Odalisca

Odalisca Yuri Belov




Resenhas - Odalisca


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Vinicius.Correa 17/02/2020

Assim que eu vi a capa desse livro no feed de fotos da página inicial do Instagram, logo pensei: Eu preciso ler esse livro. Algo que estava além de mim, sabe, simplesmente bati os olhos e senti vontade de ler. Isso tudo só pela capa, mas quando eu vi a sinopse a vontade... Só aumentou.

Fiquei super animado com a parceria, e eu tinha altas expectativas com a história, entretanto demorei mais do que eu gostaria para ler o livro. Me afundei em meio a tantas leituras e trabalhos de escola, além do meu estágio que comecei a fazer agora a pouco. Mas enfim, tive a oportunidade, e tempo, para le-lo. E confesso: Me frustrei um pouco com a leitura. Mas antes de você pensar inúmeras coisas achando que o livro é ruim, fique sabendo; Ele não é, muito pelo contrário. Grande parte do problemas foi comigo. Eu nutri muitas expectativas com a história, e acabei percebendo que era algo totalmente diferente do que eu imaginei, o que pode ter gerado essa frustração.

A história gira em torno de Roxane, uma jovem na base de 20 anos vinda de uma família muito rica. Em um primeiro momento ela é culta, inteligente, tímida e requintada. Assim como uma moça do meio social em que ela vive deve ser. O problema é o outro lado dela, o que ela esconde. Quase que como ela tivesse uma segunda personalidade, essa segunda é o oposto da primeira. Esse lado obscuro da Roxane é viciado em sexo, aventuras e coisas proibidas.

A Roxane é uma personagem que por mais que eu tente gostar, não da certo. Tudo que eu vejo é uma menina mimada e com problemas psicológicos. Ela relaciona-se apenas com pessoas de, no mínimo, 20 anos mais velhas que ela. A arte da conquista é como um jogo. Uma fera a procura de sua presa. Seus muitos relacionamentos levaram-na a envolver-se com a bruxaria, entretanto ela o faz apenas por diversão, pois nos dias seguintes dos rituais que ela pratica, por arrependimento, vai na igreja pedir perdão.

Partindo dessa premissa, a personalidade totalmente desequilibrada da protagonista, acompanhamos o desenrolar do relacionamento dela com Siegfried, um executivo que trabalha na empresa do avô de Roxane. Aliás, ele também é um personagem o qual eu não engulo totalmente. Pois mesmo sabendo que ele seria apenas um "casinho" ele se deixou apaixonar-se por Roxane, e a partir dai viu sua vida, profissional e pessoal, decair.

Além desse lado voltado aos relacionamentos de Roxane, o livro também foca bastante no meio executivo e empresarial, nos apresentando a rotina corrida de uma empresa e as muitas dificuldades, tanto para manter o emprego, como também para consegui-lo. O que apesar de ser bem interessante, acabou por deixar a história um tanto quanto cansativa. Outro tema mencionado é das desavenças familiares que cercam a família de Roxane, pessoas ricas e ambiciosas que querem ainda mais dinheiro do que já possuem.

Nas mais de 500 páginas que o livro possui, acho que muitas delas foram só enrolações. Eu realmente via muito potencial na obra, mas talvez em muitos pontos ela tenha focado no lado errado. Por exemplo, o foco principal poderia ser os rituais macabros mencionados, já que o subtítulo do livro nos leva a pensar que será isso, em vez do meio corporativo. Na verdade, o lado sombrio e macabro é bem pouco mencionado na história, apenas narrado brevemente sem muitos detalhes. Por isso tamanha decepção. Eu comecei a ler o livro achando que o foco seria esse, e acabou por ser outro.

E enquanto eu lia, não conseguia imaginar a qual final a história iria se encaminhar. E devo dizer, não foi algo muito surpreendente. Eu esperava algo com mais ação, ou uma trama mais melodramática, ou talvez, até mesmo uma mistura dos dois. A morte da protagonista chata e mimada seria uma boa, na minha opinião. Apesar disso, não foi inteiramente frustrante gostei do caminho que a história tomou, mas que poderia ser mais complexo, poderia. Mas apenas para ressaltar: Eu não estou desmerecendo a obra. Não. Longe disso. Apenas estou contando minha opinião. Na verdade o livro é bom. A escrita é agradável e a maneira de contar a história foi muito bem desenvolvida. Os acontecimentos são envolventes e tudo mais. É um livro que vale a pena ler, sim, com toda a certeza. Mas não tão fodastico assim quanto a sinopse leva a pensar.

