Capital Revelada

Capital Revelada Atlas Moniz




Resenhas - Capital Revelada


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Rodrigo.Assis 17/11/2015

História original e intrigante por novo autor nacional
A obra começa acertando já pelo nome, que traz o tema do livro: a existência de místicos que caçam principalmente emoções que se materializam. A história se passa quase inteiramente na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 2008, quando Luiz encontra Marcos, um jovem com estranhas habilidades, sempre muito machucado e de poucas palavras.
O autor emprega a própria estrutura narrativa para contar a história, ou seja, o próprio texto é integrado ao desenrolar dos fatos, de modo que o leitor sofre os estranhamentos e as surpresas junto com o protagonista.
A trama, embora de confessada inspiração da cultura japonesa, é original e interessante; não me lembro de ter lido algo semelhante, o que me prendeu desde a primeira página. Não dá para saber o que vai acontecer, o que é muito bom! A ligação entre o presente e o passado é bem costurada e natural. Além disso, os personagens são bem construídos e realistas e gostei bastante dos passeios pelo Rio contemporâneo. As localidades são organicamente exploradas, não se trata de um cenário genérico ou de um pastiche com estrangeirismos. Pelo contrário, o autor usa bem a cultura nacional para melhor contar a história.
Enfim, só tenho elogios, incluindo à capa, que, para quem lê o livro, tem total pertinência.
Espero ler mais obras de Atlas Moniz, um instigante autor brasileiro da nova geração.

site: www.grifonegro.com.br
comentários(0)comente



thiagolee 25/03/2016

Muito bom!
Atlas conseguiu, de cara, fazer muito bem o mais difícil: escrever personagens pelos quais eu me importo, rio, choro e me emociono.
A leitura fluiu bem. Apesar da escrita não ser exatamente "densa", eu sempre queria ler mais. As situações são descritas com leveza, com detalhes cotidianos.
Talvez alguns sintam que não há um senso de urgência, pois cada personagem leva sua vida "normal": joga gameboy, vai ao supermercado, etc. Isso particularmente me agradou. Gostei muito também do fato que a relação dos protagonistas cresce de acordo com o livro. à uma relação singela e gradual, e no final ela se encaixa com o enredo de forma fluida.
Falando no enredo, curti também todo o mistério e como tudo se revelou aos poucos. Um ponto FORTÃSSIMO é que o autor se preocupou bastante em verossimilhança e em pesquisa. Isso dá aquela sensação de que o texto foi bem cuidado e que a pessoa sabe o que tá fazendo.
Mas como nem tudo são flores, algumas coisas saltaram aos meus olhos também. Em primeiro lugar, às vezes fiquei confuso em saber quem estava falando. Não curti as referências toda hora a "o mais velho", "a mais nova". Faz você ter que ler com muita atenção pra não se perder em algumas falas. Também. algumas brigas aconteciam tão rápido que eu ficava meio "o que aconteceu"? Isso melhorou com o decorrer do texto.
Pensei bastante em dar quatro estrelas para o livro, devido aos probleminhas citados. Fiquei um pouco conflitado, mas quem decidiu por mim foi o sistema de classificação, que diz 4 estrelas como "bom" e 5 estrelas como "muito bom". E Capital Revelada, meus amigos, é definitivamente muito bom.
comentários(0)comente



