Primatas da Park Avenue

Primatas da Park Avenue Wednesday Martin




Resenhas - Primatas da Park Avenue


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Alexandra 15/01/2021

Cotidiano de New York
Além de mostrar o cotidiano de uma mulher em New York, mostra os anseios de uma mãe em se parecer com as demais mães de sua região onde mora.
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Eder Ribeiro 20/03/2020

É sabido que a formação dos estados unidos, como nação, se deu pela conquista, e como povo, pelo segregracionismo. A autora, Wednesday Martin, no seu livro Primatas da Park Avenue, usando da antropologia, discorre sobre o comportamento dos habitantes de Mahatma. Discordo da autora quando usa o comportamento animal para justificar o comportamento da comunidade milionária de Mahatma, pois, a partir do momento que essa comparação é feita e justificada, deixamos de ser humano. Apenas uma resalva, muitos dos comportamentos a autora critica, não compactuando com os mesmos. Um bom livro.
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@thereader2408 09/04/2020

White people's problems
Então...não sei se é pelo momento agoniante que estamos vivendo agora que eu não consegui me conectar com esse livro, para mim foi mais um daqueles supérfluos "white people's problems". A premissa é muito boa e bem inteligente a autora é uma antropóloga americana que já até ministrou aulas de estudos culturais em Yale, ela publica eventualmente alguns trabalhos na New York Times, Cosmopolitan, The Atlantic, Psychology Today, The Huffington Post, Harper's Bazaar e The Daily telegraph o doutorado dela é em literatura comparada (faz sentido) e nesse livro a Martin procurou usar toda a bagagem como pesquisadora para fazer um paralelo do modo de vida dos super ricos com outras sociedades, até mesmo outras espécies de primatas e hominídeos. Um ponto positivo do livro é abordagem evolutiva que a autora faz da família e com isso ela avalia rituais, crenças, costumes e dinâmicas sociais dessas pessoas. Ela procurar caracterizar essa população rica de Manhatan bem estilo globo reporte: Os ricaços da Uper East Side, onde vivem? o que fazem? o que comem? Qual será o próximo professor de música e o novo look do seu filho de 2 anos? Parece interessante né? Espero que você goste porque eu não curti, me cansou muito alguns capítulos, juro que não foi despeito, o capítulo da bolsa Birkin... meu deus do céu ( bolsa da grife francesa Hermès, que custa a partir de R$ 40 mil - mas pode chegar até 1 milhão de reais) gente, para quê? pense nos boletos que poderiam ser pagos e cestas básicas, todo álcool gel e respiradores que dava para comprar com essa grana =/. A autora me cansa ainda mais tentando explicar e justificar o jogo de poder que existe em cada grupo formado dentro dessa sociedade específica, de dinâmica complexa e de alta seletividade. É relatado aqui também uso excessivo de ansiolíticos para aliviar pressão de viver nesse meio altamente competitivo e minimizar o desgaste mental adquirido ao tentar manter por força as aparências. É gente, os brancos, ricos e poderosos, também sofrem. Força guerreiros!
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Luana 18/03/2022

Gossip Girl e Meninas Malvadas para adultos
Tem um trecho de "A sutil arte de ligar o f*da-se" que resume perfeitamente esse livro:
"Uma vez, ouvi um artista dizer que quando uma pessoa não tem problemas a mente automaticamente encontra um jeito de inventar alguns. A meu ver, o que algumas pessoas - sobretudo gente branca, culta e mal acostumada de classe média - consideram "problemas da vida" são na verdade apenas efeitos colaterais de não ter nada mais importante com que se preocupar."

A autora escreveu literalmente UM CAPÍTULO INTEIRO para falar sobre uma bolsa. Eu me recuso a elaborar mais.
Talita 18/03/2022minha estante
eu abandonei kkkkk aguentei não




thelondonriver 22/10/2020

Enfim, a hipocrisia
Primeiramente o que me incomodou logo de cara foi ela agindo como se não fosse milionária só por ser menos milionária em comparação ao meio que estava inserida. Como se ela mesma fosse tão diferente de todas as outras, tão superior por ter preocupações supostamente mais relevantes.

Achei interessante as informações sobre o comportamento dos primatas, apesar de que eu particularmente não usaria algo assim como comparação. De todo jeito é compreensível; num lugar novo e desconhecido, aquelas analogias foram muito úteis, vi como uma forma de autora lidar com as dificuldades e tentar se encaixar.

