Marcos 23/09/2010
Misto de relato autobiográfico com biografia de um sujeito em busca do sentido da vida, a obra tem um estilo diferente dos livros convencionais. Maugham conta a sua trajetória e a de seus amigos, especialmente Larry, o que buscam na vida e como conseguiram.
Através de Elliot, conhecemos um pouco a vida da aristocracia do início do século XX, o que desejavam, como passaram pela grande depressão de 29 e como seguiram (ou não) adiante. Isabel e Gray seguem passos semelhantes aos deste personagem, com a diferença de que Elliot era o típico aspirante a nobre inglês, enquanto o casal corria atrás do sonho americano.
Larry, ao contrário, buscou uma vida de desprendimento e evolução espiritual. Um contraste, que provocou uma série de repercussões na vida dos demais personagens, motivo pelo qual pode ser entendido como o personagem principal.
Sophie esteve perto de seguir este caminho, mas já bastante enfraquecida pelas tentações do mundo material, não teve forças para persistir.
É interessante conhecer a perspectiva de Larry, razão pela qual o autor diz ter se sentido motivado a escrever o livro, mas não chega a ser algo surpreendente. A ideia foi bastante abordada na literatura, como nos livros de Herman Hesse. Esperava um pouco mais, mas não é um mau livro.