Attraverso le Pagine 06/03/2017

O livro desta resenha me chamou muita atenção desde o início por motivos diversos, entre eles (e acho que o principal, já que sou do tipo que julga um livro pela capa – não façam isso!) a ilustração e o “terror” na sinopse. Logo assim que recebi meu exemplar, confirmando a beleza da capa, abri e vi uma citação que quase me matou de tanta felicidade: uma frase de Mary del Priore. Basicamente, Mary é minha historiadora favorita e a citação fazia parte de uma obra muito interessante da mesma que já li. Com isso, pensei: “Realmente, este livro promete!” E não houve decepção.
Tudo começa com uma foto, como a própria sinopse descreve. Luiz é um estudante de História que acaba encontrando uma foto do início do século XX junto com documentos de sua família. A foto chama muita atenção do rapaz, principalmente depois de constatar que aquele rapaz não é lembrado. Sim, ninguém sabe de quem se trata e, a partir daí, Luiz é assombrado pelo homem da fotografia. Esta é uma parte muito interessante do livro. Eu amo fotografia, principalmente antiga e sempre que vejo alguma em feiras de antiguidade, fico indagando a História de cada pessoa que foi retratada naquela imagem, quem eram, o que estavam fazendo no dia em que a foto foi tirada, o porquê da mesma ter ido parar numa feira para ser vendida. E o autor consegue preencher muito bem todas essas indagações de Luiz e também do leitor.
Muito interessante também é a visão sobrenatural que o autor possui. No decorrer da história, ficamos sabendo que existe um “mundo paralelo” ao nosso, invisível para algumas pessoas. Sou apaixonada por esse tema e sempre vejo vídeos de Caça Fantasmas e afins e, pelo pouco que conheço, Moniz consegue passar algo que é totalmente válido: todos os lugares (as cidades, nesse caso) estão cheios de Emoções (Energias) das pessoas que passam por eles todos os dias, com suas tristezas, alegrias, frustrações. E essas Emoções se tornam monstros que prejudicam os encarnados. Se chamássemos os Caça Fantasmas Brasil para sentir a energia que há dentro do universo do livro, os aparelhos de caça não parariam de apitar.
Toda essa história me fascinou pela veracidade, mostrando o quanto o autor foi à fundo em suas pesquisas (historiador, né?!). Os diários que aparecem no livro impressionam pela forma como são fieis à antiga ortografia. Os personagens são incríveis e faz o leitor shippar a cada parágrafo lido. O que me incomodou um pouco foi o fato de, às vezes, durante os diálogos, não ficar muito claro quem fala o que, o leitor acaba se perdendo um pouco. Mas nada de um pouco de paciência não resolva, já que depois Atlas mostra quem disse o que.

(Resenha por Moony)

site: http://attraverso-le-pagine.blogspot.com.br/2016/05/recensione-livro-capital-revelada-atlas.html
comentários(0)comente



Bruno 04/10/2015

Uma história sobre pessoas
Antes de dizer tudo o que penso sobre "Capital Revelada", tenho que esclarcer que escrevo aqui de uma posição privilegiada: dividindo um quarto com o autor de um tempo para cá, pude acompanhar a concepção e os muitos desenvolvimentos da história que veio a se tornar esse livro. Falo então de um ponto de vista parcial, bem próximo, já que li o romance aos poucos, conforme ele ia sendo escrito, e conversando com o Atlas sobre a história e o seu desenvolvimento.

Dito isso, sobre o livro: Começamos com um mistério, o da foto que misteriosamente aparece na casa do protagonista, de mais de cinquenta anos de idade e tirada do outro lado do mundo. O enigma da foto se torna mais instigante com a aparição de dois elementos: o rapaz esquisito em sua faculdade que se parece com o retratado e o espírito mudo que passa a lhe observar do outro lado do quarto. Mantendo os spoilers ao mínimo (ou seja, sendo um tanto vago), isso tudo monta o cenário para que Luiz, o protagonista, possa começar a aprender não apenas sobre "coisas" que vivem nos vazios da cidade, além daqueles que as mantêm no lugar - e aqui o subtítulo dá a entender do que estou falando -, mas também sobre um passado que ele jamais imaginou que existiria.

Não se engane: como fantasia urbana, "Capital Revelada" não é uma história de ação, apesar de suas incursões de vez em quando em cenas com adrenalina. Não é o tipo de fantasia trabalhado em batalhas e perseguições, apesar de contar com uma ou outra, ocasionalmente, e tampouco tem proporções épicas como o futuro do mundo. Por isso, um começo um tanto lento, sem aqueles super ganchos que fazem o leitor virar as páginas de forma alucinada, o charme fica mais dependente da curiosidade que a estranheza inicial dos personagens e da ambientação causam. Nesse começo, aprendemos com quem estamos lidando, ficando com a impressão coisas esquisitas podem acontecer e ser tratadas com mundanidade, quem sabe um resquício meio "mágico" que paira na atmosfera. Então, as peças são colocadas no lugar, e o resto é história. A história, movida por uma ameaça velada mas sempre presente, a necessidade de correr contra o relógio para solucionar uma questão antes que, uma a uma, vidas próximas sejam tiradas.

