Clube do Livro 30/09/2015
Resenha da Vanda Costa
Duas almas carentes, sofridas, solitárias e desencantadas da vida que, de repente, se encontram, se identificam e... toda a procura tem fim, pois um encontra no outro um sentido, uma razão para viver.
Ele, a águia, que precisa alçar voo cada vez mais alto e distante. Ela, um peixe que não sobreviveria sem a imensidão do mar. Duas criaturas tão diferentes em espécies e necessidades encontram o real sentido de suas buscas: a forma mais genuína de amar e ser amado.
Não havia mais tempo para desesperança, mágoa, tristeza, treva e ódio. Finalmente o tempo da bonança chegou, trazendo fé, perdão, alegria, luz e amor.
O tempo passou e ela, com tristeza, constatou a impossibilidade de permanecerem juntos fisicamente, pois, por pertencerem a mundos tão distintos, um teria que morrer para que o outro permanecesse forte, vivo. Era chegada a hora de decidir e nesta escolha não havia lugar para egoísmo. Ele teria de partir, voar por entre as nuvens rumo ao azul do céu, onde se abasteceria da mais infinita paz.
Por tanto amar, no seu sacrifício, ela atirou-se na imensidão do mar, abrindo mão da presença física dele, para acompanhar, mesmo de longe, seu voo altaneiro, através da projeção da sombra de suas asas no mar.
Que maravilha de conto, Giuliana. Emocionei-me com tanta sensibilidade, desprendimento e amor.
Que esta sensibilidade lhe proporcione altos, lindos e promissores voos no ofício que você tanta almeja: a arte de escrever.
Conte comigo sempre.
Sucesso e beijos no coração.
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