Homens sem mulheres

Homens sem mulheres Haruki Murakami




Resenhas - Homens Sem Mulheres


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Rafael 28/08/2020

Notas de literatura
A chuva caindo lá fora, um disco de jazz tocando ao fundo de um bar, um gato num canto, um cigarro numa mão e um livro numa outra.
Esse é meu primeiro contato com Haruki Murakami. Essa obra é em formato de contos a narrativa é cativante, cercada de mistérios, ambientada em fantasia e realidade.
Uma viagem única que nos coloca por dentro de ruas, vielas e becos de um Japão contemporâneo num olhar diferenciado do oriente, um oriente amalgamado com a cultura ocidental.
Como em ritmo de jazz com suas notas, batidas e melodias melancólicas Murakami transforma literatura em notas musicais poética.
Vale muito a pena ler e tomar nota das referencias, referências essas, das mais diversas áreas da arte e do saber humano e que somos apresentados a media que percorremos as excentricidades de seus complexos personagens.
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Yasmin 19/01/2023

Homens sem mulheres, saudade e transformação.
Homens sem mulheres retrata a vida de vários homens e como foram impactados pela falta de uma mulher que entrou e saiu de suas vidas. Fala sobre a solidão, a vontade de mudar, a vida tediosa que se leva quando se perde alguém que está há tanto tempo com você, compartilhando mágoas e alegrias.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 13/01/2016

Haruki Murakami - Homens sem mulheres
Editora Objetiva, Selo Alfaguara - 240 páginas - Tradução direta do japonês por Eunice Suenaga - Lançamento no Brasil 01/10/2015 (Leia aqui um trecho disponibilizado pela Editora).

Sete contos inéditos no Brasil, sendo três deles já traduzidos para o inglês em 2015 e lançados em revistas literárias como a New Yorker, caso de Yesterday, Sherazade e Kino. Todos os textos têm uma unidade temática que os ligam com diferentes abordagens: a solidão e o abandono do ponto de vista masculino, a dificuldade dos homens em entender e lidar com o universo feminino. Um dos personagens, por exemplo, afirma que as mulheres nascem com uma espécie de órgão independente especial para mentir, principalmente para assuntos importantes e são capazes de não alterar a expressão do rosto nem o tom de voz nesse momento. É claro que nem todas as narrativas têm este foco, de certa forma, "machista". De qualquer forma, uma característica comum e marcante de todos os contos é que, normalmente, há sempre o elemento da traição feminina, algumas vezes conhecida e consentida pelo parceiro, fazendo aumentar ainda mais a solidão e sofrimento desses tristes homens sem mulheres. Os fãs do autor encontrarão novamente as já tradicionais referências ao mundo ocidental, principalmente nas influências literárias. Um dos contos, Samsa apaixonado, é uma criativa fábula com base no clássico de Franz Kafka, Metamorfose, ao inverso, um inseto se transformando em homem. Sem falar na presença da música clássica, jazz e rock e, é claro, os misteriosos gatos, sempre uma participação garantida em seus romances e contos.

Em Drive my car, Kafuku, ator viúvo de meia idade, contrata os serviços de Misaki, uma motorista que acaba se transformando em excelente e silenciosa ouvinte de sua história. É claro que Murakami não se limitaria a imaginar um simples carro japonês ou outro modelo mais caro e sofisticado, contudo sem muita imaginação, como um Porsche ou BMW. O protagonista é dono de um SAAB 900 amarelo conversível com transmissão manual, bem a cara de Murakami não é mesmo? Um dia, em um congestionamento na Via Expressa Metropolitana de Tóquio, Kafuku conta como conheceu propositalmente o último amante da sua falecida mulher para tentar entender por que ela precisava traí-lo. Durante os vinte anos de casamento ele nunca revelou que conhecia as relações clandestinas da esposa que iniciaram após terem perdido um filho, contudo, ele fingia levar uma vida normal com medo de perdê-la. A busca de uma resposta é dolorosa e talvez inútil, mas ele não consegue evitar.

