spoiler visualizarMalu 24/09/2020
O ar que ele respira
O ar que ele respira é um dos livros tristes dessa autora, há todo um drama envolvido na história. Percebi isso quando li Sr. Daniels e agora, com este livro.
Há um ar melancólico por conta da perda, duas pessoas que perderam as pessoas que mais amavam, os dois personagens lidam de diferentes maneiras a dor de perder alguém. Tanto Tristan quanto Elizabeth não lidaram da melhor forma, um se fechou para o mundo e outro, escondeu sua dor.
Os personagens acham que, de alguma maneira, podem curar suas feridas se relacionando de forma casual, sem compromisso. O que estava ruim, só piorou. Lembrar de seus entes era doloroso e com toda certeza, não é uma forma de esquecer.
A autora trabalha pouco com os coadjunvantes e se concentra mais na relação do casal. Tristan faz o estilo "bad boy triste", que se fechou com a morte de sua familia, ele se mantém um pouco resistente no inicio, porém, logo demonstra amor e carinho pela Eliza e sua filha. Elizabeth é comum, guarda suas dores quando está com as pessoas e desaba quando está sozinha, tem uma relação dificil com sua mãe até então e logo demonstra interesse em Tristan.
No começo, é claro, a relação entre os dois é dificil, quando não entendiam um ao outro. Aos poucos isso mudou, com a construção de uma amizade de intimidade.
O que certamente me incomodou, foi o final dramático. Na verdade, não me importo com finais drámaticos. Mas desenvolvi um certo tipo de preconceito contra finais "exagerados", nesse caso, com a descoberta do amigo do marido de Eliza, a cena do tiro.
Porém, no final, fiquei satisfeita. A história é bonita, triste, mas ainda sim emocionante.