O estilo que se desenvolve me chamou a atenção ao também contribuir para essa sensação de estranheza, de se estar um tanto "destacado" da realidade; vemos a princípio um pouco de distância entre nós e o protagonista; então, em algumas passagens, o estilo, simples de ler, narrado na terceira pessoa do presente e focado mais em descrever ações e pensamentos da superfície do que se propor a revelar logo de cara o que se passa na mente de cada um, provoca a sensação de que o próprio protagista têm essa distância em relação ao mundo. É, acho, um tema que se repete: assim como os caçadores de emoção não podem senti-las, a narrativa parece nos distanciar e nos aproximar dos personagens e de suas emoções conforme a história pede. Além do mais, conta com um recurso narrativo que nunca vi em outra história escrita e que adicionou uma textura a mais para o que de fato chega a acontecer - mas não vou falar nada mais, por motivos de spoiler. Vocês vão reconhecer o recurso quando o ver algumas vezes.

"Capital Revelada" se mostra, então, uma história que chamariam de "character-driven", com foco em seus personagens, nos relacionamentos entre eles e no que precisam descobrir sobre o mundo e si mesmos para serem capazes de solucionar o grande mote do enredo. Conforme fui me encantando com os personagens e seus relacionamentos, o gosto tomado pela leitura ia aumentando. O plot que se desenvolve, a pesquisa que os protagonistas empreitam e os passados que vão sendo aos poucos desvelados funcionam principalmente como uma matriz para que seus personagens principais possam se descobrir melhor, uns aos outros e a si mesmos. Ao fim da leitura, portanto, fica principalmente a impressão de que essa é mais uma história sobre pessoas do que sobre fantasmas, emoções encarnadas ou seus caçadores. Não é para menos: cada um tem seus demônios particulares a encarar, da necessidade universal do jovem por encontrar seu lugar no mundo às questões de abandono e memória, pertinentes também aos mais velhos: quem foram as pessoas antes de nós e o que elas deixaram, seu principal legado? Isso ressoa no interior, e não pude deixar de me sentir tocado nas últimas partes da história, quando... bem, spoilers. Mas com o desenvolvimento desses relacionamentos, quando os dilemas e as necessidades de cada um vão sendo descobertas e saciadas (ou não), não dá para manter indiferença.

Isso pode afastar leitores que estejam interessados mais na construção das partes fantásticas da cidade, cujo background e desenvolvimento não são o foco propriamente dito, do que nos personagens que botam o enredo para funcionar. Para mim, particularmente, em um mercado de fantasia saturado de histórias voltada ao desenvolvimento de mundo, "Capital Revelada" se destaca com uma abordagem original. Ainda fica, no entanto, bastante espaço para que, em futuras histórias, o autor possa revisitar esses conceitos e desenvolvê-los com mais profundiade. Algumas pontas soltas aqui e ali, dicas de que existem coisas que não descobrimos, dão a entender que podemos esperar por mais, eventualmente. E eu, particularmente, mal posso esperar.

P.S.: Achei que a ambientação de 2008 é um charminho a mais. Saudades do MSN.
comentários(0)comente



Jana 22/10/2015

Uma maravilhosa surpresa!
Até um momento, um dos top 5 das minhas leituras de 2015.

Embora a sinopse seja bem misteriosa, a premissa me interessou bastante logo que vi e acabei coloquei o livro na minha lista infinita de leituras. Então, presa em uma rodoviária por várias horas esperando um ônibus intermunicipal, comecei a dar uma olhada no início de alguns e-books que tinha no meu Kobo e fui totalmente fisgada pelo começo do Capital Revelada. E gostei MUITO! Não consegui parar de ler até terminar algumas horas depois, já embarcada no dito ônibus.

