Mario Miranda 27/12/2019
Mais uma grande Tragédia de Eurípides que chega até nós pelo incansável trabalho de Trajano. A tragédia narra a devoção de Hipólito, filho de um relacionamento extraconjugal de Teseu, a Ártemis, o que provoca a ira e a inveja de Afrodite. Como punição pelo seu desdém a Deusa do Amor, esta o pune fazendo a esposa de seu pai, Fedra, apaixonar-se por ele.
A ação de Afrodite, em mais uma grande tragédia de Eurípides, leva o pai a maldizer o próprio filho, desejando a morte do mesmo, o que vem a ocorrer concomitantemente as descoberta por Teseu da inocência do próprio filho.
O interessante em Eurípides, tanto em Hipólito quanto em outras obras, como em Héracles (neste caso, em razão da ação de Hera), é como a devoção e os Deuses podem levar os homens ao infortúnio, ao sofrimento e descaminho. Nas duas tragédias, inclusive, levando a morte.
Para os que gostaram da Tragédia, sugiro uma releitura realizada por um dos pilares do Teatro Francês, Jean Racine, na peça "Fedra", também traduzida para o português.
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