Ecos do Espaço

Ecos do Espaço Megan Crewe




Resenhas - Ecos do Espaço


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Dickar 06/07/2021

Gostei!??
No começo achei que ia ser sem graça, mas conforme a história vai se desenrolando e tudo foi acontecendo e tudo foi ficando do jeito que eu gosto. Um pouco clichê, mas daria um bom filme de ficção-científica.???
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davidplmatias 04/02/2020

Bem legalzinho, achei bem adolescente, e isso é algo que pra mim é um ponto negativo pois a sinopse não me vendeu esse detalhe, se tivesse notado antes não teria lido. O romance apresentado na história não me pareceu bem construído, não convenceu.
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Aggretsuko0 25/11/2023

Se eu pudesse dar uma nota seria: nhé
O livro do início ao fim é linear. A todo momento eu esperava uma grande mudança um grande evento, uma grande tragédia, um grande amor e eu recebi: nada. Do início ao fim temos uma aventura linear, viaja, pega o objeto, foge do inimigos e repete tudo de novo. Absolutamente nenhum plot twist, nenhum personagem cativante, sentimentos desenvolvidos do absoluto nada, situações onde uma garota de 16 anos é mais inteligente que um alienígena de 30?enfim, nenhum diálogo, ambiente ou fato era muito interessante, seguia tudo um enredo enfadonho e previsível. As tecnologias eram mal explicadas, a cronologia ficava as vezes confusa e nunca nada tinha grandes consequências e quando tinha era de personagens totalmente insignificantes que mal apareceram na saga?é aquele sentimento: só vou ler a trilogia porque comprei. Espero que nos dois seguintes melhore um pouco.
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Naty__ 17/05/2017

Não rolou...
Recebi Ecos do espaço num kit lindo da editora, foi uma surpresa a sua chegada e, automaticamente, a ansiedade em ler foi aumentando assim que soube se tratar de ficção científica.

Nele temos a história de Skylar que, até os 5 anos, quando seu irmão fugiu de casa, ela era considerada uma menina “normal”. A partir disso, a garota se culpa e tenta entender o que possivelmente fez de errado para ver seu irmão partir. Depois desse ocorrido, ela não é mais a mesma pessoa. Vive perseguida por sensações de que algo está terrivelmente errado. Mas, apesar dos ataques de pânico que a atormentam, nada nunca acontece, e Sky já está começando a acreditar simplesmente que ela não é normal.

Os pais dela tentam ajudá-la com tratamento, a menina percebe que isso não tem mais jeito: ela não vai mudar, então passa a fingir aos seus pais que está tudo bem. No fundo, ela sabe que não.

A vida de Sky sofre uma reviravolta quando cai na realidade e percebe: somos todos cobaias. Há milhares de anos, a Terra é usada como laboratório de teste de alienígenas, eles não se importam com os seus habitantes e utilizam-nos em seus experimentos de manipulação do tempo.

Win é membro de uma facção rebelde que tenta colocar um fim nisso e ele precisa da ajuda de Skylar. No entanto, esses experimentos causam diversos efeitos colaterais. A cada alteração do passado, o próprio tecido do espaço-tempo se fraciona um pouco mais e logo poderá não restar mais nenhum planeta Terra para se salvar.

O livro não é a ficção científica que promete, o que acabou me desgostando nesse aspecto. Além do mais, o desfecho é tão previsível que chega a parecer aqueles romances estilo Nicholas Sparks: você sabe o que vai acontecer, custe o que custar. Isso me incomoda (e muito), já que gosto da imprevisibilidade e das ideias fora do comum.

Esse elemento incomodou justamente porque temos um casal, são jovens, considerados de espécies distintas, e algo vai acontecer entre eles. É claro. E vocês já imaginam o quê. Não é pelo fato de existir isso que desagradou, mas um conjunto de fatores. Afinal, podia-se muito bem desenvolver melhor e mudar, já que muitos livros são compostos com esse término que, convenhamos, nem sempre é agradável (e aceitável).

Tenho para mim que Megan quis fazer uma mistura de ficção científica, um pouco frustrada, com um romance de adolescentes. Em certos momentos, imaginei que estava lendo Brilho ou Centelha. No entanto, esses dois livros me agradaram bastante, ainda que os elementos fossem parecidos.