E por fim, o acabamento é impecável. Cada começo de capitulo nos presenteia com uma nova arte em tons pretos, assim como essa acima. A diagramação foi muito bem formulada, com letras agradáveis e fontes do tamanha certo, apesar de que se fosse maior, seria ainda melhor! A revisão foi muito bem feita, foram quase zero os erros de português encontrados. A qualidade da capa é inegável, a arte criada para ilustra-la retrata muito bem o mistério e a sensualidade que a Roxane carrega, e assim como ela despertou meu interesse, aposto que encantou a muitos outros.
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Jessica Becker 25/09/2017

Odalisca: Dançando com o Diabo numa Noite de Lua Cheia, de Yuri Belov
Lançado em 2015 sob o selo Talentos da Literatura Brasileira da editora Novo Século, Odalisca é um livro ambicioso e tenta reunir política, erotismo e sobrenatural numa trama complexa que pode não agradar alguns leitores.

“Ela tinha se transformado em uma terapia para ele. Somente com ela encontrava um pouco de paz. Era um momento em que esquecia o que se passava durante o dia.” (pág. 153)

Roxane é uma jovem estudante de medicina cujo comportamento é bastante incomum para a sua idade. Aos 21 anos, ela é culta, meiga, não gosta de noitadas e, apesar de ser bela e rica, não tem namorado. Ao menos é isso o que ela demonstra para os familiares e aqueles que a cercam. Na verdade, Roxane leva uma vida dupla: participa de rituais obscuros e tem casos com homens mais velhos. Um desses homens é Siegfried, que trabalha na empresa do avô da protagonista, e que terá de arcar com todas as consequências desse envolvimento.
Odalisca é recheado de cenas picantes, outras violentas e muitas (muitas mesmo) que retratam o cotidiano do mundo corporativo. Diversas histórias com personagens secundários acontecem ao longo do livro e todas elas estão entrelaçadas com o enredo principal. Mais cedo ou mais tarde o leitor fica sabendo qual sua ligação com o desfecho dos protagonistas.

“Certas verdades têm o poder de trazer tanta discórdia que o melhor seria não dizê-las ou mesmo dissimular.” (pág. 306)

E por falar em protagonistas, devo dizer que não consegui me afeiçoar à Roxane. O motivo talvez seja o fato dela se interessar por um homem apenas até conseguir com que ele ceda, não importando se é casado, separado ou solteiro. Ou talvez pode ser pelo fato dela participar de orgias durante rituais secretos. Ou ainda por enganar a todos demonstrando ser a boa moça que eles queriam que ela fosse, quando na verdade isso não passa de fingimento. Ou então, e mais provavelmente, a combinação de tudo isso. O fato é que não consegui me identificar com ela.

“Homens e mulheres têm as mesmas queixas. O fato é que elas resolveram usar as mesmas armas que os homens e agora deram para dizer que sexo é sexo, amor é outra coisa. Acho que elas perderam mais do que nós com atitudes desse tipo. Essa conversa de que mulher só faz sexo se estiver envolvida pertence ao passado.” (pág. 354)

Uma questão importante e elogiável levantada na obra, e que não costumo ver nas que leio, é o posicionamento da mulher moderna no que diz respeito a amor e sexo. Já li muitos livros com protagonistas masculinos que possuem a síndrome de Don Juan (e tal como não gostei da Roxane, não gostei desses personagens também), mas nunca havia visto uma em que esse comportamento é atribuído a uma pessoa do sexo feminino. Talvez isso incomode a alguns leitores, mas é um fato que corresponde à realidade nos dias de hoje.

O sobrenatural, que foi o que me chamou a atenção na sinopse e me fez querer comprar o livro, quase nem existe na trama. O que predomina são as cenas do cotidiano corporativo que poderiam ter sido mais resumidas, tornando a obra menos cansativa e demorada.