"No banco do passageiro, Kafuku pensava muito na sua falecida esposa. Por alguma razão, desde que Misaki começara a dirigir o seu carro, ele se lembrava da esposa com frequência. Ela também era atriz, dois anos mais nova que ele e tinha um rosto bonito (...) Kafuku amava a esposa. Sentiu uma forte atração por ela logo que a conheceu (ele tinha vinta e nove anos) e o sentimento não mudou até ela morrer (ele já estava com quarenta e nove). Enquanto foram casados, nunca dormiu com outra mulher. Não por falta de oportunidade, mas não sentiu vontade nenhuma vez. Entretanto, sua esposa dormia com outros homens de vez em quando. Kafuku ficou sabendo de quatro deles. Ela manteve relações sexuais regulares com ao menos quatro homens. É claro que sua esposa agia como se nada estivesse acontecendo, mas ele logo percebia que ela estava se entregando a outros homens, em outros lugares." (Drive my car - pág. 19)

Já no conto "Órgão independente", Tokai é um cirurgião plástico de cinquenta e dois anos de grande sucesso profissional e facilidade com as mulheres. Ele nunca desejou se casar e constituir uma família. Por este motivo sempre se envolvia com mulheres casadas ou em outros relacionamentos mais sérios. Ele nunca se incomodou pelo fato das namoradas dormirem com outros homens, pois entendia que o "corpo não passava de um objeto carnal". Tudo caminhava bem na sua vida até que ele se apaixona por uma dessas namoradas casuais, estabelecendo pela primeira vez um forte vínculo afetivo como confessa neste trecho: "Quando o coração dela se move, o meu é puxado junto. Como dois botes presos por uma corda. Mesmo querendo cortá-la, não encontro em lugar nenhum uma faca que possa fazer isso". No entanto, o desfecho deste caso não é exatamente o que se poderia chamar de um final feliz para o protagonista.

"Para Tokai, o próprio momento de dividir a mesa, tomar uma taça de vinho e aproveitar a conversa com as namoradas já representava um enorme prazer. O sexo não passava de uma 'diversão adicional', uma extensão desse momento, e não era o objetivo final. O que ele buscava acima de tudo era um contato íntimo e intelectual com mulheres atraentes. O resto era o resto. Por isso as mulheres se sentiam naturalmente atraídas por Tokai, divertiam-se sem reservas na sua companhia e, como consequência, passavam a noite com ele (...) Ele nunca se viu envolvido em um problema sério com mulheres. Não lhe agradavam conflitos emocionais complicados. Quando uma nuvem escura despontava próxima ao horizonte, ele se afastava de forma hábil e elegante, sem agravar a situação e sem magoar a namorada, na medida do possível." (Órgão independente - págs. 88 e 89)

Em "Homens sem mulheres", a narrativa é um pouco mais complexa e inicia com o protagonista sendo acordado por uma ligação na madrugada de um homem desconhecido, que dá a seguinte notícia sobre uma antiga ex-namorada: "Minha mulher se matou na quarta-feira da semana passada. Em todo o caso, achei que tinha de avisá-lo".

"E, no final das contas, ela morreu. Um telefonema no meio da noite me dá a notícia. Não sei o lugar, o meio o motivo nem o objetivo, mas de qualquer forma Eme resolveu dar fim à própria vida e conseguiu. Partiu (provavelmente) em silêncio deste mundo real (...) Com a morte dela, sinto que perdi para sempre a parte de mim que tinha catorze anos. Como a camisa aposentada de beisebol, a parte de mim que tinha catorze anos foi arrancada da minha vida pelas raízes. ela foi guardada em algum cofre robusto que foi fechado com uma chave complexa e afundado no mar." (Homens sem mulheres - pág. 230)

"Um dia, de repente, você vai ser um dos homens sem mulheres. Esse dia chegará subitamente, sem nenhum aviso prévio nem sinal, sem premonição nem pressentimento, sem uma tosse que seja ou uma batida na porta. Ao virar a esquina, você vai descobrir que já está ali. Mas não poderá voltar atrás. Uma vez que virar a esquina, será o único mundo para você. Nesse mundo você estará entre os 'homens sem mulheres'. Em um plural infinitamente indiferente." (Homens sem mulheres - pág. 231)
Camila A. Meireles 24/01/2016minha estante
Estou amando a leitura. Bela resenha.




h4gatha 05/04/2024

Nao sou homem e tenho mulheres
Uma boa pedida pra quem quer começar a ler o autor, é com certeza um dos melhores livros de contos que eu já li, destaque para "drive my car", "órgão idependente" e "samsa apaixonado"

Tem como tema central (como o nome já diz) homens que por alguma circunstância, seja o abandono, morte ou traição, se veem privados da presença das mulheres que amam

esse é um tropo recorrente que quem já leu murakami vai reconhecer logo de cara: a mulher inalcançavel e idealizada e o homem coitado, melancólico e sozinho. E dentro dessa relação e da cabeça dos personagens ele reflete sobre o amor, solidão, dependência e muitos outros temas correlacionados com aquela pitada de realismo mágico característica

Acho interessante como ele coloca o homem em papel de vulnerável e como, diante dessa visão sensível e masculina, podemos identificar muitos padrões. O complexo madonna-prostituta é muito presente na obra, assim como aquela noção que "o homem só se apaixona uma vez na vida".