Não é só de pontos negativos que a história é composta. Devo ressaltar que a narrativa da autora é envolvente e nos deixa estagnados à obra, sua escrita é fluida e torna a leitura frenética. Infelizmente não considero uma excelente obra, mas para quem curte algo mais leve, certamente vai gostar dessa pedida.

A capa é incrível e nenhuma foto é capaz de demonstrar o quanto. A diagramação é bem simples, mas proporciona uma leitura confortável.

Vamos combinar que essa é a minha opinião, nada mais justo do que cada um ter a sua. Então, se gostei pouco (ou se não gostei da obra) é algo que não deve impedir a sua leitura. É bom cada um conhecer para ter uma crítica pessoal sobre a história. Aguardo os comentários de vocês, após realizarem a leitura.

Lana Wesley 18/05/2017minha estante
Como você mesma disse a sua opinião não pode de maneira alguma impedir que outras pessoas leiam a estória, até porque alguns elementos agrada mais a uns do que para outros. Por exemplo gosto muito de livros de ficção cientifica, porém quando e algo muito bem elaborado, me deixa confusa pelo fato de não ter costume de ler nada dessa obra, por isso prefiro leituras mais leves como essa, que por mais que tenha uma trama previsível, a premissa me deixou bastante curiosa. Claro, que prefiro livros dos quais possuí trama surpreendente como você mesma disse, que nos deixa anestesiado, porém de vez em quando e bom ler livros nesse estilo. Realmente está edição esta no capricho, a capa e linda e chamativa.


livrosepixels 19/05/2017minha estante
Olá Naty, concordo em muitos pontos contigo. Amo ficção científica, mas esse livro foi muito muito "fraco", e verdade, o final foi super previsível, tanto que não pretendo continuar a ler a trilogia.
Uma trilogia que se destaca muito no sentido de misturar romance e ficção científica é a Firebird (Claudia Gray): tem romance, tem viagens por dimensões, tem explicação científica de como as coisas funcionam, vários cliffhangers, muito bom, indico.

Voltando sobre esse, gostei da edição, só a diagramação da capa achei que poderia ser mais bonita, tipo, nome do livro com uma fonte mais adequada, nome do autor mais pequeno e melhor posicionado.. essas questões estéticas da capa haha



Lucia Santos 19/05/2017minha estante
Eu até gosto de livros de Ficção Cientifica, mas esse não me chamou a atenção!! A capa é bonita e chama a Atenção!!!


Maria 20/05/2017minha estante
É uma pena, pois parecia ser interessante, pois tem alienígenas que gosto na historias e gosto também quando o autor consegue nos surpreender e não foi o caso desse já que é previsível. Por ter rebeldes no meio esperava mais ação e adrenalina.


nayanebrito 01/06/2017minha estante
Oi Naty, eu também não gosto de coisas previsíveis demais. Porém, isso não é um fator que impeça de ler o livro. Ficção Científica não é dos meus estilo favoritos, além do mais, se tratando de um resultado bem previsível como o que falou. Mas a capa é lindona! Tá de parabéns pela diagramação.


Isabela | @sentencaliteraria 04/06/2017minha estante
Oi Naty ;)
Apesar de ficção científica não ser meu gênero, tinha me interessado pela premissa do livro.
Pelo fato de a autora ter uma escrita envolvente e fluida vou dar uma chance a série, sair um pouco da minha zona de conforto!
Já coloquei na lista de leitura, obrigada pela indicação!
Bjos


Marlene C. 06/06/2017minha estante
Oi Naty.
Uma pena que a autora se perdeu um pouco né Eu confesso que gosto da premissa entretanto não costumo ler livros que tenha ficção científica qualquer coisa do tipo porque raramente o livro consegue me prender Enfim no geral eu gostei mas não acho que seria um livro para mim.
Bjs.


