Resenhas - George

@nattan2l_ 26/01/2024

Muito difícil encontrar palavras para descrever esse livro, ele é uma obra comovente que delicadamente explora a jornada de autodescoberta de uma criança trans. A narrativa sensível e emocionante revela os desafios que Melissa(George é apenas o título do livro ok?) enfrenta ao buscar compreensão e aceitação. Alex Gino, com maestria, aborda o tema da identidade de gênero de forma leve e sutil, criando uma ponte de empatia entre os leitores jovens e a experiência de Melissa. Como educador em formação, eu não pude deixar de notar que ao destacar a importância dessa abordagem, o livro se torna uma ferramenta valiosa para educar crianças sobre diversidade e inclusão, promovendo diálogo e compreensão desde cedo.
"George" oferece uma oportunidade valiosa para abordar temas de diversidade e respeito em sala de aula. Os educadores podem utilizar a obra como ponto de partida para discussões sobre identidade de gênero, promovendo um ambiente acolhedor e inclusivo. Ao explorar a jornada de Melissa, os alunos podem desenvolver empatia e compreensão, aprendendo a respeitar as diferenças desde cedo. Atividades como debates, projetos de arte e redações podem incentivar a expressão de opiniões e a promoção de um ambiente escolar que celebra a diversidade, preparando as crianças para lidar de maneira respeitosa e compassiva com colegas que possam ser trans. A obra consegui ser sútil e ao mesmo tempo intensa, foi uma das leituras mais surpreendente que eu tive em muito tempo.
Será que num futuro poderíamos ter uma boa adaptação para as telinhas dessa obra incrível??? Fica aí pro universo!

Jag Luz 14/05/2022

Uma doce aventura...
Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ELA sabe que não é um menino. Sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre: ser uma menina presa em um corpo de menino.
Porém com ajuda de sua melhor amiga Ela embarca em uma aventura de auto conhecimento se descobrindo e provando para família que Ela é uma menina.

Niltium 28/07/2020

Foto dele no meu insta @niltium, confiram lá
George é uma garota transgênero e que mesmo não conhecendo os termos, sempre se viu como uma menina, tendo isso como seu segredo. Quando sua turma decide fazer uma peça de A Teia de Charlotte, ela quer muito interpretar a protagonista, já que é uma história que ela gosta muito, porém é barrada pelo fato de ser um papel feminino e a verem como um menino. Então, junto de sua melhor amiga, decidem ensaiar e inventar um plano para participar da peça e a enxergarem por quem ela é. Numa história rápida e com tom inocente, Alex Gino consegue não só levantar discussões sobre crianças trans, como também mostrar a importância de desconstruir as ideias de papéis de gênero.

É uma história bonita e importante, sendo recomendada principalmente para (até mesmo futuros) pais e educadores, pois mostra que a ideia de educar designando um papel atribuído ao gênero é prejudicial ao desenvolvimento da criança - seja ela cis ou trans, uma vez que excluem a possibilidade de George de interpretar o papel principal da peça, mesmo ela tendo ido super bem na audição pelo fato de a verem como um menino.

A garota é muito inocente e consegue nos sensibilizar e nos frustrar quando a vemos triste por não a enxergarem como ela é. Um dos pontos altos da leitura é quando sua amiga entende seus sentimentos e aceita de forma fácil e super amigável, mostrando que talvez nós adultos que compliquemos as coisas, já que uma criança criada de forma livre abraça o fato de George não se identificar com o gênero que nasceu e até a ajuda a ser ela mesma.

O livro acaba falando muito sobre educação infantil, enfatizando a importância de dar todo o suporte para as descobertas da infância, de forma livre e segura. Tendo um núcleo familiar amoroso e confiável, a criança se sentirá confortável de conversar sobre seus sentimentos. E no caso de uma criança trans, será possível começar logo cedo o acompanhamento médico e psicológico para que ela possa crescer sentindo bem com o próprio corpo, como é o caso da nossa George.