Assim, Odalisca não é um livro ruim. Mas também está longe de ser um livro perfeito. Mesmo com uma protagonista não cativante, a obra seria muito melhor se houvessem menos cenas corporativas, pois a partir de um determinado momento elas se tornaram repetitivas e desnecessárias.

site: https://acervodajess.wordpress.com/2017/09/24/resenha-25-odalisca-dancando-com-o-diabo-numa-noite-de-lua-cheia/
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Lígia Costa 24/01/2017

Bom livro, de leitura fluída. Mas acho que como comecei a lê-lo após o término de David Copperfield, tenho achado a leitura rasa. Um misto de Dan Brown com Zibia Gasparetto, muitos cliclês. Leitura gostosa para passar o tempo. Mas que podia ter tido um final mais surpreendente.
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Aione 14/04/2016

Odalisca, de Yuri Belov, chamou minha atenção à primeira vista: sua sinopse, instigante, pouco revela da trama, ao passo que sua capa, aliada às diversas imagens encontradas ao longo da obra, a tornam ainda mais atrativa. Não demorei a perceber que as primeiras impressões transmitidas pelo livro seriam tão misteriosas quanto a sedutora protagonista, Roxane.

oxane é uma jovem da alta sociedade, extremamente bela e inteligente, de personalidade praticamente dupla: enquanto, para os familiares e amigos, sua vida é pacata e marcada pela ausência de namoros, secretamente ela está sempre envolvida em paixões intensas e, muitas vezes, ilícitas, as quais, inclusive, são capazes de levá-la por caminhos até mesmo obscuros. Devido a sua predileção por homens mais velhos e seu desejo constante de novas conquistas, ela acaba por se envolver com Sigfried, engenheiro que trabalha na empresa de sua família e que comete o erro de se apaixonar por ela, de forma a ter sua vida completamente impactada a partir dessa falha.

Yuri Belov soube como atiçar a curiosidade do leitor logo no início da obra: o prólogo revela um grande acontecimento, sem explicá-lo, e logo retornamos no tempo a fim de compreender como tudo ocorreu. Ainda, temos alguns parágrafos narrados em primeira pessoa por um jornalista também chamado Yuri Belov, que afirma ser o responsável por transformar os relatos sobre o grande evento em um documentário o próprio livro que temos em mão. Assim, ele assume a narrativa em terceira pessoa a fim de relatar toda o desenrolar do enredo, e o leitor passa a questionar o quanto da trama será realidade e o quanto será ficção. Ainda, Yuri Belov autor, cujo nome é um pseudônimo é engenheiro de mesma atividade que Siegfried, o que novamente nos remete a uma possível conexão entre fatos reais e a fantasia.

Outra contribuição da profissão do autor para a trama foi o nível de detalhamento que seus conhecimentos possibilitaram ao enredo, visto que muitas passagens são relatadas com extrema minúcia, principalmente no que diz respeito às atividades profissionais de Siegfried, havendo, assim, uma riqueza maior de tais informações. Entretanto, esse nível de detalhamento assume um caráter duplo: ao mesmo tempo em que enriquece a obra, também a torna mais lenta e bastante extensa, de forma que questionei, em alguns momentos, a necessidade de tantos pormenores, se todos eles seriam, de fato, relevantes ao todo.

Também, meu próprio envolvimento com a história foi pouco a pouco diminuído, o que similarmente contribuiu para a sensação de lentidão da leitura. Como o livro funciona como um documentário de um jornalista, há certa impessoalidade e objetividade na narrativa, de forma a estarmos distanciados das personagens. Por preferir narrativas, talvez, mais introspectivas, acabei não conseguindo imergir completamente nessa, o que foi prejudicial em meu aproveitamento da obra. Por fim, as altas expectativas alimentadas no início da leitura acabaram por se tornar negativas, visto que encontrei, com o desenrolar da história, algo diferente do imaginado; supus que o enredo se desenvolveria com uma diversidade maior de acontecimentos e reviravoltas que culminariam no citado no Prólogo e, de modo geral, ela me pareceu bastante linear, considerando-se que senti uma certa repetição de temáticas e histórias, tanto na vivência de Sigfried quanto na de Roxane, principalmente porque o propósito do enredo é justamente o de narrar os altos e baixos vividos pelo primeiro em meio ao mundo corporativo, além da duplicidade da vida da segunda. O que quebrou parte dessa linearidade foram as personagens secundárias cujas histórias são narradas a fim de serem entrelaçadas à principal, construindo toda uma teia positiva de eventos conectados ao final.

