As Tumbas de Atuan

As Tumbas de Atuan Ursula K. Le Guin...




Resenhas - Os Túmulos De Atuan


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John 13/06/2022

Mais de Terramar, por favor...
Já de início vou dizer que esse volume do ciclo terramar, apesar de ser legal, é bem inferior ao primeiro, mas vamos ao que tem de legal aqui.

Temos uma nova protagonista aqui, a Tenar, a qual está prestes a se tornar a nova sacerdotisa da ilha. Este volume nos faz uma introdução a conceitos religiosos do mundo de terramar em paralelo com metáforas da autora sobre o pode de influência que isso tem na mente das pessoas ao longo dos tempos.
O desenvolvimento da Tenar ao longo dos acontecimentos é muito bem feito.
Além dela, temos tamém Ged novamente, mais maduro, com as experiências do passado bem aprendidas. Aqui ele está sensacional, não precisa de mais detalhes, apenas vivam a experiência de ler como ele se desenvolveu até aqui.

É um livro que mostra a habilidade primorosa da autora em criar mundos complexos e personagens com características únicas e cativantes. Apesar da leitura desse volume se bem parada e ter um início muito lento e arrastado, vale a pena seguir em frente na esperança de um dia termos o ciclo completo por aqui.
Wesley Santos 15/06/2022minha estante
Faço das suas palavras as minhas!!! O livro é bom, porém nem se compara ao primeiro! A leitura é arrastadissima no começo, mas dá página 50 em diante vai fluindo muito melhor.
E quero muito que venha logo o terceiro, adorei conceito do problema que permeia o próximo livro!


John 16/06/2022minha estante
Esse ciclo é muito bom. Uma pena que a editora descontinuou a publicação. Por sorte a morro Branco está trazendo as edições de luxo. Vamos ver se saem todas.


Wesley Santos 21/06/2022minha estante
Descontinuar am mesmo? ?
Que tristeza...


John 21/06/2022minha estante
Sim. A arqueiro não tem mais os direitos. Vamos aguardar e ver se a morro branco faz valer a palavra de trazer pelo menos os cinco livros principais




spoiler visualizar
katitas.lima 17/11/2014minha estante
Estou lendo a tetralogia, estou no segundo livro, aliás. Estou gostando muito, achei nostálgico pra mim que li Tolkien e o amado Christopher Paollini com seu ciclo da herança (Eragon). Eh bom mais.


Bruna 14/02/2017minha estante
Não creio que seja uma alusão direta à fé em si, mas ao culto que perde de vista aspectos importantes. Sendo a autora Taoísta, não creio que ela tenha criticado a religião em si, mas o modo com que muitas são levadas.

Sobre par romântico, eca. Ele já era um mago famoso e velho a essa época, tendo pelo menos uns 30 anos de idade, enquanto ela devia ter seus 15.