Ela mostra uma realidade totalmente diferente da maioria das pessoas, algo único de uma região específica e altamente privilegiada. Pessoas que as pessoas comuns não vêem como o que elas são essencialmente. No fim das contas somos todos seres humanos com sentimentos, embora sinceramente seja difícil se sensibilizar com os famosos "problemas de gente branca".

Destaque para o último capítulo, que pra mim foi o que mais agregou à leitura. Já pelo final eu estava um tanto desanimada, pois achei o livro um pouco decepcionante, mas o último capítulo compensou.
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Erika Neves.1 03/01/2020

Esse livro é uma verdadeira ode à expressão “White People Problems”.

Relatando o período em que morou no East Upper Side, o bairro mais rico de Nova Iorque, a autora tenta fazer uma análise das mulheres super ultra ricas que moram nesse endereço, mostrando o lado mais humanos das tais mulheres. Eu digo tenta, pq o livro tem um problema: que é a insistência da autora em tentar manter uma postura intelectual, quanto na realidade, ela é exatamente igual as dondocas que são objetos de seu “estudo”.

Isso fica bem claro quando ela dedica um capítulo inteiro pra falar da importância de ter uma Birkin, que para os desavisados como eu, trata-se de uma bolsa, que sabe-se lá Deus porquê é a mais disputada entre essas ricaças. Fiquei sem saber o motivo pq, pela primeira vez na minha vida, cometi um pecado literário: pulei um capítulo. Simplesmente não aguentei ler todos os detalhes de porquê eu PRECISO ter uma Birkin. Sim, eu que preciso, pq ela simplesmente deduz que qualquer mulher que se aproxime da tal bolsa vai ser enfeitiçada por ela.

O pior é que ela fala isso a sério, sem um pingo de ironia. O que é bastante irritante pq ela tenta nos convencer, de modo sério, que deveríamos nos solidarizar com os altos níveis de stress que essas mulheres sofrem por serem totalmente dependentes do marido e que a qualquer momento podem ficar sem absolutamente nada se o dito cujo decidir se divorciar. Eu conheço a cura pra esse stress, e ela se chama “Arranjar um Emprego”.

O grande ponto positivo é a escrita da autora, que apesar de sua visão equivocada, é muito leve e fluída. E tb é bastante interessante a análise antropológica que ela faz com determinadas sociedades de animais, em que é possível observar que não somos tão diferentes assim de animais selvagens.Entretanto com os personagens humanos já é bem mais difícil ter qualquer identificação. Com exceção do capítulo sete em que autora relata uma dolorosa perda familiar.

De um modo geral vale pela curiosidade de saber como é a vida das pessoas super ricas, em uma versão adulta e bem mais abastada do filme “Garotas Malvadas”
@thereader2408 09/04/2020minha estante
Olha, não sei se foi por causa do momento agoniante que estamos vivendo no momento... eu não consegui me entreter com esse livro. Achei a premissa muito interessante, li no inicio desse ano "Porque almocei meu pai" e gostei muito e o skoob colocou esse livro como leitura similar, mas esse não me agradou. O capítulo da Birkin me desanimou de uma forma... gente o que dava para fazer com esse dinheiro...em fim, não pretendo ler de novo em outro momento. Curti bastante a sua resenha, endossa o que eu estava pensando.




PuddingPop 04/01/2017

Antropologia no gueto nova-iorquino
Confesso que sou daqueles que se apaixona por capas de livros e discos. Quando vi essa capa linda da edição da intrínseca fiquei fascinado, li a resenha é descobri que o texto prometia, que era algo diferente, que eu não havia experimentado ainda. E realmente não me decepcionei: é um texto pessoal e honesto, narra uma vivência numa espécie de gueto econômico, que é um quadrilátero de Nova Iorque ao lado do Central Park, conhecido “Upper East Side”, e o mais interessante, escrito com uma abordagem antropológica, o que traz um frescor, uma descontração e sempre que possível um distanciamento dos fatos observados, se bem que nem sempre isso é possível, é um dilema de todo observador/pesquisador. A autora narra alguns acontecimentos que são realmente chocantes, como nesta passagem: “Um pouco à frente, vi uma mulher bem-vestida e solitária andando de maneira determinada em minha direção...fiz como os carros e os nova-iorquinos, e me mantive à direita.... Cheguei um pouco mais para a direita, e depois outra vez, dando-lhe ainda mais espaço, enquanto ela continuava seu rumo em minha direção... se continuasse a desviar para a direita…iria me chocar com a grande lata de lixo de metal laranja…isso era ridículo, pensei...pouco antes da lata de lixo, parei de maneira abrupta...e encarei a mulher...ela olhou bem nos meus olhos enquanto, deliberada e bruscamente roçou meu braço esquerdo com sua bolsa magnífica. Então deu um sorriso de superioridade”. Mas o livro traz surpresas e conclusões surpreendentes ao final do texto. Eu fiquei particularmente tocado com a sensibilidade da narração de um fato envolvendo nascimento e morte, descrito pela autora no capítulo 7, já no final do livro, aliás recomendo a leitura de um livro que se desenvolve exatamente em torno dessa premissa: A Desumanização, do Valter Hugo Mãe.

site: https://www.instagram.com/puddingpop69/
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sara 02/01/2022

Esse livro é bastante interessante. Vi algumas pessoas reclamando que ele mostra uma realidade díspare e que a autora não faz nenhuma crítica ao estilo de vida vivido pelas mulheres do alto escalão nova-iorquino. Mas essa nunca foi a intenção do livro: moralizar ou questionar os padrões de vida dali, e sim, relatar como são as coisas. O que mais me impactou foi que, mesmo que eu tivesse dinheiro, provavelmente jamais conseguiria me infiltrar naquela esfera social por conta das rígidas regras. Nem meus filhos, pois você já tem que plantar as sementes desde cedo. Nesse aspecto, ao mostrar como a elite é um círculo mais fechado do que eu imaginava, esse livro é ótimo.

As três estrelas são porque eu senti que a autora se delonga demais em tramas não muito interessantes para o objetivo de uma antropóloga (relatar como é a high society) e passa muito rápido por pontos que poderiam ser mais explorados
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Wayner.Lima 28/04/2020

Para ler no fim de semana
Wednesday Martin saiu ?aos vinte e poucos anos? de uma cidade no interior para ir morar em Nova York, especificamente em Manhattan, numa região que pode ser descrita como classe média alta e lá viveu por alguns anos e teve seu primeiro filho. Quando os atentados de 11 de Setembro ferem o orgulho da nação Ianque, Wednesday percebe que a vizinhança pode não ser tão segura e decide mudar para outra região da cidade, onde o senso de segurança e a chance de uma boa educação fosse possível. O que Wednesday não esperava encontrar era hostilidade e um forte clima de competição entre as mães no novo bairro.

Recorrendo aos seus conhecimentos acadêmicos e sua paixão pela antropologia, a autora inicia um esforço por se encaixar no novo grupo, entender as razões de tanta hostilidade e a identidade materna perseguida pelas mães do Uper East Side. Ao longo dos capítulos Wednesday relata sua experiência, alternando no estilo do texto, ora com tom mais acadêmico e seco, ora mais informal e intimo.

A leitura fluiu bem para mim, o inicio dos capitulo, que é onde geralmente a autora coloca o texto mais técnico, era penoso. Vencido o obstáculo, o restante do capítulo se tornava mais interessante e dinâmico. Por duas vezes perdi o pique ao longo dos trechos biográficos, principalmente quando a autora se alonga demais ao falar da experiência de compra de uma bolsa francesa caríssima. Não forma poucas as risadas que dei ao acompanhar a jornada de Wednesday, mas ao final do livro fiquei com um gosto um tanto amargo: apesar de toda a análise e crítica que motiva o livro, me pareceu que ao fim Martin é como as mulheres do Uper East Side, mas com duas diferenças, não possuir uma grande fortuna e ter consciência de sua condição de ?primata superior?.

Primatas da Park Avenue é um bom livro para passar o tempo. Não exige muito raciocínio, alterna entre momentos de maior e menor fluxo, te faz rir e pensar. Não é um tratado sobre a natureza humana, mas deixa ao final uma lista de referências caso você deseje ler pesquisas citadas ao longo do livro. Eu recomendo especialmente para aqueles que se tornaram pai/mãe recentemente. A experiência de Wednesday ajuda a aliviar o peso da responsabilidade que passamos a carregar.
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anacasagrande 26/04/2021

Estou me sentindo no "Housewives of New York", é um pouco interessante, mostra a bolha como que pessoas do "Upper East Side" vivem. Se resume em "white people problems"
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Priscilla Akao 04/02/2016

Esclarecedor
Eu me diverti com os rituais da Upper East Side, o bairro mais exclusivo de NY. Coisas que para mim eram incompreensíveis,mas das quais já havia ouvido falar como a disputa por matriculas na escola maternal ou a procura pela bolsa perfeita ( Birkin ) foram esclarecidas à luz da antropologia - cientificamente ! Pude transpor algo para minha realidade ( que é bem diferente) e entender melhor por que fazemos as coisas de certa forma...no fundo somos todos humanos, grandes primatas sociais na essência. Gostei bastante.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 18/11/2016

Estranhamento e boas surpresas
Entrar em um mundo desconhecido. Foi essa a sensação experimentada por Wednesday Martin ao se mudar com o marido e o filho bebê para o Upper East Side, em Manhattan. E é dessa mesma sensação que nós, leitores, provamos grandes bocados ao acompanhar a verdadeira jornada épica urbana vivida e descrita pela autora em Primatas da Park Avenue.

Após deixar Downtown para se instalar no bairro nobre localizado entre o Central Park (5th Avenue) e o East River, e uma das regiões mais caras dos Estados Unidos, Wednesday inicia uma árdua fase de adaptação, que inclui a tentativa – necessária – de se integrar ao seleto grupo de mães da região. Em paralelo, estuda e analisa os hábitos, rituais e valores de uma tribo que se veste de Chanel e se equilibra em saltos altíssimos.

De forma leve e bem-humorada, a autora nos conduz rumo à essência desse grupo de mulheres riquíssimas, casadas com homens poderosos e que exercem a maternidade intensiva, participando e se responsabilizando por cada passo do desenvolvimento de seus rebentos, investindo muito dinheiro em sua educação, em roupas de grife, festas de aniversário estrondosas e nos mais variados privilégios.

Da adaptação ao pertencimento, não sem antes passar pelo estranhamento e pela compreensão, ser uma dessas mães do Upper East Side revela-se mais complicado do que a gente – e a própria Wednesday – pode imaginar.

Ainda que não haja a barreira das limitações financeiras – afinal, morar em Upper East Side já é sinônimo de riqueza –, as lutas são árduas para se conseguir as coisas. Ter como comprá-las, por si só, não é suficiente para ter acesso a elas: é preciso, acima de tudo, uma rede de contatos relevantes e uma vida social movimentada.

Desde comprar um apartamento – o conselho de condôminos exige pormenores de sua vida pessoal e financeira para decidir se te deixam morar no prédio – até simplesmente ter acesso ao formulário de inscrição para tentar – sim, eu disse tentar – uma vaga para o seu filho em uma prestigiada pré-escola particular; logo nesses primeiros obstáculos, Wednesday percebe que os contatos valem ouro naquele mundo.

Ok, filho aceito no processo seletivo do maternal – pois é... –, outro desafio tão importante quanto se apresenta: conseguir playdates para o pequeno. Uma característica muito forte da tribo de mães de Upper East Side é que a vida social da mãe é completamente dependente e gira em torno da da criança. Por isso, os playdates com os amiguinhos da escola, filhos de gente endinheirada e poderosa, são essenciais para integrar-se à tribo.

A essa altura, é de se imaginar que ser ignorada, desprezada, olhada de cima a baixo e humilhada faz parte do processo. Wednesday, que antes jamais imaginava que fosse se importar verdadeiramente com isso, sofre com a hostilidade, mas desistir não é uma opção – a menos que queira arruinar sua vida social e o futuro dela e de seu filho de maneira permanente.

Como eu disse lá no começo, enquanto Wednesday passa por todas essas experiências, ela também as estuda. As referências a antropólogos, especialistas em primatas e em aves, e outros estudiosos, são recorrentes no livro e é bem interessante perceber as semelhanças entre a vida em sociedade dos seres humanos e a dos primatas não humanos. Se a tribo de mães do Upper East Side é baseada em hierarquias e tem códigos sociais bastante específicos, também os macacos têm por hábito a adulação a fim de subir um degrau na escada social.

Para nós, reles mortais com uma coleção de boletos atrasados no fim do mês, isso tudo pode parecer de uma futilidade sem tamanho. Mas, ao nos aprofundarmos com a autora no mundo dessas mulheres, acabamos compreendendo – mesmo sem concordarmos – algo sobre suas motivações e atitudes. E notamos que esse mundo perfeito, com muito dinheiro e poder em jogo, também esconde suas imperfeições.

O mundinho do Upper East Side é machista e extremamente segregado quanto aos gêneros. Homens e mulheres têm um papel muito definido dentro dessa tribo; o homem é o provedor e a maioria das mulheres é completamente dependente do marido, apresentando níveis de estresse estratosféricos. A pressão por manter o status, estar sempre perfeitas, bem vestidas e magérrimas mesmo logo após o nascimento dos filhos, e a responsabilidade total em tudo o que envolve as crianças deixam essas mães desestabilizadas por dentro. O que a gente enxerga de fora é que são sempre muitos detalhes, códigos e um jogo de relações e interesses muito intenso o tempo todo, sem trégua. Mas essas mulheres, muitas vezes cruéis umas com as outras, também são unidas por um forte laço de amizade e cooperação, e Wednesday vivencia esse aspecto do grupo na própria pele.

Sem deixar de lado o tom divertido, o livro traz consigo uma reflexão sobre o modo de vida, valores e prioridades do mundo ocidental abastado dos dias de hoje. Primatas da Park Avenue fala de uma sociedade e um estilo de vida específicos, um mundo à parte e ao qual 99,999999999% da população jamais terão acesso. Um mundo de privilégios, mas de tensão constante, ao qual Wednesday se integra e passa a enxergar não mais como uma forasteira, mas como parte dele.

No fim das contas, mesmo em meio à selva mais hostil, percebemos que ainda existem sentimentos como a empatia e a consideração. Em essência, assim como os demais primatas e outros animais, cooperamos uns com os outros e, não importa se no seleto Upper East Side ou num bairro simples em qualquer outro país, nos sentirmos parte de um grupo é fundamental para a sobrevivência.

LEIA PORQUE
A autora divide suas experiências conosco de forma descontraída – parece que estamos ouvindo o relato de uma amiga próxima – sobre um mundo completamente estranho a todos nós e que, ao mesmo tempo, nos causa fascínio e curiosidade.

DA EXPERIÊNCIA
Apesar da leveza do texto, é preciso se entregar a essa leitura de cabeça superaberta para aproveitá-la ao máximo. É hora de colocar de lado julgamentos e preconceitos do tipo “isso é muito fútil”, “aquilo é ridículo” e “que gente sem noção” – mesmo que isso pareça verdade na nossa realidade.

Minha reação durante a leitura foi ambígua: ao mesmo tempo em que ficava abismada, achava hilária a dimensão que algumas coisas adquiriam. Não pude evitar me divertir com o capítulo dedicado à obsessão e à saga por uma bolsa Birkin, da Hermès, e ao mesmo tempo, ficava “meu, como assim?!?!?!”.

FEZ PENSAR
Quanto mais a gente mergulha e compreende esse – e outros – universos, mais os julgamentos gratuitos perdem lugar. Com dinheiro, status e inserido em uma sociedade como essa, quem pode garantir que não teria atitudes semelhantes? Como o livro nos diz, os animais têm a necessidade intrínseca de pertencimento.

Deixando de lado a parte mais cabeçuda da coisa, não tem como não lembrar de Bonequinha de Luxo, O Grande Gastby e também da série que eu mais amei na vida inteira, Sex and the City.

site: Livro Lab
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Regiane @agentejaleu 01/05/2020

Interessante
O livro é uma espécie de diário da autora, da época em que foi morar no Upper East Side em Nova York. .
Quem assistiu Gossip girl ou Sex and the City, pode ver um pouco como é esse universo peculiar.

Wenesday narra com bom humor, suas experiências, coisas que ela nem imaginava que existia, além de seus dramas pessoais e como é o dia a dia de uma mãe do Upper East Side. .

Entrevistas para admissão no Jardim de infância para seus filhos, como conseguir uma bolsa Birkin da Hermès que além de ter fila de espera de meses até anos dependendo do modelo , podem custar de 11 mil dólares a mais básica até ultrapassar 1 milhão de reais se for uma edição rara em leilão ( essa da foto é uma Himalayan Birkin estimada esse ano em 379 mil dólares).

Destaquei alguns trechos que achei interessantes:

" Andei baratinada pelo Upper East Side pegando envelopes pardos por dias, em seguida escrevi ensaios sobre o que tornava meu filho especial, quais eram seus pontos fortes e fracos, que tipo de aluno ele era . Fiquei tentada a escrever: Não tenho como saber porque ele só 2 anos!

" Acho que a questão é que muitos desses pais e mães bem- sucedidos, ambiciosos e altamente competitivos podem ser muito simpáticos em uma conversa individual. Mas há algo na dinâmica do grupo que torna alguns deles pessoas horríveis. "
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