Uma das coisas que me agradou muito no livro foi o clima meio melancólico e pesadão do livro, embora o cenário inicial seja o ensolarado Rio de Janeiro. Um dos personagens principais, o Marcos, é um cara totalmente soturno (o que se justifica depois) e misterioso, um caçador de fantasmas e de entidades que nascem das emoções humanas. Luiz, outro protagonista, por sua vez, é bastante sensível e carismático, embora meio solitário, o que me fez ter uma associação imediata com ele.

O non-sense é muito bem dosado com momentos de realidade durante toda a trama. Em um geral, a atmosfera me lembrou bastante os livros do Murakami, que têm aquele toque de estranheza que não exige (e nem deve ter) explicação.

Outra coisa que me apaixonou no livro foram as descrições das caçadas de Marcos e suas incursões no "além". O autor descreveu muito bem esse cenário, com uns toques tenebrosos que me fizeram ansiar por ilustrações.

Mas pra mim, particularmente, o melhor do livro foi a característica "despretensiosa" dos místicos e seus poderes. O livro é uma história sobre relacionamentos, sobre problemas familiares e sobre um caso em especial. Claro que eu curto livro com uma pegada mais megalomaníaca como o bom e velho SdA, mas o Capital Revelada não é um livro sobre personagens tentando salvar o mundo ou o universo, e isso é MUITO legal, algo que não se vê toda hora. Ah, fora que também amei o fato dos místicos serem pessoas comuns, que caçam as entidades por pura responsabilidade, tradição de família e vontade própria. Não existe uma mega organização de místicos - cada um trabalha por si, porque quer. E é legal porque eles são também pessoas totalmente comuns, que trabalham como garçons, jogam vídeo game, comem pão com café com leite no café da manhã e gostam de ler Mangás e passear na Liberdade (fica o registro de que AMEI a parte em que os personagens vão pra São Paulo).

O autor também usou um recurso bem diferente durante a narrativa, apresentando "desfechos" alternativos de alguns blocos. No começo fiquei confusa, mas depois curti a ferramenta. Em alguns momentos fiquei torcendo pro desfecho final não ser aquele. Hehehehe...

A única coisa que achei um tanto diferente no livro foi a maneira com que o autor escolheu se referir aos personagens durante a narrativa. Quase nunca são usados os nomes dos personagens, mas sim expressões como "o mais novo", "o mais velho", "a prima" - quando não, a ocultação total do sujeito da frase. Pra mim não foi nada extremamente incômodo. Vejo um pouco como estilo do autor, mas talvez tenha ficado um tantinho exagerado. Nada que ofusque a história ou a qualidade da escrita, porém.

Aliás, a escrita é ótima! Atlas sabe o que está fazendo, o tom do livro é bem profissional e cada palavra parece estar onde deveria estar. A revisão do livro é ótima, especialmente por se tratar de um independente.

E o final é muito massa. Abre espaço para todo um universo que estou morrendo de vontade de conhecer. Aguardo ansiosamente outros livros e contos nesse universo, que já me cativou.
comentários(0)comente



neo 09/01/2016

Comecei a ler esse livro um tanto hesitante. Dessa vez não por ser nacional (ha!), mas sim por ser fantasia urbana, um subgênero de fantasia que não curto tanto assim, e por ser de um estilo que com toda certeza desse universo não tem nada a ver comigo ou com nada que eu leio e gosto. Capital Revelada me lembrou um tanto umas paradas mais, hm, não de gênero, por assim dizer, e bem... eu costumo não gostar de nada que não seja de gênero, ou seja, que não seja de fantasia, sci-fi, etc. Então Capital Revelada não é exatamente o tipo de livro que eu escolheria pra ler tendo como base a sinopse/o estilo.

Pra piorar, sou total por fora das obras que o autor menciona como influência. Provavelmente tem um monte de coisa que passou voando por mim por causa disso (como aconteceu com Limbo, aliás. Quando eu digo que vivo em uma bolha...).

Mas teve uma época que ele ficou de graça e bem, por que não? As primeiras páginas se mostraram interessantes o bastante e eu não fazia ideia de qual seria meu último livro de 2015, então puf, fui com Capital Revelada mesmo. E não me arrependi.