Dark Schneider 12/02/2020

Continuação das Aventura de Ged, o gavião, mas como coadjuvante ^_^
Continuação o "Ciclo de Terramar", de Ursula K. Leguin
-Cada vez mais fã dessa senhora!!!
A princípio seria mais uma história com Ged, "O Gavião", personagem principal do primeiro livro e "o escolhido", mas não é... Ele é o coadjuvante nesse livro, a personagem principal é "Arha, a inominada", sacerdotiza dos deuses antigos, narra a vida dela inteira e todo o processo pra se tornar uma sacerdotiza dos inominados... O personagem "principal" da saga mesmo, só aparece da metade pro final do livro
O livro e autora tem várias curiosidades que deveriam fazer a lacrosfera surtar em sonhos molhados, mas como a maioria não sabe ler ou só lê o que a militância manda, jamais vão conhecer, por exemplo:
- Ged, "o Gavião", foi o primeiro personagem negro de ficção fantástica, aliás, o primeiro protagonista negro de um livro do gênero, o que era um "absurdo" na época no EUA (anos 60...) e no primeiro livro ela deixa muito sutil a cor/etnia do personagem, mas nesse é bem escancarado, e foi proposital.
Ged também é o primeiro mago "jovem": ela percebeu que a maioria dos magos dos livros eram todos velhos e sábios, e se perguntou: esses caras nunca foram moleques? Nunca fizeram besteira? Ged era e fez muita merda, com gosto...
-Arha (Tenar?) também foi a primeira protagonista mulher de um livro do gênero, e sem deixar de ser feminina, como ela frisa... alguns anos depois surgiram protagonistas femininas mas todas "masculinizadas", parecendo homens... mas o que assusta as feministas é a posição dela na história, e o motivo dessa senhora não ser uma diva do movimento...
-Ùrsula era feminista, mas de verdade, não como as de hoje que querem mais direitos, seguem as palavras dela:
"Algumas pessoas leram a história como uma confirmação da idéia de que uma mulher precisa de um homem pra fazer seja lá o que for(umas menearam a cabeça em aprovação, outras rosnaram e sibilaram). Com certeza Arha/Tenar satisfaria mais as idealistas feministas se fizesse tudo sozinha. Mas a verdade, tal como vi e como estabeleci no romance, ela não podia. Meu coração em disse de maneira incontestável que nenhum do dois gêneros poderia ir longe sem o outro. Assim na minha história, nem a mulher nem o homem podem se libertar sem a ajuda do outro. Os dois tem que se pedir ajuda e aprender a confiar e contar um com o outro."
Se isso fez as feministas de então rosnarem pra ela, imagine as de hoje
Fiquei fã dessa senhora, gostei do livro apesar dele ser bem mais lento que o anterior, e vou ler o próximo assim que conseguir, mesmo sabendo que ela não gosta de séries, ela critica a fantasia por sofre de trilogite epidêmica ou da forma mais grave da doença, seriadismo incurável lendo fica fácil entender porque Neil Gaimam se derrete em elogios por ela, recomendo!!!
UauJP 09/03/2020minha estante
Esqueceu de marcar "SPOILER" - _-"


Dark Schneider 01/04/2020minha estante
Mas não tem nenhum ?




Livia1405 08/05/2023

Muito melhor que o primeiro livro
Enquanto o primeiro apresentou um mundo super interessante, mas uma narrativa difícil e maçante de ler, o segundo volume apresenta um espaço diferente no mesmo mundo, não muito impressionante, mas a narrativa em si se torna fantástica. Tenho muito mais facilidade em me interessar pela protagonista do que quando conheci Ged.
Mafê 08/05/2023minha estante
Sim, senti isso também!




Gabriela2201 03/01/2023

As tumbas de atuan
Foi um presente do meu melhor amigo em 2019 então tem um significado especial para mim, foi meu segundo livro de 2019 e eu achei ótimo, nunca li o primeiro mas, gostei muito de as tumbas de atuan.
Samuel.Elmar 01/02/2023minha estante
Leia o feiticeiro de terramar, ele é igualmente bom




bardo 25/12/2023

Se na releitura do primeiro volume do ciclo Terramar agora editado pela Morro Branco eu já tinha tido a impressão de que não era uma fantasia para “todo mundo”, tal impressão fica ainda mais clara nesse segundo volume.
Não me entendam mal não é um livro ruim, ainda que eu também confirme a impressão de que seja o mais lento da trilogia original. Mas não, não se trata disso, não é um livro ruim. A questão é que ao contrário de outros escritores Úrsula desenvolve ideias muito profundas, mas seus personagens são meros arquétipos. Sendo assim é muito complicado nos importarmos muito com eles, eles nos parecem um tanto quanto insonsos.
Especificamente com relação a essa edição da Morro eu recomendaria, apesar do quase spoiler (porém como a autora nos lembra já tinha nos dito no volume anterior o mote desse, então…) O leitor irá se beneficiar e muito em ter em mente as ideias que povoavam a mente da autora ao escrever esse livro.
Úrsula desenvolve aqui um contraponto a seu personagem principal em Terramar; o mago Ged, a contraposição está bem clara em várias pistas que dada a aridez do texto podem passar desapercebidas. Quando eu digo aridez me refiro à forma econômica com que a autora nos conta sua história. Úrsula nos comunica o mínimo necessário sobre o sentir de seus personagens, eles não são importantes, o que eles representam, sim é.
Dessa feita o ciclo Terramar deve ser lido dentro das regras da autora, não espere grandes desenvolvimentos de personagens, que a autora destrinche seus sentimentos. Não, Úrsula espera que o leitor mesmo entenda o que os personagens deveriam sentir. Ainda assim as ideias que ela desenvolve quando compreendidas são tão interessantes e profundas que se justifica o porquê dessa obra ser tão amada e lida.
JoaoVictorOF 26/12/2023minha estante
Excelente resenha