Super vale a pena!
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@quixotandocomadani 05/06/2022

"A memória é, inevitavelmente, algo sempre inventado"
Homens sem mulheres é composto de 7 contos que falam basicamente de relacionamentos. Mais especificamente de homens que  perderam suas mulheres, seja pela morte ou o término do relacionamento.

Com gatos, bares e música no pano de fundo seguimos conhecendo personagens excêntricos, seus questionamentos, desejos contraditórios e reflexões. Três dos contos que mais gostei:

- “Órgão independente” em que o Dr. Tokai, homem de 52 anos e solteiro convicto, se apaixona.  Murakami nos mostra  que a vida tem seus altos e baixos, mas que ela é bela e sem isso, a vida seria mto sem graça.

- No conto "Kino" depois de se separar da mulher, ele abre um bar. Com uma pitada de realismo mágico percebemos a importância de aceitar e viver as nossas dores.

- E em "Samsa apaixonado", ao invés do homem acordar no corpo de um animal gigante como acontece com Gregor, em A Metamorfose, algo acorda no corpo de um homem. Muito boa a descrição de como ele toma consciência de todos os gestos e hábitos humanos.

Leitura bem gostosa e fluída.

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Caroline 21/05/2022

Creio que o Murakami é o autor que mais se conecta comigo, então sou suspeita para falar.
Não sou de ler contos pq nunca consigo me envolver nas pequenas histórias, mas ele conseguiu (e não estou chocada).
O que mais me fascina no Murakami é a capacidade dele de contar uma história cheia de elementos fantasiosos, cenas bizarras e mesmo assim te faz sentir compreendido naquela estranheza toda.
Me forcei a ler apenas um conto por dia pq não queria que o livro acabasse. Mais um favorito de Murakami para a minha lista ?
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Michel Pinto Costa 03/07/2022

Um Livro para Homens?
Murakami é um autor muito comentado nos clubes e rodas de livros, talvez por isso eu tenha demorado a procurá-lo. Enfim, resolvi conhecê-lo e não me arrependi, a leitura é muito prazerosa.
Apesar do carro chefe seja o conto 'Drive My Car', que deu origem a um excelente filme, os demais contos são do mesmo nível.
Em regra, mostram os medos e inseguranças dos homens frente às mulheres e a vida.
Talvez a exceção seja "Sherazade', que cuja personagem vê o homem como objeto do seu desejo. Não é comum o homem ser visto como objeto sexual.
O conto 'Kino' é de um homem querendo fugir de si mesmo.
E destaco o conto do cirurgião estético que tem um certo orgulho de dizer que nunca se apaixonou, até que um dia o inevitável acontece.
Livro que traz muitas reflexões e é muito indicado.
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Nicolas388 17/09/2022

"Na vida passada eu fui uma lampreia"
Vou começar com sinceridade: o livro me decepcionou. No entanto, também fico meio dividido com os contos, por isso vou tentar separar entre o que me incomodou e agradou.

É impossível dizer o que me incomodou sem começar pelo machismo explícito presente nas histórias. No primeiro conto, "Drive my Car", eu achei primeiro que era apenas uma característica do protagonista, mas logo percebi que estava presente, na verdade, em quase todas as histórias. As mulheres são "objetos" no livro, e isso me incomodou muito. Não sei se foi um modo do Murakami de expressar o forte sexismo que existe no Japão, ou se ele próprio é um fruto desse sexismo (o que eu acho mais provável). Porque as mulheres no livro, além de "objetos", são mentirosas e na maioria traem os protagonistas masculinos dos contos. Então trata-se, praticamente, de relatos de homens héteros desacreditados no amor. Mas em contrapartida, elas também são independentes, inteligentes e, em geral, realizadas profissionalmente, e não pedem nenhuma aprovação desses homens depressivos que protagonizam os contos. Mas é importante dizer que a participação feminina no livro é quase reduzida ao mínimo. E quando digo de participação não é com relação a existência delas ? elas estão lá, apenas não participam tanto.

