QHEEMARIA 02/02/2022Esse é sofrido e só amorÉ um dos livros mais antigos da Penelope Ward, lançado em 2015, e só em 2019 criei vergonha na cara de fazer a leitura. Os dois motivos que me levaram a não tocar antes nesse livro foi o tema principal, traição. E o segundo motivo é que falar sobre irmandade, pela sinopse do livro postada aqui na história do perfil você vai perceber que uma coisa está ligada com a outra. Embora o livro seja mais profundo do que esses temas citados, abordando temas como debates lgbtqi+, religião, adoção, escolhas, o que combina muito com o período que vivemos hoje.
A escrita da Ward sofreu uma evolução imensa durante os anos – e isso é incrível para a construção de um autor – não que a escrita desse livro seja ruim, mas é diferente comparada aos seus livros atuais, eu diria que é uma escrita mais “bruta”, não tão lapidada. Mas não deixa nada a desejar, o livro é fluido, marcante, profundo e lindo! Os personagens me fizeram sorrir, sofrer, me deixaram com raiva, frustrada e feliz. É um livro cheio de emoções e reviravoltas que faz você ir do inferno ao paraíso. Nem vou comentar o final, que olha mermã! Chorei horrores! E o mais importante do livro é: Não imponha sua verdade na vida do outro. É a sua, não da outra pessoa.
Sevin Montgomery e Evangeline Suttons tem seus dilemas para enfrentar, seus ideais de vida para construir, em uma sociedade que eles cresceram tendo que aceitar o que lhes eram ditos como certo, para o bem “social”, embora, muitas vezes essas mesmas pessoas tinham tetos de vidros. Em nenhum momento eu duvidei das suas verdades, assim como dos sentimentos que eles tinham por todos aqueles que amavam, embora escolhas tristes foram feitas.
Como é, mermã, viver em uma caixa que não serve para você? Vou te responder com a frase do personagem que é marcante:
“Cada dia era como uma morte lenta.” – Sevin Montgomery
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