Natalia 13/11/2018

Esperava bem mais...
Achei que os primeiros quase 2/3 do livro são completamente arrastados e quase nada acontece, basicamente só fala da rotina da Tenar em Atuan. Só quando o Ged aparece as coisas começam a andar. Pra quem leu O Feiticeiro de Terramar, com coisas incríveis acontecendo o tempo todo e cheio de ação, fiquei completamente entediada por mais da metade do livro.
Luigi.Pimenta 02/04/2019minha estante
Tive a mesma sensação quando li.




Café & Espadas 13/03/2017

Retornando para o Arquipélago
Se você leu a minha resenha sobre O Feiticeiro de Terramar e adquiriu o seu exemplar para acompanhar o início das aventuras do mago Gavião pelas terras do Arquipélago então, possivelmente, você já deve ter sido capturado pela magia que transborda das páginas dessa obra de fantasia espetacular.

O primeiro volume da série Ciclo Terramar da autora Ursulla K. Le Guin me rendeu uma leitura daquelas que eu não tinha há tempos: leve, bem construída, com uma escrita deliciosa e irretocável, personagens verossímeis e cativantes, tudo bem complementado em um mundo vasto e pronto para ser explorado.

Sendo assim você pode imaginar a minha expectativa quando recebi o segundo volume da série, As Tumbas de Atuan, em mãos. A vontade de mergulhar novamente em Terramar era tamanha que logo comecei a folhear as primeiras páginas da aventura.

O que veio em seguida foi uma sequência de baques e quebras de expectativas que me deixaram até levemente tonto: não havia Arquipélago, não havia Ged, não havia nada. Era o começo de uma viagem totalmente nova dentro de um mundo já conhecido.

Publicado originalmente em 1971, As Tumbas de Atuan ainda não recebeu uma nova edição como O Feiticeiro de Terramar, que foi publicado pela Editora Arqueiro ano passado. Sua única publicação nacional foi feita em 1994 pela Editora Brasiliense (com tradução de Noêmia R. A. Ramos) e ilustrações de Ruth Robbins e Gail Garraty.

Eu cheguei a mencionar na outra resenha que essa edição estava disponível em alguns sebos pelo Brasil (você pode achar facilmente pelo site Estante Virtual, que aliás, recomendo fortemente.) Então fica aqui essa dica se você não quiser – ou não aguentar – esperar a Arqueiro lançar o segundo volume com a edição reformulada.

Mas aqui vai um aviso: não espere ver Ged logo no começo dessa nova aventura. Ursulla irá mostrar nesta obra uma outra faceta de seu mundo fantástico.

- Leia o restante da resenha no site do Café & Espadas (link abaixo)

site: https://cafeespadas.com/as-tumbas-de-atuan/
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UltimoNarrador 19/04/2024

Lento, mas Interessate
Grande livro da Le Guin!

Na verdade curto, embora "grande" As Tumbas de Atuan é uma obra para ser lida com muita calma. Pois Ursula trás um desenvolvimento mais lento, conforme a descoberta do próprio personagem, no caso aqui, da Sacerdotisa.

Certamente todo obscuro de sua obra, acabou-se muito rápido na fuga dos personagens e deixou sim um gostinho de quero mais, sabemos que em algum momento o mago se torna um grande governante e a sacerdotisa exercerá algum papel dentro da sua mais nova liberdade, longe do inominável.
Recomendo a leitura e umas 3 garras de café, porque embora curto livro, prolongado são seus acontecimentos.

Leria, novamente sem dor nem pudor! Compre!
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Barão 04/06/2017

Melhorzinho que o primeiro, mas ainda falta algo.