Meu santo continuou não batendo com o do estilo da escrita o livro inteiro, mas isso não me impediu de achá-la boa e eficiente. Gostei bastante dos "finais alternativos" espalhados pela história também, e os personagens me agradaram muito, em especial o próprio protagonista, o Luiz (teve uns momentos em que senti um pouco de pena dele - Marcos, de quem também gostei, não é exatamente uma pessoa fácil).

Admito, porém, que o que me deixou mais interessada na história mesmo foi o plot. Todo o mistério envolvendo Marcos e a foto encontrada por Luiz foi muito bem feito, e eu fiquei curiosa durante todo o livro. Como disse lá em cima, não sou exatamente fã de histórias com elementos fantásticos que se passam em nosso mundo, mas Capital Revelada é tão diferente do que estou acostumada a ver que no fim das contas isso não me incomodou nem um pouco. Achei os caçadores de emoções muito interessantes mesmo e todas as cenas em que eles estavam em ação foram excelentes.

O único defeito do livro, pra mim, é que faltou um pouco de senso de urgência, acho. Não que precisasse ser aquela coisa desesperadora, mas quando eu fechava o livro passava até alguns dias sem voltar porque literalmente não tinha pressa de continuar lendo. Quando eu voltava, porém, lia um bocado - tanto que devorei 50% da história de uma tacada só. Mas uma vez que eu parava, a vontade de voltar não vinha.

Ou seja, faltou esse "gancho", por assim dizer.

O fim foi ótimo e deixou algumas coisas em aberto, então acho que outro livro no mesmo universo é uma possibilidade. Mal posso esperar para lê-lo. 4.0 estrelas para Capital Revelada.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Carol 06/02/2016

Maravilhoso!
Capital Revelada já começa com uma cena que deixa qualquer leitor assustado. Luiz vê um garoto toda machucado e tentar ajuda-lo chamando uma ambulância, mas o menino recusa. Logo depois o garoto se joga do décimo segundo andar.

Logo depois, o escritor volta um pouco a cena para antes de Marcos se jogar do décimo segundo andar e nós mostra uma segunda opção para a cena anterior, no qual o garoto não se joga porque Luiz não deixa que isso aconteça.

Depois de ajudar Marcos, o protagonista leva o garoto ferido em casa e não consegue nem um obrigado. Ele tenta conversar com ele logo após, mas o menino logo corta a conversa.

Remexendo nas coisas da sua casa, Luiz descobre uma foto antiga que o impressionou. O homem da foto de oitenta anos atrás é igual ao Marcos, o garoto que ele impediu de cometer suicídio.

Uma coisa muito estranha acontece na UFRJ, universidade que Luiz estuda. Enquanto estava com sua amiga, um garoto se joga do prédio e Luiz consegue ver do telhado o fantasma do menino. Além disso, o homem da foto antiga que ele encontrou o observa toda noite.

Quem é o rapaz da foto? Por que ele observa Luiz toda noite? Por que Marcos quase sempre aparece ferido?

Capital Revelada, como eu disse anteriormente, foi um livro que me surpreendeu logo nas primeiras páginas. Fiquei impressionada e admirada pelo fato do livro te mostrar duas opções ou mais do que pode acontecer. Sempre me assustava quando algo desse tipo acontecia e achei genial.

Também gostei bastante da história. Nunca tinha visto nada parecido com o mundo sobrenatural que o Atlas criou. Fiquei muito admirada e como a questão das emoções está ligada com todo esse mundo, como o escritor coloca no subtítulo.

Gostei muito do Luiz e do Marcos. Fiquei o tempo toda curiosa para descobrir qual a ligação de Marcos com o homem da foto e por que ele observava o Luiz o tempo todo. Sem contar que algo de muito esquisito estava acontecendo na UFRJ e eu fiquei bem curiosa. E claro, o relacionamento entre eles me deixava um pouco agoniada, porque queria a aproximação deles e quem sabe um futuro romance (Vou deixar vocês curiosos para saber o fim deles kk').