Marta 24/06/2017minha estante
Gostei bastante da resenha e concordo com você a capa é fantástica !! Fiquei bem interessada em ler!!
Beijoss


Menma 03/07/2017minha estante
Olá!!!
Bem, eu sou meio assim com ficções científicas e quando meio que rola algo que já é previsível isso acaba me deixando frustrada que nem você.
Apesar de gostar muito de Nicholas, eu já estou preparada pelos clichês dele e não sei se acharia algo legal nesse estilo de gênero.
Mesmo assim acho que quem curte pode dar uma chance o que não é o meu caso :/

lereliterario.blogspot.com


Micheli 16/07/2017minha estante
Oi Naty,
Gosto de ficção científica, mas faz tempo desde que li um livro desse gênero. Achei interessante esse enredo, com humanos rebeldes lutando pra salvar a Terras dos alienígenas, mas essa questão de previsibilidade me incomoda também, e já tenho minhas desconfianças do que acontece, esse romance de adolescentes ai podia ter ficado mais em segundo plano, ou melhor, nem ter sido desenvolvido. Não descarto a leitura, mas não pretendo ler tão logo.
Beijos


Deise.Kiefer 29/03/2020minha estante
Eu até gosto de livros de Ficção Cientifica, mas esse não me chamou a atenção!! A capa é bonita e chama a Atenção!!!


Angela Cunha 15/05/2020minha estante
Como ficção científica não seja algo que eu domine, fiquei até feliz ao ler a resenha. Confesso que não me recordo de ter visto este livro pelo mundo literário, mas olhando a resenha, acho que não é para mim.
E nem digo pelo fato de não entender muito o gênero não,mas pela história ter sido muito pouco aprofundada!!!
Beijo




Kelly.Jesus 13/05/2021

No início não estava entendo a história , mas aos poucos foi ficando mais fácil o entendimento! Leitura razoável, quero ler a continuação!
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Milous007 04/03/2023

Gostei bastante do livro!!! Não fiquei apaixonada pela história, mas definitivamente não é uma história ruim. É uma trama cheia de ação e pra quem ama ficção científica é uma boa leitura. Quero muito ler o segundo e ver o desenrolar dos fatos.
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Ro 19/03/2021

YA thriller e aliens é possível?
Não sei porque esse livro não é mais conhecido se é tão legal. Achei o plot bacana e o desenvolvimento da história bacanas também. Gostei de como o transtorno psicológico da protagonista foi abordado como algo além da ansiedade e ataque de pânico.
Outro ponto bacana também foi a escolha da autora em não forçar a barra em um par romântico, deixando a relação de Skylar e Win seguir como uma amizade. Todos nós sabemos que nem toda interação entre homem e mulher é necessariamente romântica, e um livro que abre mão desses "preceitos cupidônicos" me agrada bastante.
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Beatriz 23/05/2022

Ecos Do Espaço
Confesso q no começo achei q não ia gostar pq nunca vi ninguém falando sobre e não é mt a minha vibe mas conforme a história se desenrola fica muito boa e com um toque de clichê entre uma humana e um alienígena.
Como não vejo absolutamente ninguém falando sobre essa trilogia me vejo na obrigação de recomenda-la é uma ficção científica com uma história muito boa e é bem barato por causa do pouco reconhecimento então se tiver a oportunidade de ler, leia.
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Orlando 14/04/2018

O LIVRO É | ECOS DO ESPAÇO, DE MEGAN CREWE
Uma raça alienígena fazendo experimentos com o tecido espaço-temporal de nosso planeta; uma corrida frenética contra o tempo para impedir que tais experimentos acabem por desintegrar completamente nossa realidade, uma jovem garota de 17 anos com um transtorno que a permitiu entender que algo estava errado, um jovem da raça alienígena e seu grupo de amigos rebeldes quer impedir que as experiências continuem… isso é Ecos do Espaço, da autora canadense Megan Crewe.

Colocado desta forma, parece tudo incrivelmente perfeito e com absolutamente todos os requisitos que tornariam um livro espetacular com muita Sci-Fi e ação do início ao fim. Mas não é bem por aí amigo leitor, infelizmente. Há Sci-Fi, há ação, mas a maneira como tudo isso está posto na narrativa não é nem de longe o que se espera…

Antes de explicar os motivos desta infelicidade, vou me aprofundar um pouco mais no contexto de Ecos do Espaço, primeiro livro de uma trilogia juvenil de Sci-Fi.