"Tudo que eu conheço é a escuridão, a noite subterrânea. E isto é tudo que realmente existe. É tudo que há para saber, no fim das contas." - pág 90

Na ilha Atuan assim quando a Primeira Sacerdotisa morre, as outras saem procurando pela ilha uma menina que tenha nascido na mesma noite. E elas sempre encontram, pois ela é a Sacerdotisa Renascida. Quando a menina faz 5 anos, elas a levam embora da sua família. Tenar é a jovem sortuda ou não, com 6 anos ela começa seu treinamento para assumir o comandar As Tumbas de Atuan.

Tenar, agora conhecida como, Arha, é uma bela jovem e muito dedicada ao seu trabalho, que consiste praticamente em proteger as Tumbas e o Labirinto que guarda os maiores tesouros da ilha. Tendo que passar por vários rituais como: danças na escuridão da lua; sacrifícios com sangues; culto a seres místicos e etc. Apenas ela e só ela pode conhecer e entrar nos domínios do misterioso Labirinto. Mas, isso está para mudar.

Em mais um típico dia de treinamento pelo labirinto, Arha se depara com um misterioso homem andando por lá também, considerado um crime terrível, a jovem elabora uma armadilha e consegue prender o homem lá dentro. Contudo, como logo ela descobre que o homem é um mago chamado, Ged, e que veio roubar um dos tesouros mais valiosos das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe. Contudo, sua simpatia e magia logo vai conquistando a Sacerdotisa, fazendo-a abrir os olhos para uma realidade que ela nunca questionou. Entre a cruz e a espada, Arha, tentará de tudo para salvar a vida de Ged, porém pode não ser tão fácil. "De que adianta se apegar a alguém que você está fadada a perder?" - pág 13

Enfim leitores, esse segundo volume foi bem melhor que o primeiro, não foi uma melhora 100%, mas ainda assim foi boa. Por se passar em apenas um lugar, com poucos personagens, tanto a escrita como a trama fluíram muito bem. A escrita da Ursula continua rica em detalhes e por ser narrado com foco na Tenar eu consegui me conectar melhor do que com o foco no Ged.

Além das lições maravilhosas, esse livro também aborda nas entre linhas como uma "religião" pode transformar a vida de uma pessoa.

site: https://www.instagram.com/meninatecaria/
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Jhony 14/06/2017

Resenha publicada no site Leitor Compulsivo
Sinopse: Quando Tenar é escolhida como suma sacerdotisa, tudo lhe é tirado: casa, família e até o nome. Com apenas 6 anos, ela passa a se chamar Arha e se torna guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um lugar sagrado para a obscura seita dos Inominados. Já adolescente, quando está aprendendo os caminhos do labirinto subterrâneo que é seu domínio, ela se depara com Ged, um mago que veio roubar um dos maiores tesouros das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe. Um homem que traz a luz para aquele local de eternas trevas, ele é um herege que não tem direito a misericórdia. Porém, sua magia e sua simplicidade começam a abrir os olhos de Arha para uma realidade que ela nunca fora levada a perceber e agora lhe resta decidir que fim terá seu prisioneiro.

Opinião: Após conhecermos Ged (Gavião) em o Feiticeiro de Terramar, neste segundo volume, As Tumbas de Atuan, nos deparamos com um novo personagem. Tenar é uma garota que vive num pequeno vilarejo com seus pais, não sabendo que estaria destinada a se tornar a Sacerdotisa Renascinda, um espirito que segue um ciclo milenar e que passa para uma outra garota quando a última morre.

