GG 22/02/2018
Resenha original no blog DNA Literário
Conheci 60 horas em 2016, li a degustação no Wattpad e fiz as primeiras impressões por aqui. Com uma lista de leitura enorme e passando por uma ressaca literária sinistra, só fui lê-lo por completo agora. Nesse meio tempo, a autora virou parceira do DNA e eu já fiz primeiras impressões de outro livro dela: Amor à primeira vista.
O título do livro é o tempo que Hudson Cavalcanti tem para conseguir o dinheiro do resgate de sua mulher, Gabriela Cavalcanti, e conseguir o antídoto do veneno que o sequestrador injetou nele. Enquanto não mede esforços, não se importando tampouco com as consequências, Hudson faz de TUDO para conseguir o dinheiro. Obviamente, a polícia começa a procurá-lo por um crime que ele não cometeu, mas é o principal suspeito.
"Por amor, um herói pode virar bandido."
Eu estava certa nas primeiras impressões ao dizer que lembrava Busca Implacável, mas as semelhanças não são tantas como eu imaginava, acabei achando mais parecido com outro livro que li este ano: O Inocente, do Harlan Coben. Ambos possuem um protagonista que tenta provar a inocência enquanto foge da polícia e tenta resolver outros problemas. E ambos os autores possuem maestria em te fazer refletir. Em 60 horas eu me senti uma idiota, pois acreditei nas pessoas erradas e desconfiei das certas, mudei de opinião várias vezes e no final tomei um tapa na cara. Eu nem consegui fazer essa resenha depois de ler, tive que esperar alguns dias para absorver o impacto.
Foi o primeiro livro da autora que finalizei e gostei bastante. Gostoso de ler, ao mesmo tempo em que te deixa tenso e angustiado, ela consegue mexer com as emoções do leitor. O ritmo da história é alucinante e os detalhes que Amanda coloca deixam tudo melhor. Porém, achei que houve alguns exageros no detalhamento de cenários ou personagens. Pessoas que não foram importantes para a trama e descrições de cenários sem relevância recebiam uma atenção desnecessária. Talvez para causar um suspense, mas acho que o suspense se manteria mesmo sem isso.
Algo que contribuiu muito para eu querer continuar lendo sem parar (e também para o ritmo do livro) foi o tamanho dos capítulos – bem curtinhos – e os títulos dado a eles. Alguns desesperadores, outros instigantes, mas todos dando uma ideia clara do que teria o capítulo.
Com um final arrebatador e ganchos para uma possível continuação – apesar da autora não ter intenção de escrever mais sobre essa história – 60 horas te deixa com várias reflexões sobre vingança, ética, honestidade, entre outras coisas. E, por fim, não poderia deixar de citar a inspiração dos nomes e aparências dos protagonistas. A autora é super fã da dupla Edson e Hudson e fez essa homenagem a eles (imaginem o surto da autora quando a dupla recebeu o livro dela).
E gostaria de fazer algumas retratações sobre as impressões que tive no início da leitura. Hudson é um HOMÃO e eu adorei tudo nele, até mesmo a impulsividade, que era, na verdade, desespero. E Edson, o delegado, também foi maravilhoso, cheguei a sentir pena dele em alguns momentos… Só senti falta de alguma cena dele com a família depois que o caso do Hudson foi resolvido. Mas, para variar, eu fico interessada mesmo nos secundários. Adorei Maria Roberta, Ricardo e os policiais que acompanhavam Edson.
site: https://dna-literario.blogspot.com.br/2017/12/resenha-60-horas-ac-nunes.html