ECOS DO ESPAÇO | SKYLAR E SUA “SENSAÇÃO DE ERRADO”
Ecos do Espaço é todo narrado em primeira pessoa pela jovem estudante do ensino médio Skylar. Skylar é como qualquer jovem de sua idade, ao menos tenta ser. Desde que seu irmão mais velho desapareceu misteriosamente anos atrás quando ela era apenas uma criança, Skylar passou a encarar o mundo de uma forma peculiar, quando algo está incomum para ela, seu transtorno aflora e ela começa a multiplicar quase que infinitamente por 3.

Skylar chama seu transtorno de “sensação de errado“, que simplesmente dispara inexplicavelmente quando algo, sabe-se lá os motivos, perturba sua percepção.

Mas o que parece ser um problema obsessivo-compulsivo, é na verdade um dom que a garota não compreende até o dia que conhece Win, um jovem poucos anos mais velho do que ela, de fisionomia bonita e um tanto estranho, ronda as imediações da escola de Skylar e a observa de longe.

O contato entre os dois jovens se dá quando Win manipula o tecido do tempo quando Skylar e seus amigos seriam vítimas de uma explosão terrível que até ocorre, mas é imediatamente revertida por Win quando o jovem altera o tempo.

Ninguém notou, ninguém percebeu, nada disso sequer existiu para os estudantes, exceto para Skylar cujo “sensação de errado” avisou que algo realmente está errado naquela situação, pois a garota pôde presenciar a explosão e sua reversão temporal.

Começa assim a jornada destes dois jovens: ela uma garota humana em busca de seu local no mundo e tentando se adequar ao seu próprio transtorno desde a tenra infância; ele é um kemyano, do planeta Kemya, uma raça extremamente evoluída e que há centenas de anos manipula nosso campo espaço-temporal de uma estação espacial que fica escondida orbitando nosso mundo.

ECOS DO ESPAÇO | EM BUSCA DA ARMA DE JEANANT
Apesar da raça kemyana estar inteiramente confortável com a situação que criou, nem todos de seu mundo são favoráveis ao escravagismo da Terra por parte dos kemianos em missão no nosso mundo.

Win integra um grupo de rebeldes que veio 17 anos do futuro do presente atual de Skylar. Mas em seu presente há outros viajantes em missão para interromper os experimentes dos kemianos. Dentre estes o mais importante é Jeanant, um dos grandes nomes da liderança dos rebeldes kemyanos.

Em seu encalço estão os terríveis Executores, uma espécie de polícia kemyana agindo na Terra para impedir os rebeldes de destruir a estação orbital que controla o campo temporal ao redor de nosso mundo.

Jeanant tem um plano e tem uma arma para destruir o campo temporal kemyano, mas a arma e os projetos para montá-la estão espalhados por diferentes locais e tempos em nosso mundo, situação propositalmente arquitetada por Jeanant para driblar a caçada dos Exterminadores contra os rebeldes. E Jeanant está viajando para reaver seus projetos, montar a arma e destruir a estação.

No entanto, sozinho e deslocado no tempo, Jeanant não tem muitas chances de sair vivo de sua busca, até que Win e Skylar começam a entrar no jogo para reaver os projetos da arma de Jeanant. E assim começa a jornada dos dois adolescentes para mudar nosso destino.

ECOS DO ESPAÇO | UMA NARRATIVA QUE DEIXOU A DESEJAR
Ecos do Espaço tem todas as prerrogativas para ser uma ótima obra, mas falha em sua execução, como citei no começo do texto. Brincar com viagens no tempo é uma pedida excelente para agradar praticamente todo fã de Sci-Fi, mas Megan Crewe carece de muitas, muitas melhoras em suas ideias e na execução de sua narrativa, principalmente na execução narrativa.

Tudo acontece rápido demais, a começar pela “amizade” entre Win e Skylar. Algumas horas de papo, alguns dias explicando tudo e pronto, estão viajando pra todo canto no passado de nosso mundo: Roma antiga, revolução francesa e por aí vai. Como se estivessem indo de um bairro a outro de uma cidade.

Claro, Crewe tem sua maneira particular de se viajar no tempo: os 3T, Tecido de Transporte no Tempo. Literalmente um tecido mesmo que Win lança sobre si e Skylar e que fica similar a uma cabana de acampamento de forma cônica… ao menos é quase isso. O 3T também funciona como computador.