“No interior do círculo da muralha, diversas pedras negras, entre 5 e 6 metros de altura, brotavam da terra como dedos enormes. Depois de vê-las, o olhar sempre voltava para elas. Ali se erguiam cheias de significação, mas ninguém sabia o que queriam dizer. Eram nove. Uma se erguia ereta, outras ficavam mais ou menos inclinadas, duas haviam caído. Tinham uma crosta cinzenta de líquen, como se fosse borrões de tinta – todas menos uma, nua e negra com o brilho fosco, além de lisa. Nas outras sob o líquen, podia-se ver ou tocar com os dedos uns entalhes vagos, formas, sinais. Essas nove pedras eram as Tumbas de Atuan. Estavam ali, segundo se dizia, desde o tempo dos primeiros homens, desde a criação de Terramar. “

Portanto, a partir daí conhecemos a saga da nossa heroína. A pequena Tenar é encontrada aos 6 anos e levada para As Tumbas de Atuan, onde se cultua o Deus-Rei e os Inominados; seres místicos, como se fossem deuses da escuridão. Tivemos um primeiro contato com estes seres no volume um, quando o nosso héroi Gavião o confronta numa ilha deserta. Ao chegar nas Tumbas, Ternar “perde” o seu nome e começa a ser chamada por Arha. Logo são passados todos os ensinamentos e cultos para ela, toda rotina que terá que seguir.
Passam-se cerca de 10 anos e Arha já está totalmente habituada à sua rotina, até que ela se depara com um homem de feições escuras e rosto cicatrizado, dentro das Tumbas, tentando roubar um dos tesouros guardados, este tesouro é o anel de Erreth- Akbe, e é aí que entra o nosso herói do primeiro volume. Ged está mais velho, amadurecido com tudo o que aconteceu na sua viagem ao arquipélago de Terramar, o encontro com um grande dragão numa das ilhas, e o embate com o seu Eu maligno. É a partir desse encontro entre a pequena Arha e Ged que tudo o que ela conhecia como mundo entra em conflito; sua religião, suas escolhas, o destino que foi traçado para ela.

“A liberdade é um fardo pesado e uma carga enorme e estranha para o espírito levar. Não é fácil. Não é um presente dado, mas uma escolha que se faz, e a escolha pode ser difícil. A estrada sobe em direção à luz, mas o viajante sobrecarregado pode nunca chegar ao fim. “

Neste segundo volume, Le Guin nos põe em questão acerca do que podemos escolher para trilharmos nosso próprio destino. Não é porque o que é imposto pelas religiões que temos mais familiaridade ou pelo que a sociedade imprime para nós, que não devemos colocar em questionamento se são essas diretrizes mesmo que irão nos moldar. Mesmo titubeando sobre o que pode acontecer quando escolhemos andar contra a maré, temos que enfrentar os nossos medos e construir o nosso próprio destino.

Avaliação: 4/5 estrelas

Autora: Ursula K. Le Guin nasceu em outubro de 1929 em Berkeley, na California, e é filha do antropólogo Alfred Kroeber e da escritora Theodora Kroeber. Estudou na Radecliffe College e na Universidade de Columbia e se casou, em Paris, com o jovem historiador Charles Le Guin. A autora tem uma vasta obra, que inclui poesia, contos e romances, publicada e traduzida no mundo todo. Foi vencedora dos mais renomados prêmios da literatura fantástica: Hugo, Nebula, Locus, Asimov, Lewis Carrolll, Shelf, World Fantasy, entre outros. Por O feiticeiro de Terramar, recebeu ainda o prêmio Horn Book, do jornal The Boston Globe.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2017/06/14/resenha-as-tumbas-de-atuan-ursula-k-le-guin/
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Jeffa Koontz 21/06/2017

Sequência digna
Leiam minha resenha no blog Saga Literária. Muito obrigado!!

Www.sagaliteraria.com.br
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Vivian San Juan 04/08/2017

Ritmo lento
"As Tumbas de Atuan" é a continuação de O Feiticeiro de Terramar (livro já resenhado aqui no blog), porém pode ser lido sem seguir a sequência, pois são histórias diferentes e não se complementam. Ele foi originalmente lançado em 1971, numa época onde não era comum protagonistas mulheres com características de heroína. Por esse motivo, o livro quebrou paradigmas nos trazendo uma menina chamada Tenar/Arha para o centro da história e nos mostrando a força feminina também no mundo da literatura.

