Resenhas - Em Defesa do Preconceito

Tekytcha 23/11/2023

Uma leitura interessante e pertinente para o presente
Foi minha primeira experiência lendo Dalrymple e acredito que, se seguir na msm linha os outros trabalhos, eu vou gostar bastante de ler os outros livros. O autor tem muita habilidade comunicacional então não chega a ser uma leitura difícil ou cansativa. Apesar disso, ele cita vários filósofos, e saber de antemão sobre esses nomes vai ajudar a compreender os pontos abordados pelo autor. Enfim, eu recomendo o livro.

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?Temos que ter, ao mesmo tempo, confiança e discernimento para pensarmos logicamente a respeito de nossas crenças herdadas, e a humildade para reconhecermos que o mundo não começou conosco, e tampouco terminará conosco, e que a sabedoria acumulada da humanidade é muito maior do que qualquer coisa que podemos alcançar de forma independente.?

Cristina117 24/08/2023

Boa leitura, mas com certeza, a população não está preparada para as verdades que ali estão escritas ?

Alassë 28/07/2023

Pessoas sem preconceitos não existem
Precisamos ter preconceitos para saber como lidar com as situações do dia a dia e nossas decisões. O problema da vocabulo "preconceito" ter sido indevidantemente colocado como problemático e sinônimo de "racismo" ou "xenofobia" é uma apropriação indevida. Somente a partir do conhecimento das ideias pré-concebias, podemos refletir sobre nossos pensamentos sobre o mundo.

Danielle.Bertagnolli 06/12/2022

Você já imaginou como seria o mundo se, a cada geração, todo conhecimento fosse "zerado"?

O livro traz essa reflexão, entre diversas outras.

O quão necessário é sabermos do passado para moldarmos o futuro?

Será que todo pré-conceito é sempre ruim? Ou por vezes ele nos ajuda a evitar os erros já cometidos?

O livro é curtinho, mas bastante denso. Requer uma leitura atenta e reflexiva, mas com certeza vale a pena.

João Pedro 13/07/2022

Interessante com algumas ressalvas
É um livro que verdadeiramente estimula o pensar. Sendo assim, sinto-me na liberdade de criticar alguns pontos da argumentação do autor:

De fato, é impossível que não tenhamos ideias preconcebidas. Se analisarmos suas origens, contudo, perceberemos que há sempre um elemento racional por trás de fatos sociais ou inconscientes; logo, concebido por intermédio da mente humana.

Analisemos o exemplo que o próprio Dalrymple fornece: ?sentamo-nos à mesa para comer.? Evidentemente, tal afirmação não é e não deve ser questionada na atualidade. Porém, a criação do conceito de se comer à mesa foi dada pela razão. Ora, fez-se necessário o ato unicamente humano de pensar para que o homem primitivo chegasse à conclusão de que a mesa fornece limpeza e segurança contra pequenos animais; ergo, não foi algo naturalmente herdado ou intrinsecamente preconcebido.

Creio que os únicos elementos aos quais não cabem questionamentos são os fatos objetivos. Descobertas científicas, por exemplo, não passam de verdades provisórias.

ricardinho 03/07/2022

Somos todos preconceituosos
Anthony Daniels ou Theodore Dalrymple é um médico psiquiatra e escritor britânico, tendo atuado no Zimbábue, Tanzânia, paises do leste europeu e da América Latina. Baseado na sua vasta experiência e contato direto com presidiários e pessoas com distúrbios, relata o seu conhecimento nos livros que escreve. Dalrymple é o autor por trás de Em Defesa do Preconceito - A necessidade de se ter ideias preconcebidas.
O homem que diz não ter preconceito teme ser visto como intolerante e incapaz, mas ideias preconcebidas são necessárias e servem de guias para a existência. Antes de escolhas difíceis, como ter um filho, por exemplo, seria importante incutir preconceitos na cabeças de jovens (13 anos) e mostrar que a decisão de ter filhos nessa idade, não a tornará mais madura ou acompanhada, e sim que terá que abrir mão de sua adolescência e educar alguém, quando nem a sua personalidade está ainda bem trabalhada.
Atualmente, o termo "preconceito" está distorcido e usa-se apenas com conotação negativa. Daí, surgem os revolucionários de plantão contra tudo e contra todos: "Os transgressores habituais das fronteiras não se opõem tanto a qualquer fronteira em particular, mas à existência de fronteiras enquanto tais. Eles querem uma vida sem fronteiras: a civilização tem sempre os seus descontentes.". Esta citação evidencia o pano de fundo por trás da generalização conceitual do termo e leva à reflexão sobre a busca da igualdade. Seria real ou via de mão única? A resposta está nas palavras do próprio autor "A igualdade de todas as opiniões, desde que sejam as suas". Portanto, alguns se dizem contra qualquer autoridade, quando, de fato, são seletistas e respeitam, realmente, a sua. Assim, o desigual é tangenciado e tenta-se incutir a ideia de que quem faz diferente busca unicamente ser o melhor em algo e deve ser tratado como presunçoso, quando na verdade deve ser elogiado por buscar alternativas não previstas antes.
Dalrymple também chama a atenção para o fato de que as palavras, com o tempo, mudam de significado e aqueles que raciocinam de acordo com o conceito anterior, são condenados. A palavra discriminação é um exemplo.
Diante de conceitos positivos e outros inaceitáveis, é preciso que haja a capacidade de dicernir quando é o momento ou não de abandonar certos preconceitos.
Leitura super indicada e não esqueça de curtir no @photobrincando.