Agora que desabafei (meu deus, que textão!), temos do outro lado da moeda a escrita do autor, e caramba, que escrita! Tudo é muito dosado, os ambientes são magistralmente construídos e nada parece exagerar. Tanto a escrita quanto as relações dos personagens parecem emanar uma intimidade que parece, às vezes, inexplicável. Pessoas que acabaram de se conhecer discutem banalidades que só ganham espaço e significado em meio a escrita de Murakami. Nada de malícias ou julgamentos, é tudo muito sincero. Há escritores que, em sagas inteiras, não conseguem construir um único personagem, mas Murakami faz isso muito bem em alguns parágrafos.

Para mim o que salvou o livro também foram os últimos contos: "Sherazade", "Kino", "Samsa Apaixonado" e "Homens sem mulheres". Drive my car" também é um conto interessantíssimo, mas perde pontos por aquilo que já disse.
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Fer 16/11/2023minha estante
Acabei de terminar e concordo totalmente!!!




otxjunior 28/07/2021

Homens sem Mulheres, Haruki Murakami
Minha primeira incursão ao autor, ou o definitivo homem que não amava as mulheres (mais a seguir), promovida principalmente pelo filme premiado em Cannes este ano que é baseado no conto que abre esta coletânea. Posso dizer que lembrei de uma tirada machista ao fim de cada texto: "mulher no volante, perigo constante" no primeiro, "mulher de amigo meu pra mim é homem" no segundo e assim por diante, numa sequência de histórias com personagens femininas mentirosas, traiçoeiras, adúlteras, vingativas, submissas, insensíveis e até deformadas. É conhecido o machismo na cultura japonesa, mas a misoginia de Haruki Murakami parece ser de cunho pessoal, proporcionada por inúmeras dores de cotovelo monumentais. Mas, apesar da impressão geral de heteronormatividade tóxica, aqui o todo não é igual a soma das partes.
Talvez exceto pelo (felizmente) último, que dá título ao livro, eu gostei de todos os contos. A escrita de Murakami é envolvente, cativa em seu modo simples, não simplório, de narrar. Em Kino, por exemplo, é fácil habitar aquele bar imaginário e se importar com o seu proprietário. Aliás a reabilitação do personagem após um abalo emocional é realmente comovente; e o elemento fantástico funciona melhor do que em outros casos, como no conto erótico envolvendo uma chaveira (não tem como ser mais óbvio na metáfora sexual) corcunda e ranzinza e um inseto recém-metamorfoseado em homem (além da referência direta a Kafka, também há para Woody Allen e Os Beatles), de mote "para o amor tudo vale a pena"!
Por fim, dá para reconhecer um tema comum a todos os contos, o desejo frustrado de ser quem não é - o outro podendo ser pessoa, planta ou animal. Praticamente todos giram em torno de traições sexuais ou sentimentais, o que evidencia a dinâmica encenação/realidade. Tem uns símbolos que trafegam também entre as histórias, sendo a cor azul-marinho aquele que salta aos olhos ao refletir o sentimento de solidão da maioria dos protagonistas masculinos, todos miseráveis. O que, parando para pensar agora e revendo a capa desta edição, reforça mais um esteriótipo de gênero: "rosa é de menina e azul é de menino".
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Nathalia184 10/01/2023

Comecei a ler Murakami por costume de sempre começar autores novos por seus livros de contos (isso sempre é interessante).

Os contos aqui abordam adultério, luto, desespero e são repletos de melancolia.
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Doug 24/01/2023

Uma coletânea de contos sobre o mulheres e ausência delas, minha história preferida e Drive My Car que ganhou longa dirigido por Ryusuke Hamaguchi.
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Marina516 03/06/2022

Quis chorar em todos os contos. Realmente a chave de ouro é Homens sem Mulheres. Muita poesia. Inquestionável.
gi 21/06/2022minha estante
Nossa mulher com que olhos vc leu, me mostra tua visão por favor! Eu achei alguns bem desnecessários, algumas partes tb, e talvez pq eu não entendi.