Capital Revelada foi um livro que me prendeu do início ao fim. São tantos mistérios que no inicio não vemos a ligação delas com os personagens e o escritor foi nos levando para esse novo mundo, de forma que não queremos desgrudar de nenhuma página. Além disso, acho que o autor sobre encerrar a história de uma forma perfeita.

É uma leitura muito rápida e eu gostei bastante. O escritor escreve muito bem, de forma que deixa você com gostinho de quero mais, assim como o próprio livro e o mundo criado. Adorei as diversas opções de uma cena, que sempre me assustavam e eu sempre relia o último parágrafo para ter certeza se aquilo mesmo tinha acontecido. Sem falar que também adorei a questão das emoções que são fundamentais para esse mundo e, claro, do romance! Ah, não podia deixar de mencionar que a capa está incrível!

Recomendo a todos a leitura de Capital Revelada. É um livro que tem suspense, um pouco de terror, fantasia e, não podia faltar, romance.
http://deliriosliterariosdasnow.blogspot.com.br/2016/02/resenha-capital-revelada-de-atlas-moniz.html#more

site: http://deliriosliterariosdasnow.blogspot.com.br/2016/02/resenha-capital-revelada-de-atlas-moniz.html#more
comentários(0)comente



umbookaholic 01/05/2016

Um livro diferente de tudo o que já li!
Confesso: estou há um bom tempo aqui, encarando a tela do pc, pensando em como começar essa resenha. Capital Revelada foi um livro assustador, e acho que resenha nenhuma pode descrever o quão perturbador e intenso esse livro é. Então, nada mais justo que começar essa resenha da mesma forma que ele começou a resenha de Réquiem para a Liberdade(!):

WHAT A RIDE, MEUS AMIGOS, WHAT A RIDE

Em Capital Revelada a gente acompanha a vida de Luiz, um adolescente comum que vive no Rio de Janeiro e cursa História na UFRJ. Sua vida é mudada ao presenciar um (quase) suicídio no terraço da faculdade. O garoto que ele encontra lá em cima é muito estranho e está muito machucado.

Preciso deixar uma coisa bem clara, antes de mais nada: pouquíssimos livros que li são tão ambientados quanto CR. Atlas narra com maestria, nos colocando na mente do personagem e nos levando numa aventura incrível, tudo isso somado a uma mitologia muito inovadora. A forma como o Atlas apresenta toda essa nova mitologia é um super simples e vai, graduavelmente, fazendo com que nos acostumemos com a nova realidade.

Os "monstros" que conhecemos em Capital Revelada são, na verdade, nossas emoções mais intensas. Vamos supôr que eu e você tenhamos um amigo falecido. Nossa saudade dele se materializa, criando um novo Ele. Não sei se consegui explicar, só leia. As emoções sendo materializadas me fez pensar muito sobre a vida, por incrível que pareça. E se isso fosse real? E se, realmente, nossa saudade recriasse nossos entes queridos? Suportaríamos matá-lo pra salvar qualquer outra pessoa, deixando ser egoístas a tal ponto de querer tê-lo, mesmo como um monstro? Capital Revelada desnuda a mente humana e, ao mesmo tempo, a dos mortos.

Ver a dor de quem "foi pro outro lado" é realmente muito triste, mas é uma das vertentes mais incríveis do livro. Há um personagem, Nori, que está morto. Atlas usa esse personagem pra contar pra gente um pouco mais sobre como as pessoas nos enxergariam. Remorso, raiva e ódio são alguns dos sentimentos que Nori ainda possui, mesmo depois de morto.

Preciso confessar que uma coisa me incomodou durante a leitura: o começo dos diálogos. Atlas não deixa explícito quem disse o quê logo de cara. Leva um certo tempinho pra gente descobrir quem falou. Certas vezes precisei reler o diálogo, pois tinha trocado os personagens. Mas nada que atrapalhe ou atrase a leitura, já que com o desenrolar do diálogo (umas cinco ou seis linhas depois) ele diz "disse o mais velho/novo", "disse Milena".

Preciso dizer que amei a publicação. O livro é lindo! Tem uma capa muito instigante, que me obrigou a saber sobre o que era a história.