Tudo começa quando Tenar faz seis anos de idade. Ela é retirada da família pelas sacerdotisas e vai para a Ilha de Atuan. Esse acontecimento se deve por acreditarem que Tenar é a reencarnação da Sacerdotisa da Tumba justamente por ela ter nascido na mesma noite que a antiga sacerdotisa faleceu. Já na ilha, ela muda de nome e passa a se chamar Arha e é treinada para assumir a posição de guardiã das tumbas e dos labirintos de Atuan, um local sombrio, considerado sagrado e que guarda tesouros da seita dos Inominados. Seu destino é reassumir o que foi lhe designado em vidas passadas até sua morte, ou seja, Arha estava presa nessa condição que lhe foi imposta e com o passar dos anos acreditava-se que esse era o correto a se fazer e estava cada vez mais certa a desempenhar o seu papel.

"– Ela não é nossa, nunca foi, desde que vieram aqui dizer que deve ser a Sacerdotisa das Tumbas. Por que você não consegue enxergar isso? – A voz do homem tinha a rispidez do queixume e da amargura."

Só que em um belo dia, durante seu treinamento pelos labirintos, ela se depara com Ged (protagonista do primeiro livro) nas tumbas em que ela deveria proteger. Aos poucos ela vai descobrindo que ele é um mago e que ele está lá para roubar o anel de Erreth-Akbe, só que ela precisará impedi-lo que Ged cometa tamanha façanha. A menina traça armadilhas com o intuito de prende-lo lá dentro para sempre. Porém Arha fica curiosa em saber mais sobre o mago e a partir daí sua vida tende a mudar.

"- Fazer surgir um jantar - completou Ged. - Ah, eu poderia. Em pratos de ouro, se quiser. Mas seria só uma ilusão e, quando a pessoa come ilusões, acaba com mais fome do que antes. É tão nutritivo quanto comer as próprias palavras."

Esse encontro é o ápice da história, pois Arha começa a se questionar sobre coisas que antes não lhe eram relevantes e passa a ver a sua vida com outros olhos. Ela descobre uma outra realidade e não a realidade que as sacerdotisas de Atuan apresentaram a ela. Isso tudo gera um conflito interno na menina, mas ao mesmo tempo faz com que ela se descubra.

"A liberdade é um fardo pesado e uma carga enorme e estranha para o espírito levar. Não é fácil. Não é um presente dado, mas uma escolha que se faz, e a escolha pode ser difícil. A estrada sobe em direção à luz, mas o viajante sobrecarregado pode nunca chegar ao fim."

A medida que Arha e Ged vão se conhecendo, eles se tornam amigos e a menina vai ter que juntar seus velhos e novos conhecimentos e sua astúcia para poder salvar a vida do mago e, principalmente, a sua própria vida.

A proposta do livro é bastante interessante. Mostra como uma fé, beirando ao fanatismo, pode transformar as pessoas fazendo-as a acreditarem em uma única verdade e viverem para isso, que é o caso das sacerdotisas de Atuan e o culto aos Inominados. Os questionamentos e descobertas de Tenar/Arha que surgiram graças a Ged é o momento de amadurecimento e mudança da personagem. O fato de termos uma protagonista mulher e saber que foi uma das primeiras heroínas criadas também faz com que esse livro seja especial. Porém, para por aí os elogios.

Como O Feiticeiro de Terramar, foi difícil da leitura engrenar. As partes de aventura, que deveria dar um upgrade a história ficou muito a desejar. Não consegui me empolgar com a leitura e, para ser sincera, só conseguiu fluir melhor quando o protagonista do livro anterior, Ged, apareceu, mas mesmo assim foi difícil chegar ao seu desfecho. A escrita de Úrsula é muito detalhista e as passagens são cansativas. Particularmente, não consegui me conectar a história da forma como esperava, apesar dos pontos positivos. Acho que a autora tinha uma boa ideia em mãos, mas não soube explorar melhor o enredo.

Comparando os dois livros da série, o primeiro, mesmo com a dificuldade de leitura similar a esse, eu me identifiquei mais. Como ainda tem mais livros pela frente dessa série, vou me arriscar e dar uma nova oportunidade, pois desejo ser surpreendida. Como dizem: A esperança é a última que morre. Então, que venha o próximo Terramar.