Sério, é um pano mesmo, só que altamente tecnológico, no melhor sentido do que Arthur C. Clarke propõe ao nos afirmar que uma tecnologia evoluidíssima, pouco seria diferenciada de magia caso algum povo menos evoluído a visse em funcionamento.

Esse é um dos pontos fracos de Crewe como escritora, toda vez que um de seus conceitos surge e alguém vai explicá-lo para Skylar, ou a pessoa também não sabe como funciona ou diz para a garota que ela não tem capacidade de entender o conceito. Isso em uma obra de Sci-Fi fica muito, muito estranho.

Um leitor de Sci-Fi, seja ela Hard ou Soft, por si só tem interesse em que certas ideias inventadas em obras tenham algo de seu conceito explicado ou exposto com algum detalhe, para dar substância tanto ao conceito quanto em sua utilização. Crewe se furta de fazer isso no texto e claro, furta isso de nossa leitura e curiosidade. É assim e pronto, dê-se por satisfeito.

Mesmo sendo Sci-Fi Soft, Ecos do Espaço carece de qualquer tipo de apoio na parte Science da coisa. Não precisa ser um tratado de Ciência Aplicada à Viagens no Tempo, mas o processo de esquiva narrativa que Crewe emprega no livro todo é irritante e primário, simplesmente qualquer explicação lógica ou funcional de seus conceitos ou são simplórias e reducionistas demais ou são simplesmente jogadas para algum canto obscuro com meia dúzia de palavras que sempre conduzem ao fato de que Skylar, e por conseguinte nós leitores, não somos aptos a compreender. Quando na verdade é Crewe que não sabe como por melhor suas ideias no papel. Isso fica evidente o tempo todo.

A própria consistência narrativa de Crewe se equilibra numa corda bamba balançante no meio de um furacão. A autora, ao optar por narrar tudo em primeira pessoa nos coloca numa situação complicada. Tudo que vemos, ouvimos e sentimos é por meio das impressões de Skylar, uma menina de 17 anos, carregada a reboque por um garoto alienígena um pouco mais velho que ela e que quer agradar seus superiores rebeldes a qualquer custo e, depois de algum tempo, passa a querer agradar Skylar também.

Chega ser palpável a sensação de que, nesse sentido dos protagonistas, Ecos do Espaço tem toda aquela cara de trilogia de livro escrita para virar filme e seguir o caminho de Divergente, Jogos Vorazes e Crepúsculo, onde adolescentes cheios de problemas e hormônios são a única esperança da humanidade…

O corre-corre das viagens no tempo, que eu imaginava ser a grande atração da obra, é na verdade bem, bem repetitivo e na maioria das vezes cansativo. Skylar passa o livro todo reclamando de algo, especialmente de Win que, na verdade, dá muitos motivos para isso.

Toda vez que o garoto kemyano deveria contar algo para a garota humana ele simplesmente não o faz e ela, passado-se algum tempo ou situação, acaba ou deduzindo ou percebendo algo estranho que Win omitiu de seu conhecimento. É isso capítulo atrás de capítulo do livro.

Outro ponto negativo são os motivos para Skylar ser a pessoa ideal para auxiliar Win a caçar as partes da arma de Jeanant: a “sensação de errado” de Skylar permite que a garota possa detectar sutis mudanças em nossa história e levar Win até as pistas que Jeanant plantou no passado de nosso mundo e que correspondem aos locais onde estão as partes de seu projeto secreto.

Então Skylar pega uns dois ou três livros de história, uns jornais aqui e ali e pronto, embarca no 3T de Win em busca de uma das partes. Claro, depois de umas duas vezes no encalço da dupla vem os Executores que começaram a perceber algo de estranho no tecido do tempo. E assim fica a corrida de gato e rato. E os dramões também…

ECOS DO ESPAÇO | OS PROTAGONISTAS
Eu entendo o que Crewe quis fazer aqui, entendo mesmo… e compreendo. É uma obra para jovens leitores, tem tudo que poderia agradar as gerações pós Harry Potter ou até mesmo a geração pós Saga Crepúsculo e o pessoal que veio depois na onda das distopias futuristas teen.

Tem protagonistas jovens e exalando os problemas da adolescência, as dúvidas, medos e receios do fim da adolescência e entrada na idade adulta e, por isso mesmo, extremamente chatos. Skylar é excessivamente contraditória e insegura, sem esquecer que ela é simplesmente puxada para todos os lados por Win. Em uma época onde se prescinde protagonismo das personagens femininas, independência, atitude e proatividade, Skylar foi um tiro fora do alvo.

Não que a garota não faça sua parte na obra, mas perto de outras tantas personagens, Skylar deixa a desejar em muita coisa. Mas não se preocupe, Win não fica muito atrás não em termos de personagem fraco e de desenvolvimento complicado. Você pode dizer “ah, deixa de ser chato, são só jovens”… sim, são mesmo, mas não dava para fazê-los um pouco mais bem construídos e dinâmicos?

A dupla, no mal sentido, se merece. E Crewe nem se esforça para escapar ao clichê do climinha de paixonite que está impregnado na obra desde que Win e Skylar trocaram os primeiros olhares. Quase consigo imaginar um elenco de atores teen para os papéis… quase.

Não que eu esteja exigindo aqui que dois adolescentes sejam inteiramente resolvidos psicologicamente, socialmente e nas relações interpessoais, mas veja bem, a obra já nos entrega os protagonistas de uma forma pouco favorável ao dar justamente a duas quase crianças a tarefa de salvar dois mundos. Então que ao menos fizesse isso de uma forma mais palatável ao leitor.

Para um exemplo recente do que quero expor e com foco em protagonistas jovens, basta mergulhar nos livros de Tronos & Ossos, da mesma Editora Jangada, cujos dois primeiros livros da trilogia já foram resenhados aqui no PZ.

Lou Anders conseguiu entregar também dois adolescentes aos seus leitores, mas ao contrário de Crewe e sua dupla Skylar e Win, Anders criou seus protagonistas de forma jovem, divertida, interessante e acima de tudo, extremamente empáticos para o leitor. Sem esquecer que a dinâmica entre Thianna e Karn é infinitamente mais bem desenvolvida que a de Skylar e Win, desses você normalmente quer se distanciar, dos personagens de Tronos & Ossos você quer estar perto e vivenciar suas aventuras.

Se comparada também com outras narrativas de viagens espaço-temporais, Ecos do Espaço falha em ser atrativo e instigante, sobretudo se compararmos com alguma obra mais consistente como, por exemplo, O Fim da Infância de Isaac Asimov. Ok, eu sei, é covardia essa comparação, mas temos de pegar uma grande referência sempre para validar esses pontos sobre Sci-Fi.

ECOS DO ESPAÇO | UMA OBRA PARA SEU NICHO
Toda vez que leio algo e saio com essa “sensação de errado” sobre essa obra, costumo refletir sobre a quem essa obra se destina. Obviamente desde as primeiras páginas que percebi que Ecos do Espaço não é uma obra para gente como eu, com seus quase 40 anos, com um leque de leituras anteriores que passaram por nomes como Isaac Asimov, Arthur C. CLarke, Ursula K. Le Guin, Marion Zimmer Bradley, Prhilip K. Dick, Frank Herbert, William Gibson e outros nomes de peso da Sci-Fi.

Acho que Ecos do Espaço tem grande potencial de agradar as Skylars e os Wins da vida real. Gente que precisa de um empurrão para começar a cultivar o hábito da leitura e quer algo no segmento de Sci-Fi por estar órfão de suas sagas anteriormente encerradas ou só quer mesmo mergulhar numa nova aventura.

Eu não consegui criar nenhum tipo de empatia pelos personagens, por sua aventura, pelas situações pessoais vividas e nem pelo modo como isso tudo foi narrado, mas nem acho que tal empatia teria sido minimamente possível justamente por não termos nenhum tipo de afinidade eu e tudo isso, algo que acredito pode acontecer se o leitor for da mesma idade dos personagens protagonistas ou for menos exigente com sua leituras.

Ainda assim achei Crewe uma narradora no máximo mediana, nem de longe me lembra o porte de autoras como Le Guin, Bradley ou Atwood cuja excelência no texto e na abordagem são inquestionáveis. Sua opção pela narrativa em primeira pessoa limitou muito sua obra e a perspectiva de sua aventura, é como ler um imenso diário pessoal que aqui e ali tem uma peripécia incrível em algum momento de nossa história. Soa estranho, soa irregular, soa limitado demais.