Minha experiência ao ler um livro que, tecnicamente, tem uma pontada da cultura oriental (nunca havia lido um antes) não poderia ter sido melhor! Ao ler Capital Revelada eu me senti dentro de animes como Death Note, já que uma atmosfera sombria permeia todo o livro.

A relação entre os personagens é bem misteriosa. Poucos personagens são apresentados durante o desenrolar da história, o que, creio eu, facilitou no desenvolvimento de cada um deles. Todos, sem exceção alguma, são muito bem explorados. A relação entre família, amigos e amantes são muito bem feitas. A sinopse descreve o livro como um romance LGBT; eu discordo. Durante todo o livro vi os dois como muito bons amigos. Claro que um tinha segundas intenções, mas, até 2/3 do livro, eu os via como grandes amigos. Ali no finalzinho a gente começa a shippar os dois e, sim, shippamos.

Agora tenho medo de amar ou sentir saudade de alguém. Vai que materializo um monstro aqui? Não vai ter Milena pra me salvar! ~piada pra quem leu o livro~

Minha nota, é claro, não podia ser inferior a cinco de cinco estrelas. Um livro magnífico que recomendo pra todos que gostam de terror e estão em busca de uma nova mitologia!

WHAT A DISTURBING BOOK, MEUS AMIGOS, WHAT A BOOK

Nota: 5/5

Ah, quase me esqueci: cuidado com as estrelinhas negras. ;)

site: http://www.umbookaholic.com/2016/04/capital-revelada-do-atlas-moniz.html
comentários(0)comente



AmadosLivros 15/08/2017

Bom dia, amiguinhos amantes de livros e bacon! Hoje trago a vocês o review do livro "Capital Revelada" do Atlas Moniz, nosso parceiro! Leitura leve, rápida e gostosa! Gosta de sobrenatural? Venha conhecer o lado obscuro do Rio de Janeiro!

Com uma linguagem agradável, Capital Revelada me surpreendeu. Sempre gostei desse gênero de mistério com envolvimento sobrenatural, e o autor conseguiu trazer isso do início ao fim. Temos um protagonista universitário, apático ao mundo que o cerca, junto com uma família oriental caçadora de monstros. Porém, esses monstros não passam de emoções, reflexos de sentimentos ruins (e bons também, porque não?) que permaneceram nesse mundo e insistem em causar danos aos vivos.

Ao primeiro contato com os protagonistas (Marcos e Luiz), não imaginava que a relação de ambos se aprofundasse tanto. Temos um envolvimento em termos de caçada e amizade, que cresce à medida que vamos conhecendo mais a vida de cada um. Luiz, estudante de História, vive com os pais, embora pouco os veja. Marcos, estudante de Enfermagem, vive com a namorada desde os 12 anos. Mundos diferentes que se cruzam no terraço da UERJ, quando Luiz salva Marcos de cometer suicídio.

Meio preocupado, meio desligado, vida que segue, Luiz acaba por não dar muita importância ao caminho tomado por Marcos após o "resgate". Até encontrar uma foto de um antigo rapaz entre sua papelada familiar, que possui feições iguais às de Marcos. E passar a ser assombrado por esse rapaz. Junta-se a Marcos e suas primas, Milena e Camila (família Caldas?), e vão em busca da resolução do mistério do japonês dos anos 30.

"No Rio, o que eu sentia era que a cidade usava uma máscara. Existe uma cidade visível e outra invisível, e a invisível se esgueira pelas sombras, aguardando a hora de dar o bote, encoberta pela visível, de cara bonita, sol e mar."

Em todo esse enredo, temos uma relação de confiança adquirida entre Luiz e Marcos, que posteriormente revela ser a chave de toda a trama. Uma relação que ultrapassa limites de tempo e espaço, mostrando a realidade da convivência humana em duas épocas e sociedades completamente opostas. Dica: tem sexo!

Recomendo muito a leitura, e releitura sim. Com 155 páginas, é bem tranquilo para devorar em uma tarde. Curtiu? Adquira aqui na Amazon! Free para usuários do Kindle unlimited.

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/05/livro-capital-revelada-ele-que-caca.html
comentários(0)comente



10 encontrados | exibindo 1 a 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR