Amanda 13/01/2016Antônio - O primeiro dia da morte de um homemEste livro foi mandado por parceria pelo Grupo Editorial Record.
Infelizmente os livros que tenho recebido de parceria não andam me agradando muito, e não foi diferente com Antônio. Mas, ao contrário de Rebentar, este é um livro que eu realmente solicitei. Ele havia me chamado atenção tanto na sinopse quanto no título.
Afinal, quando é o primeiro dia da morte de alguém? É quando nascemos? É quando deixamos de amar? Ou quando deixamos de fazer o que mais amamos?
O livro nos mostra a vida de Antônio, um professor de Antropologia de uma faculdade particular do Rio de Janeiro e as várias peripécias de sua vida. A história começa ainda nos seus 42 anos, quando ele se apaixona por Blue em um Natal em Paris, e ai a narrativa pula mais de 20 anos, quando ela o troca por um homem mais jovem e ele fica desolado.
A partir dai, Antônio vaga pela vida, tendo sempre como companhia a 'lembrança' de seu amigo falecido, Eduardo, que volta e meia reaparece para ele, ajudando em suas decisões.
O livro tem uma narrativa rápida, mas, para mim, daquelas rápidas demais que em um momento está acontecendo algo e do nada muda completamente de cena e você não sabe como chegou ali. Outra coisa que achei muito estranha é que há momentos em que a narração é em terceira pessoa e outros em primeira, e isso na mesma página. Houve horas também em que estava em primeira pessoa, mas do ponto de vista de outro personagem.
Uma das coisas que mais me incomodou foi como a história não parecia ter um objetivo e as coisas simplesmente aconteciam, quase sem explicação e sem naturalidade. Quais as chances de você entrar em um cinema, uma mulher te olhar, você sentar ao lado dela e vocês começarem a se pegar sem nem se apresentarem? Esse tipo de narrativa, que ando vendo bastante, é algo que definitivamente não me agrada.
Há uma passagem no livro em que eu sinceramente acho que o autor resumiu o próprio livro, mas não sei se foi proposital:
"O livro não dava para entender. Não dizia nada. A estória não significava absolutamente coisa nenhuma. Era uma porra-louquice sem estilo." Pág. 170.
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http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2016/01/resenha-132-antonio-o-primeiro-dia-da.html