Resenha postada no blog Saleta de Leitura:
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2017/07/resenha-as-tumbas-de-atuan-ciclo.html

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2017/07/resenha-as-tumbas-de-atuan-ciclo.html
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Flávia 11/08/2017

Mundos improváveis e emocionantes assim é este livro .
Em As Tumbas de Atuan , somos apresentados a Tenar que foi arrancada de sua família, ainda criança ao ser escolhida para assumir o cargo de Alta Sacerdotisa , porque ela nasceu na mesma noite que a sacerdotisa anterior morreu (assim Eles acreditam que sua alma imortal passou para o próximo corpo). Ela recebeu o nome Arha ,lá ela foi submetida aos rígidos ensinamentos e rituais ,ensinada a dedicar sua vida as cerimônias e deveres de sua posição. Nós vemos a protagonista, Arha, crescer e amadurecer como uma mulher e esquece sua família e que um dia foi Tenar. Na monotonia de sua vida , ela costumava percorrer as catacumbas e o labirinto, na solidão e na escuridão. O futuro diante dela era estático, entorpecido e imutável. Mas isso estava prestes a mudar.

" Passaram-se os dias ,passaram-se os anos , todos iguais . As meninas do Lugar das Tumbas ocupavam o tempo com aulas e treinamento . Não brincavam de nada - Não havia tempo para isso . "

O Feiticeiro de Terramar é o primeiro livro desta série onde conhecemos Ged suas aventuras e descobertas . Aqui Ged já não é mais um garoto e desempenha um papel crucial na história .Agora dentro do labirinto em busca de uma relíquia perdida . Ele encontrara também Arha,que assustada com o ladrão invasor considera matar o feiticeiro .Mas ela é surpreendida pela gentileza de Ged, ouvindo atentamente suas histórias do mundo exterior, Tenar começa a questionar o único mundo que conhece, e começa a se questionar se toda sua vida de servidão ,seus deuses e a escuridão na qual vive .Ao conhecer Ged Tenar tem agora a liberdade como uma opção ,ela teme mas deseja abandonar tudo que conheceu e dentro dos labirintos claustrofóbicos, onde apenas Tenar conhece as passagens na escuridão, ela guia o jovem feiticeiro que tropeça em seu labirinto, para o seu provável futuro .
A autora sugere um novo começo para a jornada na vida de Tenar . O que ela é ou se tornará não é claro até o final do livro.

As Tumbas de Atuan assumem um tom diferente do Feiticeiro de Terramar e se afasta ainda mais da fantasia tradicional. Com uma protagonista feminina nova e desconhecida em vez do masculino estabelecido e familiar é um mundo de fantasia deslumbrante que agarra rapidamente nossos corações, nos atraindo profundamente em seus mundos imaginários.

Apesar das principais diferenças, há uma semelhança entre O Feiticeiro de Terramar e As Tumbas de Atuan, ambos são histórias de amadurecimento, uma viagem de maturação. A autora passa através dos labirintos a importância da identidade, a necessidade de mudança e crescimento e o significado da liberdade.

" A liberdade é um fardo pesado e uma carga enorme e
estranha para o espírito carregar. Não é fácil ..."

As decisões que Tenar finalmente faz ao final do livro dão uma imagem poderosa, mas realista, dos desafios que as mulheres enfrentam quando decidem rejeitar papéis tradicionalmente aceitáveis. E a luz que Ged traz para as tumbas simboliza esperança e confiança para lidar com a perda e incerteza diante do obscuro .




As Tumbas de Atuan é um livro mágico vai envolve-ló e encanta-ló em sua simplicidade. É uma saga espetacular,com aventuras maravilhosas e originais .O conflito entre a escuridão e a luz, bem como o conflito interno de Tenar, que atrairá qualquer leitor para a história e mante-los absorvidos até as últimas páginas.


Não é novidade que não sou fã do Gênero Fantasia ,mas após ler O Feiticeiro de Terramar tinha que ler este e não tenho dúvidas de que irei continuar a ler os outros livros dessa saga publicada pela Editora Arqueiro .

