biblia
Material contém inúmeras entrevistas contendo os mais diversos relatos de diversos rockstars do grande universo do metal, eu adorei!
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Paulo Silas 30/10/2020

Com a pretensão de narrar a história do heavy metal, desde os seus primórdios com as influências do estilo até o estado atual em que o movimento se situa, Jon Wiederhorn e Katherine Turman apresentam aquela que seria a história 'definitiva' do heavy metal - conforme enunciado no subtítulo do livro. Em que pese pretensioso ao se julgar pelo título - fato esse que repercute num anseio do leitor que não é atendido pelos autores -, a obra aborda de forma bastante lúcida e divertida o desenvolvimento desse gênero musical, abrangendo as principais bandas que deram ensejo aos tantos e tantos estilos dentro do próprio movimento, expondo todo o contexto no qual cada vertente estava para que a história seja contada e ao mesmo tempo compreendida com mais abrangência, tendo-se assim um bom livro para ser lido pelos fãs do gênero.

A divisão capitular da obra é bastante chamativa. O sumário é interessante ao considerar que divisão se dá por períodos - que abrange desde 1964 até os tempos atuais - ao mesmo tempo que expõe a principal vertente que fazia grande voz naquele dado momento analisado. Assim, acompanhando o nascimento e o desenvolvimento do metal, o livro abordado em seus capítulos o "protometal", o heavy metal quando e como considerado enquanto tal, o new wave os british heavy metal, a popularização do metal, o thrash metal, o crossover/hardcore, o "novo thrash", o metal industrial, o nu metal, o death metal, o black metal, o metalcore e o "metal alternativo. Assim, por mais ampla seja a obra (contando com mais de 700 páginas), não dá conta de abranger o todo, relegando-se a história de alguns estilo e deixando de mencionar várias bandas que surgiram, apareceram e contribuíram para a história do heavy metal. É por isso que se diz que a abordagem é ampla, mas não total, por óbvio. O enfoque é dado nas grandes bandas desse cenário musical, estando presentes consequentemente as mainstream - não que o cenário underground não apareça no livro, mas quando é mencionado, é no sentido de comentar sobre as bandas que assim surgiram e passaram a ganhar posterior popularidade. Seja como for, é digno de elogios o levantamento feito pelos autores sobre o trilhar do metal que se encontra presente na obra.

O ponto baixo que merece menção é o aquém das expectativas que o leitor pode ficar quando já durante a leitura da obra. Além do fato de o julgo pela capa ensejar nisso ("a história definitiva" é um título que soa forçado), não se tem uma obra propriamente escrita pelos autores. O que se tem são vários recortes de entrevistas de diversos músicos do heavy metal que são colacionados em ordem cronológica e concatenadas de acordo com a temática que via se desenvolvendo no desenrolar dos capítulos. A escrita dos dois autores, portanto, é mínima, pois aparecem intercalando algumas páginas situando o leitor com algumas menções que estabelecem o chão daquilo que os recortes das falas dos músicos dialogam sobre. Por mais que isso empobreça a estética e a escrita da obra, o livro não acaba sendo um resultado ruim. Pelo contrário. A forma com a qual as falas dos músicos está disposta segue uma ordem lógica no sentido proposto - contar a história do heavy metal - o que inclui tanto questões sobre a produção das músicas, dos álbuns, dos shows e demais pontos técnicos, como também as histórias de vida, brigas, problemas e das tantas festas que envolvem os diversos músicos e bandas presentes na obra. Com introdução de Scott Ian e epílogo de Rob Halford, o livro é um prato cheio e uma leitura proveitosa para os fãs do metal, tendo-se aí uma excelente narrativa (composta por várias outras) sobre a história desse gênero musical.

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