spoiler visualizarRafael Pavanelo 04/01/2018
Necessário para entender o verdadeiro avivamento
Franklin traz como a ideia de avivamento, um poderoso e soberano derramamento do Espirito Santo sobre a igreja local, em resposta as orações dos cristãos, no qual essa igreja é completamente transformada, passando por um reforma doutrinária e de santificação que resulta em muitas conversões simultâneas e na transformação radical da cultura ao redor por meio das missões, da educação e das reformas sociais.
Primeiro ele explica a trindade, para que fique claro como o Deus trino age no modo econômico e eterno.
Depois ele passa a dar definições e fatos sobre o que ele entende por avivamento.
Partindo para a bíblia, primeiramente no V.T o autor nos dá alguns acontecimentos na história, que em sua opinião, constituem em avivamento. Que em resumo se dá em arrependimento do povo, conversão, sacrifícios e culto a Deus. Primeiro ele cita Moisés no pé do monte sinai, passando assim para os profetas (Mispá) depois para os reis e sacerdotes. Também cita a volta do povo do exílio em Esdras e Neemias, passando pelo profeta Joel, chegando assim no N.T, ilustrando João batista como parte de um avivamento, depois citando o evangelho de João 20:19 em diante, alegando ter ali “descido” o Espirito Santo sobre os discípulos, levando o relato até Atos, em pentecostes, onde, no entendimento de Franklin já é uma segunda descida do Espirito Santo, e em Atos 4, durante um momento de oração dos discípulos, ocorre novamente, segundo o autor, outra “descida” do Espirito Santo sobre os mesmos que estavam nos 2 acontecimentos anteriores e mais alguns novos cristãos.
Discordo do autor no seguinte ponto: Ele afirma que o “vento” em Atos representa a presença do Espirito Santo naquele lugar. Porém eles ouviram um “som” COMO de um vento. Não houve vento nenhum. Eles não sentiram nada, eles ouviram um som. Pelo menos é o que eu entendo de uma leitura direta do texto.
O autor segue defendendo a necessidade de um avivamento nas igrejas hoje em dia. Encoraja os leitores a buscar em oração esse acontecimento. Ressalta também que, ele pode vir com ações sobrenaturais da parte de Deus, citando Romanos, onde Paulo afirma que fazia seu trabalho tanto em palavras como em ações, pelo poder dos sinais e prodígios; porém creio eu ser esses sinais e prodígios uma credencial do apostolado, não sendo necessário mais hoje em dia para se confirmar a pregação do evangelho. Mas Deus é Deus, e claro que se Ele quiser, Ele fará.
No Capitulo 4, o autor passa a falar sobre as marcas de uma verdadeira igreja que são constituídas pelos meios de graça, elaborados por diversas confissões de Fé ao longo da história desde Augsburgo com Felipe Melancton, até o breve catecismo de Westminster, que são: A fiel pregação da palavra de Deus, oração, batismo e ceia.
Sobre a palavra de Deus e oração, o autor defende que se for pregada com fidelidade e com a ajuda do Espirito Santo, pode transformar vidas e tudo que as rodeia. Também destaca um ponto importante para o pregador na hora de formar o sermão, que é a total dependência do Espírito Santo em oração, pra que o texto que for pregado, fale primeiramente a pessoa que o está preparando, para depois falar com a Igreja. Deve-se ler o texto, entende-lo, depois partir para comentários, livros, e quando for pesquisando e Deus for falando com você, vá dando pausas e agradecendo a Deus pela iluminação através do Espírito Santo.
Sobre batismo, enfatiza que tanto no Didaque, quanto nas igrejas do 1 e 2 século, tanto o batismo por aspersão quanto por imersão eram praticados. Até porque, segundo o autor, a bíblia faz menção aos dois tipos de batismo. O autor defende que o batismo é muito mais que um rito, que de uma forma inexplicável nos une a Cristo.
Na ceia, o autor defende que ela deve ser praticada em um momento a parte do culto, num sábado por exemplo, para que haja um momento mais informal, cada irmão leve um tipo de comida e depois de comerem juntos, parem por um momento para ministrar a ceia, e assim nesse ambiente familiar, pode até acontecer de um irmão se sentir a vontade de pedir perdão a outro, cumprindo assim a forma correta de se aproximar da mesa. Um ponto importante que o autor expõe é que o momento da ceia é muito mais importante do que somente um ritual. Que esse momento deve ter a atenção devida e não ser feito as pressas. No momento da ceia, através do Espírito Santo, somos levados até o calvário, onde trazemos a mente o nosso Senhor Jesus com o corpo esmagado pelos nossos pecados.
No geral foi um aprendizado muito grande pra mim, apesar de não concordar em tudo com o autor, principalmente em questões teológicas, mas com certeza aprendi muito sobre o que é, e como buscar um avivamento para a igreja nos dias de hoje.