Super recomendo essa leitura rápida e agrádavel para todas as idades . Ursula K. simplesmente me surpreendeu .

site: http://myronbolitarloversbr.blogspot.com.br/2017/06/resenha-as-tumbas-de-atuan-terramar-2.html?m=1
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Ana | @naluentrepaginas 18/08/2017

Resenha: As Tumbas de Atuan (Tem Sorteio de Um Exemplar no Blog!)
Iniciamos a história de As Tumbas de Atuan conhecendo Arha, uma menina que teve seu destino traçado no dia que nasceu. Arha pertence a uma comunidade que venera os “Inominados”, deuses das trevas e da escuridão e segundo os crentes e adoradores desses Deuses, toda vez que a suma sacerdotisa morre, ela renasce em uma criança nascida no mesmo dia. Essa criança deve ser levada ao Templo dos Inominados, e instruída em todas as artes necessárias para ser a Primeira Sacerdotisa, honrar e proteger o Templo, e guardar as Tumbas de Atuan.

As Tumbas de Atuan são túneis cavados abaixo da templo, sem nenhuma iluminação, por onde a sacerdotisa deve se guiar sem nenhuma luz. Alguns túneis levam a grandes tesouros, outros, apenas a morte, e qualquer pessoa não autorizada pelos Deuses a entrar ali, pode ter um fim terrível. Além dos túneis, as tumbas contém um grande labirinto, que apesar de instigar muito a curiosidade de Arha, ela não se aventura a entrar até se sentir pronta. No labirinto é permitida a entrada apenas da Sacerdotisa, e qualquer outro que tente adentra o mesmo terá uma morte certa.

Tudo corria bem na vida monótona de Arha, até que um dia ela encontra um intruso em seu labirinto. Um mago, com certeza, que veio roubar os tesouros que ela guarda! De início, Arha imagina todas as mortes possíveis que o feiticeiro pode ter, mas aos poucos a curiosidade toma conta, e com a desculpa de que “ele vai morrer mesmo”, Arha começa a ter contato com seu prisioneiro, e questionar o mundo de onde ele veio e as coisas que conheceu, e esse contato planta as raízes da dúvida em Arha: ela está mesmo do lado certo da história? As Tumbas são realmente tudo que ela tem a conhecer? Será que existe algo mais pra ela, fora do Palácio dos Inominados? Ou será que tudo que ela conheceu e acreditou a vida toda, não passaram de mentiras?

As Tumbas de Atuan é um livro curtinho, são 160 páginas (Até menos que isso na verdade), mas mesmo assim carrega uma história fascinante. Apesar de O Ciclo Terramar girar em torno de Ged e suas “aventuras”, a protagonista da história é Arha (na verdade, Tenar) e Ged é apenas um coadjuvante na evolução da menina.

Tenar é uma garota completamente alienada pelo culto do qual faz parte. Toda a sua vida foi guiada em prol dos Deuses Inominados, não conhece nenhuma verdade que não seja a deles, nenhum mundo que não seja aquele. Ela carrega um poder sombrio que pouco compreende, e o fardo de não ter ou conhecer nada, a não ser a vida que sempre teve. Quando conhece Ged e suas histórias, Tenar começa a se perguntar se podia existir algo mais para ela. Resolve escrever a própria história, e apesar do medo do desconhecido, está disposta a correr atrás de uma vida melhor.

Nesse volume temos um Ged mais maduro e sábio. Ele aceita o destino que Tenar julgar para ele, mas o tempo todo quer o melhor para a menina. Seu objetivo nas Tumbas foi claro, e acho que uma introdução para algo bem maior que está por vir.

"- Fazer surgir um jantar - completou Ged. - Ah, eu poderia. Em pratos de ouro, se quiser. Mas seria só uma ilusão e, quando a pessoa come ilusões, acaba com mais fome do que antes. É tão nutritivo quanto comer as próprias palavras."

O Ciclo Terramar é uma das melhores séries de fantasia que eu já li, pela sua profundidade e lições. Os personagens são bem escritos, a história rica em detalhes! Recomendo para todos os fãs do gênero!

site: https://goo.gl/SmjGCh
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