site: @photobrincando

Lucio 23/04/2022

Por um mundo mais preconceituoso - e isso é bom!
Há preconceitos bons e preconceitos ruins. Eis a questão que muitos não conseguem entender. E não se vê as reais intenções dos que discursam contra os preconceitos em geral, e nem a impossibilidade da proposta, bem como seus efeitos nefastos. Para entender tudo isso, veja a resenha que coloquei no meu canal!

Resenha em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pR5Ras10ORA&ab_channel=InstitutoSensoComum

Andre.Santana 23/02/2022

Theodore Dalrymple indispensável.
Como sempre Theodore Dalrymple colocando o dedo na ferida. Em 29 ensaios o autor destrincha a questão do preconceito e nos monstra como muito pré-conceitos não importantes para a vida em sociedade.

Julio.Henrique 19/02/2022

O preconceito na perspectiva de um conservador
O conservador Dalrymple trata sobre o preconceito contra o preconceito, trazendo a lume que há preconceitos ruins e bons. Ele revela o risco de eliminar ideias preconcebidas boas, necessárias e indispensáveis, a partir da premissa de que um preconceito é substituído por outro que nem sempre é mais virtuoso do que o anterior. Há um importante aspecto civilizador presente em alguns preconceitos, expressos em tradições e convenções sociais, reconhecidamente benéfico para a humanidade e que deve ser preservado. Leitura esclarecedora.

Valeria.Pinheiro 02/02/2022

Livro de fácil leitura. Apresenta o real significado da palavra preconceito, e o porquê da necessidade de se manter alguns.
Gostei muito. Recomendo para quem quer ver uma outra abordagem sobre o tema - algo diferente do que vemos na mídia progressista.

jonathanrausch 19/11/2021

Limpa o pano que passaram
O autor realmente consegue cumprir a meta que propõe, mostrar que o preconceito é de suma importância para a individualidade e sociedade, se bem mantido e adequado racionalmente.

O autor conceitua os preconceitos existentes, desmistifica a completa benevolência dada hoje em dia para quem os enfrenta a risca, e mostra o perigo que paira tanto no conservadorismo reacionário quanto no sujeito que foge ou luta ativamente contra, criando um "novo mundo" na visão deles, pelo menos em tese, sendo o mesmo tão carregado de preconceitos quanto, sendo bons e/ou ruins, mas como o autor retrata, a memória é curta e as funções daqueles comportamentos que parecem progredir contra o preconceito são a favor de preconceitos futuros tão ruins quanto.

A meia estrela jogada no limbo foi pelo autor tentar se manter o máximo imparcial e debater o tema de forma a não ter meta de agradar nenhum dos múltiplos lados, mas ter um prefácio que não conseguiu referir o mesmo na versão brasileira.

Rutinha100czs 14/10/2021

O autor apresenta uma sociedade totalmente contra qualquer tipo de autoridade, uma sociedade que pensa que ser livre é não ter preconceitos ou ideias pré-concebidas. Para ele, é impossível que eles não existam, pois quem nega um preconceito já demonstra um preconceito contra o preconceito....

Marcella.Pimenta 30/08/2021

Ensaios curtos e precisos
Típico título que precisa do subtítulo pra não ser rejeitado automaticamente nos dias de hoje. ??

São 29 ensaios que você consegue ler tranquilamente em um mês. Alguns têm 2 páginas.

A linguagem do autor é bem simples e cheia de ironia, mas de uma forma sofisticada.

Ele mistura a experiência dele como psiquiatra, cita casos, conversas com pacientes para exemplificar como certos preconceitos afetaram a vida daquelas pessoas.

E nem pense "ah, ingleses, os problemas deles são bem diferentes dos nossos". Tem adolescente grávida, homem que bate na mulher, pai que deixa o filho pequeno fazer o que quer...

É um livro essencial para refletirmos sobre as nossas escolhas e sobre o mundo em que vivemos.

Blendinha 22/05/2021

Esse livro é um início de unha jornada pessoal em me tornar uma pessoa política.
Ele me foi muito útil ao me fazer rever alguns posicionamentos que tinha antes e algumas filosofias hipócritas que levava comigo.
A leitura não é simples, mas depois dos primeiros ensaios ela flui. Acaba sendo uma leitura rápida e o autor tenta simplicar o máximo possível com utilização de exemplos cotidianos.
Sobre o título, não se preocupe, o autor vai desconstruir a definição da palavra preconceito que se alinha com todo o propósito do livro.
É um leitura que recomendo para todos, à partir de uns 15 anos já dá para ter um intendimento sobre essa leitura, se vc é mais novo tente os primeiros capítulo e veja seu entendimento para julgar se vai conseguir aproveitar a leitura.