Marina516 22/06/2022minha estante
Gi, eu costumo ler livros, escritos por homens especialmente, colocando muitas coisas em diferentes compartimentos. Acho que existem muitas diferenças culturais e de gênero mesmo. Quis ler olhando mais pra complexidade das situações. E também problematizei as traições, mas não quis apontar tudo na resenha. Acho que os diálogos foram muito importantes




GilbertoOrtegaJr 11/05/2016

Homens sem mulheres- Haruki Murakami
Este é o sexto livro que leio de Haruki Murakami, e o primeiro que leio em papel, todos os outros quatro foram em e-books. A primeira coisa que noto neste livro é a capa, feita meticulosamente e de muito bom gosto, com algumas linhas, e pequenos círculos que lembram bolhas de sabão, porém em cores preto, branco e rosa (que em mãos formam uma peça linda, como a grande maioria dos livros da editora Alfaguara).

O livro é formado por sete contos, que em comum têm protagonistas solitários, e buscam analisar relações ou momentos passados de suas vidas, quando já estão na meia idade como são alguns dos casos, em outros, ao contrário do que sugere o título do livro, não está em jogo uma história de amor, somente personagens que convivem entre si, sem que necessariamente tenham ou já tiveram um relacionamento passado.

Em Dri my car , um ator contrata uma motorista particular por estar com sua carteira suspensa, aos poucos os dois vão se aproximando e se conhecendo melhor, até que o ator decide contar ao motorista que após o falecimento de sua mulher ele decidiu se tornar amigo do último amante dela.

Yesterdey é o conto onde o narrador relembra um amigo que ele tinha, este amigo mesmo tendo uma namorada linda, vive em conflito por causa da pressão que ele mesmo se exerce para que entre em uma determinada faculdade, e ele acaba pedindo ao narrador para que tenha um encontro românico com sua namorada. E anos depois o narrador se encontra com a ex-namorada do seu amigo, e ambos relembram deste estranho garoto.

No conto Órgão independente um escritor relembra seu amigo Tokai, um cirurgião, que costumava fazer bastante sucesso com as mulheres, mas sem nunca se envolver profundamente de forma emocional. Até que um dia ele acaba se apaixonando por uma mulher, que passa a não corresponder ao sentimento de Tokai, e então ele começa a literalmente sofrer de amor.

Sherazade traz ao leitor a história de um homem que é impedido de sair de sua casa, e cujo único contato com o mundo exterior é a sua empregada, que ele não conhece o nome, e nem nada da identidade dela, mas além da faxina ela faz sexo constantemente com ele, e após o sexo ela acaba lhe contando histórias do seu passado, sejam elas reais ou imaginários.

Kino é de longe meu conto preferido, onde após ser traído e abandonado por sua mulher, um homem decide abrir um bar, este bar não faz muito sucesso, mas tem entre seus clientes está um homem que sempre aparece no bar para ler, e uma misteriosa mulher que se envolve com Kino. Este é um conto lindo, ao menos para mim já valeu o livro todo, onde um dos principais temas é a autodescoberta.

Em Sansa apaixonado Murakami faz o inverso daquilo que Franz Kafka fez em seu livro A metamorfose, neste conto um inseto acorda em forma de humano, em uma casa onde não sabe de nada, e pela manhã ele recebe a vista de uma chaveira corcunda, pela qual ele acaba se apaixonando.

Por fim no conto Homens sem mulheres, que dá nome ao livro, um homem é acordado no meio da noite por um telefonema que o informa que uma de suas ex-namoradas acabou se matando. E isso é o fio condutor para que ele passa a criar uma teoria sobre todos os homens que estão sem mulheres, ou foram deixados por elas.

Eu escolhi este livro para ler, pois conheço o autor e que gosto muito do seu estilo, mas não consideraria este livro imperdível, apenas para quem tem interesse em conhecer a obra toda de Haruki Murakami. Seus contos são divertidos e tem toques inusitados, que nos deixam pensando naquilo que acabamos de ler, valendo a pena como ótimo livro para quem deseja conhecer o estilo do autor antes de se aprofundar na leitura de seus livros.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/05/12/homens-sem-mulheres-haruki-murakami/
Márcio_MX 12/05/2016minha estante
Sim, a editora Alfaguara faz um ótimo trabalho em suas capas do Murakami. A capa de "O Incolor Tsukuru Tazaki..." é de uma sutileza ímpar.
Obrigado pela ótima resenha, esse será mais um Murakami na lista.


GilbertoOrtegaJr 12/05/2016minha estante
;)




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