De um modo geral, achei a história interessante, principalmente pelo aspecto autor/personagem, e por haver um entrelaçamento de eventos que garantem originalidade e identidade à trama, ainda que a leitura tenha sido mais lenta e extensa do que o esperado. Indico a leitura aos que buscam uma obra recheada tanto de tramas políticas quanto de misticismo e paixões, salientando que ela se destina a um público mais maduro e disposto a realizar uma leitura calma e atenta, capaz de receber, de fato, tudo o que o livro tem a oferecer.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2016/04/14/resenha-odalisca-yuri-belov/
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ThaisTuresso 29/03/2016

Odalisca?
Odalisca é um livro ambicioso, com uma trama elaborada e complexa.


Ao iniciar a leitura do livro, os leitores poderão sentir estar dentro de uma cena, temos Carlos José (Cazé), um homem casado convidando o amigo Siegfried para conhecer um clube privê no Rio de Janeiro conhecido como Scheherazade. Ao assistir as apresentações e após aguardar ansioso pela musa da casa, ele vê na dançarina uma tatuagem imperceptível e então, se vê em um emaranhado de emoções.

"Lussin iniciou a dança, deu alguns passos, tirou a túnica e a plateia aplaudiu. Por baixo, usava um manto também azul em outra tonalidade, feito de um tecido fino, quase transparente, que deixava à mostra, de maneira discreta, seu corpo exuberante." pág. 20


Roxane, protagonista desse romance é uma garota de dupla personalidade, aparenta ser uma garota comum, cheia de qualidades e talvez um pouco criteriosa em suas escolhas, mas ninguém imagina que durante a noite, ela é outra mulher, cheia de ousadia, viciada em amores e paixões proibidas, ela era a odalisca.

Entre diversões rotineiras, ela entra e saí da vida de seus amantes quando quer, quando o clima fica intenso e perigoso, ela simplesmente cai fora. Até que Siegfried entra em seu caminho, as coisas começam a complicar:

"Roxane percebeu que ele estava perdidamente apaixonado por ela, tal como outros tantos, e, a exemplo dos casos anteriores, era chegada a hora daquilo terminar. No entanto, pelo menos naquele momento, lhe faltavam forças."

Roxane sofria da síndrome de Don Juan, o que significa que o interesse do conquistador ou da conquistadora, nesse caso, permanecia até que a pessoa que é objeto de desejo ceda, ou seja conquistada. Uma arte de conquistar e descartar. Além da síndrome, ela é fissurada por homens maduros, mais velhos.

"A lembrança de Roxane o seguia como uma sombra. Andando naquela esplêndida cidade, em cada lugar que entrava, em cada vitrine que admirava, seu pensamento permanecia fixo na sua amada (...)" pág. 365

São várias histórias entrelaçadas em um único romance envolvente, detalhado e repleto de mistérios, os leitores irão conhecer não somente a história de Siegfried e Roxane, mas de personagens secundários que foram bem estruturados na trama e são interligados aos personagens principais.

A narrativa é bem detalhista, não é um livro para se ler rapidamente, também não considero como uma leitura de entretenimento por envolver assuntos específicos e por possuir um mote diferenciado no mercado literário. Perturbador, misterioso e impactante. Odalisca é uma obra escrita com grande envolvimento e habilidade pelo autor, como leitor não poderia ser diferente, sem conhecimento prévio das intrigas políticas e do cenário do romance, não temos envolvimento até adentrarmos junto ao autor as emoções mais profundas destes personagens.

É um livro extenso e isso poderá cansar, porém, temos a opção de apreciá-lo aos poucos. A cada capítulo temos uma ilustração exclusiva que instiga o leitor aos próximos acontecimentos, a editora caprichou na diagramação e revisão.

site: http://www.viajenaleitura.com.br/2016/03/resenha-odalisca-yuri-belov.html
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Fernanda 07/03/2016

Odalisca:
RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/03/resenha-odalisca-yuri-belov-novoseculo.html
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Grazi 19/02/2016

Odalisca, de Yuri Belov
https://www.youtube.com/watch?v=Lfu4wKxoo_A
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Robson 31/12/2015

Odalisca
Livro muito bom. Lugares naturais do nosso Brasil. Nos desperta a curiosidade em saber se isso ocorreu com o autor. rsrs
Mas é um livro bom!
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