Independente do que penso ou digo sobre Ecos do Espaço, é preciso parabenizar muito a Editora Jangada pelo lançamento da trilogia completa em nosso país. Toda Sci-Fi, seja para jovens ou adultos, é sempre muito bem-vinda às livrarias.

Fica a dica para quem quiser investir numa leitura leve e sem pretensão alguma de alcançar a qualidade, originalidade, importância e diversão dos grandes clássicos da Sci-Fi. Você vai ler e depois simplesmente só vai sentir um leve eco no espaço e no tempo quando tudo acabar.

Recomendo para os jovens viajantes e aventureiros da Sci-Fi, para os velhos navegantes do espaço-tempo, passem longe, isso não é pra velhos rabugentos como nós…

ECOS DO ESPAÇO | A AUTORA
MEGAN CREWE formou-se em Psicologia na Universidade de York e passou grande parte dos últimos doze anos trabalhando como terapeuta comportamental e na assistência escolar a crianças e adolescentes com necessidades especiais.

Ela é autora da trilogia Fallen World e do romance Give Up the Ghost, indicado ao Sunburst Award, prêmio que reconhece a excelência de obras canadenses de literatura fantástica. Megan mora em Toronto, no Canadá, com o marido e três gatos.

ECOS DO ESPAÇO | SINOPSE E DADOS TÉCNICOS
Skylar tem 17 anos e, desde que se entende por gente, é perseguida por sensações de que algo está terrivelmente errado. Mas, apesar dos ataques de pânico que a atormentam, nada nunca acontece, e Skylar já está começando a acreditar simplesmente que ela não é normal.

Sua vida sofre uma reviravolta quando ela conhece Win, e descobre a chocante verdade que é a causa de suas premonições: somos todos cobaias. Há milhares de anos, a Terra está à mercê de cientistas alienígenas que não se importam nem um pouco com os seus habitantes e nos utilizam em seus experimentos de manipulação do tempo.

Win é membro de uma facção rebelde que está tentando colocar um fim nisso e ele precisa da ajuda de Skylar – mas, a cada alteração do passado, o próprio tecido do espaço-tempo se fraciona um pouco mais e logo poderá não restar mais nenhum planeta Terra para se salvar.

• Título: ECOS DO ESPAÇO
• Autora: Megan Crewe
• Assunto: Ficção – Ação e Suspense
• ISBN: 978-85-5539-030-2
• Idioma: Português
• Tipo de Capa: Brochura
• Edição: 1ª edição 2015
• Número de Páginas: 320
• Link na Editora AQUI



site: http://www.pontozero.net.br/2017/09/30/o-livro-e-ecos-do-espaco-de-megan-crewe/
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Ludymila Costa 08/12/2020

Expectativa X Realidade
Confesso que quando comprei esse livro, muito empolgada inclusive, tava com hype no tema espaço/aliens e esperava uma coisa bem diferente do que o livro realmente é.

Me deparei com história adolescente, não que seja uma coisa ruim, mas olhando o livro e lendo a sinopse não é o que parece ser. O romance entre os protagonistas não tem química, acredito que uma amizade entre eles seria muito mais interessante, mas talvez eu mude de ideia lendo as continuações, vamos esperar pra ver.

A história central é muito interessante, porém a motivação dos vilões é um pouco confusa, ainda não acho que faça muito sentido. Porém, apesar de ser interessante, a autora pecou muito no desenvolvimento. No começo tava fluindo bem legal, no meio ficou muito difícil a leitura, travei por um mês, lá quase na página 200 que voltou a ficar mais interessante então eu li direto.

Apesar dos problemas, a história é legal e eu tenho vontade de ler as continuações, mas vou esperar um tempinho pra isso.
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Laylay 21/11/2021

Divertido
Eu gostei bastante deste livro, não esperava que ele fosse tão bom. Me identifiquei muito com a personagem e torço pro casal ficar juntos
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laura 26/08/2016

Muito Bom!!
Gostei muito, é uma leitura fácil! O final da historia é surpreendente S2
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Raissa389 31/03/2022

MUITO PERFEITO
Quando comprei esse livro achei q a história ia ser super genérica e sem ação,mas me surpreendeu bastante.Só esperando o segundo livro chegar pra eu começar a ler?
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